sábado, 24 de julho de 2010

ESTÁ NA HORA DE DESPEDIR QUEIROZ

SEM INDEMNIZAÇÃO

Pelas notícias que vieram a público, com base num inquérito já realizado pelo Instituto do Desporto de Portugal, Queiroz ter-se-ia comportado incorrectamente para com os médicos da autoridade antidopagem, durante o estágio da selecção na Covilhã. O Governo confirma a gravidade dos factos imputados.
Queiroz, com a sua habitual arrogância e má educação, ter-se-á insurgido contra esta “intromissão” das autoridades antidopagem no estágio da selecção. É caso para dizer que o pessoal do Instituto até andou com alguma sorte, pois em “circunstâncias normais” poderia ter-lhe acontecido o mesmo que já aconteceu a outros que criticaram as opções técnicas de Queiroz.
Com base nos factos já apurados, a FPF tem matéria mais do que suficiente para instaurar um processo disciplinar a Queiroz e, com base na prova nele obtida, despedi-lo com justa causa.
É preferível operar por esta via, caída do céu, do que colocar-lhe um verdadeiro treinador na equipa técnica, nomeação que Queiroz iria boicotar e que seria, na prática, uma verdadeira fonte de conflitos.
Tudo está em saber, como sempre acontece em Portugal, qual o nível de compadrio e de “cumplicidades” entre o pessoal da Federação e Queiroz, para se poder avaliar até que ponto podem ser tiradas as consequências adequadas do comportamento do seleccionador.
É caso para perguntar o que pensa o Sr. Lobo deste comportamento de Queiroz, ele que tão escandalizado se mostrou e até “envergonhado”, como português, quando Scolari, em defesa de um jogador português e reagindo a uma provocação de sérvio Dragutinovic, tentou afastá-lo com o punho.
O actual caso é muito mais grave porque se trata de um seleccionador que se insurge contra o controlo antidopagem, algo que, por exemplo, na Volta a França estaria sujeito a sanções severíssimas e poderia, inclusive, integrar um tipo legal de crime. Mas é óbvio que o Sr. Lobo vai encontrar uma justificação para o comportamento de Queiroz, um comportamento que, quem sabe, “como português”, o orgulha ou, pelo menos, o não ednvergonha!

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