A FÚRIA LEIXONENSE
Um dos factos mais sublinhados pelos comentadores foi a garra e a virilidade excessivas que o Leixões pôs no jogo com o Benfica, em Setembro passado, na Luz. Um pouco à semelhança do que já tinha acontecido antes com o Setúbal, na primeira parte, e veio a repetir-se mais tarde com o Olhanense.
As entradas dos jogadores do Leixões raiavam frequentemente a violência. O árbitro expulsou dois, mas poderia ter expulsado mais. E ainda deixou dois penalties por marcar.
Agora percebe-se melhor o que estava por detrás dessa fúria: a oferta de 50 mil euros, caso pontuassem, segundo confessaram os três capitães do Leixões.
A oferta teria sido feita pelo empresário Jorge Teixeira, alegadamente em nome do Braga.
Em primeiro lugar o incentivo para ganhar é punido em Portugal, porque se entende que quem se deixa incentivar para ganhar também se deixará incentivar para perder.
Depois, o que nesta história aparece como pouco verosímil é o nome do Braga. Mas já não tem nada de estranho o facto de o jogo ter ocorrido no princípio do campeonato. Nada pior para desmoralizar uma equipa com pretensões do que começar logo de início a perder pontos em casa.
Dizem ainda as notícias que estão sob investigação outros casos de equipas que foram subornadas para perder.
O ano passado aconteceu um facto muito estranho que a ninguém passou despercebido. Uma equipa que luta para não descer terminou a primeira volta nos primeiros lugares. Pontuou em casa com o Benfica, ganhou no Dragão e em Alvalade. Na segunda volta continuou em grande forma, até que veio um jogo, no seu estádio, contra um grande, que por acaso até tinha nessa equipa vários jogadores emprestados, e foi o descalabro. Inexplicavelmente, com falhas incríveis perderam por 4-1. Daí até ao fim do campeonato nunca mais se encontraram.
Essa mesma equipa, que tinha jogadores emprestados ao Leixões, também tinha jogadores emprestados à Académica, ao Setúbal e ao Belenenses. Também em jogos com estas equipas, em casa da equipa que lhes emprestou jogadores, se assistiu a inexplicáveis substituições de alguns desses jogadores em fases do encontro em que estavam rendendo o máximo e que nenhuma razão justificaria a sua saída. Depois da substituição desses jogadores, as equipas a que eles pertenciam perderam.
Nem só de escutas vive o futebol portguês…
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