terça-feira, 30 de novembro de 2010

JESUS NA FLASH INTERVIEW


VILLAS BOAS NO BANCO

Ao que se ouve, causou certa polémica o modo como Jorge Jesus abandonou a flash interview no domingo passado, depois do jogo com o Beira-Mar.
A flash interview é, como o nome indica, uma curta entrevista sobre as incidências do jogo imediatamente feita após o termo da partida. Segundo os regulamentos da Liga, cada equipa disponibilizará para a dita entrevista um jogador (de dois solicitados pela estação emissora do jogo) e o treinador.
Nem o treinador nem o jogador estão obrigados a responder sobre as questões que nada tenham a ver com o jogo e o entrevistador, em princípio, deverá cingir-se a estes aspectos nas questões que formula.
Todavia, como o jornalista não está ao abrigo de qualquer regulamento da Liga, regendo-se apenas pelas leis da República, nada o impede de questionar os entrevistados sobre outras matérias. E estes têm duas opções: ou respondem, já que nada os impede de o fazerem; ou, pura e simplesmente, não respondem.
É perfeitamente natural que tanto no flash interview, como na entrevista colectiva, haja perguntas provocatórias…”legalmente admissíveis”.
No futebol português, tudo depende da protecção que o jornalista tem. Se não tiver qualquer espécie de protecção e o seu lugar correr perigo se “desalinhar”, certamente não as fará. Não é, por acaso, que nunca há perguntas provocatórias feitas a certo clube. É que além daquelas razões, outras há que aconselham a que não sejam feitas, como a história demonstra.
Neste contexto, o que Jorge Jesus deveria ter feito no domingo passado era dizer ao entrevistador, com toda a tranquilidade, que não responderia às suas perguntas. E não se compreende, dadas, por um lado, as conhecidas limitações de Jesus para se exprimir, e, por outro, o conhecimento que se têm da personalidade e das preferências clubistas do entrevistador, que a assessoria de imprensa do Benfica não tenha preparado o treinador para esta eventualidade. Esta é mais uma prova do amadorismo e do improviso que grassa naquele clube.
Os protestos da "classe jornalística"são de uma enorme hipocrisia, conhecido que é o seu silêncio sobre os prolongados "black out" que o clube das Antas costuma fazer sem qualquer oposição. E muito mais do que isso das agressões, ameaças e boicotes de toda a ordem contra quem "desalinhar"
No que respeita a André Villas Boas, técnico do FCP, começa a ficar claro alguns aspectos interessantes da sua personalidade enquanto treinador.
Percebe-se que ele está no Porto sobre brasas, não porque os resultados não tenham até estado além do esperado, nas porque ele sente que tem tudo a provar e que está permanentemente a ser avaliado. E é óbvio que isto causa um enorme desgaste emocional.
Numa primeira fase, para que não houvesse dúvidas de que ele não era neutro, mas da casa, assumiu-se como adepto, na tentativa antecipada de preparar o terreno para atenuação de uma eventual contestação se as coisas não corressem completamente bem.
Com o tempo e as vitórias foi deixando esmorecer esta faceta, sem contudo a perder. Mas percebe-se a grande estabilidade emocional que o assalta quando a equipa está em dificuldades e corre o risco de não ganhar. O modo como celebrou os golos do Porto em Guimarães e em Alvalade são prova disso. Mas mais do que a celebração dos golos é a incapacidade que revela de se comportar no banco de acordo com as regras, tanto assim que, das duas vezes que o Porto empatou, foi expulso.
Veremos até onde o levará a sua instabilidade emocional, prova clara da ausência de maturidade como treinador.

BARCELONA - O MAIOR "BANHO DE BOLA" DOS TEMPOS MODERNOS


UMA HUMILHAÇÃO SEM PRECEDENTES

Assistiu-se esta noite a uma das maiores exibições de futebol de que há memória num clássico do futebol.
A exibição do Barcelona foi total. O Real Madrid foi reconduzido ao papel de uma equipa de segunda categoria. Não por demérito da equipa de Madrid, mas por mérito exclusivo da equipa catalã.
Não há palavras para descrever tanta superioridade, tanta classe, tanto domínio como o que hoje se viu em Camp Nou.
A equipa catalã exibiu-se a um nível superior ao da selecção espanhola, campeã do mundo. É um regalo ver jogar Messi, Iniesta, Xavi, Pedro, enfim, todos sem excepção.
Custa a perceber como uma equipa de Mourinho é ridicularizada, humilhada, reconduzida a nível zero.
Vendo melhor, a explicação é simples: Mourinho nunca jogou nas equipas que treinou, salvo com o Porto cá dentro – e nem sempre – como joga este ano com o Madrid. O jogo típico das equipas de Mourinho é o jogo do Inter e do Chelsea. No Real Madrid Mourinho não pode jogar assim: em Santiago de Bernabeu não lhe permitiriam. Também é verdade que o Real Madrid não precisa de jogar à Mourinho, na maior parte dos jogos, para ganhar. Só que a questão que se põe é a seguinte: consegue esta equipa do Real Madrid, com Ronaldo, Di Maria, Özil, Higuain, mudar eficazmente o sistema de jogo naquelas partidas em que não tem argumentos para dividir o jogo com o adversário?
Não há dúvida de que a melhor materialização do espírito de Mourinho é o Inter do ano passado com os jogadores que o compunham. Conseguiu ganhar ao Barcelona e até eliminá-los. É certo que foi com a grande colaboração de Olegário Benquerença. Mas mesmo sem Benquerença nunca seria humilhado como foi este ano.
Outra conclusão que o jogo de hoje permite tirar, embora ela fosse óbvia, é a de que Cristiano Ronaldo não se compara a Messi. Messi é um jogador do “outro mundo”, enquanto Ronaldo não passa de um bom jogador deste mundo. Mas não é somente Messi que é fenomenal: Xavi e Iniesta também são!
Esta é a maior humilhação da carreira de Mourinho. Veremos até que ponto este resultado o afectará na sua carreira de treinador. Um resultado alcançado num jogo em que ele não se pode desculpar com nada, excepto com a grande classe do adversário.
Finalmente, é uma vergonha o que se passa na Sport TV. Um provincianismo bacoco que, além de ser, em si, uma vergonha, é também inaudível por quem paga uma taxa para ver futebol. O Sr. Castelo não pode fazer do microfone da televisão um instrumento doméstico. Se ele quer apoiar uma equipa que o faça na sua casa e não publicamente, a ponto de impedir os telespectadores de assistirem calmamente a um jogo de futebol. No caso, a um magnífico jogo de futebol!
Que pena não haver canais desportivos sem locutores, nem comentadores…

domingo, 28 de novembro de 2010

BENFICA: CARDOOOZO!



BOM JOGO EM AVEIRO

Antes de falar sobre o jogo de hoje à noite, em Aveiro, algumas considerações sobre o “envolvimento” jornalístico que acompanha certos jogos de futebol.
Quando os jogos de futebol da Primeira liga são transmitidos pelo Sport TV, a regra é conhecida: se forem jogados a norte do Mondego, o relator do jogo e o comentador são afectos ao FCP e não pronunciam qualquer palavra que possa ser usada depois contra o clube das Antas. A não ser quando a vitória é tão clara, que até convém dizer algo contra para simular alguma imparcialidade.
Quando se disputam abaixo do Mondego, na maior parte das vezes continua a haver alguém afecto ao FCP e o outro membro da reportagem ora simpatiza com o Sporting ora com o Benfica.
Na TVI as coisas não são bem assim. Em regra, as estão mais divididas. Ainda hoje, por exemplo, o locutor simpatizava com o Benfica, sem nunca deixar de ser imparcial, e o comentador – que agora também comenta política – é um conhecido fanático do FCP. Perante as vicissitudes do jogo, o dito comentador não tinha outra alternativa senão confirmar o locutor, tão evidentes eram as questões em análise. Mas fazia-o sempre com um “mas”. Enfim, os números e a exibição acabaram por se impor.
Mas eis que no flash interview está destacado um conhecido provocador que, no respeitante aos intervenientes do Benfica, apenas estava interessado em assuntos que nada tinham a ver como o jogo. Fê-lo com Saviola e também com Jesus. Saviola, como fala em espanhol (ou castelhano, como queiram), embora desagradado, tinha mais condições para sair incólume. Mas com Jesus, as coisas já são diferentes. Como tem mais dificuldade a reagir a provocações, deixou o dito provocador a falar sozinho…
Quanto ao jogo propriamente dito, ele marca o regresso de Cardozo como grande goleador e jogador decisivo para o Benfica. Grande segundo golo. Grande jogada no golo de Saviola, o terceiro. E muito bem marcada a grande penalidade, com muita calma e confiança. Aliás, já tinha havido outra que o árbitro não viu.
Além do regresso de Cardozo, que verdadeiramente precisava de descanso – o descanso que não tinha tido na época própria –, assistiu-se ao jogo de uma equipa que, por várias vezes, pareceu a do ano passado.
Ruben Amorim equilibrou o meio-campo e Saviola aproximou-se bastante do Saviola do ano passado.
Na defesa ainda algumas oscilações e uma certa “tremedeira” nas bolas paradas. Javi também parece estar a regressar à boa forma. No entanto, é preciso ter em conta que, com o Benfica deste ano, todas as previsões podem falhar. É preciso esperar, para ver…
O Beira-Mar jogou bem. Reagiu no fim do primeiro-tempo ao grande domínio do Benfica e começou em bom nível a segunda parte. Mas depressa a reacção aveirense foi neutralizada com o excelente segundo golo de Cardozo, numa grande jogada e num belo remate a culminar um rápido contra-ataque.

SPORTING EMPATOU, MAS DEVERIA TER GANHO


MANICHE COM RESPONSABILIDADE NO EMPATE

Afinal, o tal super Porto é uma equipa ao alcance de quem jogue contra ele com vontade de ganhar e um mínimo de inteligência táctica. Com excepção de uma pequena fífia da defesa do Sporting, o Porto pura e simplesmente não existiu na primeira parte.
Nunca ninguém tinha jogado assim contra o Porto este ano – os seja, normalmente. Com excepção do primeiro jogo contra o Naval em que o árbitro, consciente ou inconscientemente, deu a vitória ao Porto e de um outro na Madeira, contra o Nacional, em que a dualidade de critérios foi evidente, sempre em benefício do Porto, e sem falar agora na Taça de Portugal e no Moreirense…que não vem ao caso, a imagem com que mais insistentemente se fica do Porto deste ano é a daquele jogo contra o Leiria, em que o Leiria pura e simplesmente não jogou (vá-se lá saber porquê) e do jogo contra o Benfica em que a equipa da Luz entrou em campo positivamente “assustada” e com erros técnicos e tácticos de palmatória. Até que apareceu o Sporting que jogou como normalmente deve jogar uma equipa.
E então nem Hulk foi o “papão” que costuma ser, nem Beluchi se passeou pelo meio-campo como habitualmente e nem a a defesa teve descanso vendo-se obrigada a trabalhar muito para não sofrer mais golos.
Na segunda parte, o Sporting esmoreceu um pouco e o Porto arrebitou. Mas nunca teria chegado ao golo se não fosse mais uma vez Maniche. Falhou duas bolas seguidas em zona proibida - na primeira, a defesa do Sporting ainda conseguiu evitar o pior, mas na segunda, além de ter criado uma situação grave quando a equipa estava descompensada, ainda ficou no chão a simular uma lesão que não existiu, tudo isto tendo contribuído para que Hulk se acercasse da área do Sporting numa incursão pela direita e feito o cruzamento para Falcao, que, sem marcação, fez o golo.
Bem andou o treinador do Sporting, que pouco depois substituiu Maniche. Depois da expulsão de Maicon, o Porto só pensou em defender-se e assegurar o empate. Algum individualismo de alguns jogadores e a pouco serenidade de outros impediram, de certa forma, uma vitória que seria justíssima.
De realçar na equipa do Sporting, antes de mais, o empenho, a garra e a solidariedade com que lutou. Individualmente, grande exibição de Liedson, que, quando está em boa forma física e quer jogar, é, de facto, um grande jogador. Rui Patrício também jogou sempre muito bem, sendo de prever que será dentro de muito pouco tempo o titular da selecção.
As queixas do Porto e do seu treinador não têm qualquer cabimento. Podem dar-se por felizes com o resultado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

BENFICA EM QUEDA LIVRE


O DIAGNÓSTICO É FÁCIL DE FAZER

O Benfica, o grande Benfica de tão nobres tradições na Taça dos Campeões, foi hoje vergonhosamente batido por um modesto Hapoel de Telavive por 3-0! Com a derrota ficam também completamente hipotecadas todas as hipóteses de prosseguir na prova. Uma vergonha!
Não adianta dizer que o Benfica dominou o jogo e que foi batido exactamente nas três vezes em que o adversário foi à sua área. Porque a desculpa ainda agrava mais a situação. É inadmissível que uma equipa com pretensões, e tão cara, se deixe bater no mesmo jogo em duas bolas paradas, para mais estando em ambos os casos em superioridade numérica na área.
É claro que há contratações que estão rendendo aquém do que se esperava; é também verdade que há jogadores que este ano jogam muito menos do que o ano passado. Sim, tudo isso é verdade. Só que o problema da equipa é outro.
Este ano não há verdadeiramente uma equipa. Nem há solidariedade, nem há entrega. Há descrença. Acima de tudo muita descrença. E alguém tem de ser responsável pelo que se passa.
Evidentemente, que o primeiro responsável é o presidente, que tem, desde sempre, uma atitude errante na condução do Benfica, nomeadamente no seu relacionamento com os técnicos. Ora confia exageradamente, ora lhes tira o “tapete”.
Esta atitude não é de um verdadeiro dirigente. De alguém que comanda, que sabe escolher o rumo certo e manter as distâncias, sem quebra de solidariedade, mas também sem perda de liderança.
Vieira, quando tudo corre bem, tece elogios exagerados às pessoas com quem ainda se não incompatibilizou, para logo a seguir as desqualificar se as coisas passam a correr mal ou a não correr como deviam. Agiu assim com Rui Costa e com Jesus. Como já antes tinha agido com Camacho. E em todos os casos agiu mal. Porque nem Rui Costa, nem Camacho, nem Jesus alguma vez mereceram os elogios (técnicos) que lhes prodigalizou, nem tão pouco se justificava o ostracismo a que foram ou vão ser votados.
Claro que isto leva, primeiramente, a uma hipervalorização imerecida e, secundariamente, a uma desvalorização excessiva que imediatamente se propaga a toda a equipa.
Ao ter entregado a Jesus a responsabilidade exclusiva pelas contratações, Vieira agiu mal, como antes já tinha agido quando concedeu plenos poderes a Rui Costa. É que tanto Jesus, como Rui Costa têm muitas limitações. Tinham de ser acompanhados muito mais de perto para que a equipa não caísse na posição em que está.
Logo se percebia que Jesus, no estilo bem português de fanfarronice (que é sempre tanto maior quanto menos se sabe), estava completamente transtornado com os êxitos do ano passado e logo se supôs superior a todos. A queda não poderia ter sido pior. Mais: os primeiros a aperceber-se das limitações do técnico foram os jogadores. Hoje Jesus não comanda a equipa. A equipa está à deriva por não ter quem lhe transmita, com autoridade e saber, força anímica. E sem força anímica no futebol nada se consegue de duradoiro.
Em conclusão: com Vieira à frente do futebol do Benfica situações como a deste ano vão acontecer sempre. Aliás, desde que ele lá está ainda não aconteceu outra coisa, salvo o ano passado.
Em segundo lugar, Jesus como treinador do Benfica está esgotado. Já deu o que tinha a dar. Agora há que ampará-lo até Maio…e escolher alguém com conhecimentos mais estruturados pelo estudo académico e pela prática.
A época do autodidatismo analfabético acabou…
Outra conclusão a tirar do que se passa é a de que o Benfica deve vender já na reabertura do mercado os jiogadores mais valorizados, sob pena de os ter contrariados na equipa e a perder valor.
Enfim, a última conclusão é a de que a derrota no Porto afinal não tem o mérito que lhe quiseram atribuir, pois se até o desconhecido Hapoel de Telavive lhes dá três...O que há, é muito demérito de quem perde!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

GRANDES VITÓRIAS DO BRAGA E DE MOURINHO




NO RESTO, TUDO NORMAL

O Braga começou o jogo de hoje titubeante contra um Arsenal que prometia ganhar pela primeira vez em Portugal num jogo da Liga dos Campeões. Mas ainda não foi desta. Com alguma sorte – a sorte que sempre está presente no futebol -, o Braga conseguiu superar o famoso conjunto de Londres por 2-o, com dois excelentes golos de Mateus, nomeadamente o segundo, ambos obtidos em contra-ataque puro.
Tudo poderia ter sido diferente se o árbitro tivesse assinalado um penalty sobre Vela quando o resultado estava empatado. Ainda bem que não marcou, embora pelas imagens transmitidas durante o jogo tivesse ficado a ideia, numa das repetições, que houve rasteira de Rodriguez. Não marcou e, como se disse, ainda bem. Mas isso não tira que dentro de dias Domingos e o seu inqualificável presidente estejam a vociferar contra uma hipotética falta, não assinalada, a favor do Braga. Com a diferença de que, quando isso acontecer, há desde já a garantia de que o protesto será feito no português macarrónico do presidente do Braga!
Apesar da vitória, são escassas, quase nulas, as hipóteses de o Braga passar à fase seguinte, não só em virtude da vitória do Shaktar Donetz em Belgrado, contra o Partizan (2-0), mas também pela diferença de golos desfavorável ao Braga, relativamente às equipas concorrentes.
Futebol de outro quilate jogou-se em Amsterdam, na Arena, onde outrora se praticava o mais espectacular futebol do mundo.
O Real Madrid de Mourinho – sim, de Mourinho, porque antes da chegada do português aquilo era no dizer de Maradona “una puteria” onde ninguém se entendia – voltou a ganhar na Liga dos Campeões, por larga margem, com dois golos de Ronaldo e mais uma excelente exibição de toda a equipa, inclusive de Di Maria no pouco tempo em que esteve em campo.
O Ajax não teve qualquer hipótese nem nunca em nenhuma fase do jogo incomodou minimamente o Real Madrid. Dai a derrota por 4-0.
Com um Real totalmente transfigurado, jogando um futebol que não estávamos habituados a ver nas equipas de Mourinho, tudo se pode esperar do jogo da próxima segunda-feira, em Camp Nou, contra essa grande equipa que é o Barcelona.
Em França, contra o Auxerre, o Milan, que hoje parece ser a melhor equipa italiana, ganhou por 2-0, com um excelente golo de Ronaldinho, em jogo na parte final da partida.
Na Itália, a Roma, depois de ter estado a perder contra o Bayern por 2-0, conseguiu dar a volta ao resultado e ganhar por 3-2. Na suíça, o Basileia ganhou por 1-0 ao Cluj e ainda tem hipóteses de se qualificar para os oitavos, embora seja pouco provável que o consiga.
Finalmente, o Marselha ganhou por 3-0 em Moscovo, contra o Spartak, enquanto o Chelsea, em crise, ganhou mesmo no fim do jogo por 2-1 ao MSK Zilina, depois de ter estado a perder por 1-0, durante muito tempo. Depois de duas derrotas seguidas na Premier league já havia quem dissesse que o lugar de Carlo Ancellotti estava em risco. Veremos o que se segue depois desta difícil vitória.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PORTUGAL GOLEIA A ESPANHA


GRANDE EXIBIÇÃO NA LUZ

Num jogo particular destinado a promover a candidatura ibérica à realização de um dos dois próximos campeonatos do mundo e, simultaneamente, integrado nas comemorações do Centenário da República, Portugal realizou uma portentosa exibição, no Estádio da Luz, contra a Espanha, campeã do Mundo e da Europa.
Na primeira parte, assistiu-se a um jogo intensíssimo, sempre com predominância da equipa portuguesa. A Espanha nunca conseguiu impor o jogo que a tornou mundialmente famosa nas duas últimas competições em que participou e ganhou. Pelo contrário, foi a equipa portuguesa que, pela velocidade que imprimiu ao jogo, se impôs e obrigou a Espanha a correr atrás da bola, coisa que, como se sabe, ela não gosta,nem está habituada a fazer.
Pena foi que o excelente golo de Ronaldo tivesse sido irregularmente anulado. De facto, a bola já estava dentro da baliza quando Nani lhe tocou, além de que, segundo parece, Nani não estaria em off side.
Alguns minutos depois, Carlos Martins marcou; pouco antes Piqué tinha evitado, de cabeça, sobre a linha, um golo certo do mesmo Carlos Martins.
Na segunda parte, durante mais de meia hora, a selecção continuou empolgada, apesar das substituições, e introduziu a bola por três vezes na baliza de Casillas. Uma por Sérgio Ramos, emendando um belo remate de Postiga; outro do mesmo Postiga a passe de Moutinho; e a finalizar, um de Hugo Almeida.
Foi, de facto, um jogo memorável, tanto mais que a Espanha não perdia por 4-0 desde 1942! De facto, além desse jogo contra a Itália, contam-se pelos dedos as goleadas sofridas pela Espanha: 7-1 contra a Itália, em Amesterdão, em 1928; 6-1 contra o Brasil, em 1950; 6-2, contra a Escócia, em Madrid, em 1963; e 4-1, contra a Argentina, em Setembro passado.
Impossível é também não comparar o desempenho desta selecção com a selecção de Queiroz. Fica provado, se necessário fosse, que dificilmente Portugal poderia ter tido um seleccionador do que Queiroz.
Aqueles “sábios” do futebol que defenderam Queiroz têm de se render à evidência. A menos que, como parece, alguns deles também não tenham ainda percebido bem o que é o futebol. Ainda não compreenderam, por exemplo, o papel que os factores emocionais desempenham neste jogo. Propositadamente deixamos de lado os intriguistas que, em solilóquio na televisão, tanto se esforçaram por escorraçar Scolari e defender Queiroz.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

MOURINHO, OS "REGALOS" E OUTRAS COISAS



NO SUL DA EUROPA HÁ COISAS ESTRANHAS

Causaram grande polémica em Espanha as declarações de Mourinho na véspera da deslocação do Real Madrid a Gijon.
Mourinho quis deixar um alerta sobre uma ocorrência muito comum nos países do sul da Europa, nomeadamente na Itália, na Espanha e em Portugal: nem todas as equipas se empenham da mesma forma em todos os jogos.
Obviamente que não se pode exigir que as equipas joguem sempre da mesma maneira e façam excelentes exibições. Mas muitas vezes é mais do que notório que há equipas que jogam certos jogos com uma força e um empenhamento que noutros não põem, nomeadamente contra equipas que com aquelas concorrem.
Isso levou Mourinho a denunciar o comportamento do Gijon contra o Barcelona, que jogou em Camp Nou com cinco ou seis reservistas, e desde início conformado com o resultado. Na véspera da deslocação às Astúrias, para demonstrar que não se “corta”, Mourinho fez a denúncia dos “partidos regalados”.
Em Portugal, são muito frequentes situações destas. Só que ninguém as denuncia, apesar de algumas delas serem evidentes.
Neste campeonato, em Portugal, já se passaram destas coisas. Nos dois sentidos: há equipas que se superam pelo empenho que põem no jogo e há equipas que se batem muito abaixo das suas possibilidades em jogos onde poderiam fazer muito mais.
Porquê? Essa a questão. Uma coisa, porém, é certa: se as situações forem denunciadas, elas tendem a desaparecer ou a diminuir; se não forem, tendem a manter-se ou até a ampliar-se.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OS SPORTINGUISTAS



A INDESMENTÍVEL DECADÊNCIA

O ano passado por esta altura os sportinguistas estavam bem melhor do que este ano e estavam nervosíssimos. Este ano à 10.ª jornada estão a 13 pontos do primeiro classificado; no ano passado, à mesma jornada, estavam a 11 pontos. E a crise era tremenda. Por todo o lado se pediam cabeças.
Nos anos anteriores, embora desde cedo tivessem perdido as esperanças de poder ganhar o campeonato, também não houve crise.
Tudo isto tem uma explicação que, sendo em si bem simples, é, por outro lado, bem eloquente sobre a profunda crise que ataca o Sporting. Mais do que uma crise, é o sinal de decadência.
Verdadeiramente, o Sporting não concorre para ganhar. E muito menos ao Porto. O Sporting concorre para não ficar atrás do Benfica ou, quando muito, para ficar perto do Benfica.
Que o Porto tenha treze pontos de vantagem este ano, que nos anos anteriores o Porto tenha ficado sempre à frente do Sporting com muitos pontos de avanço, isso é coisa que não interessa nada ao Sporting.
Ainda na última jornada os sportinguistas estavam tão contentes com a derrota do Benfica, que nem deram pela vitória do Guimarães.
Que importância tem perder com o Guimarães em casa (mal estes comentadores de agora sabem que já os “cinco violinos” haviam in illo tempore perdido em casa pelo mesmo score), se o Benfica também perdeu, ainda por mais?
Não há maior sinal de decadência de um clube do que o revelado pelo comportamento dos seus adeptos e simpatizantes, quando estes deixam de se interessar pelos resultados do seu clube e apenas lhes interessa ficar à frente ou a par do rival, qualquer que seja o lugar que este ocupe.
É este o espectáculo que semanalmente nas televisões os comentadores do Sporting nos oferecem, mais aqueles que, ocasionalmente, se intrometem para reforçar a mesma ideia ainda com comentários mais lamentáveis.
Transformado numa sucursal do Porto, o Sporting, por culpa dos seus pobres comentadores, corre o risco de ser uma espécie de “aguadeiro” do clube do norte. E em troca o que ganham os sportinguistas com isso? Nada, limitam-se alguns deles a fazer o papel de “idiotas úteis”.
Do lado do Benfica, por muito que isso custe ao Sporting, o clube de Alvalade deixou de ser um rival. Há mais de vinte anos! Pelo contrário, os benfiquista até olham para o Sporting com aquele benevolência com que costumam acompanhar o trajecto das equipas de segunda linha…

terça-feira, 9 de novembro de 2010

JESUS SEM MARGEM PARA ERRAR



CONFIRMA-SE A ANÁLISE DE ONTEM

Tal como prevíamos, Jorge Jesus esgotou no jogo de domingo passado a sua margem de erro. Esgotou-a, porque a ultrapassou largamente.
Não está em causa perder contra o principal rival, se o rival é melhor ou jogou melhor. O que está em causa é cometer os mesmos erros; o que está em causa é não aprender com o passado.
Se o homem inteligente é o que aprende com os erros alheios, ao homem normal exige-se que aprenda com os próprios.
Tal como em Liverpool, na Primavera passada, também agora no Dragão, Jesus cometeu os mesmos erros, optando por um sistema completamente inapropriado para o jogo em causa, quer pelo sistema em si, quer pelos jogadores escolhidos para o desempenhar.
É possível colectivamente anular ou, pelo menos, atenuar consideravelmente a mais-valia da equipa adversária, nomeadamente se a sua acção se desenvolve nas alas, como é o caso de Hulk.
Em vez de optar pela marcação de um para um, que nunca resultaria completamente, mesmo com o melhor lateral esquerdo, Jesus deveria ter optado pela marcação de dois para um, executada colectivamente, consoante o posicionamento do jogador e o próprio desenvolvimento das jogadas.
Depois, Jesus não pode jogar contra as grandes equipas apenas com um médio defensivo. Repare-se: Mourinho não o faz no Real Madrid e tem os jogadores que todos conhecemos. Com pode fazê-lo o Benfica com esta equipa?
Também neste caso Jesus não aprendeu nada com o passado, nem percebeu as diferenças entre a última época e esta.
O ano passado Jesus pôde jogar assim no Benfica com relativo êxito (não se pode esquecer a Taça de Portugal e a Liga Europa) por duas razões:
Em primeiro lugar, porque o Benfica era mais forte, às vezes muito mais forte, do que as equipas contra as quais jogou, tanto cá dentro como lá fora;
Em segundo lugar, porque tal sistema de jogo assentava, por um lado, na extraordinária capacidade atacante de Di Maria – um jogador capaz de levar o jogo para a frente 20 a 30 metros sempre que tocava na bola – e pela extraordinária cultura táctica de Ramires, que, com ou sem instruções do treinador, conseguia desempenhar várias funções em diversas partes do campo, sem deixar de desempenhar a que prioritariamente lhe estava destinada – médio ala direito.
O ano passado o sistema funcionou praticamente contra quase todas as equipas porque quase todas eram inferiores ao Benfica. Quase: de facto, não funcionou contra as grandes equipas, qualquer que fosse o seu momento de forma. Não funcionou contra o Liverpool, em Anfield Road, campo onde o Benfica claudicou, tal como no domingo passado.
Em conclusão: o Benfica tem que jogar com os jogadores no seu lugar e tem de actuar com mais preocupações defensivas, consoante os adversários.
Jesus não pode desculpar-se com os jogadores que tem, nem exigir mais reforços. Os jogadores que o Benfica tem foram escolhidos ou “homologados” por Jesus e os que vieram de novo foram especificamente escolhidos por ele para substituir os que os que iam partir. Se se enganou, tem de saber remediar o erro.
Aliás, nem sequer é certo que os jogadores comprados este ano não sirvam. Ainda é cedo para se saber. Provavelmente servem, Jesus é que não sabe ou ainda não aprendeu a utilizá-los.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

JORGE JESUS: CRÉDITO ESGOTADO




PODE JESUS CONTINUAR?

Depois do que Jorge Jesus fez ontem, algo tacticamente inaceitável, depois das contratações feitas este ano, algo inconcebível para as necessidades da equipa, muito dificilmente recuperará o crédito indispensável para continuar no Benfica.
São erros a mais e muito dinheiro gasto. A equipa mais cara da história do Benfica dificilmente recuperará do desaire sofrido no Porto.
Não se trata de saber se a equipa poderá ainda ganhar o campeonato, porque essa pergunta tem, para toda a gente, a resposta óbvia. O que se trata é de saber se a equipa está em condições de lutar em cada jogo, como se esse jogo fosse importante para ganhar o campeonato. E a resposta a esta pergunta dificilmente poderá ser afirmativa.
Quem está de fora percebe que a empatia entre os jogadores e o treinador está sendo gradualmente destruída. É como se o treinador tivesse esgotado o seu repertório e nada mais tivesse para dizer de novo. Os sinais vindos a público da parte de alguns jogadores apontam nesse sentido.
Talvez fosse melhor que o Benfica e Jesus rescindissem amigavelmente, sem custos para qualquer das partes, já que dificilmente os benfiquistas aceitarão que à frente da equipa continue alguém que perdeu com o Porto por 5-0.
É verdade que já houve no Benfica quem tivesse perdido por mais (7-1) e tivesse continuado. Mas esse alguém, depois dessa derrota, disse: Vou falar com os meus jogadores e estou certo que vamos ganhar o campeonato.
E ganhou. John Mortimore percebeu que a derrota não teve nada a ver com erros tácticos flagrantes, como também se apercebeu do sentimento de revolta que aquele resultado tinha causado nos jogadores.
O caso de Jesus é diferente. Repete erros. Não aprende com eles. Já o ano passado em Liverpool também não compreendeu as características da equipa contra quem ia jogar. E foi o que se viu…
Haverá quem ache esta posição extemporânea. E haverá também quem entenda que ela é fruto da frustração do momento. Ver-se-á que não é. O que se vai passar na Champions League porá a nu a realidade aqui antecipada.

NOITE FANTÁSTICA DE HULK



BENFICA HUMILHADO NO DRAGÃO

Grande borrada de Jesus no jogo do Dragão. Grande borrada de Jesus seria um título adequado para o que se passou esta noite, não fora a injustiça que tal título representaria para um jogador como Hulk que nada tem a ver com as opções tácticas dos treinadores.
As opções de Jesus estavam derrotadas antes de o jogo começar e somente as suas indesmentíveis limitações o impediram de ver o que toda a gente imediatamente antecipou mal viu a formação da equipa do Benfica.
De facto, tentar travar Hulk no um para um com David Luiz é coisa que somente poderia passar pela cabeça de Jesus.
Coentrão é muito melhor a defesa esquerdo do que a médio ala do mesmo lado, além de que, no jogo de hoje, o que se exigia era alguém que juntamente com Coentrão se encarregasse sistematicamente de travar Hulk.
Não o tendo feito, tendo deixado o excelente jogador do Porto à vontade, o resultado viu-se: três golos em poucos minutos, todos pelo mesmo lado.
As mudanças operadas na 2.ª parte não demonstram que tanto valia jogar com Fábio Coentrão atrás como à frente, como pretende Jesus, apenas demonstram que Jesus não compreendeu o jogo antes de jogado, nem depois de jogado durante 45 minutos.
A acrescer a este erro crasso, mais dois: a colocação de Aimar numa posição que não é a sua, nem na qual tenha alguma vez feito grandes jogos pelo Benfica; e a posição de Carlos Martins, também diferente da que costuma ocupar.
Depois, a classe da actual equipa do Porto fez o resto. E o resto foi uma goleada de 5-0. Uma vergonha para o Benfica e uma humilhação dificilmente reparável.
É de presumir uma grande debandada da equipa do Benfica na reabertura do mercado e, antes disso, mais frustrações na Liga dos Campeões.
Ficou provado: Jesus não é nem nunca será um grande treinador. Será apenas aquilo que sempre tinha sido antes de chegar ao Benfica.
O Porto, pelo contrário, está embalado para uma grande época, em várias competições, e para a revelação de mais um treinador.
É salutar ganhar dentro do campo. É igualmente muito salutar saber perder dentro e fora do campo…

domingo, 7 de novembro de 2010

O ÁRBITRO DO PORTO-BENFICA


PEDRO PROENÇA

Veja aqui e depois não se admire

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A VITÓRIA DO BENFICA


O BOM E O MAU

A vitória que o Benfica foi construindo até aos 75 minutos de jogo, se tivesse sido alcançada o ano passado, dir-se-ia que era brilhante.
Como foi alcançada este ano, e estando, no fundo, os sócios e os imensos simpatizantes do Benfica descrentes da equipa (basta olhar para a assistência do Estádio da Luz), vai dizer-se que foi uma vitória à imagem do Benfica que temos este ano. De um Benfica irregular, que tarda a impor-se e que, muito provavelmente, vai combinado em cada jogo, o bom com o mau.
No jogo de hoje, as equipas, acabadas de defrontar-se há quinze dias, entraram relativamente desconfiadas uma da outra. Afinal, pensava cada uma delas, que tipo de equipa vou defrontar?
O Benfica não entrou avassalador como era seu hábito nas provas europeias, nos bons velhos tempos. Tanto assim que o Lyon introduziu por duas vezes a bola na sua baliza nos primeiros quinze minutos de jogo. A primeira vez em off side, a segunda, depois de a bola ter sido dominada com o braço.
Forte nas bolas paradas o ano passado, o Benfica não desaprendeu tudo. De bola parada, a cruzamento de Carlos Martins, Kardec de cabeça marcou um lindo golo. Pouco depois, num rápido contra-ataque, Carlos Martins fez o último passe para Coentrão, que, sem deixar cair, marcou um grande golo. Antes, já César Peixoto tinha falhado um golo incrível.
Perto do intervalo, de canto marcado por Carlos Martins, Javi Garcia bateu o guarda-redes francês de cabeça e fez o terceiro.
No segundo tempo, o Benfica não entrou para defender o resultado, mas para o segurar, dando a iniciativa ao adversário, e esperando, num contra-ataque, aumentá-lo. Foi o que aconteceu na sequência de um canto marcado pelo Lyon. Numa rapidíssima transição ofensiva em que intervieram quatro jogadores, Carlos Martins fez o passe final para Coentrão, que, num magnífico chapéu, marcou o golo mais lindo da noite.
Daí para a frente tiveram lugar as substituições, Saviola por Jara, Kardec por Weldon e Carlos Martins por Felipe Menezes, e com elas o descalabro da equipa.
Uma deficiente cobertura no centro do terreno, numa bola que Coentrão deixou cruzar, permitiu a Gourcuff marcar o primeiro aos 74 minutos; onze minutos depois, Gomis, na marcação de um canto, fez o segundo e a partir daí o Benfica tremeu. Se até aos 85 minutos o Benfica ainda voltou às redes do Lyon e esteve mesmo em vias de marcar por Maxi Pereira, a partir do segundo golo dos franceses a equipa já só pensava no apito final do árbitro. Tanto assim que, mesmo no fim do jogo, num livre marcado do meio do campo, Roberto teve uma saída verdadeiramente suicida à cabeça da área, permitindo a Lovren transformar em golo um toque de cabeça que, noutras circunstâncias, não teria qualquer perigo.
Mas ficaram da exibição do Benfica algumas lições. A primeira é a de que Coentrão é muito mais eficiente a defesa do que a médio ala esquerdo; a segunda é a de que César Peixoto, não obstante as suas fragilidades, confere mais equilíbrio à equipa do que Gaitan, nomeadamente quando Coentrão sobe – e muitas são as vezes em que o faz; finalmente, viu-se hoje, pela primeira vez, com Salvio, alguém que dá profundidade à equipa. Não faz o que Di Maria fazia o ano parecido, mas faz algo de semelhante e isso é uma notícia fantástica para os benfiquistas.
Quanto ao mais, o que já se sabia: Jara, continua assustado, ainda não sabe ao que veio e está permanentemente perdido em campo. O Benfica tem de decidir se o recambia para a Argentina ou se o põe a jogar na Europa num clube que lhe faça perceber o que é o futebol europeu.
David Luuiz continua desconcentrado. Só por acaso não aconteceu hoje o que já tinha acontecido em Gelsenkirchen e em Lyon: uma perda de bola e golo do adversário. E só por acaso também, numa bola simplíssima, não fez um auto-golo numa das suas famosas “roscas”. Um caso a seguir com atenção…
Conclusão: a vitória era o mais importante, os golos também podem ser e a “psicologia” da equipa igualmente.