segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

BRUNO DE CARVALHO E JORGE JESUS

O QUE AMBOS PRETENDEM

Resultado de imagem para jorge jesus e bruno de carvalho

Apesar de actualmente parecer não haver qualquer semelhança entre Bruno de Carvalho e Jorge Jesus, ela nunca foi tão evidente como agora. Ambos pretendem desesperadamente regressar. Bruno de Carvalho ao Sporting. Jesus ao Benfica.
Aparentemente ambos pareciam ter reunidas as condições ideais para esse regresso, apesar das oposições que num e noutro lado existiam.
No caso de Bruno de Carvalho, a frustração das infundadas expectativas que muitos sportinguistas, quase todos, acalentavam acerca do regresso do "grande Sporting" (uma coisa somente eles sabem o que é) à ribalta do futebol português. Depois de um começo de época titubeante, mas  apesar de tudo com alguma consistência, a nova gerência substituiu o treinador, as coisas até correram bem nos dois primeiros meses, o que logo fez subir aquelas expectativas para níveis estratosféricos, mas logo depois a crua realidade voltou a impor-se como não podia deixar de ser, não obstante a conquista da Taça da Liga, alcançada, tal como no ano passado, sem uma única vitória. Depois vieram os jogos contra o Benfica, a humilhação sofrida em Alvalade, que só não ficou nos anais do futebol português por os deuses da fortuna terem mais uma vez protegido os leões de Alvalade. A mossa causada por esses jogos repercutiu-se nos jogos seguintes que prenunciavam uma iminente catástrofe, o que permitiu a Bruno de Carvalho reaparecer com um livro recheado de histórias fantasiadas no momento que julgou adequado para descredibilizar a actual gerência e seus apoiantes. Tendo as televisões como palco, lá  esteve a disparar em todas as direcções, com o apoio das  tropas de choque do costume, convencido que o Sporting de Braga se encarregaria não digo de lhe dar razão mas de lhe criar objectivamente as condições para o seu regresso. As coisas não correram, porém, como esperava. Contra todas as expectativas o Sporting impôs-se ao Braga que pareceu não ter ido a Alvalade para ganhar, mas apenas para não perder. Assim, tudo ficou adiado, embora em plena fermentação, esperando Bruno de Carvalho nova oportunidade, que não tardará, para voltar ao ataque..
Entretanto, Varandas e a sua gente preparam o contra-ataque que nunca poderá ser tão extenso nem tão intenso como os factos o justificariam.
Num clube dividido entre a ralé das claques e os "senhoritos" desapossados da sua imaginária e fantasiosa grandeza, somente alguém com os pés bem assentes na terra, oriundo de uma classe sem outras pretensões que as da estabilidade e as da adequação dos objectivos à real capacidade para os alcançar poderia trazer ao Sporting a paz e a reestruturação económica, financeira, social e principalmente mental de que o clube urgentemente precisa para subsistir e até crescer.
No caso de Jesus, depois dos êxitos obtidos no Benfica a duras penas com muito dinheiro gasto no Benfica e dos fracassos somados no Sporting que, atingiram, principalmente pelo que os rodeou, uma dimensão pouco comum no futebol português, esperavam-no as Arábias onde a troco de muito dinheiro e algum descanso esperava retemperar as forças necessárias para regressar. 
Numa primeira fase manteve-se calado, interrompendo esse silêncio aqui e ali, umas vezes ele próprio, outras os seus acólitos da CM TV (J M Freitas e o furibundo Octávio) apenas para dizer que continuava "vivo" e capaz de transformar em ouro tudo aquilo em que tocava por mais tosco que fosse. Quando, porém, a crise do Benfica se acentuou, com as más exibições e algumas derrotas de Rui Vitória, Jesus, muito por culpa de Vieira que deu por mais de uma vez a entender que ele poderia voltar a ser hipótese, passou a aparecer diariamente nas Tvês do costume CM TV e TVI 24. Primeiro, a mágoa de não poder regressar imediatamente, depois a certeza de que regressaria no fim da época, Sem substituto que o convencesse, Vieira concedeu a Rui Vitória um novo folgo com o objectivo de o aguentar até ao fim da época, desde que o descalabro da equipa principal de futebol não ameaçasse atingir proporções inaceitáveis. Continuando a jogar mal, com excepção do jogo contra o Braga, mas sem perder durante vários jogos, Rui Vitória foi-se aguentando cerca de um mês e meio, até que o desastre de Portimão, com dois inacreditáveis autogolos, ditou o fim de uma época. O tempo de Rui Vitória acabou...mas Jesus não podia regressar. Vieira optou pela prata da casa. Foi buscar um desconhecido (para o grande público) Bruno Lage, treinador da equipa B, que logo no primeiro jogo, depois de escassos dias de contacto com os jogadores, apresentou um Benfica diferente daquele que tínhamos visto esta época e na maior parte da época passada.
Regressando ao 4-4-2, que Rui Vitória tinha abandonado o ano passado, mas com uma consistência ofensiva e, principalmente defensiva, como nunca se tinha visto nos seis anos da era Jesus, o Benfica logo passou a encantar os seus adeptos, não apenas pelas vitórias alcançadas, como pelas exibições realizadas. Com duas vitórias seguidas em Guimarães, outras tantas contra o Sporting - uma delas só não redundando num resultado histórico por mero caso ou muita sorte -, com uma goleada épica contra o Nacional daquelas que somente acontecem de meio em meio século e uma vitória na Turquia, onde o Benfica nunca tinha ganho, com uma equipa muito jovem que nunca tinha jogado junta na primeira categoria, Bruno Lage exibiu credenciais como nenhum outro treinador do Benfica o tinha feito em tão pouco tempo, depois de uma crise que parecia já ter atingido a equipa de forma irrecuperável. A isto, que já não é pouco, acresce  um treinador que sabe comportar-se no banco tanto no plano da ética desportiva como na capacidade de leitura do próprio jogo e melhor ainda, se possível for, nas conferências de imprensa quer de antevisão e lançamento dos jogos quer nas realizadas depois do seu fim.
Enfim, ao Benfica parece ter saído a sorte grande. Um treinador capaz de agradar a todas as sensibilidades e em todas as dimensões da profissão é caso raro, senão único. Com Lage as hipóteses de Jesus desceram em flecha e mesmo aqueles que estavam dispostos a contemporizar com um regresso de Jesus, acreditando poderia corrigir alguns dos seus mais criticáveis defeitos, não mais querem ouvir falar nessa hipótese depois de terem conhecido Bruno Lage.
Jesus, entretanto despedido ao que se diz por não ter querido renovar, regressou apesar de se dizer que continua por lá a ser reclamado para a ...formação! Fique ou vá e diga Jesus o que disser ( e até já disse de mais) as suas hipóteses são agora nulas, mesmo que o Benfica de Bruno Lage sofra algum percalço. O que é perfeitamente natural que aconteça, eventualmente hoje ou noutro qualquer dia, porque nenhuma equipa é imbatível . Há sempre factores que se podem impor e sobrepor a uma equipa por mais bem orientada que ela seja, umas vezes por mérito do adversário, outras por demérito ocasional dos seus jogadores, outras ainda por factores externos incontroláveis como já aconteceu a Bruno Lage na meia-final da Taça da Liga em que uma arbitragem deplorável com influência directa em três golos acabou por ditar o resultado final. Mas nada disso impediu que a confiança no treinador continuasse no máximo. De facto, todos os benfiquistas esperam que Vieira reveja o contrato de Lage e lhe conceda um estatuto contratual condizente com o de treinador da equipa principal do Spor Lisboa e Benfica. 


sábado, 16 de fevereiro de 2019

A ENTREVISTA CONDUZIDA POR SOUSA MARTINS




UM FRETE VERGONHOSO
Resultado de imagem para bruno de carvalho com sousa martins na tvi

Quando estava na RTP, Sousa Martins era conhecido como “moço de recados” do FCP. Depois, mais maduro, na TVI ensaiou, com algum êxito, uma postura de jornalista que não entrava directamente na disputa clubística.

A entrevista a LF Vieira foi conduzida com profissionalismo e sem agressividade. Nenhuma questão, pouco ou muito importante, mas da actualidade futebolística, deixou de ser abordada, apesar do interesse do entrevistado em passar para outros assuntos.

Hoje, com Bruno de Carvalho, o menos que se pode dizer é que a sua prestação foi uma vergonha. Uma vergonha que só indirecta e inevitavelmente tinha em vista permitir a Bruno de Carvalho veicular a sua propaganda. O objectivo era manifestamente outro: trazer de volta Bruno de Carvalho para a ribalta desportiva recauchutado e permitir-lhe todo o tipo de ataques ao Benfica.

Deixou, sem interferir, que Bruno de Carvalho branqueasse toda a sua anterior acção como presidente do Sporting, de modo a ir criando as condições para o seu regresso, tanto mais alcançáveis quanto mais se acentuar a crise do Sporting. Permitiu a Bruno de Carvalho todo o tipo de mentiras e de injúrias sem nunca o questionar nem o confrontar com as suas próprias declarações.

O Cashball ficou sem tempo de antena como se de um não assunto se tratasse. Bruno de Carvalho teve até o descaramento de afirmar que o processo, como se sabe, não deu em nada porque o fulano que desencadeou tudo aquilo já tinha confessado que deu a entrevista o CM por dinheiro. Que é que isto tem a ver com a verdadeira essência do Cashball? Quando as medidas de coacção foram decretadas o tribunal não sabia que a entrevista tinha sido paga? Que é que isto tem a ver com as mensagens que constam do processo e que inequivocamente provam corrupção dos árbitros de andebol de 13 (treze!) jogos e a tentativa de suborno de jogadores de futebol de 6 (seis jogos) – Setúbal- Sporting; Moreirense- Sporting; Feirense – Sporting; Vitória de Guimarães – Sporting e ainda de dois jogos em Chaves.

Mas não estamos perante meras declarações”, diz a Juiz que decretou as medidas de coacção. “Da leitura do conteúdo dos seus telemóveis que entregou no inquérito, retiram-se explícitas conversações entre o arguido (Paulo Sérgio Silva) e João Mira Gonçalves e o funcionário do clube (Sporting) Gonçalo Amaral do Nascimento Rodrigues, com vista à escolhe de árbitros e jogadores a corromper, os valores a oferecer e toda a conversação no decurso dos jogos acerca da eficácia dos seus aliciamentos a árbitros e jogadores”.

Tudo isto foi passado em claro como se não tivesse existido. Aliás, vem a talho de foice dizer que a nojenta SIC em vez de andar a entrevistar encapuzados e outros anónimos sobre um pretenso aliciamento a mando do Benfica tem aqui, num documento do tribunal, o que se passou no Cashball. É só ler o despacho que decretou as medidas de coacção e o acórdão que as manteve no recurso delas interposto por João Manuel Mira Gonçalves! E a cloaca da CM TV se quer verdade, como apregoa, que fale com base em documentos autênticos e não a partir de insinuações injuriosas.

Voltando à entrevista. É inacreditável que Bruno de Carvalho regresse com a mentira (depois de já ter declarado que era brincadeira) da divisão de títulos proposta por LFV a ele e ao seu motorista (!!!) em 2013.  Quanto mais não fosse, impunha.se que o entrevistador o tivesse confrontado com esta simples evidência: que títulos é que LFV queria dividir consigo se em 2013 já levava mais de 10 anos como presidente do Benfica e só tinha ganho dois campeonatos?

Os exemplos poderiam multiplicar-se. Bruno de Carvalho mentiu, efabulou à vontade sem que o entrevistador nunca o tivesse confrontado com as suas mentiras. Deixou-o falar para o seu público e até o ajudou numa ou noutra vez em que se engasgou. Uma vergonha. Um frete inconcebível.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

CASHBALL, NOVIDADES




PARA QUANDO A ACUSAÇÃO? POR QUE NÃO FOI A SAD DO SPORTING CONSTITUÍDA ARGUIDA?
Resultado de imagem para cashball arquivado

Depois de os adeptos do Porto e do Sporting terem ficado verdadeiramente apavorados com o “novo Benfica” de Bruno Lage, a ponto de ontem alguns deles se terem assemelhado a verdadeiros atrasados mentais, como foi o caso de M. Serrão e P. Proença, aliás dois exemplares do comentário desportivo de tipo cloaca, e antes de entramos no objecto deste post, convém que se refira que tanto o Nacional como o Sporting de Braga, gravemente injuriados no programa de ontem da TVI 24 "Prolongamento", vão apresentar queixa crime contra os comentadores que puseram em causa a honra e o bom nome dos clubes e dos jogadores. 

Sobre os injuriosos comentários de Pedro Proença e Manuel Serrão, bem como de outros comentadores afectos ao Porto e ao Sporting, se me é permitido um conselho recomendo a ambos os cubes, bem como aos jogadores, que não se fiquem pelos processos crimes (as pessoas habituadas a estas actividades lidam bem com este tipo de processos) mas que avancem também, rapidamente, com os respectivos processos cíveis de reparação dos danos patrimoniais e não patrimoniais causados por ofensa ao bom nome das pessoas e instituições, já que os tribunais decidem com muito mais à vontade este tipo de processos do que os processos crimes. Com efeito, a prova do dano é mais simples de fazer, a culpa mais fácil de provar e tanto as declarações de um como de outro, e principalmente o seu visionamento, a larga audiência que tiveram ajudam muito, quase dispensando a junção de outros elementos. A prova está nas próprias declarações. Estes processos, além de terem  uma muito maior probabilidade de êxito, causam aos demandados um imenso incómodo e gastos consideráveis. Não lhes perdoem!

Voltando ao Cashbaall Antes de darmos conta do que se passou recentemente e que não foi publicado, tem de se afirmar muito claramente que não deixa de causar uma enorme estranheza que um processo cuja juiz, que decretou as medidas de coacção dos arguidos, considerou, do ponto de vista da prova, praticamente concluído não tenha sido ainda objecto de acusação. E igualmente se não compreende que estando o Sporting Clube de Portugal envolvido nas actividades que constam do processo, por via do seu director desportivo, André Geraldes (Team Manager, como ele se intitulava) e presumivelmente do seu presidente, Bruno de Carvalho,e inequivocamente por via do dinheiro disponibilizado (largas dezenas de milhares de euros) para a adulteração da verdade desportiva, mediante a corrupção de árbitros e de jogadores, não se compreende, dizíamos, que a SAD do Sporting não tenha sido ainda constituída arguida e acusada, como é de direito.

Não se percebe o que levou o Ministério Público do Porto -  sim, é no tribunal de Instrução Criminal do Porto que o processo corre os seus termos -  a não ter formulado a acusação no prazo de seis meses, tendo deixado caducar as medidas de coacção aplicadas,  e a não ter constituído  arguida a SAD do Sporting. É por causa de situações como esta e outras, que o Ministério Público não se pode queixar das suspeições que necessariamente recairão sobre quem não actua com a prontidão desejável, sabendo-se, como se sabe, que há antecedentes com caso julgado que levam a supor que não é o direito que impera mas a paixão clubista, de que é exemplo a sentença relativa a outro processo na qual claramente se afirmou que um representante do MP, aliás ligado àquele tribunal, havia actuado por paixão clubística. O mesmo é dizer que mandou o direito às urtigas para defender um ponto de vista favorável ou do interesse do Futebol Clube do Porto. É certo que, no processo Cashball, o FCP, aparentemente, apenas estaria interessado como lesado, já que perdeu um campeonato de andebol por força das batotas do Sporting, mas como aliado deste numa aliança que tinha como objectivo denegrir o enxovalhar o Benfica na praça pública, os adeptos são levados a concluir, por tudo o que se tem visto, que este segundo interesse prevalece sobre o primeiro. Daí a suspeição.

O Sporting, aliás, tem passado inexplicavelmente entre os pingos da chuva, já que igualmente se não compreende que a sua SAD não tenha sido constituída arguida e acusada, por um seu vice-presidente ter encarregado um chefe da claque de depositar dinheiro na conta de um árbitro para depois o acusar de corrupção. Um vice-presidente que actuou nessa qualidade e, segundo seu perverso juízo, no interesse do Sporting.

Como igualmente se espera que o Ministério Público averigúe sem delongas as declarações de Bruno de Carvalho quando afirma que o Sr. Octávio Machado foi contratado para actuar junto da arbitragem, de modo a criar junto dela um clima que permita favorecer o Sporting.

Voltando ao Cashball: O MP do Porto deixou passar o prazo da acusação, tendo consequentemente caído as respectivas medidas de coacção aplicadas aos quatro arguidos – João Mira Gonçalves, Paulo Sérgio da Silva, Paulo Gonçalves e André Geraldes. E isto é tanto mais grave quando se sabe que exactamente no dia 10 de Outubro do passado, o TRIBUNAL DA RELAÇÂO DO PORTO JULGOU IMPROCEDENTE O RECURSO INTERPOSTO POR JOÂO MANUEL MIRA GONÇALVES, CONFIRMANDO O DESPACHO RECORRIDO, ou seja, confirmando as medidas de coacção aplicadas pela meritíssima juiz.

Esta é mais uma vergonha que não pode passar incólume: como pode o MP do Porto deixar passar o prazo da acusação, ficando ipso jure caducadas as medidas de coacção, num processo em que a juiz que determinou essas medidas declarou no seu despacho que toda a prova relevante constava dos autos.

Claro que o processo não foi arquivado, como os sportinguistas amplamente noticiaram, mas com a caducidade das medidas de coacção fica exactamente aberta a porta não apenas à reiteração da actividade criminosa mas também à perturbação do processo.

UMA VERGONHA. UMA ESCANDALOSA ACTUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. O BENFICA NÃO PODE DEIXAR CAIR ESTE CASO!