Portugal terá no play off de apuramento para o Mundial do
Brasil (2014) uma das três equipas que, à partida, tendo em conta o historial
da selecção portuguesa, lhe poderiam causar maiores problemas – a França, a Grécia
e a Suécia. Calhou-lhe a Suécia, contra a qual tem um lamentável registo de 6
derrotas, 3 empates e 3 derrotas com a agravante de nunca ter ganho aos suecos
em Portugal.
A situação não seria melhor se em vez da Suécia lhe tivesse
saído em sorte a selecção da Grécia, à qual nunca ganhou, ou a França, contra a
qual sempre perdeu os confrontos mais decisivos das provas oficiais em que a
defrontou.
Acresce a esta estatística o facto de a Suécia ter hoje nas
suas fileiras um jogador que tem sido determinante nos jogos da selecção (Zlatan
Ibrahimovic). Apesar dos registos da Suécia na série de apuramento em que participou
não serem nada de extraordinário – 6 vitórias, 2 empates e duas derrotas; 19
golos marcados e 14 sofridos – num grupo que contava com a presença da Alemanha,
mas também das Ilhas Faroé e do Cazaquistão, a verdade é que daqueles 19 golos
sete foram marcados à poderosa Alemanha que no cômputo geral apenas sofreu mais
três.
Por outro lado, se tivermos em conta a decepcionante
participação de Portugal no Grupo F, em que ficou em segundo lugar a um ponto
da Rússia, com empates em casa contra a fraquíssima selecção da Irlanda do
Norte e também contra Israel (num jogo decisivo que poderia ter alterado a
classificação que desde há muito parecia estabelecida), tudo aponta para uma
dificílima tarefa da selecção portuguesa.
Além de não ter um jogador verdadeiramente determinante nos
confrontos decisivos (jogador que Cristiano Ronaldo manifestamente não é, como
o seu historial na selecção inequivocamente demonstra), Portugal tem uma defesa
fraca onde militam dois centrais em fim de carreira, perigosos pelas muitas faltas
que fazem e pelo jogo violento que frequentemente praticam. A isto acresce um
Rui Patrício muito longe da forma que o notabilizou, provavelmente frustrado
por ter de permanecer no Sporting por ausência de propostas irrecusáveis ,e um
Coentrão que desde que foi para o Real Madrid nunca mais voltou a ser o jogador
que tanto se distinguiu no Benfica e no Mundial da África do Sul.
Na frente, apenas Cristiano Ronaldo verdadeiramente conta, já
que Nani, de quem tanto se esperava, tem vindo a decair com a passagem dos anos
e Varela é hoje uma sombra do jogador que já “ameaçou” poder vir a ser,
principalmente na selecção. De Postiga, Hugo Almeida ou Nelson Oliveira pouco
haverá a esperar e de Dani nunca há certeza se estará em condições físicas para
alinhar na selecção.
Por tudo isto e também por ausência de uma linha média
renovada, onde verdadeiramente só Moutinho continua a ter lugar, muito dificilmente
Portugal marcará presença no Mundial do Brasil.
Esperemos para ver…
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