segunda-feira, 8 de novembro de 2010

JORGE JESUS: CRÉDITO ESGOTADO




PODE JESUS CONTINUAR?

Depois do que Jorge Jesus fez ontem, algo tacticamente inaceitável, depois das contratações feitas este ano, algo inconcebível para as necessidades da equipa, muito dificilmente recuperará o crédito indispensável para continuar no Benfica.
São erros a mais e muito dinheiro gasto. A equipa mais cara da história do Benfica dificilmente recuperará do desaire sofrido no Porto.
Não se trata de saber se a equipa poderá ainda ganhar o campeonato, porque essa pergunta tem, para toda a gente, a resposta óbvia. O que se trata é de saber se a equipa está em condições de lutar em cada jogo, como se esse jogo fosse importante para ganhar o campeonato. E a resposta a esta pergunta dificilmente poderá ser afirmativa.
Quem está de fora percebe que a empatia entre os jogadores e o treinador está sendo gradualmente destruída. É como se o treinador tivesse esgotado o seu repertório e nada mais tivesse para dizer de novo. Os sinais vindos a público da parte de alguns jogadores apontam nesse sentido.
Talvez fosse melhor que o Benfica e Jesus rescindissem amigavelmente, sem custos para qualquer das partes, já que dificilmente os benfiquistas aceitarão que à frente da equipa continue alguém que perdeu com o Porto por 5-0.
É verdade que já houve no Benfica quem tivesse perdido por mais (7-1) e tivesse continuado. Mas esse alguém, depois dessa derrota, disse: Vou falar com os meus jogadores e estou certo que vamos ganhar o campeonato.
E ganhou. John Mortimore percebeu que a derrota não teve nada a ver com erros tácticos flagrantes, como também se apercebeu do sentimento de revolta que aquele resultado tinha causado nos jogadores.
O caso de Jesus é diferente. Repete erros. Não aprende com eles. Já o ano passado em Liverpool também não compreendeu as características da equipa contra quem ia jogar. E foi o que se viu…
Haverá quem ache esta posição extemporânea. E haverá também quem entenda que ela é fruto da frustração do momento. Ver-se-á que não é. O que se vai passar na Champions League porá a nu a realidade aqui antecipada.

Sem comentários: