O BOM E O MAU
A vitória que o Benfica foi construindo até aos 75 minutos de jogo, se tivesse sido alcançada o ano passado, dir-se-ia que era brilhante.
Como foi alcançada este ano, e estando, no fundo, os sócios e os imensos simpatizantes do Benfica descrentes da equipa (basta olhar para a assistência do Estádio da Luz), vai dizer-se que foi uma vitória à imagem do Benfica que temos este ano. De um Benfica irregular, que tarda a impor-se e que, muito provavelmente, vai combinado em cada jogo, o bom com o mau.
No jogo de hoje, as equipas, acabadas de defrontar-se há quinze dias, entraram relativamente desconfiadas uma da outra. Afinal, pensava cada uma delas, que tipo de equipa vou defrontar?
O Benfica não entrou avassalador como era seu hábito nas provas europeias, nos bons velhos tempos. Tanto assim que o Lyon introduziu por duas vezes a bola na sua baliza nos primeiros quinze minutos de jogo. A primeira vez em off side, a segunda, depois de a bola ter sido dominada com o braço.
Forte nas bolas paradas o ano passado, o Benfica não desaprendeu tudo. De bola parada, a cruzamento de Carlos Martins, Kardec de cabeça marcou um lindo golo. Pouco depois, num rápido contra-ataque, Carlos Martins fez o último passe para Coentrão, que, sem deixar cair, marcou um grande golo. Antes, já César Peixoto tinha falhado um golo incrível.
Perto do intervalo, de canto marcado por Carlos Martins, Javi Garcia bateu o guarda-redes francês de cabeça e fez o terceiro.
No segundo tempo, o Benfica não entrou para defender o resultado, mas para o segurar, dando a iniciativa ao adversário, e esperando, num contra-ataque, aumentá-lo. Foi o que aconteceu na sequência de um canto marcado pelo Lyon. Numa rapidíssima transição ofensiva em que intervieram quatro jogadores, Carlos Martins fez o passe final para Coentrão, que, num magnífico chapéu, marcou o golo mais lindo da noite.
Daí para a frente tiveram lugar as substituições, Saviola por Jara, Kardec por Weldon e Carlos Martins por Felipe Menezes, e com elas o descalabro da equipa.
Uma deficiente cobertura no centro do terreno, numa bola que Coentrão deixou cruzar, permitiu a Gourcuff marcar o primeiro aos 74 minutos; onze minutos depois, Gomis, na marcação de um canto, fez o segundo e a partir daí o Benfica tremeu. Se até aos 85 minutos o Benfica ainda voltou às redes do Lyon e esteve mesmo em vias de marcar por Maxi Pereira, a partir do segundo golo dos franceses a equipa já só pensava no apito final do árbitro. Tanto assim que, mesmo no fim do jogo, num livre marcado do meio do campo, Roberto teve uma saída verdadeiramente suicida à cabeça da área, permitindo a Lovren transformar em golo um toque de cabeça que, noutras circunstâncias, não teria qualquer perigo.
Mas ficaram da exibição do Benfica algumas lições. A primeira é a de que Coentrão é muito mais eficiente a defesa do que a médio ala esquerdo; a segunda é a de que César Peixoto, não obstante as suas fragilidades, confere mais equilíbrio à equipa do que Gaitan, nomeadamente quando Coentrão sobe – e muitas são as vezes em que o faz; finalmente, viu-se hoje, pela primeira vez, com Salvio, alguém que dá profundidade à equipa. Não faz o que Di Maria fazia o ano parecido, mas faz algo de semelhante e isso é uma notícia fantástica para os benfiquistas.
Quanto ao mais, o que já se sabia: Jara, continua assustado, ainda não sabe ao que veio e está permanentemente perdido em campo. O Benfica tem de decidir se o recambia para a Argentina ou se o põe a jogar na Europa num clube que lhe faça perceber o que é o futebol europeu.
David Luuiz continua desconcentrado. Só por acaso não aconteceu hoje o que já tinha acontecido em Gelsenkirchen e em Lyon: uma perda de bola e golo do adversário. E só por acaso também, numa bola simplíssima, não fez um auto-golo numa das suas famosas “roscas”. Um caso a seguir com atenção…
Conclusão: a vitória era o mais importante, os golos também podem ser e a “psicologia” da equipa igualmente.
A vitória que o Benfica foi construindo até aos 75 minutos de jogo, se tivesse sido alcançada o ano passado, dir-se-ia que era brilhante.
Como foi alcançada este ano, e estando, no fundo, os sócios e os imensos simpatizantes do Benfica descrentes da equipa (basta olhar para a assistência do Estádio da Luz), vai dizer-se que foi uma vitória à imagem do Benfica que temos este ano. De um Benfica irregular, que tarda a impor-se e que, muito provavelmente, vai combinado em cada jogo, o bom com o mau.
No jogo de hoje, as equipas, acabadas de defrontar-se há quinze dias, entraram relativamente desconfiadas uma da outra. Afinal, pensava cada uma delas, que tipo de equipa vou defrontar?
O Benfica não entrou avassalador como era seu hábito nas provas europeias, nos bons velhos tempos. Tanto assim que o Lyon introduziu por duas vezes a bola na sua baliza nos primeiros quinze minutos de jogo. A primeira vez em off side, a segunda, depois de a bola ter sido dominada com o braço.
Forte nas bolas paradas o ano passado, o Benfica não desaprendeu tudo. De bola parada, a cruzamento de Carlos Martins, Kardec de cabeça marcou um lindo golo. Pouco depois, num rápido contra-ataque, Carlos Martins fez o último passe para Coentrão, que, sem deixar cair, marcou um grande golo. Antes, já César Peixoto tinha falhado um golo incrível.
Perto do intervalo, de canto marcado por Carlos Martins, Javi Garcia bateu o guarda-redes francês de cabeça e fez o terceiro.
No segundo tempo, o Benfica não entrou para defender o resultado, mas para o segurar, dando a iniciativa ao adversário, e esperando, num contra-ataque, aumentá-lo. Foi o que aconteceu na sequência de um canto marcado pelo Lyon. Numa rapidíssima transição ofensiva em que intervieram quatro jogadores, Carlos Martins fez o passe final para Coentrão, que, num magnífico chapéu, marcou o golo mais lindo da noite.
Daí para a frente tiveram lugar as substituições, Saviola por Jara, Kardec por Weldon e Carlos Martins por Felipe Menezes, e com elas o descalabro da equipa.
Uma deficiente cobertura no centro do terreno, numa bola que Coentrão deixou cruzar, permitiu a Gourcuff marcar o primeiro aos 74 minutos; onze minutos depois, Gomis, na marcação de um canto, fez o segundo e a partir daí o Benfica tremeu. Se até aos 85 minutos o Benfica ainda voltou às redes do Lyon e esteve mesmo em vias de marcar por Maxi Pereira, a partir do segundo golo dos franceses a equipa já só pensava no apito final do árbitro. Tanto assim que, mesmo no fim do jogo, num livre marcado do meio do campo, Roberto teve uma saída verdadeiramente suicida à cabeça da área, permitindo a Lovren transformar em golo um toque de cabeça que, noutras circunstâncias, não teria qualquer perigo.
Mas ficaram da exibição do Benfica algumas lições. A primeira é a de que Coentrão é muito mais eficiente a defesa do que a médio ala esquerdo; a segunda é a de que César Peixoto, não obstante as suas fragilidades, confere mais equilíbrio à equipa do que Gaitan, nomeadamente quando Coentrão sobe – e muitas são as vezes em que o faz; finalmente, viu-se hoje, pela primeira vez, com Salvio, alguém que dá profundidade à equipa. Não faz o que Di Maria fazia o ano parecido, mas faz algo de semelhante e isso é uma notícia fantástica para os benfiquistas.
Quanto ao mais, o que já se sabia: Jara, continua assustado, ainda não sabe ao que veio e está permanentemente perdido em campo. O Benfica tem de decidir se o recambia para a Argentina ou se o põe a jogar na Europa num clube que lhe faça perceber o que é o futebol europeu.
David Luuiz continua desconcentrado. Só por acaso não aconteceu hoje o que já tinha acontecido em Gelsenkirchen e em Lyon: uma perda de bola e golo do adversário. E só por acaso também, numa bola simplíssima, não fez um auto-golo numa das suas famosas “roscas”. Um caso a seguir com atenção…
Conclusão: a vitória era o mais importante, os golos também podem ser e a “psicologia” da equipa igualmente.
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