quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

BREVE ANÁLISE DOS PROGRAMAS DESPORTIVOS DAS TELEVISÕES




A MEDIOCRIDADE E A TOXIDADE SÃO A REGRA



Deixando de lado as transmissões de espectáculos desportivos (alguns deles apenas manchados pelo sectarismo de alguns comentadores) e os canais dos clubes, de qualidade muito diferenciada, podendo até encontrar-se em algum deles programas bem mais interessantes do que os apresentados pelos canais generalistas abertos e pelos canais do cabo, noticiosos ou desportivos,  o que se pode dizer sem medo de errar é que a esmagadora maioria dos demais programas desportivos sobre futebol das nossas televisões são lixo tóxico.

Entre estes, para que não haja dúvidas, colocamos à cabeça o “Tempo Extra”, o “Play Off”, o “Dia Seguinte” e o “Prolongamento”. Depois, mas ainda lixo tóxico, vem o “Trio de Ataque”, “Mais Bastidores” e o programa de domingo da TVI 24 que não sabemos como se chama.

Era suposto que nestes programas se falasse de futebol. É certo que alguns dos participantes nestes programas percebem pouco de futebol, nunca jogaram à bola, nem nunca exerceram a profissão de crítico desportivo, mas também há participantes que têm desempenhado desde há longos anos essas funções e outros até foram jogadores, alguns, ou muitos deles, internacionais, e outros, além de jogadores, foram treinadores, sendo, por isso, suposto que percebam de futebol e falem sobre ele.

Infelizmente não é isso o que acontece. Vejamos um por um. “O Tempo Extra” nem sequer merecia ser qualificado como programa desportivo sobre futebol, dada a sua natureza, a sua configuração e os seus fins, mas como os seus dois intervenientes insistem em falar sobre assuntos que marginalmente tocam o futebol que se joga nos campos, importa dizer que este programa é uma das maiores fraudes do nosso panorama desportivo. O apresentador é um simples “moço de recados” do principal interveniente no programa, limitando-se a dar-lhes as deixas do guião por aquele previamente estabelecido e a controlar os tempos de antena.

E a primeira questão que a propósito deste programa se põe é esta: a quem pertence de facto o “Tempo Extra”? À SIC ou ao seu protagonista? Esta pergunta já foi feita várias vezes, mas nunca obteve resposta, o que deixa desde logo na sombra ou até no escuro o princípio da transparência. Dito isto, toda a gente sabe que neste programa se não fala de futebol, de futebol jogado. Neste programa intriga-se, manipula-se e frequentemente mente-se, quer directamente, quer sob a forma de insinuação, quer mediante processos de intenção. O que também não admira, porque dada a personalidade, o carácter e o passado do seu do seu protagonista só poderia esperar-se a produção semanal de lixo tóxico! E é isso o que o programa produz.

Depois vem o “Play Off”, que, aparentemente, apareceu ao domingo à noite para se substituir ao lixo tóxico que na SIC, nesse mesmo espaço, era semanalmente jogado sobre os telespectadores. E foi para poder competir com a concorrência que se contrataram antigos jogadores de futebol, também eles ex-treinadores, para que, finalmente, se falasse de futebol. E no começo isso conseguiu-se apesar dos fortes vestígios de lixo tóxico que transitaram do anterior programa. Todavia, a personalidade de Toni, de Manuel Fernandes e de António Oliveira era garantia suficiente de que o programa se poderia manter acima da média. A saída de Toni foi bem colmatada com entrada de António Simões e o seu nível manteve-se acima da média. Depois saiu Oliveira, por razões que se desconhecem, embora se intuam, e o programa ressentiu-se logo da sua falta. O seu substituto embora alardeasse, em palavras, grande independência de análise, não precisou de muito tempo para dizer ao que vinha. De facto, desde muito cedo se percebeu que privilegiava uma aliança com o “lixo tóxico” por entender que esse era o melhor meio de transmitir o recado que se propunha deixar e de cumprir a tarefa de que se incumbira. Com a passagem do tempo tudo isso se tornou mais evidente e foi pelo seu lado, sempre em aliança com o “lixo tóxico”, que se começou a deixar de falar de futebol. Posteriormente, com a saída de Manuel Fernandes, um desportista exemplar e de grande integridade moral, e a sua substituição por um vulgar assalariado, de cariz arruaceiro, que já esteve ao serviço de outro senhor, que o programa começou a aproximar-se do nível zero. Prevendo, em tempo útil, esse desfecho, António Simões desligou-se e bateu com a porta. Foi substituído por João Alves, que já nada poderá fazer para impedir aquilo que o programa hoje já é. “Lixo tóxico polifónico”. Se Alves quer ouvir um conselho, eu lho dou de graça: Vá-se embora e quanto mais depressa melhor!

Em próximos posts continuará a análise dos demais programas.


6 comentários:

RedAtheist disse...

O PlayOff quando comecou era muito bom apesar do "lixo toxico" mas desde que o Manuel Fernandes abandonou nunca mais vi o programa.

Zé da Mouraria disse...

Se todos os Benfiquistas lhes dessem a mesma atenção que eu lhes dou, há muito teriam acabado por falta de audiências.

E sinceramente, não entendo nem me passa pela cabeça, como alguém deita fora 0,60 € + IVA para responder àquelas perguntas patéticas do insidioso apalermado anão dos caracolinhos brilhantes e de cabeça ensebada.

F.L. disse...

Deixei de ver há muito tempo essas porcarias. Aliás não são só os programas ditos "desportivos" que se podem qualificar de lixo. O que há mais é lixo nas TVs. Sempre desligo e aproveito para ler um bom livro. Ou então, se não desligar, procuro um filme ou série que esteja a passar. Tudo em nome da sanidade mental. Recomendo o mesmo a todos.
Por vezes vejo esses programas na BTv. Mas mesmo aí depende dos participantes. Há lá gente que simplesmente não suporto.

Anónimo disse...

Estás certinho.

Porque dão audiências a esses lixos televisivos e ainda telefonam para responder a perguntas patéticas?

Ou são tolos, ou masoquistas.

Comigo nem audiências, nem um cêntimo em telefonemas.

Miguel

Anónimo disse...

Eu quero ver é quantos jogos vai apanhar o Renato Sanches pela agressão de ontem!

Colinho! Mas nem isso vos vai salvar!!

Vasco!

Anónimo disse...

O Vasco não te cansas de ser um parasita ressabiado?

Entras nos cus e alabazas-te à trampa de qualquer um.

Denis