32 ANOS DEPOIS A HOLANDA VOLTA A UMA FINAL
Enquanto a RTP N prossegue o seu programa com o insuportável Costa, o Sr. Lobo, que ainda não percebeu o que é o futebol, o tal outro que levou oito na Luz e confiava na França como grande favorito, nada melhor do que falar um pouco desse grande jogo que o Uruguai realizou hoje na Cidade do Cabo contra a Holanda.
Sem três dos seus principais titulares, um deles muito importante, o Uruguai demorou algum tempo a ligar o seu jogo, tendo-o conseguido por volta da meia hora quando Forlan, em mais um extraordinário golo, empatou o jogo.
No segundo tempo, o Uruguai impôs a pressão alta, recuperou muitas bolas e estava manifestamente por cima quando a Holanda, por intermédio de Sneijder, marcou o segundo, num lance que deixa muitas dúvidas. Com efeito, há um jogador holandês em fora de jogo, que retira a visibilidade ao guarda-redes e que inclusive faz uma simulação à passagem da bola, bola essa que já tinha ressaltado num jogador uruguaio.
Por muitas tácticas e teorias que os comentadores apresentem, a verdade é que um golo num jogo como este – que define a passagem à final – acaba por constituir um rude golpe na equipa que o sofre, deixando-a normalmente sem capacidade de reacção durante algum tempo.
Foi o que aconteceu, agravado pelo facto de o Uruguai estar a jogar mais, desde o início da segunda parte. Daí até sofrer o terceiro, numa boa jogada finalizada de cabeça por Robben, passou pouco tempo e tudo parecia decidido a favor da Holanda.
Entretanto, Forlan, esgotado e já a errar passes foi substituído, Álvaro Pereira, que retira qualidade à equipa, também e o Uruguai logrou ainda marcar o segundo, por Maxi, em cima do minuto noventa. Daí até ao fim foi um sufoco para a Holanda, que, não obstante a pressão, conseguiu aguentar o resultado.
Tem que se dar os parabéns a Tabarez, um grande treinador, que, com uma única vedeta (Forlan), construiu uma grande equipa.
A equipa da Holanda, apesar dos excelentes resultados feitos na fase e qualificação, apesar de somar por vitórias todos os jogos disputados neste Mundial, não tem uma equipa que convença toda a gente. Tem grandes individualidades, que têm sido decisivas – Sneijder e Robben -, mas está longe de entusiasmar como entusiasma a Alemanha.
Amanhã se saberá se a Alemanha é mais uma daquelas equipas que encanta e perde o título (como noutros mundiais tem acontecido) ou se é uma equipa que vai conseguir a final. Se vier a ser o caso, se verá então o que realmente vale a Holanda.
Para evitar dúvidas: está fora de questão que a Holanda não seja uma grande equipa. O que se duvida é que seja a melhor.
Uma nota final: é estranho que Van Bommel faça tantas faltas durante os jogos e nunca seja punido. Somente hoje, já no fim do jogo, e ao que parece por incorrecção terá sido admoestado.
Holanda 3 - Uruguai 2
Sem comentários:
Enviar um comentário