GIL VICENTE BATEU-SE BEM
BENFICA 2 - GIL VICENTE 1
Sem surpresas – surpresa seria perder – o Benfica venceu em Coimbra a final da Taça da Liga, derrotando o Gil Vicente por 2-1.
O Gil Vicente bateu-se bem, tentando contrariar a supremacia benfiquista sem nunca se desmembrar. Quando teve de atacar mais, porque o jogo se aproximava do fim e a desvantagem permanecia, o Gil fê-lo sempre com as cautelas suficientes para não ser desfeiteado pelo contra-ataque adversário.
O Benfica terá sido ligeiramente superior, não apenas porque assumiu o jogo, mas também – e ai é que esteve a diferença – por ter melhores valores individuais. No essencial não mostrou, porém, estar muito diferente daquilo que tem sido a prestação da equipa no último mês e meio. Daí que a questão do segundo lugar no campeonato continue em aberto, como se verá…
O primeiro golo do Benfica resulta de uma insistência e respectiva recuperação de bola de Bruno César, que depois de deixar para trás o defesa do Gil Vicente, fez uma extraordinária assistência a Rodrigo que, do outro lado do campo, acorreu com classe e prontidão ao passe do companheiro, fazendo o golo.
O golo do empate acontece na segunda parte, perto do fim, numa fase do jogo em que o Gil Vicente procurava com alguma insistência neutralizar a vantagem do Benfica. E acabou por consegui-lo numa insistência conduzida pela direita, após um centro que, depois de um remate falhado, fez com que a bola fosse na direcção de um jogador do Gil (Zé Luis) que, apesar de rodeado por jogadores do Benfica, conseguiu marcar o golo, perante a passividade de tanta gente.
Entretanto, Javi, que estava para entrar, como terceira substituição, depois das entradas de Gaitan, ao intervalo, por Nélson Oliveira, hoje muito desinspirado, e de Cardozo, que substituiu Aimar, Javi, dizíamos, acabou por não entrar tendo nos derradeiros minutos Saviola substituído Rodrigo.
Pouco depois de entrar, na sequência de um lançamento de linha lateral, Saviola aproveitou um ressalto e fez o golo da vitória. A sorte que lhe faltou em Olhão, sorriu-lhe em Coimbra. E assim o pequeno argentino regressou aos golos em 2012.
Witsel foi eleito o homem do jogo, embora Matic tenha feito uma grande exibição. Maxi, com a energia de sempre, trouxe alguma velocidade ao lado direito do Benfica, embora às vezes ponha muita energia na disputa dos lances divididos. Bruno César, como sempre, bem.
A arbitragem, com excepção de um cartão amarelo a Gaitan, esteve bem.
Na conferência de imprensa, Jesus, arrogantemente, escusou-se a responder a uma questão de um jornalista que o interrogava sobre as críticas de alguns adeptos do Benfica pelas opções que tem tomado ao longo da época. Incompreensível esta atitude. Jesus, como qualquer outro treinador, deve explicações aos sócios e adeptos. Por que razão Matic não tem jogado mais vezes; por que razão Saviola, fundamental na vitória do Campeonato 2009 – 2010, tem sido tão frequentemente preterido; por que razão insiste Jesus tanto em Emerson quase sem dar hipóteses a Capdevilla; enfim, por que não há mais rotação no Benfica. Assim como deve explicações pela queda ou quebra abrupta da equipa a partir da 18.ª jornada. Tudo questões a que Jesus foge com a soberba de que não tem que dar respostas a quem não percebe nada de futebol…
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