A EXPIAÇÃO DAS CULPAS
Baseados na infalibilidade papal do seu chefe, os comentadores do FCP nos jornais e na televisão já encontraram o bode expiatório para a humilhante de ontem à noite no Emirates Stadium: Jesualdo Ferreira.
Jesualdo Ferreira nunca foi nas diversas equipas por onde passou um treinador simpático, quer para os adeptos quer para os jogadores, e também nunca se notabilizou pelo futebol jogado pelas suas equipas. O sistema é sempre o mesmo e nela nunca há grandes rasgos tácticos, nem ideias inovadoras. Da mesma escola de Queiroz, padece dos mesmos males e enferma das mesmas limitações.
Mas isto não é de ontem. É de sempre, desde o Alverca (onde se notava menos), ao Benfica, ao Braga ou ao Porto. Mas se até ontem os méritos pelas vitórias não eram de Jesualdo, mas antes da excelente organização, do extraordinário ambiente existente no clube, da sábia contratação de jogadores pela SAD, da clarividência de gestão do seu presidente, por que razão a partir de ontem as culpas passaram em exclusivo a ser de Jesualdo? Porque na infalibilidade papal não se pode tocar, sob pena de o edifício desmoronar.
Quem vende os melhores jogadores de cada época é o treinador? Quem é responsável por passivos inexplicáveis por maiores que sejam as receitas é o treinador? Quem apoia publicamente os jogadores desordeiros e contribui para o clima de disciplina interna é somente o treinador? Ou será que o treinador se vê obrigado a certas atitudes para não divergir da cultura da casa e não querer correr o risco de parecer que não está aculturado? Quem endeusou Ruben Micaelis logo no primeiro jogo que fez pelo Porto foi o treinador?
O treinador é o que sempre foi. Ontem, como há quatro anos. O Porto, os seus comentadores e muitos dos seus adeptos vão ter de se convencer que no futuro as vitórias terão de ser alcançadas apenas no campo. O tempo em que alguém dizia que o Mourinho e os jogadores não foram os únicos responsáveis pelas vitórias acabou!
Baseados na infalibilidade papal do seu chefe, os comentadores do FCP nos jornais e na televisão já encontraram o bode expiatório para a humilhante de ontem à noite no Emirates Stadium: Jesualdo Ferreira.
Jesualdo Ferreira nunca foi nas diversas equipas por onde passou um treinador simpático, quer para os adeptos quer para os jogadores, e também nunca se notabilizou pelo futebol jogado pelas suas equipas. O sistema é sempre o mesmo e nela nunca há grandes rasgos tácticos, nem ideias inovadoras. Da mesma escola de Queiroz, padece dos mesmos males e enferma das mesmas limitações.
Mas isto não é de ontem. É de sempre, desde o Alverca (onde se notava menos), ao Benfica, ao Braga ou ao Porto. Mas se até ontem os méritos pelas vitórias não eram de Jesualdo, mas antes da excelente organização, do extraordinário ambiente existente no clube, da sábia contratação de jogadores pela SAD, da clarividência de gestão do seu presidente, por que razão a partir de ontem as culpas passaram em exclusivo a ser de Jesualdo? Porque na infalibilidade papal não se pode tocar, sob pena de o edifício desmoronar.
Quem vende os melhores jogadores de cada época é o treinador? Quem é responsável por passivos inexplicáveis por maiores que sejam as receitas é o treinador? Quem apoia publicamente os jogadores desordeiros e contribui para o clima de disciplina interna é somente o treinador? Ou será que o treinador se vê obrigado a certas atitudes para não divergir da cultura da casa e não querer correr o risco de parecer que não está aculturado? Quem endeusou Ruben Micaelis logo no primeiro jogo que fez pelo Porto foi o treinador?
O treinador é o que sempre foi. Ontem, como há quatro anos. O Porto, os seus comentadores e muitos dos seus adeptos vão ter de se convencer que no futuro as vitórias terão de ser alcançadas apenas no campo. O tempo em que alguém dizia que o Mourinho e os jogadores não foram os únicos responsáveis pelas vitórias acabou!
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