terça-feira, 17 de abril de 2012

BAYERN DERROTA REAL MADRID



RIBERY FANTÁSTICO!
[foto de la noticia]
BAYERN 2  - REAL MADRID 1

Há aspectos importantes neste jogo que convém antes de mais nada sublinhar.
Em primeiro lugar, Mourinho não conseguiu evitar a onda de resultados negativos que o Real Madrid, desde há mais de cinquenta anos, colecciona em Munique. Voltou a perder.
Em segundo lugar, Cristiano Ronaldo nos grandes jogos apaga-se. Apagou-se hoje, como se tem apagado muitas outras vezes tanto na selecção nacional como nas equipas que representa. E apaga-se tanto mais quanto mais um ou dois jogadores sobressaem na equipa adversária. É o seu enorme ego que funciona aqui ao contrário: passa da exuberância à depressão.
Em terceiro lugar, Coentrão é hoje um triste sombra do jogador que foi no Benfica. É duvidoso que a jogar assim tenha lugar no Zaragoza.
Howard Web é um grande árbitro. Já aqui foi elogiado várias vezes. Hoje teve dois deslizes: um penalty que ficou por assinalar sobre Gomez por empurrão de Pepe (embora para um árbitro inglês possa ser desculpável) e uma expulsão que ficou por fazer (Marcelo agrediu Müller).
Pepe e Sérgio Ramos voltaram a exibir toda a sua brutalidade. Se não forem expulsos à primeira falta grave, tornar-se-ão cada vez mais perigosos e mais violentos.
Por último, Ribery fez uma exibição simplesmente fantástica. Em todo o campo, sofrendo entradas violentas de vários jogadores, Ribery foi sempre o maior e merce, por isso, todas as honras.
Quanto ao jogo, os alemães tinham razão quando disseram que o Real Madrid não é uma grande equipa. Joga muito à custa das tácticas defensivas quando defronta grandes equipas e da criatividade de grandes jogadores, como Di Maria, quando está em boa forma física, ou de Ronaldo, quando está inspirado.
Apesar de dispor de grandes jogadores, Mourinho privilegia sempre, neste tipo de jogos, os mais duros, os mais disciplinados tacticamente, e aqueles que preferem o resultado ao espectáculo.
Hoje, o Real Madrid foi durante quase todo o jogo dominado pelo Bayern. Com excepção de uma ou outra fase no primeiro tempo, o Bayer foi sempre muito superior. E no segundo tempo dominou por completo. Mas isso não significa que uma equipa como o Real Madrid, com excelentes executantes, não seja sempre perigosa nos contra-ataques. E hoje foi assim que marcou.
Todavia, o Bayern justificava um resultado mais dilatado.
No Bernabéu, Mourinho vai ter de se expor e se o Bayern for igual a si próprio dificilmente será eliminado.

MOURINHO: UMA SEMANA DECISIVA





MOURINHO MUITO NERVOSO



Nunca, como em Espanha, Mourinho foi tão contestado pelos adeptos do clube que treina.

O tema já aqui foi abordado por mais de uma vez. Tem a ver com a natureza do clube que hoje representa, completamente diferente de todos aqueles por onde antes passou (excepção feita ao Benfica, onde esteve episodicamente) e também a ver com o modo de ser espanhol, imperial, dominador e moralizador, que naturalmente rejeita a arrogância e os processos, tantas vezes muito primários, de Mourinho.

Daí que sejam frequentes as críticas cada vez mais violentas que lhe são feitas, até por intelectuais de renome, como esta semana aconteceu no Pais Semanal, por Javier Cercas.

Todos os defeitos de personalidade – e são muitos – de Mourinho são empolados por uma imprensa que já não pode com ele e que manifestamente o rejeita. Os hinchas, os mais selvagens dos seguidores madrilenos, estão certamente com ele. Só que num clube como o Real Madrid esses agrupamentos radicais contam pouco e não fazem opinião.

Por ter consciência de que é detestado, Mourinho aposta tudo esta época em duas vitórias que para ele seriam redentoras e lhe permitiriam abandonar o clube por cima – a vitória no campeonato e a vitória na Liga dos Campeões.

E muito do que acontecer esta semana vai seguramente ditar o futuro próximo de Mourinho. Por isso ela será decisiva.

A vitória na Liga é para ele um objectivo obsessivo: não apenas porque uma vitória na Liga espanhola representaria um duplo record difícil de igualar – vencedor de quatro ligas em quatro países diferentes e simultaneamente vencedor das três ligas mais importantes do mundo – mas também porque seria uma vitória sobre o Barcelona.

O outro objectivo é vencer pela terceira vez a Liga dos Campeões, facto que até hoje nenhum treinador alcançou, e simultaneamente juntar o seu nome, na história do Real Madrid, ao de vários outros que já lograram o mesmo feito.

Com esta dupla vitória Mourinho daria novo alento ao mito da invencibilidade que nunca como em Espanha foi tão abalado e tão soberbamente desprezado.

Dai que Mourinho com o seu enorme, incomensurável, ego aposte tudo nestas duas vitórias, para depois poder “bater com a porta” e ficar desejado. Por isso é tão importante a semana decisiva que hoje começa.

Embora um resultado negativo em Munique, desde que pela diferença mínima, não seja irrecuperável, ele teria contra si o facto muito depreciativo de constituir a repetição do que vem acontecendo ao Real Madrid, em terras bávaras, desde há mais de meio século. E Mourinho, para ser diferente, para poder dizer que continua o special one, tem de ganhar. E tudo fará para o conseguir.

No fim de semana, em Camp Nou, Mourinho no mínimo vai exigir aos seus jogadores que mantenham a diferença pontual que agora os separa dos catalães. Uma derrota, além de pôr em causa a vitória na Liga, seria uma insuportável humilhação. Ficaria claro, absolutamente claro, o que agora já muitos têm por indesmentível: não é o Real Madrid que ganha a Liga, é o Barcelona que a perde.

Algo nos diz que desta vez Messi não vai sair incólume: Mourinho tem por certo que só derrotará o Barcelona se derrotar Messi. E tudo fará e a todos os meios recorrerá para o conseguir. Com Pepe e também com Sérgio Ramos – o mais indisciplinado (dentro do campo) jogador do RM de todos os tempos – tudo se pode esperar, principalmente de Pepe!

Positivamente tem a seu favor a grande forma de Cristiano Ronaldo, supondo que ela se mantém em Camp Nou…


segunda-feira, 16 de abril de 2012

RUI SANTOS E A “VERDADE DESPORTIVA”





OU SEJA, EVITAR AS CONSEQUÊNCIAS DA VERDADE… 


Rui Santos é um típico “jornalista” desportivo. Rodeia as questões importantes. Faz-se de indignado sem nunca apontar as consequências dos actos que alegadamente o indignam. Altera factos passados, com meias verdades e omissões. Insinua, mesmo quando sabe que os factos a que se refere desmentem o sentido da insinuação. Enfim, o jornalista desportivo típico é alguém que faz parte integrante deste futebol que nós temos. Do futebol que se joga fora do campo...
Falou durante mais de meia hora no “Tempo Extra” evitando do princípio ao fim abordar o essencial do “problema Sporting”. Mais: pode até supor-se que falou para obnubilar a verdade, tal a preocupação com que do princípio ao fim escamoteou o essencial. E é também lamentável que nem sequer conheça o sentido de algumas das palavras que emprega. Chamar “famigerado” ao árbitro que apitou o Beira-Mar Sporting é mesmo de analfabeto.
Mas adiante, já passou da meia hora e este “estranho cavalheiro" ainda não foi capaz de abordar o “problema Sporting”, depois de tudo o que se conhece. Ele, se fosse aquilo que não é, ou seja, se fosse pela tal verdade desportiva que ele falsa e hipocritamente apregoa, o que tinha que discutir era o que vai acontecer ao Sporting se os factos que são do domínio público se vierem a provar.
Não. No que ele estava interessado, durante os 35 minutos que dedicou ao assunto, foi adulterar a posição de José Cardinal na tal final da Taça da Liga entre o Benfica e o Sporting. E dizer frases como esta: “a tal final que o Benfica ganhou em consequência da marcação de um penalty inexistente”. Mas algum jornalista sério pode dizer isto? O mais que ele pode dizer é que o Benfica empatou o jogo com esse penalty, empate que nenhuma equipa até ao fim do jogo conseguiu desfazer, jogo que o Sporting acabou por perder por não ter ganho nos penalties.
E esteve sempre muito mais interessado em fazer intriga com o que se passa no interior dos corpos gerentes do Sporting do que em abordar as consequências disciplinares do que se passou.
Em relação ao “problema Sporting”, que é sério e de gravidade extrema, entendeu, em vez de o abordar directamente, transferi-lo para o presidente, Godinho Lopes, dando a entender que o que pode acontecer ao Sporting acaba por depender da atitude deste. O que é falso: Godinho Lopes só poderá agravar uma situação, que de si já é muito grave, mas nunca a poderá resolver. Ela não depende do que ele fizer, mas dos factos!
Então, alguém acredita que o Sr. Pereira Cristóvão estava a actuar como simples adepto? Então, ele não é vice presidente do Sporting? Não era claramente no interesse do clube de que ele é dirigente que estava actuar?
A resposta é óbvia. O que interessa saber é se alguém, além dele, estava metido na “tramóia”. E ai é que já é muito mais difícil supor que ele actou sozinho….


ADITAMENTO

Coroado, o tal que é adepto de Belenenses (ah, ah, ah…), voltou a dizer num programa de comentário da final da Taça da Liga que não há provas de que Polga tenha derrubado Gaitan dentro da área….
Com isto não se quer dizer que Coroado não seja sério. Nada disso. O que se quer dizer é que ele não é imparcial, porque tanto agora, como comentador, como antes, como árbitro, via e analisava as jogadas como adepto. E sabe-se como é o adepto…

domingo, 15 de abril de 2012

BENFICA VENCEU A TAÇA DA LIGA



GIL VICENTE BATEU-SE BEM



BENFICA 2 - GIL VICENTE 1
Sem surpresas – surpresa seria perder – o Benfica venceu em Coimbra a final da Taça da Liga, derrotando o Gil Vicente por 2-1.

O Gil Vicente bateu-se bem, tentando contrariar a supremacia benfiquista sem nunca se desmembrar. Quando teve de atacar mais, porque o jogo se aproximava do fim e a desvantagem permanecia, o Gil fê-lo sempre com as cautelas suficientes para não ser desfeiteado pelo contra-ataque adversário.

O Benfica terá sido ligeiramente superior, não apenas porque assumiu o jogo, mas também – e ai é que esteve a diferença – por ter melhores valores individuais. No essencial não mostrou, porém, estar muito diferente daquilo que tem sido a prestação da equipa no último mês e meio. Daí que a questão do segundo lugar no campeonato continue em aberto, como se verá…

O primeiro golo do Benfica resulta de uma insistência e respectiva recuperação de bola de Bruno César, que depois de deixar para trás o defesa do Gil Vicente, fez uma extraordinária assistência a Rodrigo que, do outro lado do campo, acorreu com classe e prontidão ao passe do companheiro, fazendo o golo.

O golo do empate acontece na segunda parte, perto do fim, numa fase do jogo em que o Gil Vicente procurava com alguma insistência neutralizar a vantagem do Benfica. E acabou por consegui-lo numa insistência conduzida pela direita, após um centro que, depois de um remate falhado,  fez com que a bola fosse na direcção de um jogador do Gil (Zé Luis) que, apesar de rodeado por jogadores do Benfica, conseguiu marcar o golo, perante a passividade de tanta gente. 

Entretanto, Javi, que estava para entrar, como terceira substituição, depois das entradas de Gaitan, ao intervalo, por Nélson Oliveira, hoje muito desinspirado, e de Cardozo, que substituiu Aimar, Javi, dizíamos, acabou por não entrar tendo nos derradeiros minutos Saviola substituído Rodrigo.

Pouco depois de entrar, na sequência de um lançamento de linha lateral, Saviola aproveitou um ressalto e fez o golo da vitória. A sorte que lhe faltou em Olhão, sorriu-lhe em Coimbra. E assim o pequeno argentino regressou aos golos em 2012.  

Witsel foi eleito o homem do jogo, embora Matic tenha feito uma grande exibição. Maxi, com a energia de sempre, trouxe alguma velocidade ao lado direito do Benfica, embora às vezes ponha muita energia na disputa dos lances divididos. Bruno César, como sempre, bem.

A arbitragem, com excepção de um cartão amarelo a Gaitan, esteve bem.

Na conferência de imprensa, Jesus, arrogantemente, escusou-se a responder a uma questão de um jornalista que o interrogava sobre as críticas de alguns adeptos do Benfica pelas opções que tem tomado ao longo da época. Incompreensível esta atitude. Jesus, como qualquer outro treinador, deve explicações aos sócios e adeptos. Por que razão Matic não tem jogado mais vezes; por que razão Saviola, fundamental na vitória do Campeonato 2009 – 2010, tem sido tão frequentemente preterido; por que razão insiste Jesus tanto em Emerson quase sem dar hipóteses a Capdevilla; enfim, por que não há mais rotação no Benfica. Assim como deve explicações pela queda ou quebra abrupta da equipa a partir da 18.ª jornada. Tudo questões a que Jesus foge com a soberba de que não tem que dar respostas a quem não percebe nada de futebol…

sábado, 14 de abril de 2012

O SPORTING E AS SANÇÕES


A DESCIDA DE DIVISÃO COMO SANÇÃO PROVÁVEL

A primeira grande preocupação dos “meirins” deste país e dos jornais desportivos de Lisboa é garantir que o Sporting não será punido pelas actividades ilícitas do seu vice presidente Paulo Pereira Cristóvão.
Embora a generalidade dos portuguese esteja plenamente convencida de que no futebol e na política nunca há punições, por mais abundantes que sejam as provas e eloquentes os factos, convém mesmo assim analisar a questão.
Não olhando muito ao que dizem os jornais desportivos e nunca deixando de ter presente que eles são um dos principais focos de corrupção desportiva deste país pela defesa que sempre fazem dos corruptores e por nunca se colocarem abertamente ao lado da justiça, não deixará de ser estranho para qualquer leigo que o vice presidente de um clube desportivo, actuando nessa qualidade, faça ou mande fazer um depósito bancário na conta de um árbitro para o desacreditar desportivamente e o condenar desportiva e penalmente, prevalecendo-se da própria acção para fazer uma denúncia caluniosa, e não aconteça nada no plano desportivo nem em relação a ele nem em relação ao  ao clube que representa. Ninguém, jurista ou leigo, entenderia tal coisa. Pelo menos, o leigo não entenderia, já que os juristas, muitos juristas, pelo que se tem visto, entendem ou desentendem as questões jurídicas em função de outros factores que nada tem a ver com o Direito ou com a racionalidade das coisas. Então, vejamos como as coisa são:
Se o direito penal, que é do ponto de vista garantístico o ramo mais exigente do direito, já que somente intervém em última instância, quando estão em causa os valores fundamentais da sociedade, pune e castiga este comportamento seria muito estranho que tal acção pudesse ficar impune no plano da disciplina desportiva que é seguramente uma ordem normativa menos exigente, sem com isto se queira dizer que prescinda da culpa.
E a diferença é esta: enquanto o direito penal, para actuar, carece de um prévio tipo legal de crime – por isso os juristas e a Constituição dizem: nula poena sine lege (não há pena sem lei) e nula crimen sine lege (não há crime sem lei que o preveja) – já o direito disciplinar se contenta com menos, embora nunca prescinda do princípio da legalidade nem da culpa. E contentar-se com menos, significa, no caso de que estamos tratando, que o agente desportivo, tendo praticado uma acção ilícita, tenha violado algum ou alguns dos deveres a que está obrigado, que o tenha feito com culpa e que acção lhe seja imputável.
Digamos para leigos que, além dos casos em que há tipificação - ou seja, além daqueles casos em que a conduta está completamente descrita na lei -  os agentes desportivos podem também ser punidos se a sua conduta ilícita violar algum ou alguns dos deveres gerais ou específicos a que por lei estão obrigados contanto que a respectiva conduta seja passível de censura, isto é, praticada com dolo ou culpa.
Para que se perceba: a conduta semelhante à praticada pelo dirigente do Sporting também não está prevista para os funcionários públicos: imagine-se, porém, que um funcionário público depositava na conta bancária de um dirigente uma determinada quantia em dinheiro para subsequentemente o acusar de corrupção. Haverá algum jurista digno desse nome que diga que o funcionário público apenas deve ser punido penalmente?
Mas há mais: segundo vem na imprensa, há a suspeita de que a empresa desse dirigente “espiava” os árbitros para depois os constranger ou coagir. Bem, neste caso é que não há qualquer dúvida, como dúvida não há quanto à sanção a aplicar – descida de divisão!
Aliás, ao Ministério Público não terá passado certamente despercebido o facto de simultaneamente com os protestos do Sporting sobre a arbitragem terem aparecido na internet elementos confidenciais da vida particular dos árbitros, tudo, obviamente, com vista à criação de um clima de constrangimento da arbitragem.
Finalmente, é também voz corrente na imprensa que o presidente do Sporting, Godinho Lopes, está igualmente a ser investigado por haver sérias suspeitas de que estava a par do que se passava –logo, co-autoria moral ou cumplicidade.
Enfim, é óbvio aos olhos da opinião pública que não tem voz nos jornais, nas rádios nem nas televisões que tudo isto é da responsabilidade do Sporting, como não pode deixar de ser. De facto, Pereira Cristóvão não actuou no interesse próprio – actuou como vice presidente do Sporting, logo responsabiliza o clube.

FORÇA, GIL VICENTE!






UMA FESTA EM BARCELOS

Disputa-se amanhã a quinta final da Taça da Liga. Criada por Hermínio Loureiro, aquando da sua passagem pela presidência da Liga, a Taça da Liga não é uma competição que entusiasme por ai além os grandes clubes português, salvo quando já perderam tudo e procuram com esta vitória compensar os adeptos da frustração de uma época.

Como cá dentro quem tem somado mais vitórias é o Porto, a Taça da Liga tem servido fundamentalmente ao Benfica e ao Sporting como triste compensação das derrotas sofridas nas provas mais importantes. Ao Sporting para somar às suas habituais frustrações a frustração de nem a Taça da Liga conseguir ganhar e ao Benfica para dar aos adeptos um pequeno consolo mas somente quando o adversário é o FC Porto.

Apesar de a Taça da Liga estar desenhada de modo a favorecer a ida à final de duas equipas grandes, a verdade é que isso só aconteceu em metade das suas edições, ou seja, em duas. O Benfica foi uma vez à final com o Sporting, outra com o Porto, Das três vezes que foi à final ganhou sempre e o Sporting das duas que lá chegou perdeu sempre.

Do ponto de vista dos clubes pequenos, a situação, porém, é completamente diferente. Sendo-lhes impossível ganhar o campeonato e dificílimo conquistar a Taça de Portugal, a vitória na Taça da Liga, como título nacional que é, reveste-se de particular simbolismo e dará certamente lugar a grandes manifestações de alegria.

É a única competição que está ao seu alcance, embora o seu calendário, se tivesse sido traçado com honestidade, devesse apontar para uma final entre os fins de Fevereiro e princípios de Março, ou seja, no período em que a luta é mais intensa nas várias frentes em que os grandes estão envolvidos. Mas como o objectivo de quem a idealizou era outro, a final acaba por ter lugar praticamente no fim da época, quando já está tudo resolvido, ou quase,  com o tem sido o caso.

Por todas estas razões, e porque o Gil Vicente tem feito uma grande época – empatou com o Benfica e venceu o Porto e o Sporting para o Campeonato, além de ter eliminado o Braga nesta prova - seria muito interessante que o clube de Barcelos ganhasse a final.

O Gil Vicente tem um futebol bonito, desceu de divisão em condições pouco claras (que, em igualdade de circunstâncias, nunca valeriam para os grandes) e seria, além do mais, uma grande festa em Barcelos, que rivaliza com Braga…tanto quanto pode.

Para o Benfica, pelo contrário, a vitória seria quase uma humilhação – a confirmação de que somente aos pequenos consegue ganhar. Se perder, a derrota dará mais sentido às derrotas anteriores e fará do actual percurso da equipa uma regra sem excepções.

Por todas estas razões, força Gil Vicente, queremos festa em Barcelos!


quinta-feira, 12 de abril de 2012

AINDA SOBRE O SPORTING E O CASO CARDINAL



AS AUTORIDADES DESPORTIVAS NÃO ACTUAM?
Paulo Pereira Cristóvão com mandato suspenso

A conversa agora é que o Sporting não tem nada com o que se passou. Não tem nada a ver? Essa agora, então o cavalheiro em questão actuou para favorecer quem? A Primus Lex ou o Sporting? E que funções é que ele desempenhava? Vice-Presidente!!! E actuou em que qualidade? Então não foi como dirigente do Sporting? Ou a gente do Sporting pensa que o sr. Pereira Cristóvão só responsabilizaria o clube se tivesse actuado ao abrigo de uma procuração? Não, o sr. Pereira Cristóvão actuou como representante do Sporting num assunto que interessava ao clube, embora de forma ilícita. Da mesma forma que o gerente de uma sociedade actuando como tal, ilicitamente, responsabiliza a socieddade pelos actos que pratica, sem prejuízo, obviamente, dos direitos da sociedade contra quem actuou em seu nome sem mandato.

Mas o que é preocupante é que as autoridades que detêm o poder disciplinar no futebol português não estejam também a actuar. Tanto mais que entre o eventual ilícito penal, de que se ocupa o Estado, e o ilícito desportivo vai um mundo de diferenças. Para haver punição desportiva não é necessário que haja punição penal.
O presidente da Liga até teve a desfaçatez de considerar que o que está em causa é um caso de polícia! Sim, é um caso de polícia e os casos de polícia ocorridos no contexto não têm relevância desportiva?

Este é, portanto, mais um teste ao futebol português. Ou continua na sua habitual podridão ou muda de rumo e age sem contemplações. A passividade existente e a muita areia que já estão a deitar sobre o assunto faz acreditar que, mais uma vez, nada se passará!

SPORTING: AFINAL, QUEM É O BATOTEIRO?


PJ SUSPEITA DE ARMADILHA




Desde ontem que corre com grande insistência nos jornais e nas televisões, depois de o assunto ter sido trazido para a ribalta pelo Diário de Notícias, a notícia de que, num banco da Madeira, tinham sido depositados dois mil euros na conta do árbitro assistente, José Cardinal, designado para o jogo Sporting-Marítimo para a Taça de Portugal, em Dezembro de 2011. Em consequência do conhecimento que o Sporting teve do facto, ao que se diz por carta anónima, e de dele ter dado conhecimento à Federação Portuguesa de Futebol, a Comissão de Arbitragem substituiu o referido árbitro e a Federação entregou o caso às entidades policiais competentes.

Depois de feitas as investigações devidas e visionadas as imagens do depósito, há a séria suspeita (isto é: sabe-se) que uma pessoa com ligações à empresa (Primus Lex) do vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão (ex-agente da Judiciária), entretanto constituído arguido, terá feito o referido depósito. A polícia fez buscas na casa e na firma de Pereira Cristóvão e na SAD do Sporting. Falta ainda dizer - e isso não vem nas notícias - que nesse jogo o Sporting foi altamente beneficiado por erros de arbitragem.

Palavras para quê? Apesar de as imagens, segundo se diz, não deixarem margem para dúvidas, o mais provável é que este caso, como tantos outros, não dê em nada. A justiça portuguesa, mesmo quando o animal tem penas de pato, bico de pato, asas de pato, patas de pato e não é um pato é absolutamente incapaz de concluir que se trata de uma pata…sem ter uma prova científica, acompanhada de fotografia, de um competente ginecologista em palmípedes que ateste o género e a identidade do animal. Ou seja, recusando-se a justiça a concluir que dois mais dois são quatro jamais haverá condenações por corrupção no futebol português.

De facto, a referida armadilha de que a PJ suspeita tanto poderia ter em vista “matar dois coelhos com uma cajadada” – afastar um árbitro que não convinha para ser escolhido um que convinha – como servir de justificação às múltiplas atoardas sobre arbitragem prodigalizadas pelo Sporting desde o início da época.

Como aqui se tem dito, e isso pode ser provado jogo por jogo, o Sporting, nas quatro competições em que participou, é o clube português mais favorecido pela arbitragem. Como, porém, os sportinguistas não aceitam que as regras do jogo lhes sejam aplicadas – entendem que se a equipa cometer duas faltas consecutivas para grande penalidade nenhuma deverá ser marcada, ou, quando muito, apenas uma; que as faltas para penalty no primeiro minuto de jogo não devem ser assinaladas; que os fora de jogo com menos de meio metro não constituem impedimento – e simultaneamente exigem um rigor extremo na sua aplicação em tudo quanto os possa favorecer, é natural que tenham sobre o futebol um discurso sectário e frequentemente desonesto que apenas tem como efeito, como já se viu, favorecer a violência entre os adeptos e a instabilidade permanente dos árbitros, sempre na esperança de que, muito pressionados, os possam favorecer. E é natural também que, quem assim proceda, se não iniba de ir mais além …

Claro que a propósito deste episódio a tecla que mais vai ser batida é de que nada está provado nem ninguém está condenado, mesmo sabendo-se que as imagens não mentem.

É, por isso, com alguma curiosidade que se espera saber (e ver) o que vão dizer os srs. Eduardo Barroso, Dias Ferreira e Oliveira e Costa, bem como os jornalistas desportivos da SIC e da TFS (Paulo Garcia, João Rosado, etc.) que actuam naquelas estações como se fossem órgãos do próprio clube.

De Barroso nem será preciso perguntar já que a naiveté com que pauta as suas actuações, a raiarem frequentemente a indigência mental, tudo se pode esperar, e dos outros dois que primam pela perfídia argumentativa e pela permanente distorção da evidência dos factos, já antecipadamente se sabe o que vão dizer. O que eles não vão certamente fazer é aquilo que a mais elementar dignidade imporia: demitirem-se e irem-se embora!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

BARCELONA – INTER …HÁ DOIS ANOS


CARDINAL NA EQUIPA DE BENQUERENÇA
Em Abril de 2010 o Inter de Milão treinado por José Mourinho ganhou o jogo da primeira volta das meias-finais da Liga dos Campeões contra o Barcelona, por 3-1, com uma contestadíssima arbitragem de Olegário Benquerença.
Os catalães acusam a equipa de arbitragem de não invalidado o terceiro golo marcado por Milito em fora de jogo e queixam-se ainda de uma grande penalidade não assinalada sobre Dani Alves. Consideram também que o golo de Maicon foi precedido precedido de uma falta não assinalada sobre Messi, além de responsabilizarem Benquerença por na parte final do jogo não ter assinalado  alguns livres à entrada da área do Inter ou de os ter  marcado ao contrário.
Nesse jogo estava também José Cardinal como auxiliar, além de Bertino Miranda e de A. Soares Dias como quarto árbitro.

Em anexo o post que então se escreveu aqui sobre esse jogo

JESUS DEBAIXO DE FOGO



TEM CONDIÇÕES PARA CONTINUAR?

É um lugar-comum que a realidade confirma: um treinador vive dos resultados. É certo, mas não é menos verdade que os resultados também dependem muito do treinador.

Vejamos o caso de Jorge Jesus no Benfica. Jesus está fazendo no Benfica a terceira época consecutiva. Na primeira época herdou um dos melhores plantéis da história do Benfica.

Sem ter um super guarda-redes tinha um guarda-redes que não dá derrotas. Pode não ter dado vitórias, daquelas que somente a ele se devem, mas também não foi responsável por nenhuma derrota. Quim era no Benfica o que este ano tem sido no Braga. Um bom guarda-redes. Não um guarda-redes excepcional.

Na defesa Jesus tinha Maxi, Luisão, David Luiz e Coentrão. Comentários para quê? Na linha média um jovem espanhol vindo da cantera do Real Madrid – Javi Garcia – revelou-se um pivot excelente. Um homem a quem ficavam entregues todas as “despesas” defensivas do meio-campo e ainda muitas ofensivas. No meio campo tinha Aimar e nas alas Ramires e Di Maria. À frente Cardozo e Saviola.

É uma linha de luxo. Num campeonato bem disputado, com alguns pontos perdidos, o Benfica foi campeão com 76 pontos à frente do Braga e do Porto. O Benfica perdeu 14 pontos – duas derrotas e quatro empates.

Foi eliminado da Taça de Portugal e na Liga Europa chegou aos quartos-de-final tendo sido eliminado pelo Liverpool, num jogo que deixou a nu as fragilidades tácticas da equipa da Luz.

No ano seguinte, o Benfica perdeu Ramires e Di Maria, pelos quais andou a “chorar” durante toda a época e no mercado de Inverno David Luiz. Comprou Gaitan, Jara e três brasileiros escolhidos por Jesus, que já vinham do mercado de Janeiro do ano anterior, e Salvio por empréstimo do Atlético de Madrid., além de dois guarda-redes – Roberto e Júlio César.

Jesus teve tempo mais do que suficiente para preparar a época, sabendo com antecedência quem estava e quem não estava em risco de sair. Não o fez.

Na Liga dos Campeões a prestação do Benfica foi uma lástima. Não passou a fase de grupos e apenas foi apurado para a Liga Europa, porque o Lyon no último minuto de jogo empatou com a equipa de Telaviv. Na Liga Europa prosseguiu até às meias-finais sendo eliminado pelo Braga. Na Taça de Portugal foi eliminado pelo Porto, depois de ter vencido no Porto por 2-0.

No campeonato a prestação do Benfica foi decepcionante. Ficou em segundo lugar a 21 pontos do Porto! O Benfica perdeu sete vezes e empatou três, ou seja, perdeu 27 pontos! A época foi marcada por várias humilhações: além da eliminação da Liga Europa pelo Braga, o Porto ganhou o campeonato no Estádio da Luz e pouco tempo depois festejou no mesmo Estádio a eliminação do Benfica da Taça de Portugal, não obstante a vantagem que trazia das Antas.

Não obstante a péssima época, a direcção do Benfica entendeu apostar de novo em Jesus. A equipa perdeu Coentrão, para o Real Madrid, e vendeu e emprestou Roberto, Jara, Carlos Martins, Airton, Éder Luís e Kardec.

Reforçou-se com Matic, Emerson, Nolito, Garay, Enzo Pérez, Bruno César, Capdevila, Witsel, Rodrigo, Eduardo e Artur, além de Jardel que já vinha do mercado de inverno do ano anterior. E passaram ao escalão principal Nélson Oliveira e Mika.

Pois não obstante este luxuoso conjunto de jogadores, a juntar aos que já lá estavam, o Benfica foi eliminado da Taça de Portugal pelo Marítimo, ainda em 2011, da Champions, nos quartos-de-final, pelo Chelsea com duas derrotas e no Campeonato está em segundo lugar a quatro pontos do Porto e apenas distanciado um ponto do Braga, que está em terceiro. Em quarto, o Sporting a nove pontos.

Até meados de Fevereiro tudo corria de vento em popa, excepção feita à eliminação da Taça de Portugal pelo Marítimo, nos Barreiros. A partir de meados de Fevereiro – derrota em S. Petersburgo por 3-2 para os oitavos de final da Champions League – o Benfica caiu a pique.

Senão vejamos: para o Campeonato perdeu três vezes (Guimarães, Porto e Sporting), empatou duas (Académica e Olhanense) e ganhou três (Paços de Ferreira, Beira-Mar e Braga). Para a Liga dos Campeões perdeu três vezes e ganhou uma. Para a Taça da Liga ganhou uma vez (ao Porto).

Ou seja, na fase crucial do campeonato perdeu treze pontos enquanto até Fevereiro só tinha perdido 6, quatro dos quais no Porto e em Braga, que, bem vistas as coisas, não são perdas mas ganhos. E na Champions, na fase a eliminar ,perdeu três jogos, acabando por ser eliminado, quando na fase de grupos não tinha perdido nenhum.

Poderá o treinador do Benfica queixar-se de um plantel reduzido e com falta de qualidade? Não, não pode. O Benfica tem um vasto e valioso plantel, apesar das múltiplas asneiras que, ao longo de três épocas,  Jesus tem cometido em matéria de contratações com a agravante de esses mesmos erros o levarem a insistir em jogadores que qualquer simples adepto de futebol teria rapidamente concluido não terem categoria para alinhar no Benfica. Portanto, as responsabilidades não podem deixar de imputar-se ao treinador que com as suas estúpidas teimosias tem permanentemente insistido nos mesmos jogadores, não fazendo as rotações necessárias numa época tão longa e exigente, optando frequentemente por soluções que aos olhos de todos parecem erradas.

Apenas a título de exemplo: no lado esquerdo da defesa Capdevilla deveria ter jogado muitas mais vezes (o cúmulo da casmurrice levou o treinador a nem sequer o incluir na lista dos jogadores inscritos na fase de grupos da Champions). No meio campo, Matic também deveria ter jogado mais tempo. Na frente, Nélson Oliveira deveria ter sido chamado muito mais cedo. Saviola, que talvez tenha sido o elemento mais importante na vitória do Campeonato de há duas épocas, deveria também ter jogado com alguma regularidade, única maneira de um jogador com a sua categoria recuperar a forma e a confiança. Nolito não deveria ter sido sistematicamente desmoralizado pelo treinador quando estava a jogar bem, muito bem até.

E cabe por último ao treinador ter a capacidade de na fase decisiva da época incutir nos jogadores a motivação suficiente para vencer.

Não falta, portanto, no Benfica quem ache que Jesus está no fim da linha. Quem ache que Jesus não tem condições para continuar.

Se essa for a opção da direcção, que pode não ter condições para resistir à pressão de vários sectores do clube nesse senrtido, a escolha do novo treinador tem de ser feita já e não pode ficar dependente do que vier a acontecer até final da época. Aliás, o pior bem poderá estar para vir…

Ser feita já não significa que tenha de ser comunicada já…

segunda-feira, 9 de abril de 2012

SPORTING VENCE DERBY EM ALVALADE

O BENFICA DIZ ADEUS AO TÍTULO
Uma vitória festejada por sportinguistas e portistas

SPORTING 1- BENFICA 0
Começando pelo princípio: foi uma má arbitragem. Com dualidade de critérios em lances semelhantes, sempre a favorecer o Sporting. Continuando aquilo que vem sendo prática corrente desde o início do campeonato, o Sporting é mais uma vez favorecido. Não se compreende por que razão o árbitro não assinala um grande penalidade no primeiro minuto de jogo e não pune disciplinarmente o jogador que a cometeu. Toda a gente viu o penalty, por que não o viu o árbitro? Essa a grande questão.

O que teria resultado da marcação dessa falta (que nem marcada foi – o árbitro inventou um canto numa bola tocada por Gaitan) ninguém sabe. O que se conhece foi o que aconteceu depois. À parte os primeiros cinco minutos de jogo, em que o Benfica esteve bem e até parecia estar a embalar para um grande jogo, o Sporting foi sempre muito superior.

O Sporting jogou contra o Benfica como tem jogado na Liga Europa desde que Sá Pinto está ao comando. De forma muito organizada, no meio campo e na defesa, esperando o adversário para depois em velocidade o bater, construindo boas jogadas de futebol em lances de ataque.

O Benfica que desde há cerca de dois meses tem estado em hibernação demonstrou mais uma vez que é uma equipa sem soluções. De bola corrida é uma lástima e mesmo de bola parada parece que desaprendeu tudo o que já soube.

Não vale a pena iludir a questão: as equipas de Jorge Jesus chegam ao momento crucial da época e claudicam nas várias frentes em que estão envolvidas. Mais uma vez se passou isso com o Benfica. Uma após outra, todas as grandes competições que realmente interessavam ao clube foram sendo perdidas – a Taça de Portugal, a Liga dos Campeões e o Campeonato. Ficou apenas a Taça da Liga a que alguns chamam a Taça da latinha de cerveja. De facto uma competição onde tanto interessa ganhar como perder.

Causou alguma estranheza que, perante uma equipa tão veloz como a do Sporting, que com Sá Pinto se tem especializado no contra-ataque, Jesus tivesse recuperado os dois centrais que têm estado parados, sabendo-se que um deles (Luisão) é muito lento. Por que não insistir na solução de Stamford Bridge, pelo menos parcialmente, se tanto Javi como Emerson haviam jogado tão bem? Depois é penoso ver Emerson a jogar a lateral esquerdo. O jogo do Benfica, que está sem ponta de criatividade, pára completamente quando a bola lhe chega aos pés e depois quase sempre anda para trás.

Na linha média Witsel está sem ideias ou o modo como o Benfica joga não lhe permite ter ideias. O parceiro do lado, Javi Garcia, fez hoje uma exibição para esquecer. Acontece, mas, de facto, foi má demais.

Na frente Gaitan continua sem chama. Bruno César bem se esforçou mas tudo lhe saía mal, principalmente as bolas paradas. E como o jogo não chegava a Cardozo nem a Rodrigo nem um nem outro puderam fazer nada.

As substituições também não resultaram. Djaló parece desintegrado na equipa ou mais justamente: a equipa como não tem soluções também não tem capacidade para o integrar. Nolito está numa fase má, tal como a equipa e nada lhe sai bem. Apenas Nélson Oliveira com a sua combatividade e técnica consegue trazer algum alento àquele apagado ataque.

Finalmente, o grande homem do Benfica: Artur -  a quem o Benfica deve não ter saído goleado de Alvalade.

O Sporting joga como uma equipa, com organização, com uma ideia de jogo que sabe pôr em prática e faz tudo isso com tanta naturalidade que até um ou outro elemento mais fraco passa despercebido tal a afinação do conjunto.
Por isso foi com justiça que ganhou. Um penalty,  daqueles que só são marcados nas ligas de segunda categoria, acabaria por ditar o resultado e a justiça do jogo.

Na equipa do Sporting, João Pereira continua a ser um jogador problemático. No jogo de hoje deveria ter sido expulso por duas agressões a Gaitan e por frequentemente se envolver em picardias inaceitáveis num profissinal de futebol.  Daí o perigo de o pôr a jogar na selecção…

Tudo visto e apreciado, tendo em conta o que se passou e não o que poderia ter-se passado, o Sporting venceu bem o derby de Lisboa, pecando o resultado apenas por escasso.

Com este Benfica – e este é o Benfica que todos temos visto depois de S. Petersburgo – o Braga tem todos os motivos para acreditar que ainda pode chegar ao segundo lugar.

ADITAMENTO

Sem alterar nada do que está acima escrito, como se poderá compreender que o árbitro tenha visto um pequeno toque de Luisão no pescoço de Wolfswinkel, que não chegaria para derrubar um velho nem uma criança, e não tenha visto uma escandalosa rasteira de Polga a Gaitan, cometida dentro da área? Que nem sequer tenha assinalado qualquer falta? Como se compreende que isto seja possível no futebol profissional dos nossos dias?

Sabe-se que o Sporting não aceita que lhe marquem dois penalties seguidos. Provavelmente também não aceitaria que lhe marcassem um no primeiro minuto de jogo. Mas terá sido só por isso que Soares Dias não marcou a falta? Hum…

domingo, 8 de abril de 2012

A HIPOCRISIA DA RTP



O DESPEDIMENTO DE JOÃO GOBERN

Como é do conhecimento público, a RTP prescindiu dos serviços de João Gobern por o conhecido comentador da “Zona Mista” ter festejado o segundo golo do Benfica contra o Braga.

João Gobern foi de facto apanhado pelo realizador do programa a festejar o golo com o punho no ar numa altura em que a acção decorria com outro interveniente ou sobre um outro assunto.

João Gobern perante o que se passou colocou o lugar à disposição do director de programas que o despediu.

Toda a gente sabe que o programa da RTP Informação “Zona Mista” tinha como intervenientes um comentador afecto ao FC Porto, Bruno Pratas, e outro ao SL Benfica, João Gobern. A arte de ambos estava em tentarem interessar os espectadores por um programa que, tendo esta composição, se queria claramente distanciar dos programas para atrasados mentais como são os da SIC e da TVI 24 em que intervêm adeptos do Benfica, do Porto e do Sporting, o primeiro com um moderador afecto ao Sporting e o segundo com um moderador afecto ao Porto.

E pode dizer-se que o programa conseguiu alcançar esse objectivo por mérito dos respectivos comentadores que nunca tentaram contornar a evidência dos factos nem nunca desprezaram a análise das questões técnicas relevantes.

Mas como o jornalismo desportivo é o mundo da hipocrisia e um verdadeiro viveiro de corrupção está nele hipocritamente consensualizado que os comentadores e moderadores devem ser clubisticamente apartidários, quando toda a gente sabe que não são.

A RTP aceita com toda a naturalidade que o comentador do “Trio de ataque” seja um adepto do Porto; aceita igualmente como a coisa mais natural deste mundo que Tadeia passe o seu tempo nos jogos internacionais do Benfica a desmerecer o mérito da equipa portuguesa ou que o mesmo Tadeia apoie escandalosamente o Real Madrid, como se da selecção nacional se tratasse, tanto nos jogos internacionais como na Liga espanhola e que continue a sua estúpida campanha contra os méritos do Barcelona e, principalmente, contra os de Messi. Isso a RTP aceita com toda a naturalidade, mas já não aceita que se saiba, por exteriorização de um gesto, aquilo que toda a gente já sabia: que João Gobern é do Benfica!

Como se a ligação de um comentador a clube, desde que evidenciada, passasse a ser uma mácula que o anatemiza para a vida.

Viva a hipocrisia do comentário desportivo! Viva a hipocrisia da RTP!


sábado, 7 de abril de 2012

FCP VENCEU EM BRAGA

HUGO VIANA LIGADO À DERROTA DO BRAGA

Hulk embala dragões para o título e põe Braga em 'KO'


S.C. BRAGA - 0 - FC PORTO - 1

O Braga não ganhou na segunda volta nenhum dos confrontos decisivos contra os seus principais rivais, depois de na primeira ter perdido um e empatado outro. Entre os três da frente é o Porto que, no cômputo geral,  leva de longe a melhor com três vitórias e um empate.

No jogo desta noite, em Braga, poder-se-á dizer que no primeiro tempo o jogo foi repartido, apesar de o Porto ter tido as oportunidades de golo, todas negadas por Quim que fez a defesa da noite num grande remate de Hulk.

Na segunda parte, principalmente depois da marcação do golo, por Hulk aos 55 minutos, o Porto foi sempre superior sem nunca ter sido dominador. A segunda parte, aliás, começou com um falhanço espectacular de Hugo Viana que isolado rematou muito por cima da trave, o mesmo Hugo Viana que minutos mais tarde praticamente ofereceu o golo ao Porto, perdendo a bola numa transição numa altura em que a equipa estava toda balaceada para o ataque. Erro imperdoável do médio bracarense, que perto do fim do jogo repetiu a asneira acabando o golo por ser evitado com um corte de Douglão. Talvez por isso Hugo Viana não seja selecionável.

O Braga bem tentou, tanto pelo lado direito como por intermédio de Mossoró chegar ao golo, mas a defesa do Porto foi sempre suficiente para travar todas as investidas que, de resto, quase nunca criaram uma situação de verdadeiro perigo, salvo num cruzamento de Paulo César para Lima que Otamendi cortou no momento certo, embora tivesse tido a sorte do jogo pelo seu lado já que a bola que ia na direcção da baliza embateu em Helton. Mas não deixa, por isso, de ser um bom corte, já que sem ele Lima marcaria de certeza.

A defesa do Porto, nomeadamente o seu lado esquerdo, melhorou muito depois de Vítor Pereira ter tido a coragem de substituiu Álvaro Pereira por Sandro. O uruguaio fez uma enorme fita por ter sido substituído, tanto à saída do campo como já no banco de suplentes, mas isso não tira que essa não tenha sido uma das decisões mais acertadas do treinador do Porto. Álvaro Pereira já tinha um amarelo e estava a jogar mal. A probabilidade de ser expulso ou de fazer uma asneira era muita alta.

Esta noite o Porto a jogar em direcção à baliza adversária não foi muito diferente do que tem sido, mas a não deixar jogar o adversário foi muito bom. Houve da parte dos seus jogadores uma disponibilidade que frequentemente lhes tem faltado. Já o Braga esteve abaixo do que fez na Luz, por mérito do Porto e também por demérito de Hugo Viana.

Com esta vitória o Porto pode ter dado um passo definitivo para o título caso o Benfica perca ou empate em Alvalade. Mesmo que o Benfica ganhe, o Porto continuará com grandes chances de ser campeão, quanto mais não seja porque continua a defender apenas de si próprio. O Braga, pelo contrário, deve ter ficado arredado da luta pelo título e mesmo a luta pelo segundo lugar depende mais dos outros do que de si próprio.

A arbitragem de Olegário Benquerença esteve bem. Um ou outro erro de menor importância, mas certo nos lances mais difíceis do jogo, nomeadamente nos ocorridos perto das áreas.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

ROMAN ABRAMOVICH NAS MEIAS-FINAIS DA CHAMPIONS LEAGUE


GRANDE JOGO DO BENFICA EM LONDRES

Numa eliminatória em que o Benfica teve de sofrer as consequências de arbitragens incompetentes (?), o oligarca russo conseguiu que a sua equipa passasse às meias-finais da Liga dos Campeões.

Uma grande penalidade não assinalada no jogo da Luz e três amarelos inaceitáveis no jogo de Londres, todos decorrentes do mesmo lance, um a Aimar por alegados protestos, outro a Bruno César que nada teve a ver com o lance da grande penalidade e um outro ainda a Maxi, capitão da equipa, logo com o direito de se dirigir ao árbitro, o Benfica ficou condicionado desde muito cedo, tendo vindo a perder o lateral direito num segundo amarelo por entrada sobre Obbi Michael.

Com um jogador a menos desde os quarenta minutos e com uma grande penalidade mais que discutível o Benfica encarou o resto da partida com grande coragem, tendo realizado uma excelente exibição, melhor que a Luz, em ambas as partes do jogo.

Condicionado também pelas lesões, sem centrais de raiz, o Benfica não se ressentiu minimamente das ausências de Luisão e de Garay, nem das de Jardel e Miguel Vítor, já que Javi Garcia e Emerson fizeram excelentes exibições. E Matic, no lugar habitualmente ocupado por Javi, fez uma exibição excepcional durante os noventa e quatro minutos de jogo.

Enfim, o Chelsea depois de obter o primeiro golo, tentou neutralizar o Benfica segurando a bola, sem arriscar nada, esperando sempre que o Benfica se desequilibrasse o que na realidade nunca aconteceu.

Animicamente refeito dos acontecimentos anteriores ao intervalo, o Benfica entrou no segundo tempo para ganhar. Sentia que se marcasse um golo, outro lhe poderia suceder.

Perto do fim do jogo, na marcação de um canto apontado por Aimar, Javi Garcia num excelente golpe de cabeça fez o empate. Esse golo aconteceu. A partir daí o Chelsea tremeu e esteve a um triz de ser eliminado.

Na última oportunidade do jogo, num livre frontal contra o Chelsea, Aimar marcou-o mal, o centro da defesa do Chelsea rechaçou a bola, Aimar foi lento no ataque à bola na disputa com Meireles, ficou à espera que o árbitro assinalasse falta e como isso não aconteceu, Meireles correu o campo todo e isolado frente a Artur fez o segundo. E o jogo acabou.

Do lado do Benfica um profundo sentimento de revolta expresso em todas as declarações do fim do jogo desde o Presidente ao treinador passando naturalmente pelos jogadores que unanimemente expressaram o profundo desagrado pelas arbitragens nos dois jogos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

AS TAÇAS EUROPEIAS

O QUE SE PODE ESPERAR



A LIGA DOS CAMPEÕES – Na Liga dos Campeões o Benfica terá em Londres vida difícil. Em primeiro lugar, porque não pode contar com três dos quatro centrais do plantel. Isto supondo que Luisão vai aguentar. Já uma vez forçou – em Paris contra o PSG – e teve de ser substituído. Foi então substituído por David Luiz que fez a sua estreia no Benfica. Só que agora, para infelicidade do Benfica, David Luiz está do outro lado…

Este um contratempo de vulto. Por outro lado, também não é segredo para ninguém que o Benfica não passa um bom momento, apesar de sábado ter ganho ao Braga. A equipa tem oscilado, depois de um período francamente negativo. Contrariamente ao Chelsea que, tendo andado mal durante a parte anterior da época, tem recuperado a olhos vistos nestes últimos tempos, a ponto de Torres, que quase deixou de marcar golos desde que foi para Stamford Bridge, ter também recuperado e de que maneira.

Parece hoje evidente que a quebra do Benfica, mais do que quebra física, que também existe, é fundamentalmente devida à baixa de forma de Gaitan e de Rodrigo, sendo que este último,  desde S. Petersburgo nunca mais foi o mesmo. O Porto e o Braga (e também o Chelsea) bem podem agradecer a Bruno Alves o contributo que lhes prestou…

Todavia, a boa notícia é que tanto Gaitan como Rodrigo parecem estar recuperar. E no caso de Rodrigo isso é muito importante para o Benfica já que é ele que imprime dinamismo ao ataque com as suas mudanças de velocidade.

O grande problema do Benfica vai ser o de ter ir à procura do resultado. Se exagera, corre o risco de ver aumentada a diferença; se espera muito, pode deixar adormecer o jogo…Enfim, não vai ser fácil.

O Real Madrid tem a eliminatória garantida. Não haverá grande emoção, aconteça o que acontecer. Nem sequer Mourinho será notícia…

O mesmo se diga do Bayern de Munique que também já passou a eliminatória frente a um Marselha ainda mais fraco que o das fases anteriores. A curiosidade do jogo será saber se vai haver ou não goleada…

O Barcelona e o Milan vão certamente disputar o jogo mais emocionante e porventura mais espectacular da jornada. O resultado de Milão é traiçoeiro para o Barcelona. O Milan defende bem como se viu em S. Siro e se tiver a sorte de marcar, como aconteceu na fase de Grupos, já será muito difícil ao Barcelona reverter a situação…


LIGA EUROPA – O Sporting depois de um bom jogo em Alvalade, principalmente na segunda parte, pode ter deitado tudo a perder com o golo que sofreu no tempo de compensação. A vitória por 2-1 não é um bom resultado…

O Metalist tem uma boa equipa, com bons atacantes. A defesa pareceu mais fraca. Também não vai ser um jogo fácil para os leões.

O Sporting não pode tremer como aconteceu em Manchester e vai ter de marcar para passar…

Nos outros jogos vai haver incerteza em Hannover e talvez em Valencia. O sensacional Athletic de Bilbao em princípio passará depois do grande jogo que fez em Gelsenkirchen na sequência de resto dos que vem fazendo na Liga Europa e também na Liga Espanhola, apesar de não ocupar um lugar condizente com a categoria do seu futebol.
Enfim, amanhã se vai começar a saber como é que esta fase terminará...

domingo, 1 de abril de 2012

BENFICA VENCE BRAGA



PORTO NA FRENTE
Encarnados na luta pelo título após vitória dramática



Contrariando as previsões mais pessimistas, o Benfica venceu em casa o Sporting de Braga por 2-1, ascendendo ao segundo lugar da classificação, agora liderada pelo Porto, que, depois de vencer o Olhanense por 2-0, beneficiou do resultado da Luz.

Apesar de o Braga nas dezenas de confrontos travados com o Benfica para o campeonato só ter vencido em Lisboa uma vez, por 1-0, há mais de meio século, não eram poucos os que admitiam a repetição dessa façanha no jogo de ontem. O passado recente do Benfica e a série de treze vitórias consecutivas do Braga apontavam mais naquele sentido do que numa vitória do Benfica.

  Porém, bem cedo se percebeu que o Benfica não iria ser uma presa fácil. Contrariamente ao que os resumos televisivos e os comentários que os acompanham podem deixar transparecer, o Benfica foi mais dominante durante toda a primeira parte embora não tivesse desfrutado de grandes ocasiões de golo, não obstante as muitas jogadas que protagonizou perto ou dentro da área do Braga. E até foi o Braga que mesmo sobre o fim da primeira parte criou mais perigo. Mas foi uma jogada isolada. As restantes resultantes de um livre marcado por Hugo Viana sobre a barra ou de contra-ataques rápidos nunca chegaram a incomodar verdadeiramente o Benfica.

Durante toda a primeira parte o Braga jogou na contenção, tentando explorar uma ou outra transição e não deixando mesmo, aqui ou ali, de ir fazendo algum anti-jogo. O empate servia-lhe.

Na segunda parte o jogo foi mais vivo e mais repartido. O Benfica beneficiou logo no recomeço de uma excelente oportunidade que Witsel não conseguiu concretizar depois de um passe do atabalhoado Cardozo. Quim defendeu o remate do belga, quando este já se encontrava numa posição difícil, mal enquadrado com a baliza.

Do lado do Braga houve duas grandes oportunidades, uma num remate em jeito de Lima que antecipando-se a Luisão fez a bola rasar a trave e outra lá mais para a frente quando o mesmo Lima, beneficiando da lesão de Miguel Vítor, progrediu sozinho pela direita e centrou para Mossoró de cabeça desperdiçar mesmo em frente da baliza.

O Benfica foi tentando sempre, ora por Rodrigo, Bruno César ou Gaitan, mas os remates ou erravam o alvo ou eram defendidos.

A lesão de Miguel Vítor obrigou o Benfica a fazer recuar Javi Garcia para central e a entrar Matic para o seu lugar. Antes, porém, já Cardozo, completamente apagado, havia cedido o lugar ao jovem Nélson Oliveira que deu outra vivacidade ao jogo de ataque. Mais tarde, Rodrigo seria substituído por Nolito.

Quando o jogo se aproximava do fim, com o Braga satisfeito com o resultado e o Benfica a ver fugir-lhe a possibilidade de continuar a lutar pelo título, o defesa do Braga  Elderson, numa bola relativamente inofensiva, entrou imprudentemente sobre Bruno César, derrubando-o, depois de lhe ter dado uma valente cabeçada na nuca. Como não poderia deixar de ser, o árbitro assinalou penalty.

Witsel com calma e classe fez golo e a Luz respirou de alívio. A vitória estava a um passo de ser conseguida. Só que quatro minutos depois, Capdevilla numa disputa de uma bola sobre a lateral esquerda deu um ligeiro encosto em Paulo César que se deixou cair. O árbitro assinalou falta, que Hugo Viana marcou a meia altura em direcção à baliza. Artur defendeu ligeiramente para o lado e Elderson, que havia cometido o penalty, redimiu-se fazendo o golo na recarga.

Apesar de se saber como Hugo Viana marca aqueles livres, apesar de o Benfica já ter sofrido golos daqueles contra o Braga e outras equipas, directamente ou na sequência do livre, a ideia com que se fica é que a equipa da Luz não aprendeu a lição. A barreira de dois jogadores parece manifestamente insuficiente ou mal feita e a formação de uma linha à frente do guarda-redes com os defesas de costas e os avançados de frente, na expectativa de explorar um hipotético fora de jogo - que, mesmo quando existe, nem sempre é marcado - revelou-se mais uma vez fatal. É altura de rever os processos e ponderar se vale a pena continuar a apostar no fora de jogo, nomeadamente quando a linha se forma poucos metros à frente da baliza. Não seria preferível, nesses casos, ter alguns defesas de frente para a bola?

Com o jogo empatado, voltou a pairar na Luz o espectro de mais uma prova ingloriamente perdida e ainda por cima, mais uma vez, em casa.

É certo que o Benfica continuou a tentar, mas o tempo escasseava. O árbitro concedeu quatro minutos de compensação e quando decorria o segundo minuto Gaitan na direita fez uma excelente jogada endossando a bola a Bruno César que, no coração da área, com muitos jogadores pela frente, colocou rasteiro do seu lado esquerdo fora do alcance de Quim fazendo o golo da vitória.

Estava relançada a euforia na Luz com a possibilidade de continuar a lutar pela vitória no campeonato. O jogo terminou logo a seguir.

Do jogo resulta como ponto negativo para o Benfica a lesão de mais um central. Depois de Garay e Jardel também agora Miguel Vítor vai ficar de fora. E Luisão queixou-se muito na primeira parte, aparecendo na segunda com uma ligadura sobre o joelho esquerdo.

Como ponto positivo, muito positivo, aquilo que parece ser o renascimento de Rodrigo tão importante quanto é certo o seu apagamento ou ausência durante os últimos dez jogos ter coincidido com a quebra de forma da equipa. Bruno César é sempre um jogador importante tanto pela combatividade que põe no jogo como pela capacidade de resolver nos momentos decisivos. Gaitan também parece estar a subir, mas ainda é cedo para o dizer. Javi mantém-se em excelente forma e é neste momento o grande pilar da equipa. Finalmente, Capdevilla é muito mais jogador que Emerson tanto a defender como a atacar ou a passar e só mesmo a má vontade e a casmurrice de Jesus o poderão levar a não o confirmar como titular.

Aliás, foram manifestamente infelizes mais uma vez declarações de Jesus, no fim do jogo, sobre Capdevilla, embora no fim as tivesse tentado remediar.

Sem Aimar, este ano, o Benfica ganhou sempre. E o jogo de ontem confirmou a regra.

A equipa de arbitragem esteve bem e os jogadores também não complicaram.