sexta-feira, 10 de agosto de 2018

BENFICA-GUIMARÃES (ANTEVISÃO)




UM COMEÇO DIFÍCIL
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O Benfica tem daqui a cerca de meia hora um começo difícil. Inacreditavelmente, o Benfica coloca na “prateleira” o seu melhor jogador dos últimos quatro anos e seguramente um dos melhores de sempre. A “novela Jonas”, inventada por Vieira e secundada por Rui Vitória, está longe de terminar, estando em curso neste momento uma campanha tendente a enganar os sócios e adeptos, orquestrada pelos responsáveis do Benfica (Vitória, incluído) com a colaboração dos jornais do costume (A Bola).

Incompreensivelmente, ninguém do Benfica fala no óbvio. Esconde-se o óbvio e lança-se poeira nos olhos com efabulações. O óbvio é isto: Jonas tem mais um ano de contrato com o Benfica. Há quem o queira ou Jonas quer sair? Se há quem o queira ou Jonas quer sair que paguem a cláusula de rescisão e Jonas sairá. Alguém apresentou uma proposta correspondente à cláusula de rescisão ou alguém “bateu” a cláusula? Não. Então a saída de Jonas deixa de ser uma inevitabilidade para, a concretizar-se, ser um desejo, uma vontade da direcção do Benfica. E é esta evidência que Vieira & C.ª tentam escamotear, efabulando.

A contratação de dois avançados - Ferreyra e Castillo – a Juntar aos que já lá estavam (Sferovic e Jonas, incluídos), tendo um deles sido contratado a preço muito superior ao que é pago a Jonas, só pode indiciar a criação voluntária de uma situação objectivamente incómoda para Jonas. Como explicar que um dos melhores marcadores da história do Benfica – talvez até o melhor tendo em conta os quatro anos em que alinhou, se tivermos presente que num deles esteve cerca de meia época inactivo – tenha sido subalternizado relativamente a um jogador recém-chegado que não tem no seu passado nada que se assemelhe a Jonas? Esta situação, voluntariamente criada, só pode ter tido por objectivo afastar Jonas do plantel. Essa a razão por que Vieira fala nas exigências de Jonas e se dispõe a vendê-lo por um preço ridículo – um preço que o Benfica tem pago por jogadores que nem um minuto jogaram.

É neste difícil contexto, comandado por um treinador sem personalidade – um treinador em quem os jogadores não podem confiar por saberem que ele representa apenas e só a “voz do dono” - que o Benfica iniciará internamente a época.

Vieira e Vitória vão ter a cabeça a prémio e tê-la-ão tanto mais tempo quanto mais evidente for a pouca ou nenhuma preocupação com que gerem os interesses do Benfica.

sábado, 4 de agosto de 2018

O BENFICA SEM JONAS




A OPACIDADE NO FUTEBOL
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A quase certa saída de Jonas para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, confirma tudo o que aqui dissemos no último post sobre a opacidade vigente no futebol português.

A história posta a circular, com a cumplicidade de uma imprensa hipócrita e domesticada, diz-nos que Jonas pediu para sair por já não se encontrar em condições físicas de render ao mesmo nível dos últimos quatro anos. Pedido a que Vieira, solícito, acedeu tendo em conta o passado do jogador no clube, o alto ordenado que vencia e a proposta irrecusável apresentada pelo clube saudita.

Ora bem, quando Jonas chegou a Portugal no começo desta época, disse aos jornalistas que se encontrava fisicamente numa condição excelente, preparado para fazer uma grande época, acrescentando que tinha passado parte das suas férias a trabalhar nos ginásios do Corinthians.

Simultaneamente, no Benfica, depois de asseguradas as contratações dos avançados de Castillo e Ferreyra, este último contratado a peso de ouro, com o melhor salário do plantel, ia-se passando para a comunicação social a tese de que Jonas estava com limitações físicas, já evidenciadas no fim da última época, de modo não apenas a justificar as duas contratações acima referidas, mas também a preparar o terreno para a saída de Jonas.

Por seu turno, Jonas, logo que chegou e tomou conhecimento, por via de mais uma fuga ou de um “assalto” à documentação do Benfica, do salário que o clube iria pagar a Ferreyra, exigiu receber o mesmo ou mais, deixando pelos jornais indícios seguros da sua mais que evidente insatisfação.

Como nada disto é explicado pela Direcção do Benfica, que, covardemente se esconde atrás das notícias que vai passando para os jornais, a conclusão que se pode tirar dos factos acima referidos é a de que Jonas terá ficado magoado por o plantel passar a integrar um jogador que iria ganhar muito mais do que ele, sem ter dado nenhumas provas no clube e de as provas prestadas noutros clubes serem incomparavelmente inferiores às que Jonas presou no Benfica, passando a admitir a hipótese de sair – hipótese que anos após ano tinha até hoje recusado apesar de as propostas que lhe chegavam das “arábias” e da China serem tão boas ou melhores do que aquela que agora lhe terá sido apresentada. O Benfica, pelo seu lado, que parecia já estar a empurrar Jonas para fora da equipa, aproveitou a situação criada para concretizar o objectivo que tinha em vista.

Rui Vitória, que é um pau-mandado de Vieira e que actua sem nenhuma autonomia, mesmo no plano técnico, foi pondo Jonas na “prateleira” nos jogos que disputou, tentando preparar por essa via canhestra os sócios para a saída do jogador.

E assim temos concretizado mais um desinvestimento importantíssimo no plantel do Benfica (Jonas faz mais falta ao Benfica do que Ronaldo ao Real Madrid), a que outros (Ruben Dias, se houver quem o quiser) se seguirão, sem que os sócios e adeptos sejam ouvidos ou chamados.

O futebol dos nossos dias serve-se dessa comunicação social que temos para ir passando as mensagens que lhe convém – mensagens que essa comunicação social reproduz acriticamente sem nunca as submeter ao crivo da análise crítica – e com elas ir fazendo a cabeça dos adeptos.

Vieira abusa dos benfiquistas, comporta-se como um patrão, que não tem que dar satisfações a ninguém, quando ele não passa de um patrão com dívidas, muitas dívidas, rodeado por um conjunto de acólitos que lhe obedecem cegamente por terem no Benfica o seu sustento e único molde de vida.
O Benfica vai pagar caro a saída de Jonas. Vieira vai, mais uma vez, empurrar as culpas. O treinador, que não manda nada, sairá...mas vieira continuará a dispor do Benfica como sua propriedade privada. 
Basta!

Esta opacidade, esta ausência de democracia no futebol tem de acabar.