ATLÉTICO DE MADRID PASSA AOS QUARTOS-DE-FINAL
Num jogo bem disputado, o Sporting fez o que podia para passar a eliminatória que vinha de Madrid com um empate a zero.
Desfalcado, por razões regulamentares e por culpa própria, sem entrar em linha de conta com razões ainda mais graves (Izmailov), o Sporting apresentou-se frente ao Atlético de Madrid com o melhor onze de que poderia dispor.
O jogo começou da pior maneira para o Sporting, Agüero, excelente jogador, num cruzamento rasteiro antecipou-se a toda a defesa, guarda-redes incluído, e marcou o primeiro golo, logo aos três minutos de jogo, pondo a sua equipa em vantagem na eliminatória.
O Sporting reagiu bem e empatou pelo incontornável Liedson o melhor ponta-de-lança do campeonato português, juntamente com Falcao. O golo de Liedson é um prodígio de inteligência e intuição. Não há muitos jogadores que saibam fazer o que ele fez. Pouco tempo depois, Agüero numa excelente jogada de ataque finalizou com classe um belo passe de Reyes, outro grande jogador que o Benfica, o ano passado, recuperou.
Mesmo sobre o fim do primeiro tempo, Miguel Veloso de livre, com uma simulação de Polga, marcou o segundo e voltou a empatar a partida. É um tipo de golo que se começa a vulgarizar, por isso não pode deixar de imputar-se culpas a quem o sofre.
No segundo tempo, o Sporting entrou forte e teve por duas vezes oportunidade de se pôr em vantagem no jogo e na eliminatória. Não o conseguiu, mesmo lutando denodadamente até ao fim. O Atlético poderia igualmente ter marcado em dois remates de Reyes.
O Atlético não tem uma grande equipa, mas tem na frente excelentes jogadores capazes de resolver um jogo contra um adversário que não disponha das mesmas armas.
A incógnita que agora se levanta é saber o que vai o Sporting fazer até ao fim da época: vai continuar a lutar para garantir o quarto lugar e tentar, muito dificilmente, o terceiro ou vai cair a pique como aconteceu depois da derrota em Braga? A resposta dependerá muito mais da estrutura organizativa do Sporting (há muita gente a mandar por fora e por dentro…) do que do treinador e dos jogadores que até já deram provas de que com os parcos recursos de que dispõem são capazes de se superar e fazer o que ninguém esperava deles.
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