quinta-feira, 8 de abril de 2010

BENFICA GOLEADO EM LIVERPOOL



UMA DERROTA DESPRESTIGIANTE

A derrota do Benfica em Liverpool começou logo a seguir ao jogo contra a Naval. Jorge Jesus demonstrou falta de ambição quando começou muito antes do jogo a arranjar desculpas para um hipotético desaire. Esta a consequência de pela primeira vez na sua vida estar a orientar uma equipa grande. Que este jogo lhe sirva de lição e assuma com humildade os seus erros!
Jesus não compreendeu a importância das provas europeias para um clube que se quer afirmar. O campeonato é importante, mas a luta nas competições da UEFA não o é menos e os jogos destas competições têm de ser disputados sempre como máxima prioridade. São eles que, em última instância, asseguram o prestígio das equipas.
Ao ser derrotado por 4-1, o Benfica, na perspectiva de quem o olha na Europa, fica exactamente ao mesmo nível do Benfica dos últimos anos: sem prestígio.
Se os jogadores não tinham tempo para se recuperar, o jogo com a Naval deveria ser sido jogado no domingo, como aconteceu com todas as equipas em prova na Liga Europa, e não na segunda-feira.
Depois, não se compreende que Jesus tenha mudado quase toda a defesa. Incrível. Dai os quatro golos sofridos. Júlio César, que infelizmente se lesionou com gravidade, não convence na baliza, como hoje mais uma vez se viu. Retirar David Luis do centro da defesa para o pôr a lateral esquerdo é uma ideia incompreensível: fica-se a perder na lateral e no centro do terreno. Finalmente, Maxi Pereira, que ainda por cima não poderá jogar o próximo jogo do campeonato e portanto não tinha que ser poupado, não tem substituto no Benfica. Não se percebe porque não jogou.
Se a isto juntarmos a passividade de Cardozo, a noite não de Di Maria, a substituição de Carlos Martins e o que pareceu ser a diminuição física de Luisão mais grave a situação ainda fica.
O Benfica entrou a mandar no jogo até que ao primeiro golo do Liverpool, já muito perto da meia hora. Golo com largas culpas para Júlio César que ficou parado a ver o jogador do Liverpool (Kuyt) saltar. O juiz de linha ainda assinalou uma irregularidade que, a existir, só poderia ser um off-side em consequência de a bola ter tocado antes na cabeça de um jogador do Liverpool. Mas as sucessivas repetições não esclarecem se houve ou não toque, embora tenha havido um gesto nesse sentido por parte do jogador que saltou susceptível de induzir em erro o auxiliar. Fora isso, não houve qualquer irregularidade, tendo o árbitro agido bem ao validar o golo.
O segundo golo por Lucas resulta de uma falha de marcação no centro do terreno que não pode acontecer quando se joga com a defesa muito subida, como era o caso.
O terceiro golo por Torres resulta de um brilhante contra-ataque do Liverpool que o Benfica não foi capaz de acompanhar. E o quarto, também por Torres, de um erro semelhante ao que originou o segundo.
Cardozo ainda reduziu quando estavam três zero, mas por essa altura já o Liverpool mandava no jogo.
Digamos que a equipa nunca teve força anímica para ganhar, porventura por se ter instalado no subconsciente dos jogadores a ideia de que o que havia a fazer na Liga Europa já estava feito. Imperdoável!
Com esta derrota por números tão expressivos o Benfica agrava a sua situação no campeonato…

Sem comentários: