segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PORTO, BENFICA E SPORTING CONTINUAM A GANHAR



O SPORTING JÁ ELOGIA OS ÁRBITROS

O primeiro a entrar em campo foi o Porto contra o Paços de Ferreira. Não foi um grande jogo, mas o Porto jogou o suficiente para ganhar. Na primeira parte as coisas estiveram equilibradas e só a infelicidade do Paços as desequilibrou, ao marcar, mesmo no fim da primeira parte, um golo na própria baliza.

 Na segunda parte houve várias substituições, entre as quais a do Hulk, que, embora não tivessem trazido uma melhoria exibicional à equipa, trouxeram golos. E assim com os golos de Kléber e de Moutinho se chegou aos três a zero.

O Porto pode não estar a fazer grandes exibições – e não está – mas nem por isso deixa de ganhar e isso é que importa.

Na Luz, o Benfica iniciou o jogo a marcar. Uma extraordinária jogada nos primeiros segundos concluída por um remate inteligente de Rodrigo, dando seguimento a um passe magistral de Gaitan, abriu o marcador e assinalou o golo mais rápido da Liga. Seguiu-se até cerca da meia hora um verdadeiro vendaval benfiquista que levou a que, poucos minutos depois daquele golo, Rodrigo voltasse a marcar, acorrendo com grande oportunidade a um centro de Maxi.

Depois, o Benfica, embalado pelo êxito e pelo brilhantismo da sua exibição, começou a deixar o jogo correr.

No início da segunda parte, num centro muito consentido pela defesa do Benfica, o Olhanense marcou e reentrou no jogo. Nunca mais o Benfica foi a equipa da primeira meia hora, sem que com isso se queira dizer que o Olhanense jogou de igual para igual. Não jogou, mas jogou o suficiente para perturbar toda a manobra do Benfica. É certo que o Benfica ainda fez um golo, por Cardozo, mal anulado pelo árbitro, que a ter sido validado teria dado à equipa a tranquilidade suficiente para ir mais além.

E acabou por ser o Olhanense, mesmo a findar o jogo, que poderia ter empatado…se não fosse a certeira oposição de Luisão. Seria injusto relativamente ao que se passou em campo, mas seria também uma boa lição para quem esquece que os jogos de futebol têm noventa minutos mais a compensação concedida pelo árbitro.

De salientar a inclusão de Rodrigo a titular pela primeira vez na Liga e logo com dois golos em menos de quinze minutos. Rodrigo movimenta-se bem na frente de ataque e desta vez, frente ao guarda-redes, teve a frieza e a inteligência suficiente para fazer o que em Basileia não conseguiu numa situação idêntica.

O Sporting jogou no domingo, em Aveiro, contra o Feirense. Vê-se que o Sporting é uma equipa diferente da que começou a época. Mas não se conclua daí que o jogo de Aveiro tenha sido um jogo fácil para os leões. Não foi. Enquanto o Feirense esteve a jogar com dez elementos, o Sporting nunca lhe foi superior.

Na segunda parte, numa decisão incompreensível, o árbitro expulsou um jogador do Feirense numa jogada que, embora merecedora de falta, de forma alguma justificava a amostragem do segundo cartão amarelo. A partir daí o Feirense claudicou. Mesmo assim foi preciso que o árbitro assinalasse uma grande penalidade muito duvidosa (o jogador do Sporting já se tinha atirado para o chão quando o jogador do Feirense, ao de leve, lhe tocou) para que o Sporting marcasse o primeiro golo. Depois, lá mais para a frente, numa jogada igualmente muito duvidosa (provável off side), marcou o segundo e o jogo ficou arrumado.

Está a resultar em pleno a campanha contra a arbitragem feita pelo Sporting no início do campeonato. Desde então só tem somado erros decisivos a seu favor, o que faz com que o Sporting seja, indiscutivelmente, a equipa mais favorecida do futebol português nestes últimos anos. Tudo isto, porque o Sporting tem sabido aproveitar muitíssimo bem os dois ou três casos em que nos últimos quatro anos foi prejudicado.

O Braga não passou em Coimbra. Empatou com a Académica a zero tendo perdido, assim, o contacto com os da frente.

Amanhã se saberá se o Marítimo vai continuar a acompanhar o Sporting ou se vai fazer companhia ao Braga.

Para finalizar, uma injusta derrota do Rio Ave, em Guimarães, em consequência de mais uma inacreditável decisão do árbitro.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PORTO E SPORTING GOLEIAM


BENFICA CUMPRE SERVIÇOS MÍNIMOS
Sporting vs Gil Vicente (LUSA)

O Porto e o Sporting golearam o Nacional da Madeira (5-0) e o Gil Vicente (6-1), enquanto o Benfica ganhou em Aveiro ao Beira Mar, pela margem mínima, mantendo-se na frente da classificação a par do Porto.

Colados ao Sporting e com uma diferença de apenas três pontos continuam o Marítimo e o Braga, ambos a fazer um extraordinário campeonato.

No fundo da tabela está agora o Guimarães, com a penas quatro pontos, depois de mais uma derrota, em Olhão, e da vitória do Rio Ave sobre o União de Leiria.

O campeonato está interessante na frente com cinco equipas a lutar pelo primeiro lugar, mas daí para baixo a diferença já é muito grande. Com o andar das jornadas é natural que estas diferenças se acentuem, restando apenas saber quantos dos que vão à frente se aguentarão na luta pelo título.

A maior incógnita continua a ser o Sporting, não obstante o número de vitórias consecutivas que vem somando.

No estrangeiro, a grande sensação é o Levante que está à frente da Liga espanhola, depois de, na última jornada, o Barcelona ter empatado em casa com o Sevilha, num jogo em que o guarda-redes sevilhano, Javi Varas, defendeu tudo! Com este é o terceiro empate do Barcelona este ano, ou seja, é o pior arranque do Barça na era Guardiola, apesar de o número de golos marcados em oito jornadas (26) ser o mais elevado das três últimas temporadas.

Reina, por isso, grande euforia em Madrid. Mas ainda é cedo para ver para prever como tudo irá evoluir. Para já, o mais importante é o Madrid estar um ponto à frente do Barcelona. E o mais significativo é o Levante já ter ganho ao Real Madrid por 1-0 para a Liga, o que serve para demonstrar que não é por acaso que ocupa o primeiro lugar.

Na Inglaterra, o destaque da jornada vai inequivocamente para a contundente derrota do Manchester United, em Old Trafford, contra o Manchester City por 6-1! Nunca Fergusson tinha sofrido uma derrota tão humilhante à frente do United. Algo vai mal por aquelas paragens e já nada faz supor que a equipa se eleve aos níveis dos anos anteriores.

O Chelsea não aproveitou a derrota do MU para o ultrapassar na geral e fixar-se no segundo posto. Perdeu com o QPR por 1-0 e terminou o jogo com nove unidades, por duas expulsões. Abramovich cada vez mais nervoso e Villas Boas, mais instável, a seis pontos do líder.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

AS EQUIPAS PORTUGUESAS NA LIGA EUROPA

DESTES ÁRBITROS, O SPORTING GOSTA
Wolfswinkel, Carrillo e Matías Fernández celebram o segundo golo dos leões



Na ronda de ontem da Liga Europa, o Braga empatou a um golo na Eslovénia e o Sporting ganhou 2-0 em casa.

O Braga, depois da derrota em casa contra o Brugge, precisava de ganhar fora para igualar a pontuação do Birmingham e dos belgas, ambos na frente com 6 pontos. O empate de ontem contra a equipa mais fraca do grupo – o Maribor – não augura nada de bom para o Braga. Vai ter de ganhar em casa os dois jogos que disputará na “Pedreira” e esperar que os resultados entre os demais contendores corram de feição às suas aspirações. Mas tudo indica que a vida do Braga não estará fácil. Na segunda volta vai ter de fazer muito melhor do que na primeira, onde teve um aproveitamento de apenas 50%, para que possa passar à fase seguinte.

O Sporting, que soma por vitórias, os jogos disputados já é a primeira equipa apurada para a fase seguinte, em virtude dos resultados obtidos entre os demais concorrentes do grupo.

Beneficiando do facto de participar num grupo muito fraco, o Sporting soube aproveitar bem as debilidades alheias para reforçar a sua prestação e a sua confiança nas provas em que participa.

Apesar das declarações do treinador do Sporting sobre a valia da equipa adversária, não pode deixar de realçar-se aquilo que certamente constituirá um recorde, ou até um feito único nas provas europeias, que é o facto de o Sporting ter jogado contra uma equipa que não fez um único – é isso mesmo: um único – remate à sua baliza.

É certo que a equipa romena do Vaslui foi muito prejudicada no início do encontro – o árbitro por indicação de um seu auxiliar não assinalou um penalty contra o Sporting e expulsou na sequência da jogada o único avançado com que a equipa romena contava para todo o jogo -, mas a verdade é que tal facto - esse erro do árbitro, frequente em futebol - não justifica uma prestação tão indigente. Os romenos também se podem queixar de uma mão na grande área do Sporting não assinalada – umas vezes é penalty, outras não – mas, repetimos, nada disso justifica o que ontem se viu em Alvalade.

Também está fora de qualquer justificação o facciosismo com que três dos comentadores da SIC acompanharam o jogo, principalmente João Rosado ao qual para a próxima se aconselha que venha para o estádio equipado à Sporting, e assim seja mostrado nos ecrãs, para que os espectadores compreendam melhor quem está a falar…

Fora isso o Sporting ganhou bem e alguns jogadores fizeram exibições interessantes. João Pereira, porém, tem de ter mais cautela. Ontem beneficiou da indulgência do árbitro, que não viu a jogada em que ele cometeu penalty. Além de que, na sequência desta falta, João Pereira ainda deu uma “tapa” na cabeça de Wesley que, infantilmente, procurou desforra, dando-lhe um encontrão – há quem diga cabeçada, mas a televisão não conseguiu mostrar isso - do qual resultou a sua expulsão, pela “fita” bem encenada que João Pereira soube “montar” mal sentiu o contacto do adversário.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A TERCEIRA JORNADA DA LIGA DOS CAMPEÕES

GRANDES EXIBIÇÕES DO REAL MADRID E DO BARCELONA



A terceira jornada da Liga dos Campeões deixou apenas uma equipa com o máximo de pontos possíveis nos três jogos realizados – o Real Madrid, 9 pontos. Daí para baixo, o melhor que se encontra no topo dos respectivos grupos é equipas com 7 pontos – Bayern de Munique, Benfica, Chelsea, Arsenal e Barcelona (e o Milan, embora em segundo lugar). E há ainda quem vá na frente do grupo com 6 pontos (Inter de Milão) ou mesmo somente com 5 (o inesperado Apoel de Chipre).

O Real Madrid é certamente a equipa que nos últimos dois meses mais tem subido de forma. Depois de uma derrota, contra o surpreendente Levante, e um empate, em Santander, contra o Racing, e de algumas outras exibições titubeantes, na Liga espanhola, os merengues subiram individual e colectivamente de forma e passaram a fazer grandes exibições e a marcar muitos golos, mesmo assim menos que o Barcelona.

De facto, ligado à melhoria do Real estão os grandes momentos de forma de Benzema e Higuain, a inteligência de Xabi Alonso e o regresso de Kaká.

Mourinho exulta com os feitos do Real e toda a sua arrogância volta a estar em alta, sustentada pelos bons resultados e exibições muito mais convincentes, mas, mesmo assim, o fantasma do Barcelona não o larga, a ponto de logo após a vitória contra o Lyon ter desmerecido das vitórias do seu grande rival, em mais uma demonstração de completa falta de desportivismo.

Aliás, difícil seria que uma equipa recheada de tão extraordinários jogadores, seguramente dos melhores do mundo, tão bons e tantos, a ponto de nem todos terem lugar, ao mesmo tempo, na equipa, não praticasse bom futebol e não fizesse bons resultados.

Ainda é cedo, porém, para deitar foguetes. Embora as críticas a Mourinho tenham esmorecido um pouco, a verdadeira valia do Real Madrid e a sua capacidade para afrontar equipas do mesmo nível só se ficará a conhecer depois do próximo confronto com o Barcelona. Vai Mourinho encarar o jogo de igual para igual ou vai refugiar-se novamente no futebol defensivo e covarde que exibiu em anteriores ocasiões?

O Barcelona, com a prata da casa – melhor seria dizer com o ouro da casa – ganha e encanta, mesmo quando falha muitos golos, como ainda ontem aconteceu contra o Viktoria Plzen. Com Iniesta em grande e Messi cada vez melhor, tudo corre bem ao Barcelona a ponto de nem se notar os sucessivos azares que tem tido com os centrais mais rotinados no jogo da equipa.

Quanto ao mais é de salientar a prova do Arsenal, bem melhor na Europa do que na Inglaterra, a relativa regularidade do Chelsea, o regresso do Manchester United às vitórias e a boa prestação das equipas italianas, todas elas com um comportamento na Europa superior ao que têm tido no respectivo campeonato.

Depois, há que sublinhar a boa prova do Apoel de Chipre, que com uma vitória e dois empates comanda o respectivo grupo, as duas vitórias fora de casa do Benfica que lhe valem o comando isolado do grupo, o afundamento exibicional do Lyon e um Manchester City bem aquém das expectativas e da regularidade vitoriosa que tem exibido na Liga Inglesa.

 Finalmente, há a registar a fraca prestação das outras duas equipas espanholas - Valência e Villareal -  com apenas 2 e 1 pontos, respectivamente, a decepcionante prova do campeão alemão em título – Borússia de Dortmund – e a fraca carreira do FC do Porto.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

BARRACA NO DRAGÃO

PORTO EMPATA COM O APOEL
Dragões de 'chama apagada' empatam (1-1)

Quem ouve os comentadores afectos ao clube das Antas percebe com facilidade que há por lá muita intranquilidade e alguma suspeita sobre as razões do gradual descalabro da equipa.

Compreende-se: para quem já dava como certa a presença da equipa nas fases mais avançadas da Liga dos Campeões, porventura até a vitória, os resultados alcançados na prova não poderiam ser mais desanimadores.

Por palavras mais claras: estão a pedir a cabeça do treinador e estão a pressionar Pinto da Costa que está, obviamente, com muitas dificuldades para resolver o problema que o “André” lhe criou.

Depois de as altas esferas do FCP e acólitos terem insinuado que a “alma técnica” da equipa era o Vítor Pereira não vai ser com facilidade que o vão mandar embora. Não pelo Vítor Pereira, coitado, mas pelo que isso representaria de falhanço deles perante os adeptos. Lá se iria a “infalibilidade papal”. Cá dentro, dada a panóplia de meios a que se pode recorrer, ainda as coisas se poderão, mais ou menos, aguentar, mas lá fora vai ser muito mais difícil…

O jogo de hoje foi muito mau para o Porto. A equipa fez talvez a pior exibição da época e o empate desta noite, depois da derrota em S. Peterburgo, começa a comprometer a passagem à fase seguinte. Enfim, ainda nada está perdido, mas já vai ser difícil recuperar o que se perdeu. Aliás, cresce a suspeita de que a equipa daqui para frente só pode piorar. Daí a grande pressão para substituir o treinador.

Tudo vai depender do que acontecer cá dentro nos próximos jogos…

VITÓRIA DO BENFICA EM BASILEIA

...MAS OS SUIÇOS LUTARAM ATÉ AO FIM




O Benfica venceu esta noite na Suíça o Basileia opor 2-0, na terceira jornada do grupo C. Com duas vitórias fora e um empate em casa, o Benfica reúne todas as condições para passar à fase seguinte da Liga dos Campeões. Mas ainda é cedo para deitar foguetes, tanto mais que o Basileia não vai ser no Estádio da Luz uma equipa fácil.

No jogo de hoje, não obstante a justiça indiscutível da vitória, há dois aspectos que não podem deixar de ser ponderados.

O primeiro é a limitada resistência física de alguns jogadores do Benfica que têm manifestas dificuldades em aguentar 90 minutos. Jesus não pode deixar de ter isso em conta nas substituições. Gaitan já tinha noutros jogos dado provas seguras de que não aguenta o tempo todo e mesmo neste jogo, antes de ter “estourado”, também já tinha dado indicações de que não seria capaz de chegar ao fim. Não se compreende, por isso, porque não foi substituído. Claro que há a lesão de Maxi – se é que é lesão – a qual todavia também só prova que já há jogadores na equipa com excesso de jogos.

O segundo aspecto a ter em conta consiste no facto de o Basileia nunca ter aceitado a superioridade do Benfica e ter lutado até ao fim como se os golos sofridos não tivessem passado de um acidente do jogo. Este factor é que verdadeiramente torna a equipa perigosa na sua deslocação à Luz, animada além do mais pelo empate alcançado em Old Trafford.

A outra questão que não pode ser iludida, apesar de se tratar de um incidente normal do jogo, é a expulsão de Emerson. Como vai agora Jesus resolver o problema do lateral esquerdo no próximo jogo, depois de ter deixado de fora Capdevila? Nada que não tivesse aqui sido antecipado. E não vai ser nada fácil, para quem jogar, a partida da Luz, já que o ala direito do Basileia é dos melhores jogadores da equipa. Será por isso muito complicado recorrer a um jogador sem rotina do lugar. Só que a alternativa parece ser ainda pior: recorrer a quem não tem qualquer experiência deste tipo de jogos. Jesus tem de perceber que a Liga dos Campeões não é uma prova para “birras”. Ou será algo mais do que isso? Seja o que for, a responsabilidade será exclusivamente sua. Uma grave responsabilidade!

O Benfica jogou bem durante grande parte do jogo, apesar de o Basileia nunca ter desistido de lutar. Aliás, jogos como o de hoje – e outros já jogados esta época – servem para demonstrar até que ponto é importante ter na baliza um grande guarda-redes. Um guarda-redes que dê confiança à equipa e que a salve de golos quase indefensáveis.

Artur tem feito isso quase sempre, seja forte ou fraca a equipa contra a qual o Benfica jogue. No resto da defesa toda a gente jogou bem, tendo os centrais estado mais uma vez em excelente plano.

Javi viu-se menos no meio campo, porventura porque Witsel vê-se muito. Gaitan e Bruno César também estiveram bem, embora Gaitan pudesse ter aproveitado melhor as oportunidades que teve ou que criou. Aimar jogou como ele gosta, podendo mesmo dizer-se que a equipa se ressentiu com a sua saída. Bruno César não faz a posição do argentino. É um jogador de outro tipo. Mais goleador – aliás marcou um belo golo – e menos armador. Rodrigo, que hoje jogou a titular no lugar de Cardozo, fez uma partida interessante sem deslumbrar.

Cardozo logo que entrou marcou de livre e o golo deu outra tranquilidade à equipa. Nolito não chegou a entusiasmar, nem a entusiasmar-se, mas ajudou muito a equipa na hora em que ela mais precisou. Finalmente, Victor cumpriu.

Talvez se possa dizer, para concluir, que foi uma vitória importante, muito suada, uma vitória de uma equipa claramente superior ao seu adversário, mas não foi uma vitória tranquila, como a expulsão de Jorge Jesus a poucos minutos do fim o comprova. Daí a expectativa com que é aguardado o próximo jogo na Luz contra o Basileia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A BÓSNIA NO CAMINHO DE PORTUGAL



DIFICULDADES PARA A SELECÇÃO
Paulo Bento confiante para o play-off



No sorteio desta manhã coube a Portugal defrontar a Bósnia-Hertzgovina no jogo de apuramento para a participação na fase final do Euro 2012. Mais uma vez a Bósnia no caminho de Portugal. Repete-se, portanto, o que já tinha acontecido no play-off para o Mundial da África do Sul.

Então, a selecção portuguesa ganhou cá e lá por 1-0. O jogo da Bósnia até acabou por ser mais fácil do que o realizado cá. Desta vez tudo será diferente, a avaliar pelo que viu das duas equipas nos últimos jogos. A Bósnia está francamente melhor do que há dois anos. Tem a maior parte dos jogadores em grande forma, como ainda agora se viu no jogo contra a França. Pelo contrário, a selecção portuguesa está mais fraca. Bem mais fraca, sob todos os pontos de vista.

Se Paulo Bento continuar a insistir nos jogadores que realizaram as últimas partidas, o mais provável é que Portugal seja eliminado. E como Paulo Bento é “casmurro” – o que, francamente, em qualquer actividade, e muito menos no futebol, não é prova de inteligência – não é de esperar que faça grandes alterações.

É preciso, portanto, que com moderação e bom senso a opinião pública desportiva bem como a opinião publicada façam nestas semana que ainda restam a devida pressão para que a equipa seja alterada em algumas das suas pedras basilares.

Com excepção de Ricardo Carvalho – castigado e bem castigado! -, outros jogadores excluídos têm de regressar imediatamente à selecção. Bosingwa tem de jogar a lateral direito – e o melhor é João Pereira nem sequer ser convocado – Pepe ou Meira têm de jogar no centro da defesa ao lado de Bruno Alves – também aqui o melhor é Rolando "ficar em casa"– e Coentrão tem de regressar ao lado esquerdo.

No meio campo, onde não faltam jogadores, há que analisar muito criteriosamente a forma dos que costumam ser convocados. Meireles se estiver como esteve em Copenhaga não deverá alinhar e mesmo Moutinho e Martins têm de estar bem melhor do que estiveram na Dinamarca para justificarem a titularidade na selecção.

Na frente, não faz sentido chamar Postiga. Por que não vem Liedson ou João Tomas? Ou até aquele miúdo que jogou na Colômbia, embora neste caso se compreenda a dificuldade do seleccionador uma vez que Jesus se tem recusado a pô-lo a jogar por pouco que seja (se tivesse sido comprado a um clube estrangeiro e o seu empresário fosse conhecido pelos compradores … certamente já teria jogado mais, depois do que fez no Campeonato do Mundo de Sub-20…). Dany tem também que regressar, quaisquer que tenham sido ou continuem a ser  as “cenas” feitas ou a fazer para festejar os golos.

Na baliza, Rui Patrício não oferece segurança…mas não há outro, tanto mais que Eduardo também não joga.

Sejamos comedidos: Portugal não tem uma grande equipa. Nem tem, com excepção de três – no máximo quatro –, grandes jogadores. Tem, todavia, equipa para ir ao Europeu e para passar a fase de grupos se tudo correr normalmente.

Paulo Bento tem a palavra. A palavra…e o seu futuro nas mãos, apesar da deslocação de Pinto da Costa a Copenhaga…


terça-feira, 11 de outubro de 2011

A DERROTA NA DINAMARCA

UMA LIÇÃO PARA PAULO BENTO

Portugal perde e é relegado para o play-off (2-1)



A selecção portuguesa de futebol perdeu esta noite na Dinamarca por 2-1 em jogo decisivo para o apuramento directo para a fase final do Euro 2012. Perdeu por 2-1, mas poderia ter sido goleada, se não tivesse tido a sorte pelo seu lado em várias ocasiões do jogo.
A derrota, porém, não pode considerar-se uma surpresa face à categoria da maior parte dos jogadores que compuseram a equipa.
 A defesa é fraca, como aqui tem sido referido, a começar por Rui Patrício que logo no início do jogo sofreu, por culpa sua, um golo, que somente uma errada avaliação do árbitro impediu a sua validação. Do lado direito, João Pereira não tem nível de jogador de selecção – é um jogador de segundo plano que somente a “casmurrice” de Paulo Bento teima em fazer dele jogador de selecção. Rolando é um verdadeiro desastre, tanto posicionalmente como tacticamente – e não tendo na selecção permissão para jogar com a mão dentro da sua área – ao contrário do acontece nos jogos realizados pelo seu clube – a sua presença mais que desnecessária é contraproducente. Do lado esquerdo, Eliseu é igualmente muito fraco.
Com uma defesa tão fraca, a acção do meio-campo acaba por se ressentir. Não participa como deveria na construção das jogadas de ataque e também não consegue defensivamente suprir as deficiências da defesa. Todos no meio campo jogaram mal, com destaque para Raul Meireles que só se viu pelas asneiras ofensivas que protagonizou.
Na frente, insistir em Postiga começa a ser doloroso para toda a gente, a começar pelo próprio jogador. A sua presença é decepcionante para o público, para os colegas e certamente também para ele próprio. Este é outro caso típico da “casmurrice” de Paulo Bento. Com uma defesa tão fraca e com um ponta de lança inexistente não há equipa que resista. E não se pode pedir a Ronaldo que tudo resolva, porque qualquer grande jogador, por muito grande que seja, não joga sozinho – o futebol é, mais do que qualquer outro desporto um jogo colectivo.
Paulo Bento vangloriava-se de contar por vitórias os jogos disputados, independentemente dos golos sofridos e dos golos falhados. Falou antes do tempo, pois o jogo em que mais importava ganhar ou, pelo menos, empatar, perdeu-o, comprometendo com a derrota o apuramento para a fase final do Euro 2012. Aliás, com estes jogadores, a selecção não passará à fase final e, ao contrário do que afirmavam os comentadores da RTP, correu mesmo o risco de não se apurar para o play off – bastaria que a Dinamarca não tivesse desperdiçado tanto golo e a Noruega tivesse marcado mais um ou dois.
Paulo Bento tem, dentro do mês que lhe resta, de fazer uma reflexão muito séria sobre a composição da selecção. E tem urgentemente que chamar jogadores que não têm feito parte da equipa e recuperar outros que por uma ou outra razão não puderam – ou não quiseram – dar o seu concurso à equipa.
O caso de Dani é o mais enigmático, já que ninguém acredita que as razões invocadas tenham sido a causa verdadeira da sua ausência. Como enigmática foi a presença de Pinto da Costa na comitiva – a experiência diz que tal personalidade só participa neste tipo de eventos no seu próprio interesse. É provável que dentro de pouco tempo se venha a perceber melhor o que agora ainda está nebuloso.

AFINAL, O “TÚNEL DA LUZ” EXISTE



A TRISTE ARGUMENTAÇÃO DE PINTO DA COSTA



No campeonato de há duas épocas, alguns jogadores do Porto, findo o jogo Benfica-Porto, realizado no Estádio da Luz, foram acusados de terem agredido, no túnel de acesso aos balneários, dois seguranças de serviço ao jogo, alegadamente por estes terem impedido os ditos jogadores de se dirigirem à cabine da equipa de arbitragem.

Em consequência dos actos praticados, dois dos agressores foram suspensos preventivamente, nos termos do regulamento disciplinar e, posteriormente, condenados em primeira instância, ou seja pela Comissão Disciplinar da Liga.

Depois de conhecidos os factos que, aliás foram anunciados pouco depois de terem ocorrido, e de a respectiva suspensão preventiva se ter tornado eficaz, por instauração do competente processo disciplinar, os dirigentes do Futebol Clube do Porto, prevalecendo-se da hegemonia de que o clube goza no plano da comunicação social, puseram em prática uma das mais contundentes campanhas de contra-informação jamais vista no futebol português destinada a deturpar completamente o sentido da ocorrência.

Apoiados pelos seus comentadores desportivos e pelos pivots dos programas desportivos na RTP N de na SIC bem como pelos responsáveis desportivos da RDP, além obviamente dos que escrevem por conta do clube das Antas na imprensa, tudo foi feito para transformar a agressão, que as câmaras de vigilância acabaram por mostrar, numa armadilha do Benfica destinada a privar o Porto da prestação de alguns dos seus jogadores.

O que nas imagens se via como agressão foi transformado numa justificadíssima reacção a uma provocação grosseira, se não mesmo a uma agressão por parte dos seguranças de serviço. O que nas imagens se depreendia ser um acto premeditado de alguns jogadores do Porto que, depois de terem entrado no seu balneário, voltaram a sair para agredir os seguranças, passou a ser interpretado como uma pérfida maquinação do Benfica destinada a atrair os jogadores do Porto a uma cilada.

Enfim, o que as imagens demonstravam, mesmo sem som, transformou-se com o tempo – e também com a ajuda de prestimosos sportinguistas – no seu contrário, a ponto de uma inconcebível decisão do Conselho de Justiça (órgão de recurso), posteriormente proferida, ter equiparado os seguranças de serviço no estádio a …simples elementos do público! Tudo isto também com o apoio de um fanático adepto portista, professor de direito penal (pobres alunos…).

Túnel da Luz passou, no jargão televisivo dos programas afectos ao FCP, a sinónimo de “golpe benfiquista” destinado a privar o Porto de alguns dos seus jogadores, apesar de os agressores terem sido cinco e de somente  dois terem sido castigados.

Acontece que o Departamento de investigação Penal, depois de mais de um ano de instrução do respectivo processo, vem agora acusar cinco jogadores do Porto – Hulk, Sapunaru, Fucile, Cristiano Rodriguez e Helton – de agressão física a dois seguranças de serviço no Estádio da Luz no dia do Benfica-Porto da época 2009/2010! E pede para os agressores penas que vão de três a cinco anos de cadeia!

Colocado perante esta evidência, a Pinto da Costa não lhe sobra mais nada para dizer do que perguntar por que razão não foi Scolari processado em consequência do ocorrido no fim do jogo Portugal-Sérvia para a qualificação do Mundial da África do Sul!

Pinto da Costa sempre tão “inteligente” perante a justiça não lhe resta mais nada para dizer do que confessar implicitamente as agressões dos seus jogadores…

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

AMANHÃ, NA DINAMARCA


E O PASSADO RECENTE

O passado recente do futebol português no plano internacional é positivo, apesar de não ser excelente ou sequer muito bom. De facto, nas provas europeias, o Porto, sem comprometer o apuramento, perdeu em S. Petersburgo contra uma equipa que, tendo jogado melhor, nem por isso está ao nível exibido pela equipa portista nos últimos anos. Mais uma vez a defesa do Porto comprometeu, a começar por Fucile que, como aqui havia sido previsto, estava a ter internamente um comportamento que acabaria por causa dano lá fora. Realmente as permanentes simulações a que recorre – verdadeiras palhaçadas – e a dureza com que aborda os lances que sabe que não vai ganhar, não podem deixar de ter externamente as consequências que a permissividade interna impede que por cá se verifiquem.

Com esta é terceira vez que um jogador do Porto é expulso este ano numa prova internacional. Ou seja, há fortes razões para supor que o Porto deste ano não tem futebol para noventa minutos por manifesta falta de força física. Bem podem os teóricos bola inventar razões tácticas como causa dos fracassos verificados e tentar por todos os meios influenciar o comportamento técnico do treinador que nem por isso os desaires deixarão de verificar-se enquanto a principal causa não for corrigida.

O Benfica ganhou fora tangencialmente a uma equipa fraquinha o que, sendo suficiente, não deve constituir motivo de grande euforia, principalmente pelo resultado que o Basileia alcançou em Manchester. No entanto, é bom que se diga que este Benfica é bem melhor que o do ano passado.

Na Liga Europa, o Sporting manteve a senda de vitórias depois de um desastroso começo de época lá vai, tranquilamente, caminhando para o apuramento. Porém, não há lugar para grandes expectativas: o Sporting ainda não jogou este ano contra uma grande equipa…

O Braga, depois de um começo auspicioso, parece agora estar mergulhado numa crise de resultados do desfecho da qual dependerá em grande medida o comportamento da equipa na presente temporada. Ou o Braga vence imediatamente a presente situação de depressão em que se encontra, retomando o lugar que nas últimas épocas tem ocupado interna e externamente ou, se tal não acontecer, corre o risco de voltar a cair na vulgaridade. Os próximos confrontos serão decisivos.

Finalmente, a selecção está a um passo de se apurar para a fase final do Euro 2012, mas nem por isso o clima que a rodeia é de grande entusiasmo. Contribui para isso, antes de mais, os três golos sofridos contra a Islândia. Aliás, dez golos sofridos em sete jogos é muito golo…É certo que, mesmo perdendo amanhã na Dinamarca, a equipa pode ainda apurar-se directamente ou no play off. No entanto, o que toda a gente espera é que a selecção se apure ficando em primeiro lugar no respectivo grupo. E, em princípio, esse seria o resultado mais provável, não fora dar-se o caso de, com o andar da prova, Portugal ter ficado com uma defesa muito fraca.

Já aqui se disse que João Pereira não convence, nem tão-pouco Eliseu do lado esquerdo. E no meio é o que se vê. A verdade é que com as lesões de Pepe e de Coentrão e com os castigos de Ricardo Carvalho e de Bosingwa não há mais ninguém para aquele sector da equipa. Portanto, agora ou mais tarde, tudo pode acontecer…

Há também na selecção um problema disciplinar que não pode escamoteado. Paulo Bento impõe sem duvida a sua autoridade, mas isso não significa que os jogadores o respeitem. Bosingwa não aceitou ser suplente num jogo particular e Ricardo Carvalho, pela mesma razão, agiu da forma que se conhece.

Isto significa que falta na selecção um conjunto de jogadores (não têm de ser muitos) que, pelo seu prestígio, profissionalismo e autoridade, tenha capacidade para criar no grupo um clima de respeito e de responsabilidade que vá muito para além daquilo que a equipa técnica possa fazer.

Enfim, nem todos os grandes jogadores têm essa capacidade e Ronaldo já tem problemas suficientes para o atrapalhar e com os quais tem muita dificuldade em lidar para ainda se esperar dele algo mais do que aquilo que “está obrigado” a fazer em campo.

Voltaremos a este assunto…