O QUE SE PERSPECTIVA
A actualidade benfiquista é tão intensa e tão absorvente, interessa a um tão grande número de adeptos, que resta pouco tempo para dedicar aos demais acontecimentos desportivos.
Das duas jornadas já jogadas importa destacar o bom desempenho do Nacional, que ganhou em Vila do Conde e ao Benfica. Igual número de pontos soma o Porto com duas vitórias, uma feliz, no primeiro jogo, outra tranquila, no segundo.
De realçar também a vitória tangencial do Sporting, contra o Marítimo, que o livrou de entrar, muito cedo, numa crise profunda da qual dificilmente sairia.
O Braga, ao empatar em Setúbal, onde o ano passado ganhou, já começou pior, embora no jogo jogado se tenha mantido substancialmente idêntico.
Quanto ao resto, ainda é cedo para se saber quem vai confirmar-se na luta pelos lugares cimeiros imediatamente seguintes aos reservados aos quatro do costume.
Também é cedo para se começar a falar de arbitragem, embora, sem que tal facto constitua motivo de desculpa, ao Benfica já tenham sido escamoteadas, pelo menos, duas grandes penalidades: uma (ou duas) contra a Académica e outra contra o Nacional. Pelo contrário, o Porto beneficiou de uma falta inexistente, para marcar o segundo golo contra o Beira-Mar. O Sporting não tem razão quando reclama uma grande penalidade sobre Liedson na primeira parte do jogo contra o Marítimo porque é Liedson que comete falta, não assinalada, sobre o guarda-redes. De referir também que a entrada de Rui Patrício sobre João Pereira, colega de equipa, é brutal. Não é a primeira vez que Patrício sai da baliza de joelho em riste para amedrontar os adversários. Em jogada semelhante contra um adversário deveria ser expulso, pura e simplesmente. Lamentáveis, em matéria de arbitragem, os comentários de Pedro Henriques na TVI. Agora se percebe melhor porque foi despromovido. Infelizmente os critérios televisivos de escolha dos comentadores assentam mais na facilidade com que se está perante as câmaras do que na competência de quem comenta.
Apesar da linguagem desabrida do presidente do Porto, absolutamente normal numa pessoa com a sua educação, passado e cadastro desportivo, e do seguidismo do novel treinador/adepto, este não vai ser um campeonato com muita agressividade se o Benfica ficar fora da corrida, como parece que vai ficar, logo nas primeiras jornadas. É que uma boa parte dessa agressividade resulta do ódio e inveja dos êxitos benfiquistas. Os sportinguistas, nomeadamente os que tendem a comportar-se como uma filial do Porto, aceitarão com alguma benevolência os insucessos da sua equipa, se o Benfica não for à frente. Também o treinador do Braga usará este ano uma linguagem completamente diferente da do ano passado, logo que o Benfica esteja arredado do título. E depois, os múltiplos tentáculos que Porto tem espalhados pelas diversas equipas (Académica, Portimonense, Leiria, etc.) também tenderão a ser menos agressivos se o Benfica não oferecer uma réplica à altura.
A actualidade benfiquista é tão intensa e tão absorvente, interessa a um tão grande número de adeptos, que resta pouco tempo para dedicar aos demais acontecimentos desportivos.
Das duas jornadas já jogadas importa destacar o bom desempenho do Nacional, que ganhou em Vila do Conde e ao Benfica. Igual número de pontos soma o Porto com duas vitórias, uma feliz, no primeiro jogo, outra tranquila, no segundo.
De realçar também a vitória tangencial do Sporting, contra o Marítimo, que o livrou de entrar, muito cedo, numa crise profunda da qual dificilmente sairia.
O Braga, ao empatar em Setúbal, onde o ano passado ganhou, já começou pior, embora no jogo jogado se tenha mantido substancialmente idêntico.
Quanto ao resto, ainda é cedo para se saber quem vai confirmar-se na luta pelos lugares cimeiros imediatamente seguintes aos reservados aos quatro do costume.
Também é cedo para se começar a falar de arbitragem, embora, sem que tal facto constitua motivo de desculpa, ao Benfica já tenham sido escamoteadas, pelo menos, duas grandes penalidades: uma (ou duas) contra a Académica e outra contra o Nacional. Pelo contrário, o Porto beneficiou de uma falta inexistente, para marcar o segundo golo contra o Beira-Mar. O Sporting não tem razão quando reclama uma grande penalidade sobre Liedson na primeira parte do jogo contra o Marítimo porque é Liedson que comete falta, não assinalada, sobre o guarda-redes. De referir também que a entrada de Rui Patrício sobre João Pereira, colega de equipa, é brutal. Não é a primeira vez que Patrício sai da baliza de joelho em riste para amedrontar os adversários. Em jogada semelhante contra um adversário deveria ser expulso, pura e simplesmente. Lamentáveis, em matéria de arbitragem, os comentários de Pedro Henriques na TVI. Agora se percebe melhor porque foi despromovido. Infelizmente os critérios televisivos de escolha dos comentadores assentam mais na facilidade com que se está perante as câmaras do que na competência de quem comenta.
Apesar da linguagem desabrida do presidente do Porto, absolutamente normal numa pessoa com a sua educação, passado e cadastro desportivo, e do seguidismo do novel treinador/adepto, este não vai ser um campeonato com muita agressividade se o Benfica ficar fora da corrida, como parece que vai ficar, logo nas primeiras jornadas. É que uma boa parte dessa agressividade resulta do ódio e inveja dos êxitos benfiquistas. Os sportinguistas, nomeadamente os que tendem a comportar-se como uma filial do Porto, aceitarão com alguma benevolência os insucessos da sua equipa, se o Benfica não for à frente. Também o treinador do Braga usará este ano uma linguagem completamente diferente da do ano passado, logo que o Benfica esteja arredado do título. E depois, os múltiplos tentáculos que Porto tem espalhados pelas diversas equipas (Académica, Portimonense, Leiria, etc.) também tenderão a ser menos agressivos se o Benfica não oferecer uma réplica à altura.
Sem comentários:
Enviar um comentário