sexta-feira, 2 de maio de 2014

BENFICA ELIMINA JUVENTUS E VAI À FINAL


 

CONTE QUEIXA-SE DO ÁRBITRO
El Benfica aguanta en Turín con diez y jugará la gran final

É difícil conceber maior decepção para os tiffosi da Juventus do que a eliminação desta noite, nas meias-finais da Liga Europa, ocorrida seu próprio estádio, numa época em que a final da prova se disputará nesse mesmo estádio.

Quem ouvia os italianos desde o dia em que o sorteio lhes reservou o Benfica como adversário ficava imediatamente a saber que a passagem à final era algo que parecia estar de antemão garantido. A ponto de Pirlo ter dito que tinha pena, pelo Benfica, do azar que teve – o azar de ter de defrontar a Juventus, o vencedor antecipado da Liga Europa.

Mas não foi isso o que aconteceu ontem à noite à semelhança aliás do que já tinha acontecido em 1968 para a Taça dos Campeões, quando a 15 de Maio daquele ano o Benfica derrotou a Juventus em Turim por 1-0, depois de ter ganho na Luz por 2-0, assegurando, assim, um lugar na final de Wembley contra o Manchester United.

Só que nessa altura não se ouviram os protestos que hoje “preencheram” a conferência de imprensa do treinador da Juventus, António Conte. Sem que nada o justificasse, a Juventus queixou-se do árbitro. De um árbitro que expulsou dois jogadores do Benfica e que concedeu à Juve um tempo extra de oito minutos e quinze segundos, depois de o ter fixado em seis minutos!

Ouvir Conte ou a própria Juventus queixar-se da arbitragem é o mesmo que ouvir Al Capone queixar-se do incumprimento da lei. Para quem não saiba ou já se tenha esquecido é bom lembrar que Conte já foi punido com dez meses de suspensão dos relvados italianos, pelo Tribunal de Justiça da Federação Italiana de Futebol, por não ter revelado a manipulação do resultado da partida Albinoleffe-Siena quando era treinador desta última equipa, tendo, posteriormente, a FIFA ampliado para nível mundial a punição da justiça italiana. E quanto à Juventus, como todos se recordarão, foi em 2006 punida com o rebaixamento de divisão (Série B) e perda dos títulos conquistados em 2005 e 2006 por manipulação de resultados na Série A! Portanto, em matéria de arbitragem estamos conversados…

Enfim, o árbitro não foi a personagem central do encontro desta noite em Turim. Não foi para ninguém, nem mesmo para a imprensa italiana que não alinha nas considerações de Conte, obviamente ditadas pela frustração da eliminação e como desculpa para o semi-fracasso de uma época que, a partir da eliminação da Liga dos Campeões, passou a apostar tudo nas vitórias no campeonato (em vias de ser alcançada) e numa prova europeia.

Quanto ao jogo, propriamente dito, fica a passagem à final do Benfica mercê do empate a zero alcançado em Turim num jogo de proporções épicas em que o Benfica conseguiu segurar a vantagem trazida de Lisboa (2-1)com dez em campo, por expulsão de Enzo Pérez, a partir dos 66 minutos e depois com nove nos últimos sete minutos por lesão de Garay. Como ressaca ainda a impossibilidade de poder dispor de Enzo Pérez e de Markovic na final, ambos expulsos – o primeiro do terreno de jogo e o segundo do banco – e ainda de Salvio que levou o segundo amarelo por alegadamente ter cortado com o braço um remate à entrada da área.

No Benfica não há jogadores a destacar, todos lutaram como verdadeiros campeões por um lugar na final. E conseguiram-no. É tudo!

Assim, a 14 de Maio o Benfica voltará a Turim para defrontar o Sevilha que no último minuto do tempo de compensação conseguiu marcar o golo que o coloca na final, apesar de derrotado por 3-1 em Valência.

Esta é a segunda final consecutiva do Benfica de Jesus na Liga Europa e a décima final europeia do Benfica, onde não voltou a conhecer a vitória depois da “maldição” de Guttman.

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