segunda-feira, 18 de abril de 2016

BENFICA – SETÚBAL, EXIBIÇÃO PARA ESQUECER




CAUSAS DESTA EXIBIÇÃO


O jogo desta noite contra o Setúbal talvez tenha sido a pior exibição da época do Benfica. O jogo não poderia ter começado pior. Aos 14 segundos já o Vitória ganhava por 1-0. Dois ressaltos no contexto de uma jogada bem conseguida na bola de saída puseram justamente o Vitória a vencer.

Depois deste golo o Benfica reagiu muito bem, com muita convicção, encostou o adversário à sua área e dispôs de vários lances de perigo. Até que, num lançamento oblíquo, tenso, como somente Eliseu sabe fazer, Jonas apareceu à frente da baliza, antecipando-se aos adversários e fez o golo do empate. O Benfica manteve a pressão e uns minutos mais tarde Jardel num canto empatou de cabeça. É certo que já antes o guarda-redes, Ricardo, tinha feito duas ou três defesas bem conseguidas.

A partir do 2-1 o Benfica desapareceu do jogo. Desacelerou e percebeu-se que passou a esperar que o terceiro golo caísse do “céu”. Não caiu.

Quem caiu na vulgaridade foi a equipa do Benfica na qual apenas quatro jogadores sobressaíram. Ederson, como de costume, brilhante nas saídas contra avançados isolados. Pode dizer-se que foi ele quem no último minuto de jogo garantiu a liderança do Benfica; Jardel, indiscutivelmente o melhor jogador de campo, marcou um golo, salvou outros e foi sempre o homem pronto-socorro que acudiu a todas as demais situações; Lindelöf, embora abaixo do que tem feito, manteve a segurança defensiva; Fedja, bem no meio campo durante uma hora.

Exibições a zero: Pizzi, pouco inteligente, enfim, exibição péssima, incrível não ter sido substituído; mais uma vez falhou m golo por não ser um jogador inteligente; a bola em que esteve isolado perante Ricardo, na primeira parte, nunca poderia ter sido rematada da maneira  que foi;  já não é a primeira vez que falha em lances idênticos a este; tem dificuldade em perceber como se tem de executar aquele tipo de bolas; Nelson Semedo, a anos –luz de André Almeida, foi um jogador a menos; a jogar assim não tem categoria para jogar no Benfica.

Quase a zero, Jonas, apesar do golo, desapareceu do jogo depois do segundo golo; inexplicável o que se passou; Mitroglou, quase não existiu, a não ser para incorrer em fora de jogo por cinco vezes; uma pálida imagem do que tem feito; Gaitan, lento, sem criatividade, sem influência no jogo, também desapareceu a partir do segundo golo. Nenhum destes três jogou contra o Bayern na quarta-feira.

Acima do zero, Eliseu, não comprometeu, não brilhou a não ser no passe do primeiro golo; Renato Sanches, a quarenta por cento do que costuma estar; Samaris, pouca bola, entrou no pior período do Benfica.

Carcela e Jiménez não tiveram bola; que fazer quando não há bola?

Contrariamente ao que se poderia supor, o Vitória fez um jogo honesto. Marcou, defendeu, perdeu a vantagem, entrou em desvantagem e superiorizou-se ao Benfica na segunda parte.

Em todo o caso tem de se dizer que mais do que o mérito do Vitória, que existiu, houve um enorme demérito do Benfica. Exibição a não repetir.

Aparentemente, as causas desta exibição têm a sua origem na eliminatória jogada contra o Bayern, uma eliminatória muito intensa de grande exigência em que o Benfica exprimiu o máximo da sua capacidade contra uma das melhores equipas do mundo. Disputar palmo a palmo uma eliminatória tão difícil tem necessariamente de deixar marcas. Oxalá, esta tenha sido a causa da exibição desta noite.

De positivo, apenas a reacção do Benfica ao golo sofrido aos 14 segundos. Mas era admissível esperar outra coisa do leader da prova?
Em tempo: atribuir a Jonas o prémio de homem do jogo só por brincadeira...que dirão Jardel, Ederson?


sábado, 16 de abril de 2016

SPORTING: CRIME COMPENSA

VITÓRIA 1-0 EM MOREIRA DE CÓNEGOS COM GOLO OFF SIDE




Os protestos, as suspeições, o ataque à arbitragem está a dar os seus frutos. O Sporting criou à volta da arbitragem uma teia enleante cujo único objectivo é o de condicionar a sua acção imparcial e neutra, obrigando-a a decidir, na dúvida, sempre a seu favor.

Ao menor indício de jogada aparentemente irregular, não passando as mais das vezes essa irregularidade de pura imaginação, a "troupe" do Sporting salta para a rua em uníssono acusando o árbitro de desonesto, ou de estar a querer prejudicar o Sporting ou a querer favorecer o Benfica. Nas televisões os seus porta-vozes "independentes", Rui Santos, um tal João, Fernando Correia e dezenas de outros nos jornais e na radio dão coro a uma onda de protestos procurando pela sua repetição sucessiva fazer passar como verdade o que não passa de pura ficção. Depois, no dia seguinte, saíem a terreiro os do trabalho sujo com o presidente à cabeça logo acolitado em tom ameaçador por Octávio e pelo lacaio Inácio. No outro dia entram os "dotores" Oliveira e Costa e Rogério Alves e ainda o palhaço triste Pina para garantir foros de veracidade às mentiras da véspera.

Este cenário repetido incessantemente há muitos meses reúne todas as condições para dar frutos nos momentos decisivos. Depois de terem encenado uma verdadeira rebelião contra o árbitro do Sporting-Tondela destinada a impedir a expulsão de Rui Patrício e a obrigá-lo a marcar um penalty por corte de cabeça de um jogador do Tondela, e depois de já lhes ter sido perdoado um penalty escandaloso contra o Arouca e outro contra o Guimarães, no momento crucial do campeonato o Sporting vence em Moreira de Cónegos com um golo em fora de jogo!

Conclusão: o crime compensa!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

A ÚLTIMA INTERVENÇÃO DE JOÃO GOBERN NO TRIO DE ATAQUE




O QUE NÃO PODE SER DITO



Como é sabido, João Gobern faz trio, no domingo à noite, na RTP 3, com Miguel Guedes e Rui Oliveira e Costa, moderados por Hugo Gilberto.

Contextualizando: João Gobern tem o seu estilo, que se não discute nem comenta, do mesmo modo que os outros dois têm o seu. Acontece que são estilos muito diferentes, não obstante as repetidas vezes em que João Gobern tenta encontrar entre eles um certo denominador comum, baseado no fair play, no respeito pelo adversário e nalguma contenção verbal.

Como qualquer observador minimamente atento rapidamente concluirá, este denominador comum é algo que somente na imaginação de João Gobern poderá existir. Não passa de uma mistificação de quem inconscientemente confunde a realidade com a vontade de ver o que não existe. Admitimos que poderia ser esse o painel em que João Gobern gostaria de comentar. Poderia, mas não é.

João Gobern faz trio com um adepto portista que não faz uma única concessão por mínima que seja. Defende o seu clube com agressividade, deturpa se necessário for os factos em que apoia a sua argumentação e tem como alvo privilegiado da sua acção, concomitantemente com a defesa à outrance da acção de Pinto da Costa, o permanente ataque ao Benfica.  Todo o “glorioso passado” do FCP durante o consulado de Pinto da Costa é agressivamente escamoteado sem que jamais tivesse havido uma palavra de censura pelos múltiplos comportamentos lamentáveis e tantas vezes graves do FCP nestes últimos trinta anos.

Do lado do Sporting, embora com outro estilo, a situação não é melhor. João Gobern debate-se no programa com um adepto (auto) assumidamente anti-benfiquista para quem todos os quem os meios são válidos (validade subliminarmente justificada com o argumento de que todos os usam) desde que levem à vitória do Sporting. Ele é o exemplo acabado de adepto que entende que os jogos se ganham fora do campo e está disposto a tudo fazer para o conseguir.

É este o quadro em que João Gobern actua. Por mais lírica que seja a sua visão das coisas a realidade não muda a sua natureza por estar a ser observada com uns óculos cor-de-rosa.

É neste contexto que tem de ser interpretada a crítica que seguidamente faremos a algumas declarações de João Gobern prestadas no último programa. Críticas que não têm em vista condicionar inquisitorialmente a liberdade de opinião de João Gobern, mas apenas convocá-lo para uma reflexão que ele concluirá como entender.

Dito isto, não se compreende que João Gobern se tenha solidarizado com Pinto da Costa a propósito de uns alegados petardos lançados sobre a sua residência numa madrugada da última semana. De facto, quem garante a João Gobern que houve petardos. Há algum auto policial que o confirme? E, a terem existido, que sabe João Gobern sobre quem os lançou? Pinto da Costa e os adeptos do FCP têm um historial de violência que dispensa comentários. O que João Gobern deveria pura e simplesmente ter dito e que ele – e seguramente o seu clube – condenam todo e qualquer acto de violência, dos quais., aliás, já foram vitimas várias vezes. E quanto a Pinto da Costa apenas lhe competiria ter dito que quem semeia ventos, colhe tempestades.

O assunto, aliás, é mais grave do que parece, porque Pinto da Costa naquela entrevista tipo coreia do norte que um empregado do clube lhe fez, além de ter lançado uma mãozinha de solidariedade ao presidente do Sporting, insinuou que a mão que ergue os outdoors em Lisboa contra BC é a mesma que no Porto estende tarjas em frente à sua casa.

É bom que PC assim pense ou faça crer aos seus adeptos que assim pensa, porque enquanto continuar a trilhar esse caminho é certo e seguro que o fundo estará cada vez mais fundo.

Por outro lado, nenhum benfiquista que fala em público deve expressar a menor consternação pela situação em que o Porto se encontra. Deve retribuir ponto por ponto aquilo que os comentadores portistas fizeram ao Benfica no malfazejo ano em que ficou em sexto-lugar. É tempo, portanto, de João Gobern dizer a Guedes que espera que o Porto não desça ao quarto lugar ou mais abaixo para não ter de o ver substituído pelo adepto/comentador da equipa que ficar em terceiro lugar.

Depois, para atacar Octávio não é preciso elogiá-lo primeiramente. O papel de Octávio no Sporting foi exemplarmente caracterizado por Oliveira e Costa. Disse ele por estas ou outras palavras: formado na escola do guarda Abel, dos Reinaldos Teles, dos Guímaros e outros, Octávio veio para o Sporting para fazer o trabalho sujo. E acrescentou: se eu fosse presidente do Sporting, também o contrataria se o treinador mo pedisse.

É este o quadro em que actua João Gobern e é também este o quadro em que Octávio se move. Como jogador, quer no Setúbal, quer no Porto sempre foi assumidamente anti benfiquista. Como treinador adjunto do Porto, disse do Benfica o pior que se poderia ouvir. E a sua posterior divergência e hostilidade com Pinto da Costa nada tem a ver com a defesa de princípios, nem de ética, nem de honra nem de nada disso. É um puro caso de ciúmes de um tipo que se sente traído por aquele junto de quem tinha rastejado e que depois o dispensou, como quem deita fora um lenço usado, para o substituir pela estrela emergente do treino em Portugal.

Se João Gobern queria criticar – e muito bem – as vergonhosas palavras de Octávio sobre a nomeação de João Capela para o Académica – Benfica e, principalmente, sobre Renato Sanches – a estrela polar o Benfica – não precisava de o elogiar primeiro. É que não há nada, absolutamente nada, em Octávio que mereça elogio.

Finalmente, convido João Gobern a ver num bom ecrã as famosas quatro grandes penalidades que Capela “perdoou” ao Benfica num jogo da Taça de Portugal contra o Sporting para depois poder responder em consciência a essa falsidade tantas vezes repetida sobre o favorecimento do Benfica. Deixando-os repetidamente mentir, a mentira tende a tornar-se “verdade”. É essa a arte dos grandes demagogos.


quinta-feira, 14 de abril de 2016

A ELIMINAÇÃO DO BENFICA NOS QUARTOS-DE-FINAL


NO AGREGADO, BAYERN 3 - BENFICA 2

LC: as reações dos jogadores do Benfica ao jogo com o Bayern Munique




Depois das vergonhosas prestações do Sporting e do Porto contra o Bayern de Munique em épocas anteriores não se pode admitir que a eliminação do Benfica pela diferença mínima tenha sido um bom resultado. Não,não é. Mas não ser um bom resultado não significa que o desempenho do Benfica nos dois encontros com os alemães tenha sido mau ou apenas razoável. Não, também não foi. O desempenho do Benfica foi bom e quase suficiente para passar a eliminatória.

Quando se fala em quase suficiente contra uma equipa como o Bayern, seguramente uma das melhores equipas do mundo e uma das que mais hipóteses tem de ganhar a Liga dos Campeões, depois do atlético de Madrid, tem necessariamente de concluir-se que somente uma grande equipa como o Benfica poderia ter estado à beira de eliminar o colosso financeiro da Baviera.

Quando ouvimos certos comentadores que se diz serem adeptos do Benfica, como Carlos Daniel, afirmarem que o Bayern foi incomparavelmente superior ao Benfica, lamentámos ter de lhes dizer que, por muita erudição futebolística que tenham, de futebol percebem pouco, a menos que estejam a querer ser politicamente correctos.

De facto relembrando ambos os jogos, pode dizer-se como muito bem sublinhou Manuel José, que o Benfica só não marcou, pelo menos, um golo em Munique (um golo que teria, é quase certo, sido suficiente para passar a eliminatória) porque de ambas as vezes em que o poderia ter feito a bola foi ter com o pé esquerdo de Jonas. Se tivesse ido para o direito, outro galo cantaria.

Em Lisboa, o Benfica depois de um excelente primeiro golo (Eliseu/Jiménez), só não marcou o segundo logo a seguir um pouco pela mesma razão. Aquela bola nos pés (no pé esquerdo) de Mitroglou era golo, sem que com isto se pretenda desmerecer por pouco que seja o excelente trabalho de Raul Jiménez.

Se os alemães oscilaram depois do primeiro golo – e oscilaram – imagine-se o que não seria se o Benfica tivesse marcado o segundo.

Não marcou e quem oscilou foi o Benfica depois do golo do empate de Arturo Vidal. Esse golo abalou psicologicamente o Benfica, mas apenas até ao intervalo. De facto, depois do intervalo, a equipa nunca mais voltou a baixar os braços, nem mesmo quando estava a perder por 2-1.

Foi graças a essa força anímica e às substituições operadas que o Benfica conseguiu empatar o jogo com um grande golo de Talisca e esteve em vias de marcar o terceiro pelo mesmo Talisca numa fase determinante do jogo, uma fase em que o Bayern estava outra vez oscilado muito. E só por acaso, mesmo assim, o Benfica não ganhou o jogo no último remate do jogo. Uma vitória que a acontecer teria sido justíssima e premiaria o seu excelente desempenho nesta eliminatória, apesar de em termos de resultado final da eliminatória não alterar nada.

Por outro lado – e isto independentemente do resultado do Benfica – torna-se cada vez mais evidente que a diferente ponderação atribuída aos golos, consoante são marcados fora ou em casa, constitui hoje um indiscutível factor de desvirtuamento do resultado final. É tempo de a UEFA acabar com esta regra “pré-histórica”, atribuindo aos golos o mesmo valor, sejam marcados em casa ou fora, sejam sofridos em casa ou fora!

Ter muita posse de bola, a maior parte dela estéril, não é sinónimo de domínio. Pode até representar ineficácia. O que importa é saber atacar bem e defender melhor. Neste plano, que é o que interessa, o Benfica não foi inferior ao Bayern. Evidentemente que tudo fica muito complicado quando a vitória de uma equipa fica garantida mesmo que no agregado dos dois jogos haja um empate. E foi contra esta hipótese, muito mais do que contra o Bayern, que o Benfica perdeu esta noite a eliminatória.

Apesar de tudo, regresso meritório à Liga dos Campeões e grande desempenho, em todos os jogos, do treinador Rui Vitória. Parabéns aos jogadores, a todos os jogadores que participaram nestes dez jogos da Liga dos Campeões, pelos resultados obtidos.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

O FCP, A BRIGADA DO REUMÁTICO E O PODER




DUAS NOTÍCIAS: UMA BOA E OUTRA MÁ


Quem ouve os comentadores do FCP fica com a certeza de que é com Pinto da Costa à frente do destino do clube que eles acreditam na resolução da crise. Não é apenas Miguel Guedes, cuja fidelidade ao “grande líder” nunca esteve em causa, mas todos. Todos sem excepção.

Não admira que assim seja. Tendo alguns deles nascido ou crescido na era Pinto da Costa, sem nunca terem conhecido a democracia no seio do clube, sem nunca terem ouvido alguém ousar pôr em causa por pouco que fosse os métodos, os processos, as decisões de Pinto da Costa, qualquer que fosse a sua natureza, é natural que mentalidades formadas no convívio com o “guarda Abel”, com Octávio, com Inácio, com Reinaldo Teles e tantos e tantos outros que nem sequer adianta enumerar, capitaneados por Pinto da Costa, também hoje tenham dificuldade em conceber um Porto sem Pinto da Costa e muito menos contra Pinto da Costa.

O que se passa com eles e o que se passa com o FCP é o mesmo que se passa com qualquer ditadura, quando o ditador envelhece e os tempos mudam: a mudança nunca pode esperar-se do ditador e muito menos dos que lhe estão próprios. Todos eles estão demasiado imbricados nas teias do poder para se distanciarem, por pouco que seja, dos métodos antigos.

Eles são uma espécie de “Brigada do Reumático” que presta vassalagem ao chefe, nas vésperas da catástrofe.

Acontece, todavia, que no caso do Porto, além dessa “Brigada do Reumático” que semanalmente vai entoando loas ao “Chefe eterno”, há os que estando mais próximos, se defrontam com os típicos fenómenos de poder em fim de ciclo. Entre esses fenómenos de poder, o negócio” é hoje no FCP um elemento determinante. A tal ponto determinante que o “Chefe”, para manter os manter próximo de si, se viu obrigado a dividir o poder por vários clãs, de modo a todos tentar satisfazer. Acontece que nenhum dos que lá ficará está satisfeito com a repartição: o que cada um deles aspira é herdar todo o poder e não reparti-lo.

Assim, as consequências da decadência estão à vista e são irreversíveis.

Deste fenómeno de decadência resulta uma notícia má e outra boa.

A má é que ninguém pode contar com o Porto para tirar um único ponto ao Sporting. Embora esta consequência não seja conjunturalmente desaprovada pelo velho poder portista, a verdade é que ela acontecerá independentemente dessa vontade. Acontece porque a equipa, depois das palavras do presidente, já não tem condições anímicas para terminar o campeonato com um mínimo de dignidade.

A boa é que se não encara a curto prazo, nos meios portistas, qualquer alternativa a Pinto da Costa. Continuar a acreditar que será com ele e por seu intermédio que o clube se vai reerguer é um “passaporte de tranquilidade” para os seus principais adversários.


domingo, 10 de abril de 2016

SOBRE A VERDADE DESPORTIVA DOS INÁCIOS, RUIS SANTOS E OCTÁVIOS




O QUE DIZ VÍTOR PEREIRA, PRESIDENTE DO CA



Merecem destaque pelo seu desassombro e rectidão as palavras ontem proferidas por Vítor Pereira, Presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, no encerramento do 10.º Fórum da arbitragem:

Lançámos os pilares para a arbitragem do século XXI, renovando-a para alcançar um sector melhor e mais capaz.

Tivemos de contrariar quem, ainda intimidado pelas críticas, prefere acções de cosmética em vez de apostar numa cultura de excelência, cedendo a todo o ruído dos que propalam a verdade desportiva mas apenas se movem por calculismos circunstanciais para condicionar as arbitragens ou dissimular os seus insucessos”.

Desengane-se o “Padrinho” e os seus pequenos alunos agora ao serviço de outro patrão. Os tempos dos “Quinhentinhos” e do “Apito dourado” acabaram!

sábado, 9 de abril de 2016

MAIS UMA VITÓRIA




CONTRA A ACADÉMICA DE EDUARDO SIMÕES
Jiménez marcou o golo da vitória do Benfica em Coimbra

O Benfica venceu em Coimbra contra a ainda denominada Associação Académica de Coimbra, que de académica já nada tem, salvo a cor das camisolas. Hoje, ou melhor, desde há uns anos que se trata de uma equipa de Eduardo Simões e seus amigos. É pena que aquela que durante tantas e tantas décadas foi a “Briosa” seja hoje uma equipa sem ligação aos estudantes de Coimbra (antigos e actuais) e à cidade. Essa descaracterização da Académica custar-lhe-á muito provavelmente a sobrevivência. Logo se verá, mais cedo do que tarde….

O jogo desta tarde, em Coimbra, foi um jogo muito difícil para o Benfica. Não apenas por o Benfica vir de um jogo muito desgastante, a meio da semana, na Alemanha, contra o Bayern de Munique, mas principalmente por desde muito cedo se ter percebido que iria ser um jogo susceptível de causar uma enorme fadiga mental.

E foi o que aconteceu. A académica apresentou-se contra o Benfica com um dispositivo táctico que esta época não tinha adoptado contra qualquer outra equipa. Nem contra o Benfica, na Luz, nem contra o Sporting, em Alvalade, num tempo em que a sua permanência na primeira liga já estava tão comprometida como está hoje e, muito menos, contra o Porto, para citar apenas aqueles que são os seus mais fortes adversários.

Qualquer observador atento percebe duas coisas que se passaram no jogo. A primeira é a de que a Académica não se remeteu à defesa com onze jogadores por se ter apanhado a ganhar bem cedo. Não, a Académica remeteu-se à defesa porque era essa a sua estratégia para o jogo desta tarde. Fê-lo antes de estar a ganhar, depois de estar a ganhar e enquanto esteve empatada, ou seja, até ao 85.º minuto de jogo. A segunda, é que desde muito cedo se percebeu também que a Académica estava muito mais interessada em tirar pontos ao Benfica do que em fazê-los! Esta a razão por que somente contra o Benfica jogou desta maneira.

Há qualquer coisa nas palavras do treinador da Académica, no final do jogo, que indiciam algo difícil de deslindar. Mas que houve algo, disso ninguém pode ter dúvidas.

Outra questão que importa ter em conta e que não pode ser tratada com sobranceria é a pressão que o Sporting está fazendo sobre a arbitragem. Nas pequenas coisas, tantas vezes importantes num jogo de futebol, foram hoje evidentes os efeitos dessa pressão.

Como aqui havíamos previsto, Capela, para não ser acusado de favorecer o Benfica, poderia cair na tentação de o prejudicar. Consciente ou inconscientemente fez isso. Foram assinaladas faltas atacantes a Mitroglou, a Jardel e a Samaris que nunca existiram. Os jogadores da Académica pareciam que tinham instruções (e é muito provável que elas não fossem do treinador) para se deitarem por terra ao menor contacto. Fizeram-no várias vezes e sempre Capela lhes concedeu a falta, salvo numa queda vergonhosa de Marinho na área do Benfica por inexistente contacto de Eliseu.

Daqui pode também ficar uma lição para os árbitros. Apitem correctamente e com imparcialidade, porque, mesmo que inconscientemente acabem por prejudicar o Benfica, irão sempre ser atacados pelo Sporting, se o Benfica ganhar.

Quanto ao jogo, propriamente dito, para além do erro de Eliseu, erro grave, de que resultou o golo da Académica na única vez a bola foi à baliza do Benfica, e do permanente anti-jogo da Académica, a conclusão que dele se pode tirar é que o Benfica vai ter, pelo menos, mais dois jogos como este, ambos em casa, contra o Setúbal e contra o Guimarães.

Embora estas duas equipas estejam numa situação muito diferente da Académica na tabela classificativa, é certo que irão defrontar o Benfica utilizando um esquema táctico idêntico ao que a Académica hoje pôs em prática. E pelas mesmas razões…

Poderia o Benfica ter jogado em Coimbra de outra forma por logo desde o início se ter percebido qual iria ser a estratégia da Académica? Com todo o respeito por Rui Vitória, achamos que sim. Concretizando: o Benfica poderia ter experimentado no primeiro tempo algumas jogadas individuais de penetração na área da Académica, principalmente pelo seu jogador fisicamente mais forte: Renato Sanches, por desde muito cedo se ter percebido que as iniciativas individuais ajudariam a desposicionar a Académica. E poderia também ter tentado no primeiro tempo o jogo vertical através de lançamentos de Ederson para assim tirar vantagem das “segundas bolas”. Contra, apenas o risco de o árbitro poder paralisar todas essas jogadas por serem obviamente jogadas de choque. Mesmo assim, valeria a pena ter tentado.

Para terminar, uma palavra de muito apreço para Jiménez que, tendo entrado muito em cima do termo do jogo, teve a clarividência necessária para o resolver.

E assim, para a história, fica o resultado desta tarde: Académica 1- Benfica 2; golos de Pedro Nuno, Mitroglou e Jiménez.

Como disse Vieira: ”Há que ganhar dentro do campo e resistir fora dele”, tanto mais que, pelas palavras do “Padrinho”, já se percebeu que não será por esse lado que o Sporting vai perder pontos…

sexta-feira, 8 de abril de 2016

SPORTING: A IMPUNIDADE COMPENSA?




MAIS UM ATAQUE À ARBITRAGEM

Durante a época em curso, aliás na sequência do que havia tentado, sem êxito, nas duas épocas anteriores, o Sporting definiu uma estratégia agressiva de ataque às estruturas da arbitragem e paralelamente à equipa que lhe fosse fazendo frente nas provas em disputa.

No primeiro mês da época a arrogância do presidente e do treinador, uma e outra fundadas numa observação muito defeituosa do valor dos adversários, fez supor, principalmente aos próprios, de que o caminho para a glória estava aberto, bastando apenas atacar cirúrgica e certeiramente a arbitragem em certos jogos, para que tudo, afinal, resultasse como as suas pobres mentes tinham imaginado.

Enganaram-se. Do lado do treinador não é de estranhar que se tenha enganado, tantas e tão semelhantes são as vezes em que se engana. Jesus é bem o exemplo de homem que não aprende com os próprios erros, como é comum entre as pessoas normais, e muito menos com os erros dos outros, como é apanágio das pessoas inteligentes. Do presidente nem sequer vale a pena referir ou tentar avaliar as suas faculdades tão primitivas e fanáticas são as suas reacções. De facto, ele reage como adepto apaixonado, incapaz de analisar com serenidade e proveito a razão de ser das situações que lhe são adversas.

A conjugação destas duas mentalidades, potenciadas pelas ocorrências da época, nomeadamente a partir do momento em que se percebeu que ela não iria ser em nenhuma das suas múltiplas componentes o passeio que aquelas duas pobres mentes tinham imaginado, fez com que a estratégia de ataque à arbitragem e ao Benfica, que cedo se revelou ser a grande equipa europeia hoje por todo o lado reconhecida, passasse a ser a única arma que ingenuamente julgam poder usar para tentar alcançar os seus objectivos.

Derrotados sem apelo nem agravo na Champions League, onde nem sequer transpuseram a porta de entrada – suprema humilhação para quem, além de “teso”, se considera importante -, humilhados na “segunda divisão” das provas europeias, corridos por equipas da Liga 2 na Taça da Liga, eliminados pelo Braga na Taça de Portugal, resta-lhes tentar, nos seis jogos que faltam para completar a Liga Sagres, usar todos os meios extra-futebol ao seu dispor para travar a gloriosa caminhada do Benfica rumo ao Tri-Campeonato.    

A tudo o que dissemos, junta-se o facto inquestionável de o Sporting ser hoje um clube exclusivamente dirigido por assalariados que vêem na conquista do título de campeão o único passaporte seguro para a sua própria sobrevivência. Sobrevivência económica, sobrevivência financeira e sobrevivência desportiva. Desesperados com o triste futuro que, continuando nesta senda, mais cedo do que tarde, inevitavelmente os espera, eles recorrem, até agora impunemente, a todos os meios para tentar impedir o desenlace que fatalmente os espera.

Para além das calúnias lançadas sobre a honorabilidade do Benfica – facto inquestionavelmente demonstrável não apenas pelas palavras do presidente na TVI 24 como também pelo comentário unânime que as mesmas suscitaram (tanto pelos que as secundavam como pelos que as contrariavam) -, o Sporting tem passado a época a caluniar a arbitragem e a criar, juntamente com os seus apaniguados, um clima de suspeição que os factos em que a fundamentam amplamente desmentem.

Seria fastidioso enumerar agora todas as “denúncias”, todas as “queixas”, todas as “acusações” a que o Sporting recorreu ao logo da época para desqualificar, desmoralizar e influenciar a arbitragem, embora essa enumeração não possa deixar de ser feita a seu tempo, mas isso não pode obstar a que se exija dos órgãos que disciplinam o futebol as medidas que se impõem e a punição sem contemplações das infracções cometidas, sob pena de a sua passividade ser interpretada como sinónimo de premiação da própria infracção.

Aliás, o Sporting tem tirado partido dessa passividade, redobrando a intensidade das ofensas e aumentando o nível da suspeição até ao ponto de condicionar a actuação imparcial dos árbitros (os vergonhosos episódios do Sporting-Tondela, que ficaram impunes, são apenas um simples exemplo).

No desempenho desta estratégia o Sporting tem vários mensageiros. Além do truculento presidente, tem os vigaristas da “verdade desportiva” na SIC, tem os trapaceiros ao seu serviço e tem os assalariados que com fúria de Rottweiler ou simplesmente como rafeiros obedecem à voz do dono com a mesma energia com que amanhã os atacarão se tiverem outro patrão que lhes pague.

É inacreditável que um dirigente assalariado do Sporting venha atacar vergonhosamente o árbitro nomeado para o Académica-Benfica do próximo sábado, criando-lhe um clima propositadamente destinado a impedir a imparcialidade de julgamento. Mas mais inacreditável é que esse vergonhoso e corrupto ataque fique impune quando é óbvio que o único objectivo que o move é prejudicar o Benfica pondo antecipadamente em causa a imparcialidade do árbitro. Prejudicar o Benfica por se estar a tentar que, na dúvida, o árbitro apite sempre contra o Benfica; e prejudicar o Benfica por se estar a tentar criar no espírito do árbitro a ideia de que a sua arbitragem só não será atacada se prejudicar abertamente o Benfica em lances capitais, demonstrando por essa tortuosa via  que não está condicionado pelo Benfica!  

Isto, mais coacção psicológica, é CORRUPCÃO, podendo abertamente afirmar-se que o Sporting entrou abertamente no caminho da CORRUPÇÃO para tentar ganhar o campeonato.

Não ganhará. Perdê-lo-á e não vai ser por dois pontos de diferença!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

CHAMPIONS: O BENFICA VAI GANHAR EM LISBOA




GRANDE JOGO DO BENFICA EM MUNIQUE
Bayern-Benfica en imágenes

No intervalo da final da Taça dos Campeões Europeus de 1962, em Amesterdão, os jogadores mais experientes do Benfica disseram no intervalo aos mais jovens: “Vamos ganhar a final. Temos mais força do que eles!”.

Não foi uma profecia, foi uma previsão feita com base na prestação da equipa do Real Madrid na primeira parte, da qual, aliás, saiu a ganhar por 3 a 2.

Visto pela segunda vez o jogo de hoje, em Munique, também não será difícil prever a vitória do Benfica em Lisboa na partida da segunda mão.

Fica claro para qualquer observador atento que o Benfica terminou a partida com mais força que o Bayern de Munique, com uma capacidade de pressão nos últimos minutos do jogo nas zonas mais adiantadas do campo como raramente se vê nos primeiros minutos de qualquer desafio.

No fim do jogo era também óbvia a expressão de desalento dos jogadores do Bayern. Verdadeiramente, não estavam a contar com este Benfica. Pode ser que essa não fosse a posição de Guardiola, mas se efectivamente ele esperava o Benfica que as suas palavras deixavam antever, o menos que se poderá dizer é que esse não era o estado de espírito dos seus jogadores.

Se o Benfica tivesse marcado um golo, quer empatando quer perdendo pela menor diferença, poderia dizer-se que a eliminatória estava perfeitamente ao alcance do Benfica. Com a derrota de 1-0 e a regra sobre a contabilização dos golos marcados fora, fica muito mais difícil vencer a eliminatória. De facto, embora seja nossa profunda convicção a vitória do Benfica no jogo de Lisboa, temos de reconhecer que essa vitória pode não chegar pra assegurar a passagem à eliminatória seguinte.

Hoje, de acordo com as regras em vigor e a facilidade com que os jogadores e as grandes equipas jogam em qualquer campo, pode até dizer-se que uma derrota fora por 1-0 é um resultado mais negativo do que uma derrota em casa pelo mesmo resultado. Facto que ilustra na perfeição o anacronismo que representa manter na actualidade o diferente peso atribuído aos golos, consoante sejam marcados em casa ou fora.

Passando ao jogo desta noite, tem de dizer-se que o Bayern soube aproveitar quase a cem por cento as oportunidades de que dispôs. De facto, além do golo, apenas ficou por concretizar, quase no fim do jogo, a jogada em que Lewandowski surgiu isolado frente a Ederson e, em vez de rematar, resolveu passar defeituosamente a bola a um colega (Lahm). Não devem considerar-se oportunidades de golo, as grandes defesas dos guarda-redes já que é para defender bolas que eles lá estão.

Pelo contrário, o Benfica bem poderia ter marcado, no mínimo um golo, nas várias oportunidades que construiu. Infelizmente, não conseguiu fazê-lo, apesar da boa exibição realizada.

Dificilmente se vê uma equipa tão organizada, com um rigor táctico tão exemplar como aquele que o Benfica exibiu em Munique esta noite. E se esse é o maior elogio que se pode fazer a Rui Vitória no confronto com o poderosíssimo Bayern de Munique, ele estende-se também aos jogadores que souberam pôr em prática as melhores ideias para travar o milionário colosso da Baviera.

Mas o jogo desta noite, tal como o do Atlético de Madrid em Barcelona, também serviu para demonstrar quão erradas e elitistas são as palavras de Rummenigge, essa espécie de Angela Merkel do futebol, que pretende acabar com as competições europeias em que participam clubes de todos os países para as transformar numa competição restrita a certas equipas, destinada a gerar grandes lucros e a cavar um fosso cada vez mais profundo entre meia dúzia de clubes e todos os restantes.

Dos jogadores que esta noite pisaram a relva da Allianz Arena não será justo fazer apreciações individuais tal o altíssimo nível a que todos se exibiram. Não obstante, merece uma referência especial Renato Sanches, não apenas pela sua extraordinária exibição, das melhores ao serviço do Benfica, mas pela miserável campanha que uma certa escumalha com voz nas televisões e na radio tem feito desde que esta grande estrela do futebol português despontou no Benfica.


domingo, 3 de abril de 2016

MIGUEL GUEDES E INÁCIO EXECRÁVEIS




O LIXO EM TELEVISÃO



Só duas linhas para assinalar o comentário desportivo da noite de hoje. Que Inácio, um desgraçado, na permanente ameaça de uma penhora por incumprimento dos mais elementares deveres de cidadania, se veja obrigado, como assalariado de um patrão que o despedirá ao menor deslize, a fazer o que lhe impõem, nem que para isso tenha de abdicar da sua dignidade, compreende-se, embora não se aceite. Agora que Miguel Guedes trilhe no comentário desportivo o mesmo caminho de Inácio, ele que até se vangloria de ser independente e se diz avançado em matéria de cidadania, só pode compreender-se por ter sido criado e educado num clube onde durante décadas valeu tudo. Tudo o que resumidamente se descreve no último post aqui publicado.

Tanto Guedes como Inácio são o lixo em televisão. Por uma questão de higiene não devemos conviver com o lixo. O lugar do lixo é na lixeira.