terça-feira, 26 de março de 2013

A SELECÇÃO GANHOU, MAS…



TUDO SE SIMPLIFICOU APÓS A EXPULSÃO
 
Azerbaijão vs Portugal (EPA/YURI KOCHETKOV)
 
Paulo Bento parece que está muito satisfeito com a vitória, mas as coisas não são, nem estão, tão simples como parece. A equipa hoje mostrou mais colectivo do que quando joga com Ronaldo e Nani. Claro que Ronaldo não tem culpa disso, mas a verdade é que isso verifica-se sempre que Ronaldo não joga, o que não aconteceu muitas vezes, mas já aconteceu algumas. A responsabilidade é do treinador.
Quanto ao jogo de hoje, que deixou eufóricos alguns comentadores, como o Gilberto da RTP, deve dizer-se que, até à expulsão, resultante de mais uma "palhaçada" de Pepe, não houve nada de substancialmente diferente do que até aqui tínhamos visto nesta fase de qualificação. Pepe lá conseguiu enganar o árbitro e assim se percebe melhor por que razão certos treinadores que privilegiam a vitória a qualquer preço gostam tanto de Pepe…
Depois da expulsão tudo se tornou mais simples. Paulo Bento substituiu logo a seguir o inexistente Meireles (é um dos tais que não joga na sua equipa há vários jogos e assim vai continuar por força do longo castigo que lhe foi aplicado) por Hugo Almeida, ficou com mais gente na frente e numa bola parada (de canto) acabou por marcar por Bruno Alves, que assim fez o seu segundo golo nesta digressão.
Antes do golo já Postiga havia perdido duas oportunidades quase de baliza aberta. Postiga deve ser com toda a certeza o jogador que mais golos já falhou em toda a fase de grupos da zona Europa. Os golos que ele já falhou nesta eliminatória, só esses, davam para uma qualquer equipa que os tivesse concretizado ter hoje um excelente score de golos marcados. Este é um dos casos que Paulo Bento teima em manter. O outro é João Pereira, não tanto por ter falhado também um golo certo, mas por ter sido pelo lado dele que ocorreram as poucas ocasiões que o fraco conjunto do Azerbaijão, tão fraco que não fez um único remate à baliza de Rui Patrício, se acercou da baliza portuguesa. Meireles, como já se referiu, é outro dos que também não deveria jogar, embora por razões diferentes…
Para valorizar a vitória e não a ligar à expulsão “inventada” por Pepe, Paulo Bento deu a entender que às vezes é mais difícil jogar contra dez. Mas se é assim o que se lhe aconselha é que Portugal comece a jogar com dez para dificultar a vida aos adversários, não sendo difícil adivinhar quem deveria ficar de fora…
Só mais logo à noite, quando se conhecerem todos os resultados se verá em que medida esta vitória melhorou realmente a situação da selecção portuguesa. Obviamente que perder seria muito pior, mas se Paulo Bento não arrepiar caminho nada de muito positivo se poderá esperar do comportamento da selecção. Vem aí alguns jogos difíceis que se não vencerão, se o nível competitivo e exibicional da selecção não subir muito. Aliás, quem tiver visto o França-Espanha desta noite perceberá do que estamos a falar.
De positivo, muito positivo mesmo, a exibição de Vieirinha em substituição de Varela. Vieirinha é um dos tais, que apesar de estar jogando bem numa liga difícil, Paulo Bento em princípio não convoca. Foi buscá-lo desta vez porque não tinha Nani. Dani, em substituição de Ronaldo, não tendo feito uma grande exibição, tem lugar na equipa.
Além do golo de Bruno Alves, Hugo Almeida, à boca da baliza, concluiu de cabeça um centro de Coentrão, fazendo o segundo golo.
Vitória, portanto, por 2-0, em Baku, tendo a selecção subido provisoriamente ao segundo lugar do grupo.


PAULO BENTO CHEGARÁ À PÁSCOA?



SE NÃO GANHAR, NÃO CHEGA

Depois da deplorável prestação da selecção na última sexta-feira, em Israel, é natural que os portugueses se interroguem sobre o jogo de amanhã, em Baku, contra o Arzarbeijão. Paulo Bento tem-se escudado nos resultados do último Europeu para justificar uma atitude arrogante, a raiar a insolência, que vai mantendo relativamente a todas as críticas que lhe fazem.

O último jogo da selecção demostrou que as escolhas de Paulo Bento não são as melhores ou são mesmo más, não sendo indissociável desta realidade os resultados das cinco últimas partidas disputadas pela selecção nas quais não há uma única vitória.

É certo que a ausência de formação em grande escala começa a reflectir-se na selecção principal. Verdadeiramente ninguém aposta a sério na formação, nem a selecção, nem os clubes. No Sporting fala-se muito de formação quando não há dinheiro para pagar os ordenados ou em tempo de eleições, mas se olhar para o passado próximo não há nenhum grande jogador que de lá tenha saído. Portanto, mais tarde ou mais cedo, a selecção iria sofrer as consequências. E já as está a ter agravadas pela teimosia (mais do que teimosia, burrice) de Paulo Bento que se recusa dentre as escassas possibilidades existentes a escolher aqueles que mais garantias lhe poderiam trazer.

De facto, Paulo Bento prefere manter um conjunto habitual de jogadores, qualquer que seja a forma em que se encontrem e qualquer que seja a frequência com que jogam, a inovar, escolhendo outros em melhor forma, que joguem regularmente nos seus clubes. Isso é desde logo notório na defesa como se viu no último jogo. Todos ,sem excepção, fizeram grossa asneira: Rui Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Coentrão. Se relativamente a alguns deles ainda se compreende a insistência, quanto a outros, como João Pereira e Bruno Alves, ela é verdadeiramente insustentável. O mesmo se diga na linha média, onde nem Veloso, nem Meireles, estão em forma, não jogando, aliás, nenhum dos dois, posto que por razões diferentes, com regularidade nos seus respectivos clubes. No ataque, Postiga é uma verdadeira negação. Só por milagre uma equipa que tenha Postiga como ponta de lança poderá aspirar à qualificação para o Mundial. Infelizmente, também Varela está jogando muito mal. A verdade é que por essa Europa fora há portugueses que jogam nesses lugares e que poderiam fazer melhor, para não falar de João Tomás, com o qual Paulo Bento casmurramente nunca contou. Se o selecionador alemão fosse como Paulo Bento, Klose já tinha deixado a selecção há mais de quatro anos…

Também não se compreende que, precisando a Federação, como pão para a boca, que a selecção vá ao Mundial, Paulo Bento se recuse a convocar um dos muitos excelentes jogadores com dupla nacionalidade, a jogar em Portugal, que já se disponibilizaram publicamente para jogar pela selecção.

Paulo Bento depois do resultado de sexta-feira e, principalmente, depois da polémica que vem mantendo com Pinto da Costa em termos impróprios, está a um passo de não passar a Páscoa como seleccionador. Basta que não ganhe amanhã.

 

terça-feira, 19 de março de 2013

MOURINHO É IRRESPONSÁVEL?


 

O ASSUNTO DO MELHOR TREINADOR DO MUNDO NÃO PODE FICAR ASSIM

 

Mourinho declarou à RTP que não foi à gala da FIFA porque havia “irregularidades” (leia-se batota) na eleição do melhor treinador do mundo. Segundo o treinador português, várias pessoas lhe telefonaram a dizer que tinham votado nele, tendo o voto depois aparecido noutra pessoa.

Mourinho não pode fazer estas afirmações sem ter a possibilidade de provar quais os eleitores (não se sabe quantos: muitos, poucos?) que, tendo-lhe comunicado  o voto na sua pessoa, o viram no resultado final atribuído a outra.  É evidente que esta prova não prova nada, apenas provaria que Mourinho foi informado de que havia eleitores (quantos?) que lhe assinalaram uma divergência entre o voto efectivamente votado e o voto que lhes foi atribuído.

De posse desta prova, Mourinho deveria ter-se dirigido à FIFA, exigindo a consulta dos votos cuja irregularidade lhes foi assinalada. E logo se saberia se a FIFA fez batota ou se os informantes de Mourinho estavam pura e simplesmente a mentir.

Agindo como agiu, Mourinho demonstra ser um irresponsável, um ególatra, a quem nem sequer passa pela cabeça terem-lhe pura e simplesmente mentido. Ou, pior ainda, passa-lhe e mesmo assim não hesita em lançar, sem provas, uma grave suspeita sobre a FIFA com o objectivo de desmerecer do prémio atribuído a um homem sério como é Vicente del Bosque.

Espera-se que a FIFA actue e que seja implacável. De facto, num sorteio em que o voto é público, as suspeitas de Mourinho são ridículas e apenas demostram o tipo de pessoa que Mourinho é. Mourinho não presta…Por isso, com ele como interveniente, todas as conjecturas são possíveis: e se Mourinho já tivesse decidido sair do Real Madrid mas, querendo fazê-lo com uma choruda indemnização, estivesse com esta conversa a criar as condições para não poder continuar em Espanha, “obrigando” o Real Madrid a demiti-lo?

sexta-feira, 15 de março de 2013

BENFICA PASSA ELIMINATÓRIA COM VITÓRIA EM BORDÉUS


 
CARDOZO DECISIVO
Cardozo Benfica  Bordeaux (Foto: AFP)

Até agora o Benfica tem estado à altura das suas responsabilidades em todas as frentes em que está empenhado. Com excepção da Taça da Liga, onde houve o “acidente” dos penalties, além de um penalty sobre Gaitan não assinalado, tudo tem corrido bem, apesar de muitas terem sido as vozes que antecipavam o colapso da equipa em Fevereiro.

No jogo de hoje, em Bordéus, jogado em condições muito difíceis, o Benfica demonstrou personalidade e ganhou com todo o merecimento. Jogar uma eliminatória europeia, dos oitavos de final, sem dois titularíssimos no centro da defesa, e mesmo assim ganhar não é feito que esteja à altura de qualquer um.

Os que hoje desvalorizam o triunfo do Benfica (Rui Santos, Ribeiro Cristóvão, entre outros) são os mesmos que na quinta feira passada criticavam a equipa por não ter além do um a zero e são curiosamente os mesmos que enalteciam o triunfo do Porto sobre o Málaga (a 27 pontos do Barcelona!) e anteviam uma passagem relativamente fácil da equipa portista à fase seguinte, não obviamente por demérito da equipa adversária, mas pela grande classe da equipa portuguesa. E, todavia, o que se viu foi exactamente o contrário.

Esta noite, Jardel foi muito importante na marcação do primeiro golo, depois de o Bordéus ter ameaçado seriamente a baliza de Artur, que acabou, nesse período, saindo ilesa mercê da grande actuação do guarda-redes brasileiro. É certo quer o Benfica levou algum tempo a acertar as marcações no centro da defesa, mas depois, com Matic mais perto dos centrais, a equipa não voltou a oscilar durante cerca de uma hora.

Na parte final do encontro, Jardel cortou mal uma bola lançada para as costas da defesa, acabando por fazer uma assistência para Diabaté, que de outro modo se encontraria em off side. Diabaté, recebendo a bola isolado, não teve dificuuldade em fazer o golo do empate. Mas logo no minuto seguinte, Cardozo, acabado de entrar, demonstrou toda a sua classe como homem de área: simulou o remate, sentou o defesa e o guarda-redes, e com o pé esquerdo fez o golo. Um grande golo!

No primeiro minuto do prolongamento Jardel voltou a ser infeliz e fez auto-golo, permitindo, assim, ao Bordéus chegar ao empate. Mas logo no minuto seguinte, Cardozo ganhou na frente uma disputa de bola com Poko e fez o terceiro do Benfica com grande classe. Um golo à Romário.

Embora nunca tivesse estado em causa a eliminatória, a verdade é que Cardozo foi decisivo, marcando por duas vezes. Na equipa do Benfica, além de Cardozo, que acabou sendo o homem do jogo, apesar de somente ter entrado ao 67.º minuto, rendendo Rodrigo, há a destacar a segurança de Artur, a boa exibição de Gaitan e de Enzo Pérez e a consistência de Matic (que apenas deveria ser incentivado a largar a bola um bocadinho mais cedo…). Rodrigo muito sozinho na frente cumpriu o que se lhe pedia.

O Bordéus foi uma equipa muito semelhante à que jogou na Luz. Privilegiou os lançamentos longos para as costas da defesa do Benfica e dispôs de várias oportunidades que não concretizou. O Benfica ganhou os dois jogos, porque é superior.

 

quarta-feira, 13 de março de 2013

PORTO FORA DA CHAMPIONS

É PRECISO TER LATA, UMA GRANDE LATA!!!





Tanta conversa e afinal o Porto caiu aos pés de uma equipa que vai em quarto lugar na Liga Espanhola a 27 pontos do comandante! Para quem depreciava o Bordéus, colocado a meio da tabela, a 17 pontos do primeiro, não deixa de ser humilhante ser eliminado pelo Málaga.

E o Porto até se pode dar por muito feliz. Depois de ter vencido em Portugal com um golo fora de jogo, viu anulado em Espanha o primeiro golo do Málaga sem que até agora ninguém ainda tenha percebido por que razão o árbitro errou ou qual foi a causa do erro do árbitro. Transformar um penalty não marcado, que, por acaso, deu em golo, num golo anulado não é feito ao alcance de qualquer!

Tendo, portanto, o Porto beneficiado de dois golos, um validado injustamente e outro invalidado sem que ninguém perceba porquê, e mesmo assim ter sido eliminado, só demonstra que a equipa atravessa uma grave crise que em Portugal se nota menos, não só pela grande distância que separa as duas equipas da frente das demais, mas também por as arbitragens quase nunca serem imparciais.

Finalmente, ficou também demonstrado para quem tivesse dúvidas que o dínamo do Porto era Moutinho. Com Moutinho lesionado, com James a meio-gás, e com Mangala vigiado pelos árbitros, o Porto está longe de ser uma grande equipa.

A derrota por 2-0 espelha bem o que foi o jogo pelo que nada mais há a dizer.

quarta-feira, 6 de março de 2013

ESTA LIGA DOS CAMPEÕES JÁ ESTÁ VICIADA


 

MAIS UMA VEZ MOURINHO…
Nani ve la roja
 

A dúvida não está em saber se esta Liga dos Campeões já está viciada, mas se a Liga dos Campeões está viciada.

A dúvida faz todo o sentido, analisando o que se passou hoje e ligando o que se passou hoje com o que se passou noutras ocasiões.

Hoje, toda a gente viu o que se passou. Num jogo que estava sendo excelentemente disputado, com clara supremacia do United, que estava conseguindo neutralizar Ronaldo na melhor fase da sua carreira, o árbitro turco Çakir - e toda a gente pergunta, porquê um árbitro turco? – expulsou inexplicavelmente Nani. Uma expulsão tão surpreendente, que ninguém, dentro e fora do campo, a percebeu. Não a perceberam os jogadores do Real Madrid. Não a compreenderam os jogadores do Manchester. Quando ambos os jogadores que intervieram no lance – Nani e Arbeloa - ainda estavam por terra, dava a ideia, pelas imagens, que os jogadores do Manchester até estavam a chamar a atenção do árbitro para a entrada imprudente de Albeloa, pedindo que o livre fosse marcado a seu favor. Inexplicavelmente, perante a surpresa e a estupefacção geral, o árbitro expulsou Nani. Incrível, de facto. Nani correu para uma bola que vinha no ar, sem adversários por perto, e, quando já estava com o pé levantado na vertical da bola, irrompeu em grande correria contra ele Arbeloa, provocando o choque. Se o árbitro interpretasse o gesto de Nani como imprudente, o mais que poderia fazer era mostrar o amarelo. Mas nem isso se justificaria.

Este lance foi decisivo para o desfecho da partida. Todos os jornais espanhóis o dizem sem rodeios.

Uma expulsão com estas características deixa a equipa que a sofre tão desorientada quanto os espectadores. Uma coisa é uma expulsão na sequência de uma agressão, de jogo violento ou de uma sucessão de faltas. Outra, completamente diferente, é uma expulsão que tem lugar cerca de um minuto depois de a jogada ter ocorrido, sem que ninguém, de um lado ou de outro, insistimos, estivesse a contar com ela. Enquanto a expulsão normal é anímica e psiquicamente assimilada pela equipa com rapidez, a expulsão inopinada e surpreendente, e além do mais completamente inexplicável, deixa a equipa que a sofre verdadeiramente atordoada.

Foi o que aconteceu. Mourinho, pelas mudanças que imediatamente fez, em três minutos virou o resultado. Aliás, dois excelentes golos. Curiosamente, o Manchester acabou por reagir e, não fora o azar e novamente o árbitro, que não marcou duas grandes penalidades a seu favor – uma por mão de Ramos e outra por rasteira do mesmo jogador a Evra, isto para não falar de um soco (sem querer) de Diego Lopes a Vidic -, poderia ter ganho o jogo. Fez o suficiente para passar num jogo em que foi superior, mas que ficou definitivamente marcado pelo árbitro.

É muito. Muito para ser simples acaso. De nada valem as palavras de circunstância que Mourinho terá trocado com Fergusson durante o jogo ou as que proferiu no fim: “Perdeu a melhor equipa, mas o futebol é assim. Devem sentir-se como eu me senti quando me expulsaram o Pepe em Camp Nou…”.

O que interessa ter em conta nestas coisas é o passado. E o passado diz-nos que, quando Mourinho treinava o Porto, o Manchester também foi eliminado. Como? Com um golo de Costinha? Sim, certamente. Só que se tivesse sido validado o de Scholes, limpo, não lhe bastaria empatar em Old Trafford para passar à fase seguinte…

E depois, em San Siro, contra o Barcelona, arbitrado por Olegário Benquerença, foi a vergonha que se conhece. Um golo em claríssimo fora de jogo, outro na sequência de uma falta não marcada sobre Messi e uma série de livres perigosos à entrada da área transformados em livres a favor, além de dois penalties indiscutíveis não marcados a favor do Barça. É muito…

O facto de o Barcelona, um ou dois anos antes, ter sido escandalosamente beneficiado na meia-final num jogo contra o Chelsea, em que ficaram por marcar cinco (!!!) grandes penalidades a favor dos ingleses, não justifica o que se tem passado com Mourinho.

O que tudo isto demonstra - e não se trata, longe disso, de uma análise exaustiva -  é que a Liga dos Campeões não é uma prova séria.

Os ingleses não fazem batota no futebol e talvez por isso se preocupem pouco com estas questões. Mas como são muito bons a investigar, eu, se estivesse no lugar do Manchester, e tivesse os recursos que o Manchester tem, investigaria este Cüneyt Çakir, tendo em conta as óbvias conexões: empresários, antecedentes de participantes, ligações a conhecidos corruptores de árbitros, etc.. Só para ficar tranquilo e continuar a acreditar que o futebol é uma coisa séria...

segunda-feira, 4 de março de 2013

ABAIXO OS PROGRAMAS DESPORTIVOS COMENTADOS POR ADEPTOS



DIAS FERREIRA NÃO TEM EDUCAÇÃO

 

Temo-nos batido neste espaço pela eliminação nas televisões, a começar pela RTP, dos programas desportivos comentados por adeptos. São programas onde se cultiva o ódio, a violência, o fanatismo, enfim, o que há de mais negativo no desporto.

Dias Ferreira é um desses casos, embora esteja longe de ser o único. É um fanático, um faccioso, um pretenso moralista arrogante e acima de tudo uma pessoa sem nenhuma educação. Faz parte dessa nomenklatura decadente que se apoderou do Sporting através de influências múltiplas (desde logo as televisivas) e o levou à situação em que se encontra - à ruina e ao descalabro.

O mais interessante é que esse cavalheiro do Sporting que é objectivamente incapaz de analisar um lance com seriedade – sim, porque o fanatismo é em si uma desonestidade – se considera moralmente superior aos que o rodeiam. Milhares de vezes no programa em que participa ele arrogantemente exibiu a sua superioridade moral que, pouco inteligentemente (consequência do seu fanatismo), liga ao facto de ser sportinguista.

 Hoje, mais uma vez foi a sua actuação foi vergonhosa, insultando um colega de programa. A primeira característica do fanático é não ver no outro nada mais que fanatismo.

Mas nem todos são fanáticos. Outros são manhosos, muito manhosos.

Enfim, se a Alta Autoridade para a Comunicação Social não fosse o que realmente é – uma pequena autoridade – aconselharia as direcções de programa das televisões a acabar com esse lixo que são os programas comentados por adeptos.


PINTO DA COSTA TEM MESMO DIREITO DE OPÇÃO SOBRE OLIVEIRA E COSTA


 

A BRONCA DE ALVALADE

 

Aqui há uns meses atrás tínhamos perguntado se Pinto da Costa tinha direito de opção sobre Oliveira e Costa (o do Trio de Ataque). Hoje essa questão já não se põe. O dito especialista em sondagens, está nos programas desportivos de televisão com dois objectivos: atacar o Benfica e defender o Porto nas chamadas questões indefensáveis. O Sporting de que se diz adepto é um mero instrumento de que se serve para poder actuar aquela estratégia.

Nas questões que digam respeito ao Sporting e a que o Benfica seja alheio, a posição desse comentador é conhecida: apoia as direcções sportinguistas que nestes últimos anos levaram o Sporting à situação em que se encontra. É um seguidista nato, principalmente na defesa das políticas de “colonização” do Sporting por Pinto da Costa. Apoiou tudo o que fosse desvalorizar e prejudicar o clube de Alvalade. Sempre assim tem agido.

Ontem, porém, a máscara, se existia – e realmente ela só não era vista pelos mais ingénuos – caiu definitivamente. Na discussão sobre os incidentes de Alvalade, em que Pinto da Costa, como habitualmente, foi o protagonista, Oliveira e Costa só tinha uma versão do assunto. Qual era ela? A do ex-dirigente sportinguista Paulo de Abreu? Que ideia! Não senhor. A sua versão era a de Pinto da Costa!

Ou seja, Oliveira e Costa, especialista em múltiplas actividades, desde formação profissional subsidiada pelo Fundo Social Europeu até comentador desportivo em representação de um clube, gastando, todavia, parte considerável do seu tempo de antena a defender outro, assumiu agora as funções de porta-voz de Pinto da Costa.

No incidente de Alvalade, o mais interessante nem sequer é a posição de Oliveira e Costa, já que é cada vez mais difícil encontrar um notável sportinguista que não esteja “colonizado” pelo Porto– salve, Paulo de Abreu! -, mas o facto de  Pinto da Costa se ter mostrado tal qual é: “Você está a dizer isto aqui, mas se fosse lá no Porto não dizia nada”.

Ora bem aí temos a verdadeira interpretação do conceito de liberdade – liberdade de opinião, liberdade de informação – de Pinto da Costa. A mesma “liberdade” com o clube das Antas trata os jornalistas, os árbitros, enfim, até os autocarros dos clubes rivais.

E para que não houvesse dúvidas de que era dessa “liberdade” que se tratava logo um jagunço saído dentre os convidados da tribuna VIP do Sporting se levantou para pôr defender o “Chefe” e pôr em sentido aquele que tivera a ousadia de o confrontar com o sempre presente “apito dourado”.

Veremos como reagem os sportinguistas em campanha eleitoral para a partir dessa análise poderemos concluir até onde já vai a “colonização” do Sporting pelo Porto...

domingo, 3 de março de 2013

BENFICA NA FRENTE


 

VITÓRIA DIFICIL EM AVEIRO

Duas notas preambulares: a primeira respeita aos comentários da RTP internacional que transmitiu o jogo em directo. Inacreditável a actuação do comentador de serviço. Uma pobreza profissional e um facciosismo que justificariam que tal fulano não mais voltasse a comentar jogos na televisão pública. Quando é que esses pseudo profissionais do comentário desportivo se convencem que eles estão lá para ilustrar com breves palavras o que se está a passar e não o que segundo as suas pobres cabecinhas se deveria passar? E quando é que eles se convencem que, relativamente às chamadas jogadas polémicas, eles não estão lá para as comentar – não só porque em regra não são honestos, como quase sem excepções não são competentes – mas para as mostrar? Apenas isso e nada mais. O resto não é com eles. É com os espectadores.

A segunda tem a ver com a interpretação estúpida ou maldosa das palavras alheias, neste caso, das as do treinador do Benfica no final do jogo. O que Jorge Jesus disse foi que o problema das equipas como o Beira Mar é galvanizarem-se contra os grandes e depois não serem capazes de manter essa performance contra as equipas do seu campeonato. Ele fala porque já esteve do outro lado e sabe que esse problema não é fácil de contornar. Este comentário é óbvio é um só um diminuído mental o não compreende.

Terceira nota: João Gobern continua a falhar. Dizer que o penalty contra o Beira Mar se justifica porque a bola de Cardozo ia para a baliza, é de facto de quem, com o devido respeito, não percebe nada de futebol. O que o João Gobern tem que dizer é aquilo que é óbvio: o penalty não se discute. É penalty indiscutível. Se aquilo não é penalty, então o que é penalty? Nem sequer deveria ter deixado que a discussão fosse por esse lado. E João Gobern não viu que houve mais dois penalties sobre o Lima e uma outra mão na bola  de um defesa aveirense que não foram assinaldos?João Gobern não tem a estatística dos penalties que foram assinalados a favor do Porto e dos que não foram marcados contra, apesar de evidentes? E não se lembra João Gobern de como o Porto empatou o jogo o ano passado contra a Académica? Assim não pode ser. Tem de ir preparado ou dar o lugar a quem vá.

Bem, quanto ao jogo. O Benfica fez um dos jogos mais sofridos da época. Um jogo que poderia ter sido sentenciado nos primeiros trinta minutos. Não resolveu. O Beira Mar agigantou-se e não permitiu que o Benfica tornasse o jogo fácil. É certo que o Beira Mar nunca esteve perto de marcar, salvo numa jogada de ressalto na área que, depois de ter sido sorte, teve azar.

E o Benfica a partir de determinada altura apenas pensou em segurar a vitória e conseguiu. Não há muito mais a dizer, salvo um falhanço incrível de Cardozo, em cima da linha de golo, por falta de reflexos.

Entretanto, o desonesto e fanático comentador do Porto, chamado Guedes, vai espalhando mentiras e baboseiras na RTP Informação. Enfim, é quase um caso de polícia.

Depois do empate do Porto em Alvalade, o Benfica passou para a frente para grande raiva desses comentadores que realmente estão na origem e são os verdadeiros autores morais de actos como os do apedrajamento ao autocarro do Benfica. Por isso é que a RTP Informação, como estação pública que é, deveria acabar com programas, como este, geradores de ódio e de violência.