…E PARECE ESPERAR QUE QUEIROZ TAMBÉM AS RECONHEÇA
A situação económico-financeira da Federação, que tem como causa próxima o desempenho de Queiroz à frente da selecção nacional, não lhe permite tomar as decisões que se impunham, sem que com esta constatação se pretenda desculpar a Federação, por uma situação que ela própria criou.
É no quadro deste condicionalismo que tem de se entender a breve comunicação ontem feita depois de uma longa reunião de direcção.
Quando se afirma que se justifica a introdução de alterações na equipa técnica e logo a seguir se esclarece que tais alterações serão tratadas em próxima reunião com o seleccionador, pretende-se dizer antes de mais nada que há problemas na equipa técnica que a Federação quer resolver. Portanto, problemas que o seleccionador não equacionou, mas que a Federação reconhece existirem (na esteira, aliás, da generalidade dos portugueses).
E, em segundo lugar, diz-se o óbvio, ou seja, que tais alterações serão tratadas com o seleccionador muito brevemente. O que já não é tão óbvio, sem contudo deixar de constituir uma esperança, é que o seleccionador se demita por lhe estar a ser imposta uma alteração para a qual não foi chamado a decidir.
Aqui é que a Federação muito provavelmente se engana, pois tudo aponta no sentido de Queiroz se não demitir.
Demita-se ou não, Queiroz ficará ainda mais fragilizado e sem grandes possibilidades práticas de levar a bom termo a qualificação para o Euro 2012.
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