DUAS GRANDES APOSTAS DA FIFA
Já há muito se percebeu que a FIFA quer fazer do futebol o primeiro desporto mundial. Os novos mercados e as regiões que até hoje nunca tinham organizado uma prova desta envergadura foram, naturalmente, os privilegiados nas escolhas. Mas não só. As escolhas da FIFA também são políticas, no sentido corrente e não pejorativo do termo.
A dúvida não estava na escolha da Rússia que, desde início, se apresentou com grande favoritismo. A dúvida estava entre os Estados Unidos e o Qatar. Apesar de os Estados Unidos representarem um grande mercado que ainda não está ganho para o futebol, tem de compreender-se que a FIFA com a sua decisão quis igualmente dar um contributo para a atenuação das tensões mundiais.
A escolha de um país árabe, situado numa zona nevrálgica do globo, acaba por representar um voto de confiança naqueles que não acreditam nas guerras entre civilizações.
E pelo que já se sabe a respeito das votações, as coisas passaram-se de modo muito diferente daquele que vinha sendo antecipado pelos “entendidos”.
Assim, relativamente ao Mundial de 18, o primeiro candidato a ser eliminado foi a Inglaterra, com apenas 2 votos na primeira votação, contra 4 da Holanda/Bélgica, 7 de Portugal/Espanha e 9 da Rússia.
No segundo round, a Holanda/Bélgica perdeu 2 votos, tendo ficado com 2, Portugal manteve os mesmos 7 e a Rússia somou os dois da Inglaterra, mais os 2 que a dupla H/B perdeu, além dos 7 que já tinha, tendo ficado com 13.
Resultado final: vitória concludente da Rússia por 13 a 7.
Quanto ao Mundial de 22, as coisas foram mais renhidas.
Na primeira volta, o Qatar somou 11; os EUA, 3; a Coreia do Sul, 4; e o Japão, 3 e a Austrália 1, tendo sido eliminada.
Na segunda volta, o Qatar perdeu um voto (10); os EUA ganharam 2 (5); a Coreia do Sul ganhou 1 (5); e o Japão perdeu 1 (2), tendo sido eliminado.
Na terceira volta, o Qatar voltou a subir para 11: os EUA ganharam mais um voto (6); e a Coreia do Sul Manteve os mesmos 5, tendo sido eliminada.
Na quarta e última volta, os 5 votos antes atribuídos à Coreia dividiram-se pelo Qatar (3) e pelos EUA (2).
Resultado final: Qatar 13, Estados Unidos 8.
O campeonato de 2018 disputar-se-á em 13 cidades do vasto território da Rússia, desde a mais ocidental Kaliningrado (antiga Könisberg) até à mais oriental Ekateringburg. Haverá também jogos no sul, no Cáucaso, em Sochi, no Mar Negro, em Krasnodar; em Rostov–on-Don, perto do Mar Azov; no Volga, em Volgogrado (antiga Estalinegrado), em Samara; em Kazan (ambas relativamente perto da cidade natal de Lenine – Simbirsk, hoje Ulianovsk); a ocidente do Volga, Saransk; e depois Nizhny Novgorod, ainda no Volga ocidental; ainda nas margens do Volga, mas muito mais a norte, Yaroslavl’; e por fim San Petersburgo e Moscovo.
Enfim, a Rússia terá certamente todas as condições para fazer um grande Mundial. Assim se espera.
A atribuição ao Qatar será analisada noutro post.
Já há muito se percebeu que a FIFA quer fazer do futebol o primeiro desporto mundial. Os novos mercados e as regiões que até hoje nunca tinham organizado uma prova desta envergadura foram, naturalmente, os privilegiados nas escolhas. Mas não só. As escolhas da FIFA também são políticas, no sentido corrente e não pejorativo do termo.
A dúvida não estava na escolha da Rússia que, desde início, se apresentou com grande favoritismo. A dúvida estava entre os Estados Unidos e o Qatar. Apesar de os Estados Unidos representarem um grande mercado que ainda não está ganho para o futebol, tem de compreender-se que a FIFA com a sua decisão quis igualmente dar um contributo para a atenuação das tensões mundiais.
A escolha de um país árabe, situado numa zona nevrálgica do globo, acaba por representar um voto de confiança naqueles que não acreditam nas guerras entre civilizações.
E pelo que já se sabe a respeito das votações, as coisas passaram-se de modo muito diferente daquele que vinha sendo antecipado pelos “entendidos”.
Assim, relativamente ao Mundial de 18, o primeiro candidato a ser eliminado foi a Inglaterra, com apenas 2 votos na primeira votação, contra 4 da Holanda/Bélgica, 7 de Portugal/Espanha e 9 da Rússia.
No segundo round, a Holanda/Bélgica perdeu 2 votos, tendo ficado com 2, Portugal manteve os mesmos 7 e a Rússia somou os dois da Inglaterra, mais os 2 que a dupla H/B perdeu, além dos 7 que já tinha, tendo ficado com 13.
Resultado final: vitória concludente da Rússia por 13 a 7.
Quanto ao Mundial de 22, as coisas foram mais renhidas.
Na primeira volta, o Qatar somou 11; os EUA, 3; a Coreia do Sul, 4; e o Japão, 3 e a Austrália 1, tendo sido eliminada.
Na segunda volta, o Qatar perdeu um voto (10); os EUA ganharam 2 (5); a Coreia do Sul ganhou 1 (5); e o Japão perdeu 1 (2), tendo sido eliminado.
Na terceira volta, o Qatar voltou a subir para 11: os EUA ganharam mais um voto (6); e a Coreia do Sul Manteve os mesmos 5, tendo sido eliminada.
Na quarta e última volta, os 5 votos antes atribuídos à Coreia dividiram-se pelo Qatar (3) e pelos EUA (2).
Resultado final: Qatar 13, Estados Unidos 8.
O campeonato de 2018 disputar-se-á em 13 cidades do vasto território da Rússia, desde a mais ocidental Kaliningrado (antiga Könisberg) até à mais oriental Ekateringburg. Haverá também jogos no sul, no Cáucaso, em Sochi, no Mar Negro, em Krasnodar; em Rostov–on-Don, perto do Mar Azov; no Volga, em Volgogrado (antiga Estalinegrado), em Samara; em Kazan (ambas relativamente perto da cidade natal de Lenine – Simbirsk, hoje Ulianovsk); a ocidente do Volga, Saransk; e depois Nizhny Novgorod, ainda no Volga ocidental; ainda nas margens do Volga, mas muito mais a norte, Yaroslavl’; e por fim San Petersburgo e Moscovo.
Enfim, a Rússia terá certamente todas as condições para fazer um grande Mundial. Assim se espera.
A atribuição ao Qatar será analisada noutro post.
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