O CASO DE OLEIROS
A choradeira que o Sporting fez
por ir jogar a Oleiros, um clube da terceira divisão, é exemplar da pequenez do
Sporting como clube.
Jorge Jesus disse o que todos
ouvimos. Que o sintético era isto, mais aquilo. Enfim, depois de o clube de
Castelo Branco (distrito) estar tão alegre por receber um clube da primeira divisão,
depois de ter gasto (e a câmara municipal) tanto dinheiro para receber
condignamente os visitantes, o Sporting fez tudo o que estava ao seu alcance para
não ir.
Podem apresentar os argumentos
que quiserem – e de facto, os sportinguistas que durante a tarde falaram na SPORT
TV+ disseram tanta asneira – mas a ideia com que se ficou foi a de que estavam com
medo. Ou, como é muito provável num clube como o Sporting, que eram demasiado
importantes para jogar em Oleiros. Que pequenez!
E lembrar-se a gente que a
Argentina jogou esta semana a 2850m de altitude para as eliminatórias do Mundial; que a selecção
portuguesa, como todas as outras do seu grupo, jogou em Andorra, em terreno
sintético, sábado passado; que o Benfica, para a Liga dos Campeões, jogou na
fase de grupos em campos sintéticos em Astana (Cazaquistão) e para os oitavos
de final em S. Petersburgo (Rússia). E o Sporting não podia jogar em Oleiros. É
muito triste ser tão pequeno.
Desde há muito entendo que o
Benfica perde demasiado tempo com o Sporting. O Benfica tem de se preocupar é
com o Porto. Que, além de ser um rival à altura, até foi capaz de colonizar o
Sporting, pondo-o a “trabalhar” ao seu serviço.