segunda-feira, 29 de outubro de 2012

OS OBJECTIVOS DE EDUARDO BARROSO


 

O SPORTING SOFRE AS CONSEQUÊNCIAS DAS SEITAS QUE O INFESTAM
 

 Eduardo Barroso é um caso típico do Sporting da actualidade. De um Sporting dominado por um conjunto de seitas,  de incompetentes, de petulantes, que vergonhosamente se exibem nas televisões, nos jornais e na rádio, sempre desejosos de um protagonismo que nada, absolutamente nada, da sua passagem pelo futebol justifica ou recomenda.   
Claro que o Sporting tem um problema de classe, um típico problema classista, de desadequação do clube às realidades dos nossos dias.

Toda essa gente que infesta o Sporting e lhe propaga os vícios de que ela própria padece, se tivesse um mínimo de respeito pelo clube, se tivesse um pingo de sportinguismo, afastava-se definitivamente e deixava que gente que ninguém conhece, mas seguramente competente que o Sporting tem, tomasse conta do clube, o modernizasse e o gerisse de acordo com as exigências do nosso tempo.

Assim, com esta gente, o Sporting, aos objectivos de Eduardo Barroso – entrada directa na Liga dos Campeões, Taça Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga – vai ter de juntar um outro: a luta pela manutenção.

Que o Sporting se “desfaça” dessas seitas, dessa gente que mediaticamente o representa, o mais rapidamente possível e acredite num outro tipo de pessoas que realmente estejam à altura dos pergaminhos do clube.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O BENFICA DEIXOU DE SER UM CLUBE DEMOCRÁTICO?




 
TUDO INDICA QUE SIM
 
 

A campanha eleitoral para a presidência do Benfica tem decorrido ao mais baixo nível, obviamente por culpa do presidente em exercício e da maior parte da gente que o acompanha. Desde Rui Gomes da Silva, uma presença televisiva que envergonha os benfiquistas passando pelo manipulador, vendedor de lixo televisivo, Moniz, até alguns outros personagens que nem merecem citação, tudo na actual nomenklatura benfiquista é mau demais para poder continuar num novo mandato.

De Vieira o que se pode dizer? Que endividou o Benfica a níveis jamais conhecidos na sua história comprometendo gravemente o futuro do clube; que frequentemente envergonhou os benfiquistas nas suas declarações públicas, arrogantes e inconsequentes; que é o alvo da chacota do presidente do clube rival; e que se deixa enganar pelos múltiplos agentes disfarçados de Pinto da Costa que não perdem uma ocasião para alcançarem com o seu apoio os lugares que de outro modo não conseguiriam. Pior que tudo isto, se é que há pior, é arrogância antidemocrática que passou a imperar no Benfica desde que Vieira chegou à presidência do clube. As tradições democráticas do Benfica mantidas com sageza pela cultura popular do clube, principalmente durante os tempos difíceis da ditadura, foram gravemente adulteradas pela presença de Luís Filipe Vieira à frente do Benfica.

O modo como o presidente do Benfica se apropriou do clube, fazendo dele coisa sua, a ponto de injuriar e tentar por qualquer meio afastar qualquer opositor, não apenas desta vez, mas sempre que alguém ousou disputar-lhe democraticamente a presidência, constitui uma vergonha que a história do clube não pode aceitar que se mantenha por mais tempo.

Se no plano político e social o consulado de LFV representa a descaracterização do Benfica, ele também não tem nada para oferecer aos milhões de benfiquistas no plano desportivo. Dois campeonatos em onze anos, uma Taça de Portugal e milhões e milhões de euros gastos em jogadores e em treinadores é uma contabilidade que ninguém pode ter por boa. Se é certo que o Benfica tem um estádio novo e um centro de estágio também não é menos verdade que tem um passivo que ronda os seiscentos milhões de euros. É muito, muito pouco. Está na hora de mudar!

 

 

LIGA DOS CAMPEÕES



OS OUTROS JOGOS
 

 

Dentre as equipas portuguesas há a destacar a excelente exibição do Braga na primeira parte em Manchester. Não há equipa em Portugal mais segurança no passe e recepção do que o Braga. Dá gosto ver o modo como o Braga desenvolve uma jogada de contra-ataque, bem como ver girar a bola entre os seus jogadores num futebol objectivo e de grande qualidade. Nenhuma outra equipa tem em Portugal exibe um futebol tão vistoso e atraente.

Foi uma pena que não tivesse segurado a vitória ou, pelo menos, o empate, sendo qualquer um destes resultados amplamente merecidos. As deficiências do Braga deste ano são fundamentalmente de marcação. De posicionamento defensivo. A equipa sofre demasiados golos em situações que não são assim tão difíceis de evitar.

Apesar da derrota em casa contra o Cluj, o Braga mantém intactas as possibilidades de se qualificar. E provavelmente qualificar-se-á.

Já o Porto, com três vitórias nos três primeiros jogos, tem a qualificação praticamente garantida. A vitória desta noite contra o Dínamo de Kiev demonstrou que o Porto tem força na Europa, apesar de o seu futebol estar muito longe de corresponder aos resultados obtidos. Não foi um grande jogo, o Porto não tem uma grande equipa, mas chega para o que se lhe pede. Chega em Portugal, como se verá e vai ser suficiente para na Europa seguir em frente até uma fase honrosa.

Nos demais jogos, sobressai a derrota do Real Madrid em Dortmund, contra o Borússia. O Real Madrid perdeu por 2-1, mas poderia ter perdido por mais se o árbitro não lhe tivesse perdoado duas grandes penalidades evidentes, uma cometida por Pepe, aliás responsável pelo primeiro golo dos alemães, outra por Xabi Alonso. Desta vez Mourinho não vai certamente culpar o árbitro. Ronaldo marcou o golo do Real, mas o mérito todo vai inteirinho para esse extraordinário jogador que é Özil – o tal que Mourinho já pôs de “quarentena” por mais de uma vez. É mesmo preciso não apreciar o futebol como uma arte para censurar publicamente um dos melhores jogadores do plantel e seguramente o mais talentoso.

O outro grande de Espanha, ou melhor da Catalunha, ganhou ontem à tangente ao Celtic, quase nos momentos finais. Por um triz o Celtic teria acabado com as hipóteses de qualificação que os responsáveis benfiquistas ainda tentam fazer crer que têm. Mas não adianta continua a insistir num tema sobre o qual dentro de muito pouco tempo deixará de se poder especular.

No grupo do Real Madrid o Ajax bateu por um confortável 3-1 um Manchester City ainda incapaz de se habituar a estas andanças de alta roda do futebol europeu. O dinheiro não resolve tudo…

Para finalizar, será interessante lançar uma vista de olhos sobre o comentário desportivo português na rádio e na TV em dia de Liga dos Campeões.

Na RDP o responsável pelo desporto exultava com o triunfo portista em termos ditirâmbicos tanto relativamente à equipa como em relação a Jackson. O que diria ele se o Porto tivesse jogado bem. Quem o ouve sem ter visto o jogo teria suposto que o Porto fez uma exibição retumbante. Não está em causa o mérito do Porto nem a justeza da vitória, tal como não estaria o empate. O que está em causa é a ausência de profissionalismo da maior parte dos comentadores da RDP.

Na TV, o facciosismo prende-se mais com os comentários sobre a equipa de Mourinho e de Cristiano Ronaldo. Raramente, para não dizer nunca, eles olham para o adversário do Real Madrid com independência e isenção. Seja relativamente ao jogo por ele praticado, seja relativamente aos jogadores que o põem em prática. Aliás, o mesmo se passa quanto aos jogadores do Real Madrid. Raramente são capazes de enaltecer a extraordinária qualidade da maior parte dos colegas de equipa de Cristiano Ronaldo, a quem ele tanto deve os resultados desportivos que tem obtido. Como facilmente se comprova comparando o seu rendimento no Real Madrid com o alcançado na selecção portuguesa. Todos os demais jogadores do Real Madrid são simplesmente tratados pelos comentadores portugueses como se fossem meros ajudantes ao serviço do português. O mesmo se diga relativamente às arbitragens. Desta vez, porém, os comentadores do programa acabaram por corrigir o comentador de imagens, mas nem essa pequena excepção serviu para Pedro Henriques ver que Pepe não só empurra o jogador do Borússia como também o rasteira. Como é que um ex-árbitro que certamente viu e reviu as imagens não foi capaz de ver que Pepe depois do empurrão ainda toca nas pernas do dianteiro alemão?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O BENFICA NÃO JOGA NADA


 

DERROTADO EM MOSCOVO E PRATICAMENTE AFASTADO DA LIGA DOS CAMPEÕES

 

 

DERROTA DO EM MOSCOVO E PRATICAMENTE AFASTADO DA LIGA DOS CAMPEÕES

 

O Benfica foi derrotado em Moscovo pela diferença mínima (2-1), mas ao intervalo já podia estar a perder por quatro ou cinco. De facto, a equipa do Benfica falha com frequência o primeiro passe, quase sempre o segundo e rarissimamente consegue dar três ou mais toques seguidos na bola.

Por outro lado, não há no futebol do Benfica nada de que a equipa se possa orgulhar. Ninguém consegue descortinar uma ideia de jogo. Para quem exibe a prosápia do treinador do Benfica sobre a “ideia de jogo” e outras tretas a que frequentemente se refere é confrangedor ver uma equipa que não sabe como há-de sair para o ataque, não sabe como há-de desenvolver o ataque quando lá chega e até a capacidade de transição rápida, que durante algum tempo (faz tempo…) a caraterizou, se perdeu.

Até aos setenta e cinco minutos foi confrangedor ver jogar o Benfica. Depois os jogadores empertigaram-se um pouco e deram alguma luta, porém sempre sem deslumbrar e sem a tal ideia de jogo que a equipa manifestamente não tem.

Não pense Jorge Jesus que se pode desculpar com as ausências de Javi e de Witzel.  De facto, já lá não estão e por isso não contam. Aliás, estavam lá o ano passado e foi o que se viu. De qualquer modo, Jesus já teve tempo mais do que suficiente para preparar um meio campo eficaz e eficiente, coisa que o Benfica manifestamente não tem.

De ano para ano o Benfica joga pior. No primeiro ano de Jesus o Benfica ganhou o campeonato e de uma maneira geral os adeptos gostaram do futebol exibido. Um futebol intenso, de ataque, que não dava tréguas aos adversários, tanto em ataque continuado como em transições ofensivas rápidas. No ano seguinte, a espaços, a equipa jogou bem. Ou melhor: entre Dezembro e Fevereiro jogou bem, mas depois afundou-se como, aliás, já se tinha afundado na primeira parte do campeonato. O ano passado foi o que se viu. Ia à frente com cinco pontos e perdeu o campeonato; tinha vantagem na Taça de Portugal e foi eliminado; saiu da Liga dos Campeões nos quartos-de-final e acabou apenas por ganhar a insignificante Taça da Liga. Este ano, a equipa vai à frente no campeonato juntamente com o Porto, mas não é uma equipa confiável. Qualquer espectador imparcial percebe que este Benfica não vai longe, como se está a ver na Liga dos Campeões, na qual em três jogos fez um ponto e marcou apenas um golo. Perdeu dois jogos e empatou outro.

Não há muito mais a dizer, salvo fazer justiça a Lima que foi o melhor jogador do Benfica e o mais esforçado. Sálvio chegou à Luz vindo do Atlético de Madrid em grande forma. Entretanto perdeu a forma física, não tem força e Salvio sem forma física é um jogador vulgar. É caso para perguntar o que fazem os jogadores do Benfica nos treinos. Uma pergunta que faz todo o sentido não apenas pela forma física de alguns jogadores mas também por vários episódios de jogo em que se fica com a ideia de que os jogadores estão a deparar-se com aquela situação pela primeira vez.

Para terminar, interessa dizer que com o resultado de hoje o Benfica está praticamente eliminado da Liga dos Campeões e dificilmente irá à Liga Europa. A jogar assim corre o risco de ser goleado em Camp Nou. De facto, que confiança pode merecer uma equipa que não consegue dar três toques seguidos….

 

 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

SELECÇÃO COMPROMETE PRESENÇA NO BRASIL


 

PAULO BENTO É TEIMOSO
Sem razões para festejar na noite centenária de Ronaldo

 

Como aqui tantas vezes temos dito, Portugal está longe de ter um lote razoável de jogadores de primeira categoria. Tem poucos, muito poucos, dificilmente junta onze, e quando tem de indicar vinte e três há vários que estão muito longe de ter o nível dos melhores.

Esta degradação do valor intrínseco da selecção vem-se manifestando desde o fim do Euro 2004 e depois muito mais claramente a seguir ao Mundial de 2006. Não obstante o fraco ponto de partida, a verdade é que depois daquelas datas a selecção portuguesa de futebol conseguiu estar em todas as fases finais das grandes competições mundiais e europeias de futebol e passar em todas elas a fase de grupos. Todavia, com excepção do Euro 2012, tem sucumbido logo na primeira eliminatória. E também é verdade que desde 2008 não alcança directamente a fase de grupos, tendo sempre tido necessidade de jogar o play off para se apurar.

Desta vez, para o Mundial de 2014, se se apurar – e isso está muito longe de estar garantido – também não será directamente. Não se pode dizer que exista uma certeza absoluta, mas a probabilidade de isso acontecer é diminuta. Se essa probabilidade tivesse de se exprimir em percentagem, ela não iria além dos 5%.

Paulo Bento como qualquer outro seleccionador debate-se com a dificuldade assinalada – a falta de grandes valores em quantidade suficiente. Na selecção portuguesa eles não existem, bastando portanto a ausência de dois jogadores habituais – Meireles e Coentrão – para que a equipa imediatamente se ressinta.

Ressente-se tanto que Cristiano Ronaldo, que em situações normais está longe de ser na selecção o jogador que é no Real Madrid ou foi no Manchester United, fica reconduzido à condição de jogador vulgar se a equipa sofre a falta de dois ou três imprescindíveis. Foi o que se passou nos jogos contra a Rússia em Moscovo e contra a Irlanda do Norte no Porto.  Ronaldo nada fez que o distinguisse. Foi tão vulgar como os outros. E isso até lhe deveria fazer pensar e depois perceber quanto ele deve aos jogadores que jogam a seu lado no Real Madrid, como aliás já devia aos do Manchester. Em vez de andar a dizer que está triste com base em motivos fúteis, deveria dizer que está muito contente e muito realizado por ter a seu lado no RM os jogadores que tem. Que olhe para os que tem a seu lado em Portugal e depois tire as diferenças.

Mas para além desta limitação que ninguém de imediato está em condições de superar, Paulo Bento ainda agrava mais as coisas com a sua conhecida “casmurrice” que infelizmente não é prova de forte personalidade mas de falta de inteligência.

No Euro 2012 Paulo Bento deixou em Portugal jogadores melhores dos que os que foram. Não muitos, mas alguns. Quis, porém, a sorte que as coisas lhe tivessem corrido bem e ele sentiu-se muito fortalecido por não ter “cedido a pressões”. Desta vez fez o mesmo e os resultados estão à vista.

Mas não é só por não ter selecionado os dois ou três jogadores que inequivocamente teriam lugar no lote dos convocados em vez de dois ou três que lá não deveriam estar. É também por persistir num modelo uniforme de jogo qualquer que seja o adversário e o seu modo de jogar.

Iludido com a posse de bola, que ele logo extrapola para dizer que “fizemos um bom jogo” ou que “não merecíamos perder ou empatar”, Paulo Bento insiste em jogar sempre da mesma maneira sem sequer atender convenientemente às características dos jogadores que tem em campo.

Hoje isso foi evidente. Perante uma linha média sem ideias e sem criatividade, absolutamente incapaz de encontrar uma solução de golo para os avançados, sem laterais com capacidade para subir nas faixas e com Ronaldo a desempenhar poucas vezes o papel de extremo, com um ponta de lança que não sabe jogar sozinho na frente, não era previsível um grande jogo, como não foi, nem sequer um jogo com algumas oportunidades de golo, que também não houve praticamente até ao 80 minutos de jogo.

Seguem-se os jogos com Israel (fora e em casa), com a Rússia, o Azabeijão e o Luxemburgo em casa, e com a Irlanda fora. Muitos jogos, mas tudo vai depender muito do próximo jogo contra Israel. A selecção tem de ganhar sob pena de até o segundo lugar ficar em risco.

Depois da derrota da Rússia por 1-0, o empate de hoje (1-1) contra a Irlanda do Norte deixa a selecção em muito má situação. A qualificação para o Brasil, apesar de ainda faltarem seis jogos está manifestamente em causa.

domingo, 7 de outubro de 2012

O BENFICA GANHA MAS NÃO CONVENCE


 
AS CONFERÊNCIAS DE IMPRENSA E OS COMENTADORES
 
Benfica vence à tangente com reviravolta na Luz

 

O jogo que o Benfica jogou esta noite com o Beira-Mar não tem muito que comentar. O Benfica vinha de um “exercício” muito traumatizante. O jogo contra o Barcelona, principalmente na segunda, parte foi penoso. É provável que aquele jogo do Barcelona cause uma fadiga psicológica difícil de superar. Enquanto se mantiver na lembrança dos jogadores aquele correria atrás de uma bola que nunca se alcança é natural que os jogadores abordem os jogos com intranquilidade.

E isso viu-se logo no começo do jogo contra o Beira-Mar. O golo dos aveirenses é a prova manifesta dessa intranquilidade. A equipa do Benfica lá conseguiu reagir mas não acertava com a baliza. Valeu-lhe o facto de o Beira-Mar nunca ter incomodado. Apenas defendia e nada mais.

No fim da primeira parte lá apareceu um penalty que nem sempre é marcado quando aquele tipo de falta acontece na área, mas que é sempre assinalada quando ocorre no meio campo.

Na segunda parte o Benfica durante os primeiros quinze minutos revelou-se incapaz de alterar o resultado, até que Maxi Pereira lá desencantou um golo que só ele sabe marcar, mesmo quando não está em forma. E logo a seguir, por força de um erro da defesa do Beira-Mar, o Benfica lá marcou o segundo golo, mercê também da clarividência de Lima que não ousou rematar e preferiu dar o golo a Rodrigo.

Depois da viragem do resultado, o Benfica terá criado mais uma ou outra situação, mas perdeu muitas bolas incompreensivelmente. E intranquilizou-se tanto que o Beira-Mar, sem jogar grande coisa e sem nunca ter chegado a ser perigoso, deu a sensação de que estava a assustar o Benfica. E talvez estivesse, mas por demérito do Benfica e não por força da prestação dos aveirenses.

No fim do jogo Ulisses Morais, como sempre faz quando vai à Luz, seja qual a equipa que orienta, iniciou uma conversa completamente imbecil sobre a influência psicológica do árbitro no resultado do encontro. Como tem o lugar em risco, provavelmente não passará desta semana, aproveitou a feliz circunstância de jogar na Luz para desancar o árbitro que nada teve a ver com o resultado e simultaneamente denegrir a vitória do Benfica, seu principal objectivo.
Jorge Jesus numa conferência anormalmente longa lá deu a sua versão dos factos e até se referiu especificamente a alguns jogadores  - Enzo Perez, Maxi - depreendendo-se das suas palavras que a derrota contra o Barcelona ainda pesa. Ou dito de outro modo: que o modo de jogar do Barcelona ainda se mantém como um pesadelo que só se desvanecerá depois do segundo jogo.

Na SIC N um comentador, manifestamente frustrado com a situação do Sporting, achou que as palavras de Morais faziam algum sentido. Para João Rosado, fanaticamente anti-benfiquista, tudo o que seja contra o clube da Luz “faz todo o sentido”. Que se cure das mágoas que o Sporting lhe causa e não seja ridículo!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A LIGA PORTUGUESA E AS COMPETIÇÕES EUROPEIAS


O BENFICA-BARCELONA DE LOGO A NOITE
Paços de Ferreira vs Benfica (LUSA)

Na última jornada da Liga portuguesa patenteou-se uma certa capacidade competitiva dos clubes ditos mais fracos com que muitos manifestamente não contavam. Até à última jornada a generalidade dos comentadores, para não dizer todos, era unânime na perda de capacidade competitiva das equipas ditas mais fracas. Por outras palavras, a diferença de potencial entre o Porto, o Benfica e também o Braga e as demais equipas, com excepção do Sporting deixado numa posição intermédia, era tão acentuada que seria de prever um “passeio” dos grandes nos jogos contra os pequenos.
 
Afinal, não é isso o que se tem verificado e a última jornada ilustra bem quão errada estava aquela previsão. O Benfica ganhou pela diferença mínima (2-1) em Paços de Ferreira com grande dificuldade, apesar de ter falhado boas oportunidades de golo. Em contrapartida, aquelas em que marcou decorreram de falhas defensivas dos pacenses, sem menosprezo para o sentido de oportunidade de Lima que se tem revelado altamente concretizador nestes escassos dias que leva de Benfica.
 
Por seu turno, o FC Porto não conseguiu melhor do que um empate em Vila do Conde (2-2) alcançado já no último minuto do jogo. Em toda a segunda parte o Rio Ave foi melhor equipa em campo e não teria sido nenhum escândalo se tivesse ganho. Aliás, esteve sempre mais perto da vitória do que o Porto e poderia mesmo ter marcado mais golos se não fosse o árbitro ter desencantado um fora de jogo que somente ele viu.
 
O Braga, pelo contrário, foi dos três da frente o que ganhou com muita facilidade a um Guimarães (0-2) muito longe daquilo que tem sido nos últimos tempos e que certamente este ano se candidata a ser uma das piores equipas vimaranenses das últimas décadas.
 
Em Alvalade, o Sporting continua o calvário de jogos inconsequentes. Depois da derrota contra o Rio Ave e da vitória muito suada contra o Gil Vicente, aconteceu no fim-de-semana passado o empate contra o Estoril Praia (2-2). Um empate injusto e imerecido para os estorilistas que foram sempre a melhor equipa em campo. O Sporting, que realmente não joga nada, deve o empate ao árbitro da partida. Mais uma vez à semelhança do que tantas vezes tem acontecido o Sporting foi beneficiado pela arbitragem. Primeiro foi a não marcação de um penalty escandaloso a meio da primeira parte e depois uma expulsão incompreensível de um jogador do Estoril a quinze minutos da segunda. Com menos um jogador em campo durante um pouco mais de meia hora o Estoril perdeu algum do fulgor que até tinha tido e acabou por se deixar empatar a poucos minutos do fim do jogo. Entretanto, continua em Alvalade o “folhetim Sá Pinto”. É voz corrente entre os entendidos que a incompetente direcção sportinguista já despediu Sá Pinto, mas ainda não encontrou o pretexto certo para lhe comunicar o despedimento. Se os resultados do Sporting na Liga Europa e no campeonato continuarem como os actuais, ou piores, ainda este ano iremos assistir a muitas convulsões pelo lado de Alvalade.
 
Terminada a jornada com o excelente resultado da Académica na Madeira contra o Marítimo (0-2), a vitória suada do Gil Vicente sobre o Moreirense (4-3), a derrota do Olhanense em casa contra o Nacional (1-2), e o empate do Setúbal em Aveiro (1-1), segue-se a Liga dos Campeões.
 
Na jornada de hoje o Barcelona defronta o Benfica na Luz. Contando por vitórias todos os jogos disputados na Liga Espanhola, o Barcelona apresenta-se na Luz como o grande favorito não apenas ao jogo mas à vitória na competição. Paira uma certa curiosidade sobre como irá o Benfica afrontar a equipa maravilha destes últimos seis anos. Entre o receio de uma humilhação e a esperança num resultado que não deslustre, o benfiquista vão aguardando com ansiedade o jogo de logo à noite. Cresce a curiosidade sobre como irá Jesus “montar” a equipa, ele que é tão dado ao futebol ofensivo. Como irá o Benfica tentar neutralizar o trio maravilha do Barcelona (Xavi, Messi e Iniesta) a que se junta um lote de jogadores de excelente valia.
A resposta parece ser: se nem o Real Madrid, que tem os melhores jogadores do muno, joga de igual para igual contra Barcelona, não será certamente o Benfica que o irá fazer. Se o Benfica conseguisse repetir o excelente jogo que o ano passado o Porto fez contra os catalães na final da Supertaça já seria muito bom. Só que o ano passado, na altura do jogo, o Porto ainda estava muito embalado pelas vitórias da época passada. A tarefa do Benfica deve ser muito mais difícil...