sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

JORGE JESUS DESESPERADO




POR QUE PERDE JESUS COM AS GRANDES EQUIPAS?
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O holandês, com o golo marcado no último minuto contra o Belenenses, salvou Jorge Jesus e o Sporting de uma crise de proporções inimagináveis. Entendamo-nos: o facto de o Sporting estar a oito pontos do primeiro classificado e de por um triz não ter ficado a dez na véspera de Natal não tem nada de anormal na história do clube. É isso o que em regra vem acontecendo há décadas.

A grande diferença relativamente a situações passadas está em o Sporting ter, desde a última época, um dos mais caros treinadores do futebol europeu, vencendo réditos avultados, incompatíveis com a realidade do nosso futebol. E de essa contratação, caríssima, ter sido acompanhada de expectativas, quase certezas, que a ligavam à inevitável conquista de títulos.    Por outro lado, sendo o presidente Bruno de Carvalho um empregado do clube, do qual vive, isso faz com os habituais desaires tenham agora uma ressonância incomparavelmente maior do que tiveram antes pelas consequências de incidência pessoal que inevitavelmente lhe estão ligadas.

Ou seja, se o Sporting tivesse empatado ou perdido hoje no Restelo, o mais provável seria que os sócios exigissem a cabeça de Jesus, resultando dessa exigência ou da sua eventual concretização a fragilização da posição de Bruno de Carvalho, ficando a partir dai muito problemática a sua continuação à frente do clube.

O presidente, como age com a atitude típica do adepto, ficou muito feliz com a vitória, sem sequer se dar ao trabalho de reflectir sobre a actual situação do Sporting. Vive e age o dia a dia e enquanto lá vai estando vai garantindo o emprego. Nos intervalos dos jogos vai cultivando a sua doentia obsessão pelo Benfica continuando a debitar dislates e disparates até ao dia em que os seus lhe exijam contas pelo trabalho prestado e tirem depois as inevitáveis consequências.

Com Jesus as coisas passam-se de forma diferente. Por mais que Jesus fale ou queira falar como adepto, ele sabe, tal como os adeptos, que com o ordenado que recebe o seu “sportinguismo” soa a falso, é oco como um tronco bichado. Vendo a prestação da equipa, por mais que queira convencer os seus ouvintes do contrário, ele percebe que a crise está à porta, sempre na iminência de acontecer como percebe que são muito diminutas, para não dizer nulas, as hipóteses de conquista de um título importante.

Por essa razão são tão tristemente desesperadas as suas prestações nas conferências de imprensa, principalmente as que ocorrem fora de Alvalade, já que no seu recinto reina um clima de intimidação que leva a maior parte dos jornalistas a fazer-lhe apenas as perguntas que ele quer ouvir.

O se desespero é, porém, notório como hoje se viu no Restelo. A arrogância com que pretende impedir que lhe falem da sua prestação nas competições europeias e a bazófia com que pretende fazer passar a mensagem de que com vitória ou sem vitória tudo continuaria na mesma são manifestações típicas de quem já compreendeu que chegou ao fim da linha

Se dúvidas houvesse elas seriam imediatamente dissipadas pela repetição da esfarrapada desculpa de a crise do Sporting ser uma “crise Jorge Sousa”, tentando fazer uma ligação absurda entre o desempenho do árbitro que apitou o Sporting na Luz com os 15 (quinze!) pontos já perdidos no Campeonato bem como o humilhante desempenho da equipa na Liga dos Campeões onde somou 5 (cinco!) derrotas e uma única vitória contra o fraquíssimo Legia de Varsóvia, porventura a mais fraca das 32 equipas em prova!

Jesus, se não estivesse realmente desesperado, teria certamente vergonha de apresentar semelhantes argumentos à consideração da opinião pública.

Aliás, tendo em conta a sua experiência de seis anos no Benfica e de um e meio que já leva no Sporting o que Jesus deveria fazer era interrogar-se por que razão perde sistematicamente contra as grandes equipas e por que falha tão repetidamente nas grandes ocasiões, qualquer que seja a categoria do adversário.

Mas isso Jesus nunca o fará. E nunca o fará porque tem mentalidade de treinador de equipa pequena. O seu autodidatismo baseado numa grande incultura geral e até futebolística e os longos anos passados a lutar para manter o emprego em equipas de segundo e terceiro plano fazem com que ele encare todas essas derrotas como vitórias morais. Foi assim que fez no Benfica quando perdeu por três anos consecutivos o campeonato para o Porto, quando perdeu as finais da liga Europa, depois de eliminado da Liga dos Campeões, onde apenas por uma vez superou a fase de grupos, e voltou a fazê-lo agora com o Sporting quando perdeu com o Real Madrid e com o Borussia de Dortmund por quatro vezes, duas com cada equipa.

A exuberância com que se vangloriou da derrota de Madrid, festejada como se de uma vitória se tratasse, impediu-o de voltar à terra, apesar das tristes consequências desses festejos no plano puramente interno terem ocorrido logo a seguir.

A nossa convicção, porém, é a de que Jesus não tem cura. Se ganha e gosta da exibição manifesta um optimismo e uma arrogância desmedidos; se perde ou joga mal tenta com desculpas esfarrapadas imputar a terceiros uma responsabilidade que é sua. É esta conduta bipolar, que o situa permanentemente entre a euforia e o desespero, que efectivamente o impede de perceber por que perde tantas vezes e por que perde quando aparentemente a vitória está ao alcance da mão!


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

PLAY OFF, A GRANDE MANIPULAÇÃO



 


O QUE REALMENTE METE NOJO!
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Como a generalidade dos leitores saberá, o Play Off é um programa de comentário desportivo, da SIC N, emitido ao domingo à noite, que tem como intervenientes três sportinguistas confessos (Rui Santos, provavelmente o dono do programa, um tal João, um ex-jogador do Sporting, actualmente Manuel Fernandes), Rodolfo Reis, anti-benfiquista primário, subsidiariamente adepto e ex-jogador do Porto, e João Alves, ex-jogador do Benfica durante 4 épocas (duas mais duas), Boavista, PSG e Salamanca.
Actualmente o objectivo deste programa é denegrir o Benfica, tentando fazer passar a mensagem de que ganha jogos e títulos com o favor da arbitragem e pressionar intensa e permanentemente os árbitros com base em falsos factos representativos de pretensos prejuízos causados nos jogos em que intervêm o Porto e o Sporting.
Esta campanha, orquestrada por Rui Santos, com a colaboração do tal João que o acompanha, tem como principais falsificadores Rodolfo Reis e o representante do Sporting, Inácio, actualmente a afundar o Moreirense, agora substituído, como se já disse, por Manuel Fernandes.
João Alves tenta remar contra a maré, mas raramente consegue por falta de acutilância adequada e por ter caído no estratagema, urdido pelos outros quatro, de se ter deixado colocar à defesa quando a sua posição, pelo que se passou na arbitragem durante cerca de trinta anos, deveria ser a de ataque sem tréguas aos batoteiros contumazes.
De facto, o que R. Reis pretende quando fala em nojo, roubos e outras aleivosias era regressar aos tempos em que os árbitros se encarregavam de ganhar os jogos pelo Porto, quer marcando-lhe golos inexistentes, quer favorecendo-o com penalties inventados ou anulando golos válidos aos adversários,  ou permitindo no campo, nomeadamente aos defesas, um clima de violência nunca punido com expulsão directa ou sequer com um segundo amarelo, além de concederem ao guarda-redes portista a faculdade de tirar golos dentro da baliza e de defender com a mão fora da área.
Este é que era o nojo que Rodolfo Reis gostaria de voltar a saborear e quem diz Rodolfo Reis, diz Miguel Guedes ou Pinto da Costa que, depois de vários meses de mudez absoluta, voltou a palrar, também convencido de que pode repetir os “tempos gloriosos” dos seus mais famosos "pontas-de-lança" – Adriano Pinto, Lourenço Pinto, Pinto de Sousa, entre “guímaros”, “calheiros”, “martinsdossantos”, entre tantos e tantos outros!
É neste contexto que surgem os ridículos quinze penalties não assinalados a favor do Porto, com base numa contabilidade criativa que se fosse seguida pelos restantes clubes passar-se-ia mais de metade do tempo de jogo a marcar penalties. Penalties que o Porto, apesar de ter beneficiado de vários, se mostra incapaz de concretizar.
Se os comentadores do Porto, nomeadamente os que jogaram futebol, tivessem sido formados num ambiente desportivamente saudável, a primeira coisa que deveriam fazer era aconselhar os jovens jogadores do seu clube a não serem batoteiros, aldabrões, simulando faltas inexistentes, conselhos, aliás, que reverteriam no interesse dos próprios jogadores, já que com semelhantes hábitos jamais serão contratados por equipas pertencentes a uma liga que se preze.
Vem isto a propósito das simulações de Octávio e das vergonhosas simulações de André Silva, tão jovem e já tão batoteiro! Só mesmo um árbitro inexperiente e incompetente poderia ter sancionado com um penalty a simulação contra o Feirense, da qual decorreu a expulsão do adversário e a marcação do primeiro golo do Porto. Simulação que ontem, contra o Chaves, voltou a ser ridiculamente encenada pelo mesmo jogador, novamente sem punição! Como ridículos são os protestos portistas relativamente a outros lances desse jogo. Boa arbitragem, sem nenhum caso. Sempre o mesmo critério para ambas as partes. É bom lembrar que os golos como os do Maicon, na Luz, não valem! Valiam para o Pedro Proença, mas para as leis que regulam o futebol não valem. Entendido?
O que diria o Benfica, se quisesse falar do jogo contra o Estoril. Quantos penalties teria o Porto contabilizado se o jogo tivesse sido com eles? Sim, quantos? O Benfica, porém, não criticou a arbitragem. E toda a gente sabe quantos penalties esta época já ficaram por marcar, como conhece a validação de golos inválidos bem como a anulação de golos válidos. Enfim, o Benfica tem tido de tudo. Mas não se queixa, nem se deve queixar, porque nos jogos que perdeu pontos, perdeu-os por culpa própria.
Finalmente, um reparo. Incompreensíveis as declarações de Toni sobre a arbitragem do jogo contra o Sporting. Antes de continuar é preciso distinguir duas situações completamente diferentes.
Uma coisa é os benfiquistas não abdicarem da sua liberdade de crítica relativamente a todas as situações que digam respeito à vida do clube – aos actos de gestão, à política de aquisições e de vendas, enfim, crítica sobre tudo o que discordam, sejam essas vozes isoladas ou com muita ressonância. Esta é uma liberdade que um benfiquista nunca pode nem deve comprometer ou pôr em causa, sob pena de estar a destruir os verdadeiros fundamentos do clube – um clube popular e democrático.
Outra é contribuir com actos ou palavras para alimentar as campanhas que inimigos jurados do Benfica têm em curso com a intenção de prejudicar o clube, afastando-o da senda dos títulos e das vitórias. Toda a gente conhece o historial do Porto em matéria de arbitragem para logo se perceber o que eles realmente pretendem quando atacam e injuriam o Benfica. Toda a gente igualmente percebe que o Sporting, a sua direcção, os seus comentadores, a maior parte dos seus adeptos, estão completamente obcecados com o Benfica. Sabe-se que para eles uma arbitragem isenta é a que favoreça o Sporting e prejudique o Benfica. Os exemplos, às dezenas, estão à vista de todos, pela loucura de comentários e afirmações que fazem a propósito de situações perfeitamente normais. Ora bem, depois da enorme campanha, diariamente alimentada, que o Sporting tem feito contra o Benfica, nomeadamente invocando os lances do jogo da Luz – lances que oitenta a noventa por cento dos árbitros e especialistas da arbitragem consideram bem resolvidos, lances que nas grandes ligas europeias jamais seriam dignos de qualquer sanção - como pode um benfiquista vir dizer que houve penalties por assinalar com influência no resultado? Como pode dizer que houve penalties, se as imagens que existem não provam nada disso, e como pode, além disso, acrescentar que influenciaram o resultado? Como sabe Toni que o resultado seria diferente se porventura algum penalty tivesse sido assinalado? O que sabe Toni do rumo que o jogo tomaria se outra ou outras tivessem sido as decisões do árbitro? São declarações inaceitáveis, principalmente por terem sido feitas por alguém que tem experiência e conhecimentos suficientes para não ser ingénuo.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

BENFICA – SINAL VERMELHO


OS DOIS PRÓXIMOS JOGOS

Dois do últimos jogos do Benfica deixaram uma angustiante dúvida nos adeptos sobre como se comportará a equipa nos dois próximos importantíssimos jogos em que se decidirá a permanência na Liga dos Campeões e a liderança do campeonato.

Tanto o jogo de Istambul como o da Madeira deixam legítimas apreensões. Na Turquia, estando o Benfica à beira de construir um resultado histórico e de assegurar o apuramento para a continuação na Liga dos Campeões, assistiu-se à queda da equipa em consequência de erros defensivos inaceitáveis. Se é certo que o primeiro golo do Besiktas foi um excelente golo, também é verdade que o seu autor agiu dentro da área, na sequência de um cruzamento, sem a menos oposição. Todavia, um golo do adversário quando se tem uma vantagem de três não é, na esmagadora maioria dos casos, nada de muito importante. Pode até proporcionar a marcação do quarto já que o adversário nestas circunstâncias tem tendência a desguarnecer a defesa na ânsia de alcançar o segundo golo. E o Benfica estava a conseguir segurar o jogo, tanto assim que entre o primeiro golo e a marcação do segundo mediaram quase trinta minutos! Todavia, esse segundo golo acontece em consequência de um erro inadmissível de Lindlöf, que jogou desnecessariamente a bola com a mão no extremo limite da grande área, para cortar uma jogada, que não levava qualquer perigo, a que por deficiência de posicionamento não chegou com a cabeça.  Depois do segundo golo,  que expressava uma brilhante recuperação do adversário e com poucos minutos para jogar num ambiente adverso, era de prever que o golo do empate aparecesse, como apareceu perto do fim do jogo. Entre o segundo e o terceiro golo, a esquipa desorientou-se por completo, cometeu erros em série e mais uma vez Lindelöf, de parceria com Eliseu, se revelou incapaz, novamente por erro de posicionamento, de cortar um cruzamento que nunca deveria ter chegado, principalmente como chegou, aos pés do adversário.

Depois de dois jogos simples, ambos em casa, para competições diferentes, o Benfica iria ter novo teste frente ao Marítimo, no Funchal, para o campeonato. E novamente num teste importante, a equipa falhou. Falhou outra vez no plano defensivo; falhou na concretização; e falhou na estabilidade emocional.

No plano defensivo, tem de se dizer que tendo sido os centrais, nos últimos anos, o grande baluarte defensivo do Benfica, eles são hoje um grande problema, pelo menos, nas duplas que têm sido testadas.  De facto, em Nápoles, com a dupla Lisandro/Lindlöf, foi Lisandro quem falhou. Falhou, mas tinha sido importante no jogo contra o Tondela como importantíssimo foi no jogo (para esquecer) com o Porto. Depois deste jogo, Lisandro, sem que nada o justificasse voltou a sair para não mais entrar. Entrou Luisão que no primeiro grande teste, contra o Nápoles, não conseguiu estabilizar a defesa e que na passada sexta-feira foi o responsável pelo primeiro golo do Marítimo e também não foi capaz de acudir, por falta de velocidade, àquele que poderia ter sido o segundo. Aliás, neste lance é incompreensível como após a primeira defesa de Ederson, o jogador do Marítimo, face a quatro jogadores do Benfica, tem tempo suficiente para fazer sem oposição um novo remate muito bem colocado  que só não foi golo por Ederson ter correspondido com uma nova e excelente defesa.

Depois de assegurado o empate, o Benfica dispôs de oportunidades para marcar, mas nem Mitroglou, nem Sálvio, nem Rafa, nem jiménes tiveram o discernimento suficiente para o fazer. E aqui notou-se, como antes nunca se havia notado, a falta de Jonas! A somar a esta ineficácia juntou-se a inoperância defensiva que novamente se manifestou ao voltar a ser a ser incapaz de controlar uma bola cruzada, desta vez de canto. Tanto André Almeida como Lindlöf foram incapazes de cortar a bola ou de estorvar a acção do avançado maritimista.

Finalmente, foi por demais notória a perda de estabilidade emocional da equipa que, perante o anti-jogo do Marítimo, nada mais foi capaz de fazer do que lançar, sem nexo nem critério, bolas pelo ar para a entrada da área adversária, sistematicamente perdidas no confronto com a defesa insular.

Perante este quadro, a pergunta que se coloca é esta: que Benfica vamos ter contra o Nápoles? Contra um Nápoles a quem o empate serve para passar e que sabe jogar como poucos no contra-ataque. Não parece, francamente, que a defesa deva ficar incólume, isto é, inalterada. Se é certo que do lado esquerdo pouco há a fazer (a menos que Lindlöf pudesse desempenhar esse lugar), no centro há que fazer mexidas. Luisão não tem condição para jogar partidas como a que vai disputar-se contra o Nápoles. Se Rui Vitória continuar a insistir no erro, vai seguramente pagá-lo caro. O ideal seria jogar com Jardel sobre a esquerda e Lindlöf ou Lisandro sobre a direita. Se Jardel não estiver em condições (que estranha lesão a sua…), o melhor será alinhar com o sueco e o argentino.

Na frente, Rafa tem de saber que muito mais importante do que marcar um golo pelo Benfica é que o Benfica marque golos seja quem for quem os mete. Rafa não foi capaz de concretizar na hora própria contra o Moreirense e quando o tentou fazê-lo já se sabia que o não conseguiria. Por acaso a bola foi ter com o pés de Jiménez …e tudo se resolveu. E na Madeira voltou a não marcar, não obstante a oportunidade de que desfrutou.

Para o Benfica, o jogo contra o Nápoles é um jogo importantíssimo porque decide a continuidade na Liga dos Campeões. Se o Benfica não conseguir o apuramento, para além do prejuízo que daí resulta, há as consequências anímicas da derrota. Anímicas para equipa que fica de rastos e anímicas para o Sporting que virá à Luz moralizadíssimo convencido de que a vitória está garantida.

Não se pense que o Sporting tem nessa mesma semana um jogo igualmente importante em Varsóvia, contra o Legia, porque não tem. Para o Sporting, e principalmente para Jesus, esse jogo nada representa. E para os seus adeptos também não. Jesus que só uma vez passou, como treinador, a fase de grupos da Liga dos Campeões, não está interessado em disputar a Liga Europa, não por ser uma competição menor, mas para não ter a equipa envolvida em duas competições exigentes, uma vez que  o seu único objectivo é a vitória no campeonato. Além de que tendo já comemorado, como “vitórias”, quatro derrotas da fase de grupos, dá-se por satisfeito e os sportinguistas também.

É preciso ter isso em conta. O Sporting é no seu palmarés uma equipa de segunda linha quando comparada com o Benfica ou com o Porto. É, e sempre foi, uma equipa de trazer por casa. Tal como Jorge Jesus. De facto, à parte as vitórias nacionais, que se perdem na nuvem dos tempos, o Sporting nunca teve qualquer protagonismo internacional. E mesmo no tempo dos “5 violinos”, de que os sportinguistas tanto falam, a equipa (e o futebol que então se jogava em Portugal) era fraco, muito fraco. Um dos piores da Europa, como o atestam os resultados da selecção nacional e como o atesta também o desempenho do Sporting nos confrontos com equipas estrangeiras (não em competições, que então não existiam, salvo a Taça Latina, a partir de certa altura, mas em jogos particulares, à época muito frequentes, e que eram o verdadeiro espelho do prestígio das respectivas equipas).

Portanto, é vital para o futuro da equipa esta época que o Benfica passe à fase seguinte da Liga dos Campeões e ganhe ao Sporting na Luz.

Pela primeira vez, esta época, a equipa sente a falta dos seus titulares: de Jardel no centro da defesa; de Grimaldo à esquerda; e de Jonas na frente!