sábado, 26 de março de 2016

AS MENTIRAS DE MARQUES LOPES


 
MAIS UMA FALSA VIRGEM

 

À medida que o tempo passa a gente vai-se convencendo que só vale mesmo a pena ler o que nos possa enriquecer, seja na política, na literatura, nas artes e também no futebol.

No futebol, então, é uma pura perda de tempo ouvir, ler ou ver quem nada nos possa trazer de novo. Para ouvir a repetição sistemática de velhos lugares comuns ou mentiras de pouco nível, sejam elas ditadas pelo ardor clubístico ou pela falta de carácter, mais vale fazer qualquer outra coisa mais proveitosa. Essa a razão por que jamais leio as pobres croniquetas que alguns jornais desportivos recolhem de comentadores sem nível, mas que por razões desconhecidas se tornaram conhecidos pelo tempo que as nossas pobres televisões lhes prodigalizam.

Acontece que ontem – dia muito triste para quem realmente gosta de futebol – comprei um jornal desportivo que trazia uma dessas croniquetas assinada por Marques Lopes. Sei que é um fulano que fala num programa de TV pretensamente satírico, mas que os seus participantes levam muito a sério, onde se dizem umas banalidades notívagas sobre a política nacional.

Era fácil prever pelo título que se trataria de um artiguelho contra o Benfica. Por curiosidade li-o e devo confessar que fiquei espantado.

Como é possível que um adepto de um clube que cometeu tudo o que de mais reprovável possa haver em futebol tenha a ousadia de vir lançar as mais soezes calúnias sobre um clube sério e democrático, obviamente alicerçadas em factos falsos, deturpados ou dolosamente alterados?

Como é possível que um adepto de um clube que durante trinta anos fez do futebol português uma grande batota se atreva a salpicar de lama um clube sério e honesto?

Comecemos pelo princípio: no princípio foi a “luta heroica” para ter na presidência da Comissão de Arbitragem e nos respectivos Conselhos de Disciplina e de Jurisdição pessoas que aberta, declarada e vergonhosamente defendessem os interesses desse clube como se o lugar que ocupavam mais não fosse do que uma simples extensão do clube a que pertenciam. E assim se conseguiram as primeiras vitórias, vitórias que jamais teriam acontecido sem a batota que as permitiu.
Enumeremos a título de exemplo algumas situações mais correntes.
Havia árbitros escandalosamente parciais, árbitros que chegaram durante uma época a marcar mais penalties e livres directos `entrada da área a favor dessa equipa do que golos por ela marcados em jogadas corridas. Épocas em que o vencedor da “bola de prata” dessa equipa marcou mais golos de penalty do que de qualquer outro modo. Épocas em que o guarda-redes dessa equipa tinha “autorização” para defender com a mão fora da área sem que nada – nada! – lhe acontecesse. Épocas a fio em que os centrais dessa equipa substituíam os juízes de linha nas marcações dos fora de jogo (“levantavam a mão e o liner assinalava off side”, vide depoimento de J. Toschack). Épocas em que os defesas dessa equipa tinham autorização para agredir os avançados da equipa adversária sem que nenhuma expulsão ocorresse nem sequer admoestação na maior parte dos casos. Épocas em que os jogadores dessa equipa nunca viam o segundo amarelo por mais faltas que cometessem e qualquer que fosse a sua gravidade, como, por exemplo, Jorge Costa e Fernando Couto, entre muitos outros. Épocas em que essa equipa marcou golos na sequência de centros realizados com a bola fora do campo. Épocas em que qualquer contacto, verdadeiro ou simulado, existente na área da equipa adversária era sistematicamente punido com grande penalidade.

Foram as gloriosas épocas dos “Quinhentinhos”(ler “Golpe de Estádio”) e depois do “Apito Dourado” (ouvir as escutas).

Numa primeira fase essas famosas vitórias alcançaram-se não apenas pela via da arbitragem mas também pelo silenciamento do que se passava nos jogos em que essa equipa intervinha. Esse silêncio foi conseguido à custa da substituição forçada, imposta frequentemente pelo terror, de qualquer jornalista que relatasse os factos ocorridos, imediatamente taxado de “sulista” ou de “mouro”, epítomes que funcionavam como sinónimo de alvo a abater, e abriam a porta à sua substituição por jornalistas completamente domesticados ou tão fanaticamente adeptos quanto os seus mandantes. Por via também da covardia das direcções dos jornais e de outros órgãos de comunicação, qualquer resistência ou denúncia deste estado de coisas era silenciada pela agressão física, fosse o jornalista do norte, do centro ou do sul, num combate sem tréguas à liberdade de informação e à independência do jornalismo. Dentro da lógica de quem mandava importante era saber se o jornalista era independente ou não. Se fosse tinha de levar o correctivo necessário para deixar de o ser…pelo menos nos territórios dessa equipa.

A “persuasão” era tanta e tal era sua intensidade que até conhecidas personalidades da área política ou empresarial, que viviam ou trabalhavam nos “territórios” dessa equipa, que antes eram Benfica tiveram de deixar de o ser para “tratarem da vidinha”, passando do dia para a noite a fervorosos adeptos da equipa das “grandes vitórias”!

Essa mesma política estendia-se às equipas adversárias mais pequenas que, quando prejudicadas – e isso acontecia sempre que necessário -, se falassem, seriam imediatamente penalizadas. Daí que essas equipas, quase sem excepção, tivessem adotado a técnica do silencio – uma espécie de “omerta à siciliana – por rapidamente terem compreendido que quanto mais falassem mais prejudicadas seriam. Ficou célebre, depois de um jogo em que tudo aconteceu, a ponto de até o juiz de linha ter passado uma bola ao extremo dessa equipa que assim iniciou um contra-ataque prometedor e em que no fim houve grande confusão entre jogadores e adeptos de ambas as equipas, confusão que se prolongou no próprio hospital onde os feridos estavam a ser tratados, ficou célebre, dizíamos, o “ordálio” lançado publicamente, contra o presidente que teve a ousadia de se insurgir contra as vergonhas que tinham acontecido no campo e fora dele, pelo presidente da equipa das “grandes vitórias”: “Ireis para a segunda divisão e nunca mais de lá saireis, a não ser mais para baixo!”. E de facto, essa equipa por lá ficou várias décadas até que um empreiteiro de construção civil de “confiança” oriundo dos territórios da equipa das “grandes vitórias” a tivesse de novo trazido à primeira divisão…Quem falasse, quem denunciasse não teria jogadores emprestados, teria contra si a animosidade dos árbitros e o desdém dos silenciados!

Foi assim que o poder se conquistou. Pela força, pela violência, pela ameaça.

Depois, à medida que as principais equipas adversárias se foram naturalmente enfraquecendo – a ponto de terem passado por um longuíssimo “jejum” de títulos – e essa equipa se foi cada vez mais engrandecendo entrou-se numa segunda via. Uma via  que não desprezava os métodos do passado sempre que necessário, mas que por força do valor das equipas em confronto os tornava menos frequentes. Essa via assentava na ideia de que o futebol, para essa equipa, teria de deixar de ser um jogo, de sua natureza aleatório, para se tornar numa coisa certa!

A ideia era muito simples (nós somos os melhores) e assentava na seguinte consequência (logo, não podemos perdera não ser quando isso já for completamente irrelevante).

Como o escândalo do futebol português começou a ser muito falado lá fora, era necessário abandonar os velhos métodos, que agora já não eram tão necessários como nos primeiros vinte anos e introduzir algo de novo, algo que se assemelhasse à normalidade.

E então o esquema era o seguinte: Como a equipa era claramente superior não precisava, em princípio, de favores. Todavia, para prevenir surpresas seria conveniente que o árbitro estivesse sempre preparado para desbloquear qualquer situação que não estivesse a fluir com a normalidade esperada ou para impedir qualquer acaso que pusesse a equipa numa situação de desvantagem ou, muito importante, para abortar qualquer tentativa de renascimento das equipas rivais.

E é este estado de coisas que o escândalo do “Apito Dourado” reflecte. De facto, a maior parte das situações ocorre contra equipas pequenas, equipas manifestamente inferiores, mas que convinha impedir que perturbassem o “bom funcionamento” da equipa favorita, principalmente antes e depois dos jogos europeus. Esta via contudo nunca perdeu de vista as influências directas nos jogos das equipas rivais, nomeadamente no princípio da época, quer para as desmoralizar, quer para impedir algo que se assemelhasse a um começo de consolidação do renascimento dessas equipas.

Essa a lógica do “Apito Dourado” cujas escutas tanto escandalizaram o “impoluto” Rui Moreira, a ponto de ter abandonado um programa desportivo em que participava, dentro da conhecida lógica siciliana que nos diz: “Podes matar, porque, desde que não haja provas válidas, ninguém te poderá acusar de teres matado”. As escutas apesar de reais, inequívocas, indiscutíveis, também não poderiam sustentar qualquer acusação…porque não eram válidas. Essa a lógica e a moral dos super, dos grandes, dos médios e dos pequenos adeptos dessa equipa.

E o rol não teria fim…Felizmente, tudo parece ter acabado a partir do momento em que essa imensa legião de árbitros corruptos foi sendo naturalmente afastada do futebol (sem esquecer que alguns foram irradiados) e a arbitragem foi entregue aos próprios árbitros!

E então o futebol passou a ser um jogo. Um jogo onde há dias bons e dias maus, um jogo onde todos cometem erros: os jogadores, os treinadores, os árbitros. Um jogo em que a sorte também tem um papel.

Dizer que o Benfica não sofre penalties é falso. O Benfica tem sempre sofrido penalties ao longo das épocas. Em todas as épocas o Benfica, desde que existe, sempre sofreu penalties. Coisa que se não passa com o Sporting nem com o Porto! Por outro lado, tanto David Luiz como Maxi Pereira, jogadores citados pelo A. do artiguelho, quando alinhavam pelo Benfica, foram expulsos, punidos muitas vezes com amarelo e cometido faltas que originaram penalties.

O Benfica, este ano, no campeonato, ainda não cometeu faltas para penalties, sendo essa a razão por que até agora ainda não foram marcados. De todos os casos apontados pelos seus principais adversários, apenas um, em Guimarães, poderia ter sido assinalado, embora se compreenda que o árbitro o não tenha feito (referimo-nos ao contacto de Fejsa com um jogador do Guimarães, que deliberadamente o procurou , podendo, embora isso não seja certo, o resultado desse jogo ter sido diferente se o penalty tivesse sido marcado. Mas que dizer, por exemplo, dos dois penalties cometidos por Marcano na Madeira contra o Nacional? Do penalty cometido por Naldo contra o Arouca? Do cometido por Gelson contra o Guimarães? Das expulsões perdoadas a Slimani e a João Mário contra o Braga? Enfim, o que dizer de tudo o que neste campeonato foi erro de arbitragem e beneficiou o Porto e o Sporting? Ou pensam os comentadores oficiais, oficiosos e assalariados do Sporting e do Porto que é por repetirem até à exaustão mentiras e deturpações que se tornam verdadeiros os factos em que elas assentam? E que é por o do Benfica não andar sempre com o rol dos erros na mão que eles deixaram de ser praticados?

Queixam-se outros de haver poucos penalties a seu favor ou de não haver expulsões de elementos da equipa adversária. Mas como pode haver mais penalties a favor dessa equipa se ela raramente entra na área adversária e como pode haver expulsões dos elementos contrários se essa equipa joga a passo e sem qualquer intensidade?

 Ganhem no campo e manifestem-se depois. Abstenham-se de invocar falsidades e estejam caladinhos para não terem de ouvir o rol das vossas misérias e vergonhas. É este o conselho que vos damos!

 

 

segunda-feira, 21 de março de 2016

RUI SANTOS, O TAL DA “VERDADE DESPORTIVA”




RUI SANTOS CALUNIA SLIMANI



Rui Santos é certamente um dos comentadores de futebol que menos percebe de futebol. Isso não acontece por ele ser intelectualmente diminuído ou por não ter capacidade para compreender aquele mínimo que qualquer fulano com assento na televisão tem de possuir para poder falar sobre o assunto que o lá leva. Não. Não é por isso. É porque ele é estrutural e visceralmente intriguista, porque ele é o tipo de pessoa a quem os factos nunca interessam, o que lhe interesse é a mistificação, a mentira, a calúnia que a partir deles se pode engendrar.

Como aqui neste blogue já foi dito por mais de uma vez, ele é o tipo de comentador que nunca comenta com base nos factos, mas sempre e só a partir de juízos de intenção que a sua cabeça perversa congemina para alcançar (supõe ele) os fins que tem em vista atingir.

O seu alvo principal é, obviamente, o Benfica. Tudo no Benfica lhe serve de pretexto para lançar as suas (quase sempre sempre) estúpidas intrigas. Ou se faz de “inácio” e intriga sobre a renovação de Júlio César como já antes tinha intrigado sobre a sua “lesão crónica” ou como quando tinha deixado no ar a iminente demissão de Rui Vitória se não ganhasse em Braga ou sobre os penalties que ninguém marca contra o Benfica ou sobre qualquer outro assunto que lhe pareça deste ponto de vista suficientemente apetecível para as suas intrigas. Mas o Benfica não é o seu alvo exclusivo, embora seja sempre o alvo que ele pretende atingir.

Como é fanaticamente sportinguista, como sofre imenso com o prolongado “jejum” do Sporting, como percebe que o Sporting é um clube de segunda linha relativamente ao Benfica, então ele também pode virar-se contra os dirigentes do seu clube que não o sabem “dirigir” como ele entende que deveria ser dirigido ou contra os jogadores que não rendem aquilo que ele entende que poderiam render.

Entre os dirigentes do seu clube contra os quais se rebelou estão a maior parte dos que antecederam o actual presidente e até este é (amigavelmente) criticado quando o seu comportamento ou os seus excessos de linguagem podem prejudicar o Sporting.

No essencial, está de acordo com o actual presidente, mas como o homem é excessivamente grosseiro, ele entende que marca, perante os espectadores, a sua "independência de julgamento” se se afastar dessas grosserias. Obviamente, que qualquer pessoa com um mínimo de senso faria isso, só mesmo um tonto como Eduardo Barroso ou um caso psiquiátrico, como aquele que escreve em “A Bola”, podem entender dever estender-se o seu dever de fidelidade a essas aleivosias – no fundo, porque são iguais a ele.

Ontem, no programa “Play Off” o tal da “verdade desportiva” passou todas as marcas. Antes de prosseguir, convém dizer que esse programa é hoje uma espécie de “fato à medida” do Sporting Club de Portugal. Para além do tal da “verdade desportiva”, ele conta com um tal João, que tem por exclusiva missão formular as “deixas” para que depois se desenvolva a campanha anti-Benfica, com o assalariado Inácio, que faz o triste papel de pau-mandado, quase sempre com más interpretações, com Rodolfo Reis que, tendo há muito pressentido a decadência e a crise do Porto e nada podendo fazer para a evitar, prefere tacticamente aliar-se aos sportinguistas no ataque ao Benfica por, evidentemente, perceber que é do lado dos “vermelhos” que vem o perigo. No meio desta selva leonina, João Alves tenta desenvencilhar-se como pode.

Pois bem, ontem a propósito das declarações de Jesus contra Slimani, Rodolfo e Alves (este com nuances) aplaudiram, Inácio calou-se tanto quanto pôde, mas Rui Santos, pela primeira vez, “insurgiu-se” contra Jesus. Já se vai ver a seguir que esta inacreditável reacção do “homem da verdade desportiva”  não tinha minimamente em vista defender Slimani e muito menos atacar Jesus, mas antes e só defender o Sporting e, reflexamente, proteger Jesus.

Vejam só qual o argumento dessa mente perversa que é Rui Santos. Disse ele, Jesus fez muito mal em ter criticado Slimani, aposto com vocês que no próximo jogo do Sporting, no Restelo, Slimani vai apanhar um cartão amarelo para ficar suspenso no seguinte. Depois da reprimenda que levou, Slimani vai fazer ver a Jesus que tanto ele como o Sporting dependem dos golos que ele marca. Slimani tem ao seu dispor os meios mais importantes para se vingar das palavras de Jesus.

Esta intervenção, que pode ser ouvida na parte final do programa “Play Off” de ontem, dispensa palavras sobre o carácter de Rui Santos. Sobre o tipo de pessoa que ele é. O seu fanatismo, a sua mente perversa e o seu mau carácter levam-no com toda a tranquilidade a caluniar um jogador profissional, a quem o Sporting muito deve, deixando nu a sua verdadeira personalidade. A naturalidade com que ele anteviu o comportamento de Slimani e como foi capaz de antecipar as mais torpes consequências ilustra bem o modo como ele encara a vida, o desporto e o comportamento dos agentes desportivos. Isto é Rui Santos no seu esplendor – intriguista, mau carácter, mas também suficientemente estúpido para não perceber que com estas inacreditáveis declarações se desacredita completa e definitivamente.

Claro que esta reacção suscitou um vivo repúdio de Alves e de Rodolfo Reis por não admitirem que se ponha em causa a honestidade do jogador profissional e até o limitado Inácio, sem guião e um pouco perdido naquela disputa, se viu obrigado a ir em defesa de Slimani (“um rapaz muito humilde”) e a deixar uma no “cravo e outra na ferradura” a propósito de Jesus.

A CAMPANHA SIAMESA DO PORTO E DO SPORTING CONTRA O BENFICA




ENTRETANTO, O BENFICA VAI GANHANDO…

Jonas

Irmanados no ataque ao Benfica, o Porto e o Sporting vão inventando semana após semana temas diversos com exclusivo objectivo de tentar condicionar externamente o Benfica (arbitragens, obviamente) e destabilizar a equipa (propósito um pouco estúpido porque a última coisa do mundo que poderia perturbar o Benfica seriam as campanhas do Porto e do Sporting).

Para começar, talvez fosse curioso que as televisões, que dão espaço e palavra a adeptos fanáticos ou a empregados dos clubes, um destes começos de semana em vez de passarem os chamados lances polémicos do campeonato português passassem lances idênticos a estes ocorridos na Premier Ligue, na Bundesliga, na Serie A, na Ligue 1 e na Liga BBVA. Seria muitíssimo interessante ouvir os ditos comentadores para ficarmos a saber quantos “penalties” ficam por marcar em cada semana, quantas “expulsões” são perdoadas, quantos “amarelos” são esquecidos. Seguramente, segundo os critérios desses comentadores, contar-se-iam por muitas dezenas os “penalties” por marcar, as “expulsões” por decidir, os “amarelos” por mostrar. Bastava que seguissem os mesmos critérios que usam para qualificar as jogadas do Benfica para que esse fosse inequivocamente o resultado.

Ora, como esta consequência é completamente absurda e como seria inacreditável que nas cinco principais ligas mundiais as arbitragens cometessem erros daquela natureza só há uma conclusão a tirar: não passam de fantasmas, de invenções, de propaganda maliciosa, de contra-informação os pseudo-penalties, as inexistentes expulsões, os ridículos amarelos que julgam dever ser aplicados ao Benfica.

Portanto, o Benfica apenas tem que continuar a jogar, a ganhar e ridicularizar os pobres comentadores do Sporting e do Porto. Disseram-lhes, alguém lhes disse, que era importante destabilizar o Benfica, condicionar a arbitragem com insinuações torpes sobre lances que qualquer árbitro imediatamente percebe não serem merecedoras de qualquer sanção ou da sanção pretendida pelos agentes dessas insinuações. É nesta campanha que se insere a vozearia dos comentadores do Porto e do Sporting sobre a ausência de penalties contra o Benfica, esquecendo-se que a favor do Sporting já foram marcados oito, que não é apenas o Benfica que não sofreu penalties, também a União da Madeira não sofreu e o que se o Benfica os não sofre é porque não comete dentro da área faltas merecedoras desse castigo.

Hoje o Benfica não fez um grande jogo. O Boavista parecia o Boavista de outros tempos e dificultou muito a vitória do Benfica que apenas surgiu no 92.º minuto de jogo num lance – e agora pode dizer-se com toda a propriedade – de génio de Jonas. Um golo que somente está ao alcance de um grande jogador. De um jogador muito inteligente que sabe executar numa fracção de segundo aquele pode ser o gesto técnico capaz de levar ao golo.

Foi um jogo difícil, muito disputado, que poderia ter terminado empatado por o Benfica ter estado abaixo das suas capacidades, mas que nunca desistiu de lutar e acreditou até ao fim que poderia alcançar a vitória. É assim que se fazem os campeões!

Entretanto, para terminar, o inconsolável Rui Santos, o tal da “verdade desportiva” vai, no “Play-Off”, bolsando ódio e mentiras sobre o Benfica. E está preocupadíssimo com a reprimenda que o Jesus deu ao Slimani, porque está com medo que o Slimani deixe de marcar golos para o seu Sporting. Coitadinho do Rui Santos da "verdade desportiva". O pateta do Rui Santos é tão parvo e está tão em pânico que até julga que um jogador profissional é capaz de ter o mesmo comportamento que ele tem. Que um jogador profissional é um vigarista, um indivíduo capaz de prejudicar a sua equipa, em suma, uma pessoa sem carácter!

sábado, 19 de março de 2016

O BENFICA EM MUNIQUE




SÓ NO FIM É QUE SE SABE


Tarefa difícil espera o Benfica em Munique no próximo dia 5 de Março. O Benfica já defrontou o Bayern de Munique por três vezes, duas na Taça dos Campeões (1975/76 – quartos de final e 1981/82 – segunda eliminatória) e uma para a Taça UEFA (1995/96 – terceira eliminatória). Perdeu quatro vezes e empatou duas, na Luz, a zero. Mas de todas as vezes foi eliminado e a diferença entre golos marcados e sofridos é enorme (16-3).

Da primeira vez que as duas equipas se defrontaram, o Bayern ganhou a Taça dos Campeões, vencendo o Saint-Ettiénne por 1-0 e somando a terceira vitória consecutiva na competição, feito que nunca mais repetiu. Da segunda vez, foi à final, mas perdeu a Taça por 1-0 para o Aston Villa. Da terceira vez, para a Taça UEFA, ganhou a final, então em duas mãos, vencendo ambos os jogos contra o Bordéus (2-0 e 1-3), inscrevendo assim o seu nome pela primeira e até hoje única vez entre os vencedores da Taça UEFA.

Por outro lado, das vezes em que o Benfica defrontou o Bayern para as competições europeias somente por uma vez ganhou, nessa época, o campeonato. Foi em 1975/76, treinado por Mário Wilson. Das outras duas vezes, treinado, respectivamente, por Lajos Baroti e Mário Wilson, ficou em segundo lugar.

Portanto, para quem acredita em superstições ou atribui uma grande importância às estatísticas, mesmo quando os números a que as mesmas respeitam estejam distanciados dos dias de hoje 40, 35 e 25 anos, respectivamente, o aparecimento do Bayern de Munique como adversário do Benfica não augura nada de bom.

Acontece que os tempos hoje são outros. As equipas estão muito mais igualadas sob todos os pontos de vista. Os plantéis são mais ricos. As equipas técnicas estão muito mais bem preparadas e podem se tiverem a inteligência suficiente para compreender o adversário fazer coisas e alcançar resultados, antes impensáveis.

O Benfica, como uma das equipas europeias mais bem posicionadas no ranking da época e como a quarta das oito equipas presentes nos quartos-de-final com mais palmarés na Taça/Liga dos Campeões, tem todo o interesse em jogar contra um dos três grandes que se encontram acima de si no ranking europeu. Se ganhar a eliminatória, o seu êxito será enorme, de proporções mundiais; se perder, dir-se-á que perdeu contra um dos melhores e isso em nada afectará internamente a sua prestação. Pelo contrário, se tivesse de jogar contra uma das quatros menos cotadas, algumas sem nunca sequer tendo estado nos quartos-de-final, por melhores e mais apetrechadas que essas equipas hoje estejam, se ganhasse não se atribuiria a essa vitória o mérito devido e se perdesse ficaria sempre a marca de uma derrota que “historicamente” deveria ter sido evitada. E isso poderia afectar, e certamente afectaria ,o comportamento da equipa nas provas nacionais.

Por outro lado, é bom ter presente que o Bayern de Guardiola, por maiores e mais cantados que sejam os seus atributos, não é o Barcelona de Guardiola, nem há nele nenhum Messi. E isso tem consequências práticas que certamente serão exploradas pela equipa técnica do Benfica.

Como se viu recentemente e como sabe quem acompanha a Bundesliga, o Bayern experimenta grandes dificuldades sempre que o seu começo de jogo é barrado na origem. O seu modelo de jogo como que se desintegra um pouco, ficando um pouco à mercê das vicissitudes do jogo vertical – algo que Guardiola detesta. No jogo interior, perto ou dentro da área, a defesa do Benfica, desde que se não desorganize, tem capacidade suficiente para suster o ataque do Bayern. Mais difícil é inviabilizar com êxito as diagonais por alto dentro da área, onde tanto Lewandowski como Müller, se indevidamente marcados, são letais. Principalmente Müller ,que tem o raro condão de os defesas nunca saberem bem onde ele se encontra e de aparecer com muita facilidade no local onde menos se esperava e mais dano pode causar. Este sim, o verdadeiro perigo do Bayern de Munique.

Importante para o Benfica, decisivo mesmo, é não errar passes ou perder bolas infantilmente em qualquer zona do terreno. Como se viu contra a Juventus, o Bayern não perdoará. Para que isso não aconteça é necessário antes de mais que Renato não abuse na posse de bola e seja rigoroso nos passes, que Samaris, se jogar, não falhe nenhum passe (mais vale despachar para a frente do que passar ao adversário), que Pizzi não incorra no mesmo erro quando a equipa está em fase de construção. Isto é fundamental, como fundamental é o Benfica insistir, por intermédio de Ederson, no jogo vertical para a área do Bayern (onde ele é frágil) e posicionar-se inteligentemente para a segunda bola.

Não parece que haja muitas outras formas de tentar ganhar ao Bayern.

quarta-feira, 16 de março de 2016

PORTO E SPORTING EM CRISE




SPORTING VAI FALHAR, PORTO JÁ FALHOU



Antes de entrar na “ordem do dia”, que obviamente tem a ver com a situação do Porto e do Sporting, convém dizer alguma coisa sobre os castigos que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplicou aos presidentes do Sporting e do Benfica.

Os castigos estão relacionados com o comportamento do presidente do Sporting durante o jogo Sporting-Tondela (2-2) e as declarações de Luís Filipe Vieira depois do jogo Benfica-Rio Ave (3-1).

Não deixa de ser absolutamente surpreendente que ao presidente do Benfica tenha sido aplicada uma pena de suspensão de 23 dias e ao do Sporting a de 19 dias.

Os comportamento do presidente do Sporting, da equipa técnica e demais dirigentes presentes no banco foram vistos e revistos por toda a gente que assistia ao jogo ou que posteriormente teve acesso às imagens. Depois de um penalty indiscutível cometido por Rui Patrício - que foi expulso, e bem, pela falta em que incorreu -, toda a gente acima referida pressionou de modo absolutamente inaceitável a equipa de arbitragem com vista à alteração da decisão. Foi público e notório que o presidente do Sporting se dirigiu à equipa de arbitragem em termos injuriosos, a ponto de ser afastado pelo “pacífico” Jorge Jesus. Foi expulso, seguidamente no facebook continuou a verberar a actuação do árbitro e numa reunião posterior com sportinguistas (assembleia geral ou qualquer coisa parecida) foi grosseira e malcriadamente injurioso para com o árbitro, chegando ao ponto de afirmar que somente não lhe deu um pontapé no c., porque ele poderia gostar. Enfim, desde esta linguagem que está ao nível ao nível do Sporting até às ameaças e pressões, valeu tudo. E o Conselho de Disciplina acha adequado para este comportamento uma pena de suspensão de 19 dias!

Uma vergonha! Uma decisão de quem não se respeita, de quem não respeita a Federação e de quem não respeita os amantes do futebol. Mais a mais para punir um comportamento que ocorreu num jogo onde até um penalty fantasma foi exigido pelo banco do Sporting. Uma exigência tão caricata e tão típica da forma de agir do actual Sporting que nem palavras foram necessárias para a qualificar: bastava assistir às imagens incessantemente repetidas pela televisão.

Pois bem. Filipe Vieira, depois do jogo do Benfica com o Rio Ave, em que por três vezes a bola foi cortada com o braço, dentro da área, por jogadores do Rio Ave sem que o árbitro nada tenha assinalado, disse em resposta às múltiplas afirmações e insinuações de favorecimento do Benfica feitas por adeptos e dirigentes do Sporting e do Porto, que gostaria de ver se no dia seguinte os jornais e as televisões diriam em título “Roubo na Luz”.

É óbvio para qualquer pessoa capaz de saber interpretar as declarações de outrem que o presidente do Benfica não chamou ladrão ao árbitro, nem disse que o que se passou na Luz foi um roubo. Nada disso, o que o presidente do Benfica quis dizer foi se aqueles que nas televisões e nos jornais passam o seu tempo a insinuar manobras sediciosas da arbitragem pelo Benfica viriam amanhã (no dia seguinte) afirmar que o que se passou na Luz foi um roubo! Este e não outro é o sentido da sua declaração. Uma declaração que pode ser ouvida e devidamente interpretada por quem tenha um mínimo de inteligência e actue de boa-fé.

Deturpando gravemente o sentido da declaração proferida, o Conselho de Disciplina puniu Vieira com 23 dias de suspensão. Que vergonha! Que falta de competência!

Deixando este assunto e entrando, embora brevemente, na análise da grave crise por que passam Porto e Sporting, bastará dizer, quanto a este último, que o plano que este fim de semana o Sporting tentou pôr em prática é absolutamente ridículo e suficientemente ilustrativo do imenso nervosismo com que estes dias estão sendo vividos no interior da sua estrutura dirigente e da sua equipa técnica.

A primeira coisa a dizer quanto à estrutura dirigente do Sporting é que ela é composta por um conjunto de pessoas pouco aptas, algumas manifestamente atrasadas do ponto de vista intelectual, todas elas assalariadas, dependentes do clube para poderem continuar a viver sem cair no drama do desemprego. Todos eles vivem do clube, desde o presidente de ex-empresas falidas até ao desgraçado do Inácio, que, coitado, deve pouco à inteligência, embora faça tudo o que lhe pedem para manter um emprego que (apesar de Jesus) continua a estar no plano da remuneração muitíssimo acima das suas capacidades. Até chega a dar pena o modo desastrado e prejudicial como ele interpreta e desempenha o papel que lhe atribuíram. Coitado, é tão triste não ter o que se não pode comprar… O presidente que corre o sério risco de pelo terceiro ano consecutivo deixar incumpridas as promessas com que inebriou os adeptos sabe que precisa do êxito de Jesus como se de uma necessidade vital (e é, para ele…) se tratasse. Entre responsabilizar Jesus, por já ter perdido todas as competições em que participou, com excepção da supertaça (um único jogo!), e continuar a apoiá-lo para ver se ainda consegue chegar à vitória no campeonato, o presidente segue um caminho errático traçado pelo seu hiperactivismo balofo, embora sabendo que é no Benfica – na classe do Benfica – que residem todas as suas desgraças. E então põe o desgraçado do Inácio, pobre pau-mandado, a invectivar o clube da Luz por tudo o que acontece ao Sporting! Que pobreza de espírito e que luta pela sobrevivência!

O próprio Jesus dando mostras de já estar contagiado pelo clima de histerismo que se vive em Alvalade até já atribui os êxitos que obteve no Benfica à capacidade de destabilização dos adversários posta em prática pelos “cérebros” da Luz. A que pequenez ele se remete para tentar deixar passar a ideia de que está sintonizado com o “seu” presidente e que grandeza ele reconhece ao Benfica! Parabéns ao Jesus por esta confissão tardia das suas "capacidades"!

Quanto aos comentadores do Sporting, deixando de lado Rui Santos, que não é audível por uma questão de higiene, e compreendendo a grande dificuldade em que se movimenta o cómico triste José Pina, só resta a desonestidade intelectual de Rogério Alves, apesar de muito primária.

Já no que toca ao Porto, a questão não é tanto como no Sporting uma questão de sobrevivência, mas um problema de consolidação e repartição da riqueza entre um pequeno número de privilegiados. Fazendo fé nas declarações dos portistas mais informados, a guerra pelo dinheiro no interior da SAD portista foi arbitrada por Pinto da Costa salomonicamente. Ou seja, dando aos diversos grupos concorrentes e rivais igualdade de acesso ao dinheiro…que por aquelas bandas têm corrido aos milhões.

A crise do Porto, equipe de futebol, é hoje o reflexo inquestionável do fim de uma era e de uma luta pelo dinheiro numa entidade em crise mas com uma altíssima facturação. Tal como se passa hoje em muitos Estados, também o FCP passa por uma crise semelhante – uma crise que corrói o clube como somente as crises que têm o seu epicentro no dinheiro são capazes de corroer.

A isto acresce o facto de o FCP nunca ter vivido em consonância com a sociedade democrática. O 25 de Abril nunca passou pelo FCP. Primeiro, foi afastado por uma ditadura férrea, que não permitia internamente a liberdade de opinião, que controlava externamente a imprensa e as televisões e vivia em coabitação promíscua com a arbitragem. Claro que nada disto chegava para assegurar a hegemonia se simultaneamente não fosse alicerçada numa grande equipa e em escolhas criteriosas pelo menos em cinquenta por cento dos casos.  

Como estas ajudas hoje não existem e a equipa é fraca pelas reprováveis razões acima apontadas, o Porto entrou numa crise de que não vai sair tão cedo. Hoje, contrariamente ao que se passava ontem, a presença de Pinto da Costa à frente do clube é um desejo ciosamente guardado por todos os seus adversários.

Mas atenção, embora a crise do Porto tenda a agravar-se – e é isso que certamente vai acontecer –, não é conjunturalmente do interesse do Benfica que o Porto se continue a afastar do segundo lugar.


quinta-feira, 10 de março de 2016

BENFICA NOS QUARTOS DE FINAL DA LIGA DOS CAMPEÕES




GRANDE VITÓRIA EM S. PETERSBURGO


Depois da vitória em Alvalade, o Benfica eliminou o Zénite em S. Petersburgo, vencendo por 2-1, o que juntamente com o resultado da primeira eliminatória perfaz o resultado agregado de 3-1. Brilhante! O Benfica está nos quartos-de-final da Champions, fase a que neste século somente por duas vezes havia chegado.

Depois de tudo o que já foi dito sobre esta vitória, talvez valha a pena começar pelos temas laterais, que apesar de laterais não deixam de exprimir o modo como o futebol se vê em Portugal.

Para começar, na conferência de imprensa houve um jornalista português, a quem certamente alguém pagou a longa viagem até à antiga capital da Rússia, que perguntou a Rui Vitória o que tinha ele a dizer aos adeptos que, muito realisticamente, achavam não ter o Benfica equipa para passar dos quartos de final. Esta foi a pergunta que ele tinha para fazer depois da vitória sobre o Zénite! Que imprensa é esta? Rui Vitória respondeu-lhe à letra.

Mas há mais. Na RTP 3 estão Ricardo Rocha, antigo defesa central do Benfica, Bruno Pratas, Fidalgo e o pivot, Manuel Fernandes da Silva, a comentar o jogo. Ao fim de pouco tempo toda a conversa se centra sobre o próximo adversário do Benfica. Com excepção de Ricardo, sobre o jogo acabado de jogar não há grande interesse em falar. Importante é falar sobre um adversário que ninguém sabe quem será e que somente daqui a cerca de dez dias será sorteado. Mais uma vez, com excepção de Ricardo, que acha que até lá há coisas mais importantes para o Benfica, a tónica dos outros dois comentadores é a de que os quartos de final vão ser muito difíceis, que há equipas muito fortes, dando a entender que o Benfica terá poucas possibilidades. Um pouco misericordiosamente, Fidalgo acha que importante é não sair ao Benfica o Borússia Dortmund, equipa muito difícil, diz. Corrige o pivot: “O Borússia está na Liga Europa”. “Peço desculpa”, diz Fidalgo e logo vem em seu auxílio o Bruno Pratas: “São as confusões resultantes de na Liga Europa haver grandes equipas” (percebe-se o que ele quer dizer, não percebe?). E Fidalgo acrescenta: “O Liverpool também não convinha nada”. Insiste o pivot: “O Liverpool também não está na Champions”. É a vez de Bruno Prata.: “Também não seria mau se lhe calhasse o Manchester United”. O pivot já não sabe o que há-de fazer: “Não é o United, é o City que está na Champions”. Prata não se dá por vencido e conclui: “Se fosse apurado, o Wolfsburg também não seria mau”. “O Wolfsburg já foi apurado ontem”, remata o pivot. Enfim, jornalistas desportivos a falar sobre assuntos que não interessam ao seu clube…

Mais ainda: também a despropósito, um jornalista português pergunta no fim do jogo a Villas-Boas o que espera ele do Benfica na Champions. Villas-Boas, despindo o fato de treino do Zénite e vestindo o da claque dos Superdragões, diz-lhe que o percurso do Benfica na Champions não lhe interessa nada. E depois acrescenta: “Desculpe a franqueza. O que o Benfica fará ou não fará na Champions não me interessa. Eu sei que é uma equipa portuguesa, mas eu sou portista”. Se é certo que a pergunta não faz nenhum sentido, também não é menos verdade que Villas-Boas poderia iludir a resposta com mais elegância. O que não se compreende é que um profissional de futebol, ao serviço de um emblema, se manifeste como um vulgar adepto de claque por um outro clube. É uma falta de profissionalismo reprovável.

Quanto ao jogo de hoje à tarde e à respectiva eliminatória, a nossa apreciação é muito simples: no cômputo dos dois jogos o Benfica foi superior e mais eficaz. Há qualquer coisa nesta equipa do Benfica que faz com que ela seja algo mais do que uma equipa de grandes profissionais. Parece que há uma necessidade colectiva, individualmente expressa por cada um dos jogadores, de demonstrar que eles é que são os artistas da bola. E que se é importante o papel do treinador, da organização, sem eles nada se conseguiria.

Quanto ao jogo de hoje, propriamente dito, o Benfica jogou sempre de igual para igual. As oportunidades repartiram-se por ambas as equipas, apesar de durante todo o jogo o Benfica ter demonstrado sempre melhor organização (e mais vontade) do que o Zénite… O Benfica apenas se desequilibrou no lance do primeiro golo, muito em consequência do choque que deitou por terra Nelson Semedo e logo a seguir na jogada de Dzyuba, em que os jogadores do Benfica manifestamente preocupados em não cometer falta para penalty o deixaram ir até à baliza, tendo valido a grande defesa de Ederson. Fora estas duas situações, o Zénite não dispôs de nenhuma outra em jogada corrida.

O Benfica, pelo seu lado, além dos golos, teve um grande remate de Renato na primeira parte, a centímetros do poste, um outro de Jonas na segunda parte, que, isolado, perdeu no confronto com Lodigin e uma excelente cabeçada de Lindlöf a que Lodigin correspondeu com mais uma excelente defesa.

A grande vitória obtida no Estádio Petrovsky é fundamentalmente uma vitória da equipa. Da solidariedade, do colectivismo, da entreajuda, enfim, do “espírito Rui Vitória”. Todavia, mesma na vitória mais colectiva, há sempre quem se destaque. Em primeiro lugar, o guarda-redes – Ederson – um jovem com grande futuro. Chamado a substituir Júlio César, Ederson é já hoje um guarda-redes de primeiro plano: arrojado e eficaz nas saídas, sólido entre os postes, seguro nos cruzamentos e portentoso a jogar com os pés. Depois Samaris, que substituiu Jardel no centro da defesa. Ninguém diria, depois do jogo de hoje, que aquele não era o seu lugar de sempre. Jogador muito inteligente, com grande cultura táctica, desempenha com brilhantismo qualquer lugar no centro do terreno. Renato, uma fera. Ai, que será do Renato no dia em que não errar nenhum passe. Seguramente um dos portentos do futebol mundial. Fejsa, notável a defender, depois de longa paragem. Jonas, excelente a distribuir jogo, a pautar o jogo da equipa, daí que nos jogos em que tem de desempenhar estas funções não marque golos ou marque menos, mas nem por isso a sua exibição é menos brilhante. A seguir Gaitan, que marcou um golo importantíssimo, pleno de oportunidade, embora achemos que ele sempre pode fazer mais como acontece nos dias em que tem a genialidade à solta. Mitroglou, que igualmente esteve em bom plano dentro dos condicionalismos impostos pela natureza do próprio jogo, foi substituído por Jiménez cuja acção acabou por ser determinante para o apuramento do Benfica dentro do tempo regulamentar. Um grande remate e muita mobilidade. Finalmente, Eliseu que cresce nos jogos importantes, fez uma exibição muito segura e personalizada. Nelson Semedo, bom a atacar, deixa muito espaço nas suas costas quando as coisas lhe não correm bem lá na frente. Em jogos como o de hoje André Almeida é mais seguro. Pizzi está em abaixamento de forma desde há alguns jogos. Ele que foi tão importante na recuperação do Benfica, fazendo vários jogos de grande nível, tem decaído um pouco nos últimos tempos. Salvio que entrou para o substituir, ainda não está com o ritmo necessário. Talvez tenha sido um erro pôr Salvio a jogar nos jogos mais importantes. Depois de uma lesão tão longa e tão grave, justificava-se que entrasse de preferência na Luz em jogos de menos responsabilidade ou quando o resultado já estivesse feito. Tanto mais que Carcela estava a jogar muito bem durante a ausência de Gaitan. Por último, uma palavra para o fantástico Talisca que entrou a dois minutos do fim do jogo e fez história. Um grande golo. O golo da vitória.

A idade traz experiência e saber acumulado, mas a juventude encerra potencialidades que ninguém pode desprezar. Ederson, Lindelöf e Renato Sanches são estrelas que nenhum treinador pode dispensar!




terça-feira, 8 de março de 2016

O PORTO A SEIS PONTOS DO BENFICA




E A QUATRO DO SPORTING
"Erro de Casillas? Baía defenderia a bola com a mão fora da área...": Antigo candidato à presidência do Benfica e um dos futuros possíveis oponentes de Luís Filipe Vieira criticou qualidade do FC Porto e elogiou jogadores das 'águias'.

O Porto perdeu em Braga por 3-1. Não vi a primeira parte que terminou empatada a zero golos. Nem vou ver. O que vi na segunda parece-me suficiente para fazer a análise da equipa do Porto.

Já se tinha percebido, pelo jogo da Luz, contra o Benfica, que, depois da saída de Lopetegui, se entra com demasiada facilidade na área portista. Na Luz, como se sabe, só na primeira parte, além do golo, o Benfica poderia ter marcado mais três dentro da área.

Hoje, em Braga, viu-se na segunda parte uma equipa com grande capacidade de organização em todo o campo – e essa equipa foi o Sporting de Braga. Do Porto o que viu? Viu-se uma equipa acossada durante cerca de 50 minutos. Uma equipa sem ideias. Sem capacidade. Sem criatividade. Com dois centrais que, com todo o respeito, não teriam lugar numa boa equipa da segunda divisão. Com um guarda-redes emocionalmente perdido. Enfim, uma equipa que somente por acaso poderia empatar. E acaso deu-se por minutos. Numa incrível desatenção da defensiva bracarense, que apostou num fora de jogo inexistente, o Porto empatou numa recarga de Maxi Pereira. Mas depressa se percebeu que o Braga, que minutos antes estivera a centímetros do dois zero, poderia rapidamente reverter o resultado e desfazer o empate. E isso aconteceu com toda a naturalidade, mais uma vez por mérito do Braga e em virtude de um grande desequilíbrio defensivo do Porto. O terceiro golo é o resultado do tal desequilíbrio emocional do FC Porto, que nestes momentos perde a cabeça como uma vulgar equipa sem pergaminhos.

Tentar desculpar a derrota do Porto com Carlos Xistra é de uma enorme desonestidade intelectual. Carlos Xistra não teve a menor influência no resultado nem no modo como as equipas jogaram. Se os comentadores do Porto, como Miguel Guedes, continuarem a imputar as derrotas do Porto aos árbitros, os adversários apenas têm que agradecer. Agradecer esta incapacidade de perceber o que se passa com o Porto apenas pode ter como consequência manter o Porto tal qual está. Que Miguel Guedes e seus pares continuem a crucificar Vítor Pereira, o conselho de arbitragem e os árbitros que apitam as derrotas do Porto, óptimo para os adversários do Porto. O que se passa com o Porto é muito mais grave e nada tem a ver com as arbitragens.

Além de que – e nunca é exagerado lembrá-lo – ouvir os comentadores portistas falar de arbitragem como se houvesse uma cabala montada contra o seu clube só é possível por quem supõe que pode existir na actual arbitragem portuguesa algo de semelhante ao que durante décadas o Porto montou desde os famosos “Quinhentinhos” até ao mais recente “Apito Dourado”. Isso acabou e não voltará por muito que ainda haja quem sonhe com o regresso desses tempos. Hoje ganha-se ou perde-se no campo. Com erros, de vez em quanto, evidentemente, mas nunca erros tão grosseiros como os que às vezes os jogadores cometem. Como hoje Marcano e ontem Bryan Ruiz.

Depois do jogo desta noite, em Braga, o Porto fica a seis pontos do Benfica e a quatro do Sporting.

Daqui até ao fim o Benfica tem um calendário aparentemente mais fácil, mas tem, além dos jogos do campeonato, pelo menos mais um jogo na Liga dos Campeões e outro na Taça da Liga. Se na Taça da Liga fazer apenas mais um jogo pouca influência terá no ânimo dos jogadores, qualquer que venha a ser o resultado desse jogo, já o mesmo se não poderá dizer da Liga dos Campeões. Se o Benfica for eliminado em Sampetersburgo, essa derrota pesará imenso no ânimo dos jogadores. Se passar, a confiança cresce, mas o cansaço e a possibilidade de novas lesões também. Deste ponto de vista o Benfica está em pior situação do que o Sporting ou o Porto, ambos afastados das competições europeias e apenas, um deles, o Porto, como mais um jogo para realizar (final da Taça de Portugal) quando o campeonato já tiver acabado.

Portanto, nada está decidido. Para o Benfica cada jogo é uma final. A próxima é com o Zénite e a seguinte com o Tondela!

Para concluir: no Trio de Ataque desta noite, Oliveira e Costa, embora de certo modo conformado com o que aconteceu ao Sporting, um pouco n linha de quem já estava à espera que “essas desgraças” pudessem acontecer a Jesus, não se esqueceu de inventar (com pouca convicção) dois ou três penalties a favor do Sporting no jogo de ontem. Por aqui já poderemos ficar com a ideia do que os psicopatas do Sporting vão dizer da arbitragem nos próximos dias. Se é que hoje, noutros programas, os tristes e dependentes assalariados já não disseram isso e muito mais.

Tem que se reconhecer que, no Prolongamento, Pina foi relativamente comedido. Enfim, os adeptos "normais" sabem perfeitamente compreender e distinguir entre as incidências do jogo e as incidências que "alguém leva" para o jogo. Serrão também sabe fazer esta distinção. E sabe que o problema do Porto não é Carlos Xistra. Mas há quem não saiba...


domingo, 6 de março de 2016

A RESPOSTA NA HORA CERTA




O BENFICA NA FRENTE DO CAMPEONATO



No jogo disputado entre o Sporting e o Benfica nas últimas duas horas de sábado, o Benfica ganhou 1-0, golo de Mitroglou, e ficou à frente do campeonato. Por outras palavras, até ontem, sexta-feira, o Benfica tinha perdido os jogos disputados esta época contra o Sporting e contra o Porto, mas ganhou hoje aquele que mais importava – o jogo que o colocou o Benfica na frente da classificação com dois pontos de avanço sobre o Sporting!
Três notas prévias, a qualquer apreciação, impõem-se:

A primeira, a grande desilusão da clique dirigente sportinguista e seus acólitos que estavam plenamente convencidos desde algumas jornadas que o campeonato já estava ganho; não está; e o Sporting está mais perto de o perder do que o Benfica ou o Porto.

A segunda, a grande “cachola” de Jorge Jesus que, além de não ter percebido o jogo, continua sem perceber por que lhe acontece “isto” tantas vezes.

A terceira, a grande classe de Rui Vitória tanto no flash interview  como na conferência de imprensa: a elegância, a moderação, a única resposta que se impõe á bazófia balofa e à falta de educação.

Quanto ao jogo, qualquer observador imparcial percebe que o Benfica entrou no jogo para vencer. O seu objectivo era claramente pôr-se à frente do marcador, instabilizar o Sporting, dilatar o resultado se possível, ou, não o sendo, aguentá-lo, empatando o jogo na pior das hipóteses. Esse objectivo foi alcançado com sucesso, sem necessidade de ter de recorrer ao plano B.

Na primeira parte, o Benfica marcou o golo na sequência de uma brilhante jogada de Jonas e dominou claramente o jogo até à meia hora, altura em que o Sporting reagiu. Em consequência de uma atabalhoada saída da defesa do Benfica para o “off side”, Bruno César isolou-se na ala direita do Sporting e centrou, tendo a bola ressaltado para a entrada da área onde estava Jefferson que rematou com força à barra. E por aqui se ficou o jogo do Sporting na primeira parte.

Na segunda parte, o Benfica entrou manifestamente a jogar na contenção com indicação para jogar no contra-ataque, explorando o claro adiantamento da equipa do Sporting. Esta estratégia, que no decurso do jogo pareceu ter sido adoptada cedo demais, foi bem sucedida do ponto de vista do resultado final, mas não foi conseguida do ponto de vista da exploração do contra-ataque. Não obstante as muitas bolas recuperadas pelo Benfica, houve sucessivas perdas de bola no último passe ou no passe decisivo. O que mesmo assim não impediu que, por duas vezes, o Benfica tenha conseguido criar perigo, uma por Renato, que rematou cruzado junto ao poste direito de Rui Patrício, outra por Gaitan, que rematou sobre a linha da área por cima da barra.

Durante todo esse tempo o Sporting teve o aparente domínio do jogo, mas sem consequências ou sem sequer ter criado uma pressão contínua difícil de suportar. Com efeito, com excepção da gritante perdida de Bryan Ruiz sobre a linha de golo, o Sporting fez um remate perigoso ao lado por João Mário e tentou por Gutiérrez fazer um chapéu ao guarda-redes do Benfica, que este desfez com uma palmada para canto. São estas as oportunidades do Sporting. Ou melhor, foi a perdida de Ruiz a única oportunidade de golo do Sporting. As outras são tão oportunidades de golo quanto as de Renato e de Gaitan. Em conclusão: nada que se compare às perdidas do Benfica contra o Porto, no jogo da Luz.

Foi uma estratégia que resultou, mas que se poderia ter revelado perigosa, se o Sporting tivesse cedo marcado um golo. O Benfica poucas vezes joga assim e em princípio não deve fazê-lo numa competição por pontos. Diferente é fazê-lo no segundo jogo de uma competição a eliminar.

Jorge Jesus, além de ter sido deselegante, como é seu timbre, não apenas por falta de educação, mas também por egolatria, não consegue compreender o que se passou, como nunca compreende, sempre que aquilo que, na sua cabeça, tinha como relativamente simples se complica. Viu-se esse filme várias vezes nos seis anos em que esteve no Benfica. Jorge Jesus não percebe ou não quer perceber que o Benfica só jogou como jogou na segunda parte, porque estava a ganhar. Se não estivesse ou se estivesse empatado a sua atitude teria sido completamente diferente. Aliás, Jorge Jesus também não percebeu por que razão o Sporting na primeira parte correu mais cerca de cinco quilómetros que o Benfica...sem qualquer consequência prática.

A estratégia do Benfica passava por não perder em Alvalade, convencido como está de que se não perdesse teria todas as hipóteses de ser campeão, por ter como certo que nos jogos que faltam o Sporting perderá pontos.

Defrontado com uma contrariedade de última hora, o Benfica viu lesionar-se Júlio César poucas horas antes do início do jogo, tendo de recorrer ao guarda-redes número dois, Ederson, que, mais uma vez, cumpriu. Na equipa do Benfica de realçar a excelente exibição dos dois centrais. Lindelöf está um jogador de grande craveira e Jardel exibiu-se ao seu melhor nível “secando” completamente Slimani. No meio campo, excelente também a exibição de Jonas enquanto teve forças. Muito castigado pelas sucessivas entradas em falta de William Carvalho, Jonas foi o cérebro da equipa do Benfica na sua manobra de cortar a iniciativa de jogo ao Sporting. Brilhante também Mitroglou que, apesar de muito penalizado por Ewerton, mais uma vez, não falhou na hora certa. Renato, no desempenho de uma função difícil, sempre marcado de perto por Adrian, foi importante no meio campo, embora tenha perdido algumas bolas na manobra atacante (por retardar o passe na hora devida). Samaris esteve imperial a defender, embora também tenho tido uma perdida de bola muito comprometedora. Eliseu e André Almeida, muito solicitados na defesa, principalmente Eliseu, estiveram também em bom nível. Quem esteve manifestamente abaixo das suas capacidades foram Pizzi, apesar do auxílio que prestou ao meio campo, e Gaitan, que tarda em reaparecer.

Fejsa substituiu Pizzi para reforçar o meio campo, Jiménez substituiu Mitroglou para dar mais largueza ao ataque e explorar o contra-ataque e Salvio entrou para o lugar de Jonas.

Finalmente, a arbitragem: toda a equipa de arbitragem esteve bem e não teve qualquer influência no resultado. É no entanto perfeitamente natural que os psicopatas do Sporting e os pobres dependentes assalariados do clube leonino com voz nas televisões inventem mil e uma coisas nos dias que aí vêm para por essa via tentarem atenuar a imensa frustração de quem já se vê mais próximo do terceiro lugar do que do primeiro. Mas não há realmente nada de importante a assinalar à arbitragem, salvo a manifesta alteração de critérios entre a primeira parte e a segunda, não em proveito ou desvantagem de uma ou outra equipa, mas relativamente a lances que na primeira parte não mereceram disciplinarmente sanção especial e na segunda mereceram. Nesta divergência de critérios o Benfica acabou sendo o mais prejudicado, mas por mero acaso. Houve da parte do árbitro e dos seus auxiliares a preocupação de fazer uma boa arbitragem. E esse objectivo foi alcançado.


ADITAMENTO

Revisto o jogo sem a emoção de quem a ele está a assistir em directo, tenho de concluir que a exibição do Benfica na segunda parte foi muito superior à que à primeira vista me pareceu. De facto, o Benfica começou o jogo ao ataque com duas excelentes jogadas que poderiam ter dado golo – as de Renato e Gaitan, acima referidas, e praticamente seguidas.

Depois o Benfica foi sempre controlando o jogo com classe e poderia ter feito muito mais se não tivesse falhado com excessiva frequência o último passe nas jogadas de ataque. A inviabilização dessas múltiplas – sim, múltiplas (é ver…) – jogadas não resultou de mérito do Sporting, mas de erros dos jogadores do Benfica. Umas vezes porque se agarravam excessivamente à bola (Renato), outras porque na hora de passar bem entregavam a bola ao adversário (Jonas, Gaitan, Samaris. Pizzi, etc.).

Quanto ao árbitro, também se impõe uma correcção. Não penalizou com amarelo Ewerton na primeira parte apesar de ter travado irregularmente Mitroglou por seis vezes! Não puniu as jogadas em que os jogadores do Benfica foram manifestamente empurrados contra os painéis de publicidade (Gaitan, Mitroglou, Jonas), mas assinalou uma falta a Eliseu que não existiu. Todavia, na segunda parte, na primeira falta (ligeira) que Jonas cometeu, no primeiro terço do terreno do Sporting, foi imediatamente punido com um carão amarelo. Idem, para Gaitan, por falta idêntica na mesma zona do terreno. Amarelo também para Mitroglou por ter retardado ligeiramente a saída. Mas nada aconteceu a Ewerton na meia dúzia de vezes em que em falta impediu Mitroglou de prosseguir a jogada, umas vezes de contra-ataque, outras de ataque. Por último, o erro dos erros, aconteceu perto do minuto 90 quando Jiménez disputando na frente de ataque uma bola com Jefferson (ou Ewerton), caindo ambos, foi impedido de se isolar pelo jogador do Sporting que o puxou por um braço. Era falta e expulsão. Como de costume não houve repetições da TV Sport, que, como sabemos, só mostra o que lhe convém. É aliás na imediata sequência dessa jogada que Renato, em manifesto desforço pela falta não assinalada a favor do Benfica, entra sobre Bryan (ou outro) e apanha o amarelo.

Para concluir, Jorge Jesus se tivesse um mínimo de imparcialidade, ou se tivesse um resquício de vergonha, revia o jogo e pedia desculpa pelo que disse. Acrescentando que a sua equipa foi inepta, incapaz de ultrapassar o sistema de jogo do Benfica por ter posto em prática um futebol vulgar sem criatividade nem imaginação. Esta a verdade do derby!