sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

CAMINHO RUMO AOS TÍTULOS

 

BENFICA – AVISO À NAVEGAÇÃO

Os próximos 5 jogos do Benfica - Santa Clara, Arouca, Braga, Casa Pia e Paços de Ferreira – são decisivos para o futuro desta época, tanto a nível interno como internacional.

Não interessa continuar a insistir nas arbitragens. O Benfica tem obrigação de saber que raramente poderá contar com o benefício da dúvida nesta matéria. Foi assim na primeira parte do campeonato, foi assim também nas últimas três temporadas e não é de acreditar que isto venha a sofrer modificações por mais veementes que sejam os protestos.

O Benfica tem de ganhar inequivocamente como fez na primeira parte da época. Também não adianta estar a fazer comparações. É sabido desde há muito que o Porto não está sujeito à expulsão de jogadores por duplo amarelo. Há muito que é assim. Pinheiro foi a excepção, mas no fim me dirão quantos mais jogos voltará ele a apitar do FCP até ao fim da sua carreira, a menos que exiba publicamente uma penitência nunca vista. Já foi um avanço considerável, desde a introdução do VAR, que os fora de jogo das equipas adversárias deixassem de ser assinalados pelos centrais do Porto, isto apesar de as famosas linhas do sistema português em vigor terem anulado dezenas de golos válidos ao Benfica. Veremos se será este o sistema que continua em vigor em Portugal ou se será introduzido o que vigorou no Mundial. Também já é um avanço significativo a revogação da regra que permitia aos guarda-redes do Porto defender com as mãos fora da área, embora a outra regra – a de defenderem bolas dentro da baliza – continue a vigorar nos momentos difíceis, pelo menos até ser introduzido o sistema já em vigor em quase todo o lado.

Em resumo, vamos é jogar e deixamo-nos lamentos. E sobre esse aspecto há legítimas preocupações que não podem ser eludidas – o Benfica perdeu gás desde a interrupção do campeonato, como se viu contra o Penafiel, o Estrela da Amadora, o Moreirense, o Sevilha (particular), o Braga, o Portimonense e o Sporting. Aquele Benfica que encantou a Europa e que deixou de rastos os “dragartos” não voltou a aparecer.

A paragem prolongada é uma explicação, mas não é suficiente para explicar tudo. Houve jogadores que baixaram de rendimento e na parte propriamente técnica nem tudo correu bem (substituições atrasadas, quebra física, etc.).

Vamos todos tentar passar a mensagem de que temos de voltar a ser iguais ao que já fomos e não esperar pacatamente que essa qualidade renasça sem uma grande força interior que a impulsione.