VILLAS BOAS NO BANCO
Ao que se ouve, causou certa polémica o modo como Jorge Jesus abandonou a flash interview no domingo passado, depois do jogo com o Beira-Mar.
A flash interview é, como o nome indica, uma curta entrevista sobre as incidências do jogo imediatamente feita após o termo da partida. Segundo os regulamentos da Liga, cada equipa disponibilizará para a dita entrevista um jogador (de dois solicitados pela estação emissora do jogo) e o treinador.
Nem o treinador nem o jogador estão obrigados a responder sobre as questões que nada tenham a ver com o jogo e o entrevistador, em princípio, deverá cingir-se a estes aspectos nas questões que formula.
Todavia, como o jornalista não está ao abrigo de qualquer regulamento da Liga, regendo-se apenas pelas leis da República, nada o impede de questionar os entrevistados sobre outras matérias. E estes têm duas opções: ou respondem, já que nada os impede de o fazerem; ou, pura e simplesmente, não respondem.
É perfeitamente natural que tanto no flash interview, como na entrevista colectiva, haja perguntas provocatórias…”legalmente admissíveis”.
No futebol português, tudo depende da protecção que o jornalista tem. Se não tiver qualquer espécie de protecção e o seu lugar correr perigo se “desalinhar”, certamente não as fará. Não é, por acaso, que nunca há perguntas provocatórias feitas a certo clube. É que além daquelas razões, outras há que aconselham a que não sejam feitas, como a história demonstra.
Neste contexto, o que Jorge Jesus deveria ter feito no domingo passado era dizer ao entrevistador, com toda a tranquilidade, que não responderia às suas perguntas. E não se compreende, dadas, por um lado, as conhecidas limitações de Jesus para se exprimir, e, por outro, o conhecimento que se têm da personalidade e das preferências clubistas do entrevistador, que a assessoria de imprensa do Benfica não tenha preparado o treinador para esta eventualidade. Esta é mais uma prova do amadorismo e do improviso que grassa naquele clube.
Ao que se ouve, causou certa polémica o modo como Jorge Jesus abandonou a flash interview no domingo passado, depois do jogo com o Beira-Mar.
A flash interview é, como o nome indica, uma curta entrevista sobre as incidências do jogo imediatamente feita após o termo da partida. Segundo os regulamentos da Liga, cada equipa disponibilizará para a dita entrevista um jogador (de dois solicitados pela estação emissora do jogo) e o treinador.
Nem o treinador nem o jogador estão obrigados a responder sobre as questões que nada tenham a ver com o jogo e o entrevistador, em princípio, deverá cingir-se a estes aspectos nas questões que formula.
Todavia, como o jornalista não está ao abrigo de qualquer regulamento da Liga, regendo-se apenas pelas leis da República, nada o impede de questionar os entrevistados sobre outras matérias. E estes têm duas opções: ou respondem, já que nada os impede de o fazerem; ou, pura e simplesmente, não respondem.
É perfeitamente natural que tanto no flash interview, como na entrevista colectiva, haja perguntas provocatórias…”legalmente admissíveis”.
No futebol português, tudo depende da protecção que o jornalista tem. Se não tiver qualquer espécie de protecção e o seu lugar correr perigo se “desalinhar”, certamente não as fará. Não é, por acaso, que nunca há perguntas provocatórias feitas a certo clube. É que além daquelas razões, outras há que aconselham a que não sejam feitas, como a história demonstra.
Neste contexto, o que Jorge Jesus deveria ter feito no domingo passado era dizer ao entrevistador, com toda a tranquilidade, que não responderia às suas perguntas. E não se compreende, dadas, por um lado, as conhecidas limitações de Jesus para se exprimir, e, por outro, o conhecimento que se têm da personalidade e das preferências clubistas do entrevistador, que a assessoria de imprensa do Benfica não tenha preparado o treinador para esta eventualidade. Esta é mais uma prova do amadorismo e do improviso que grassa naquele clube.
Os protestos da "classe jornalística"são de uma enorme hipocrisia, conhecido que é o seu silêncio sobre os prolongados "black out" que o clube das Antas costuma fazer sem qualquer oposição. E muito mais do que isso das agressões, ameaças e boicotes de toda a ordem contra quem "desalinhar"
No que respeita a André Villas Boas, técnico do FCP, começa a ficar claro alguns aspectos interessantes da sua personalidade enquanto treinador.
Percebe-se que ele está no Porto sobre brasas, não porque os resultados não tenham até estado além do esperado, nas porque ele sente que tem tudo a provar e que está permanentemente a ser avaliado. E é óbvio que isto causa um enorme desgaste emocional.
Numa primeira fase, para que não houvesse dúvidas de que ele não era neutro, mas da casa, assumiu-se como adepto, na tentativa antecipada de preparar o terreno para atenuação de uma eventual contestação se as coisas não corressem completamente bem.
No que respeita a André Villas Boas, técnico do FCP, começa a ficar claro alguns aspectos interessantes da sua personalidade enquanto treinador.
Percebe-se que ele está no Porto sobre brasas, não porque os resultados não tenham até estado além do esperado, nas porque ele sente que tem tudo a provar e que está permanentemente a ser avaliado. E é óbvio que isto causa um enorme desgaste emocional.
Numa primeira fase, para que não houvesse dúvidas de que ele não era neutro, mas da casa, assumiu-se como adepto, na tentativa antecipada de preparar o terreno para atenuação de uma eventual contestação se as coisas não corressem completamente bem.
Com o tempo e as vitórias foi deixando esmorecer esta faceta, sem contudo a perder. Mas percebe-se a grande estabilidade emocional que o assalta quando a equipa está em dificuldades e corre o risco de não ganhar. O modo como celebrou os golos do Porto em Guimarães e em Alvalade são prova disso. Mas mais do que a celebração dos golos é a incapacidade que revela de se comportar no banco de acordo com as regras, tanto assim que, das duas vezes que o Porto empatou, foi expulso.
Veremos até onde o levará a sua instabilidade emocional, prova clara da ausência de maturidade como treinador.
Veremos até onde o levará a sua instabilidade emocional, prova clara da ausência de maturidade como treinador.