quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

E DO CASTIGO DE JAVI GARCIA, QUE DIZER?


ALGUMA COISA SE PODE DIZER

Não há dúvida de que Javi Garcia agrediu, sem grande violência, um jogador do Vitória de Guimarães no último jogo de sábado passado, no Estádio da Luz. Se o árbitro tivesse visto, Javi Garcia teria sido expulso e o Benfica sofreria uma grande penalidade.
Por que razão praticou Javi Garcia aquele acto? Só ele poderá responder, mas o julgador que vê o lance no campo ou na televisão (à velocidade normal) julgá-lo-á de acordo com aquilo que vê e segundo a avaliação que o acto lhe merece. E a avaliação que uma pessoa prudente fará do lance é a seguinte: o jogador do Benfica atingiu voluntariamente (e não involuntária ou negligentemente) o jogador do Vitória de Guimarães e fê-lo com a intenção de desforra e não para impedir o vimaranense de chegar à bola.
Esta interpretação pode estar errada, mas é a que decorre das imagens. E se daqui partíssemos para os critérios que têm sido defendidos pelos sportinguistas (comentadores de TV sócios do clube, e outros comentadores do mesmo clube, como Rui Santos, Joaquim Rita, Jorge Coroado, para citar apenas alguns), teríamos de dizer que o Javi Garcia estava a reagir a algo que antes lhe terão feito. Porque, segundo eles, não há reacção sem acção prévia justificadora da reacção.
É óbvio que somente uma pessoa de má fé pode argumentar nestes termos. Javi Garcia cometeu uma agressão (leve) e deve ser punido por ela, quer estivesse a responder a uma anterior provocação, quer tivesse apenas em vista impedir o jogador do Guimarães de chegar à bola.
Ele é único responsável pelo seu comportamento e não terceiros.
Não se trata com este texto de crucificar Javi Garcia, um excelente jogador e grande atleta, embora o seu acto não seja de aplaudir. Trata-se apenas de pegar no seu exemplo para atacar os intriguistas do futebol…ou até talvez mais do que isso: aqueles que fazem com que o futebol seja em Portugal aquilo que é!

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