NÃO TEM CONDIÇÕES PARA FICAR
Enquanto a RTP N se esforça por demonstrar que Queiroz, apesar das asneiras, deve ficar, dando assim corpo a uma campanha que tem a su origem nos já conhecidos poderes fácticos do futebol português, outros comentadores de outras estações televisivas menos sujeitas à tirania informativa daqueles poderes vão fazendo o que está ao seu alcance para demonstrar que Queiroz não serve. No meio de tudo isto, patético e ridículo, Rui Santos, enquanto intriga contra meio mundo, vai igualmente fazendo a defesa de Queiroz com argumentos indefensáveis. Não se percebeu ainda se esta defesa de Queiroz apenas serve para justificar os ataques soezes que fez a Scolari ou se, pura e simplesmente, porque tem medo dos argumentos que Queiroz costuma utilizar para tentar calar os seus críticos mais contundentes.
Os argumentos usados para defender a continuidade de Queiroz são ridículos. Falam em “projecto”, em “formação”, em “estruturas do futebol” e outras coisas do género para justificar a sua permanência no lugar. A verdade é que, por mais importante que sejam algumas daquelas coisas – e são – não cabe ao seleccionador tratar delas. Se a Federação quer disponibilizar avultadas verbas para que os clubes com escola façam formação e se quer regular essa sua intervenção, então que contrate alguém para o efeito. Alguém que até poderia ser Queiroz, se é verdade que sabe tanto quanto se apregoa de formação e organização do futebol. Ele pode calmamente fazer o seu trabalho e logo se verá daqui a dez ou quinze anos se deu os frutos esperados.
É duvidoso, de resto, para não dizer que é falso, que Queiroz se tenha minimamente preocupado com aquelas questões durante o tempo em que exerceu as funções de seleccionador. Em primeiro lugar, na preparação da campanha para a África do Sul, Queiroz obrigou a Federação a gastar cerca de quatro milhões de euros, para nada, quando parte de tal dinheiro poderia ser utilizada, se ele tivesse as tais preocupações que dizem ter, na formação dos clubes. Depois, ele próprio ficou com uma maquia muitíssimo importante do dinheiro que a Federação tinha ganho e ganhou, já que está sendo pago principescamente. Finalmente, é muito duvidoso que um seleccionador que convoca para a selecção jogadores brasileiros, naturalizados para o efeito, com 32 anos, esteja minimamente preocupado com a formação.
Queiroz deve sair e muito rapidamente. Como se verá, caso fique, não terá condições para continuar. Vai ter que jogar à porta fechada para se proteger do público, que manifestamente não o quer.
Os “senhores do futebol”, apoiados pelos que lhes amplificam as pretensões, tudo vão fazer para Queiroz continuar. Nessa luta vão ser apoiados, como já estão sendo, por aqueles que desistiram de ter autonomia e já se disponibilizaram para transformar o seu clube numa simples sucursal de interesses alheios. Pode até acontecer que aguentem Queiroz, mas resultado está antecipadamente conhecido: é o futebol português que perde. O que aos “senhores do futebol” pouco lhes interessa, se eles ficarem a ganhar.
Enquanto a RTP N se esforça por demonstrar que Queiroz, apesar das asneiras, deve ficar, dando assim corpo a uma campanha que tem a su origem nos já conhecidos poderes fácticos do futebol português, outros comentadores de outras estações televisivas menos sujeitas à tirania informativa daqueles poderes vão fazendo o que está ao seu alcance para demonstrar que Queiroz não serve. No meio de tudo isto, patético e ridículo, Rui Santos, enquanto intriga contra meio mundo, vai igualmente fazendo a defesa de Queiroz com argumentos indefensáveis. Não se percebeu ainda se esta defesa de Queiroz apenas serve para justificar os ataques soezes que fez a Scolari ou se, pura e simplesmente, porque tem medo dos argumentos que Queiroz costuma utilizar para tentar calar os seus críticos mais contundentes.
Os argumentos usados para defender a continuidade de Queiroz são ridículos. Falam em “projecto”, em “formação”, em “estruturas do futebol” e outras coisas do género para justificar a sua permanência no lugar. A verdade é que, por mais importante que sejam algumas daquelas coisas – e são – não cabe ao seleccionador tratar delas. Se a Federação quer disponibilizar avultadas verbas para que os clubes com escola façam formação e se quer regular essa sua intervenção, então que contrate alguém para o efeito. Alguém que até poderia ser Queiroz, se é verdade que sabe tanto quanto se apregoa de formação e organização do futebol. Ele pode calmamente fazer o seu trabalho e logo se verá daqui a dez ou quinze anos se deu os frutos esperados.
É duvidoso, de resto, para não dizer que é falso, que Queiroz se tenha minimamente preocupado com aquelas questões durante o tempo em que exerceu as funções de seleccionador. Em primeiro lugar, na preparação da campanha para a África do Sul, Queiroz obrigou a Federação a gastar cerca de quatro milhões de euros, para nada, quando parte de tal dinheiro poderia ser utilizada, se ele tivesse as tais preocupações que dizem ter, na formação dos clubes. Depois, ele próprio ficou com uma maquia muitíssimo importante do dinheiro que a Federação tinha ganho e ganhou, já que está sendo pago principescamente. Finalmente, é muito duvidoso que um seleccionador que convoca para a selecção jogadores brasileiros, naturalizados para o efeito, com 32 anos, esteja minimamente preocupado com a formação.
Queiroz deve sair e muito rapidamente. Como se verá, caso fique, não terá condições para continuar. Vai ter que jogar à porta fechada para se proteger do público, que manifestamente não o quer.
Os “senhores do futebol”, apoiados pelos que lhes amplificam as pretensões, tudo vão fazer para Queiroz continuar. Nessa luta vão ser apoiados, como já estão sendo, por aqueles que desistiram de ter autonomia e já se disponibilizaram para transformar o seu clube numa simples sucursal de interesses alheios. Pode até acontecer que aguentem Queiroz, mas resultado está antecipadamente conhecido: é o futebol português que perde. O que aos “senhores do futebol” pouco lhes interessa, se eles ficarem a ganhar.
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