O SPORTING JÁ ELOGIA OS ÁRBITROS
O primeiro a entrar em campo foi o Porto contra o Paços de Ferreira. Não foi um grande jogo, mas o Porto jogou o suficiente para ganhar. Na primeira parte as coisas estiveram equilibradas e só a infelicidade do Paços as desequilibrou, ao marcar, mesmo no fim da primeira parte, um golo na própria baliza.
Na segunda parte houve várias substituições, entre as quais a do Hulk, que, embora não tivessem trazido uma melhoria exibicional à equipa, trouxeram golos. E assim com os golos de Kléber e de Moutinho se chegou aos três a zero.
O Porto pode não estar a fazer grandes exibições – e não está – mas nem por isso deixa de ganhar e isso é que importa.
Na Luz, o Benfica iniciou o jogo a marcar. Uma extraordinária jogada nos primeiros segundos concluída por um remate inteligente de Rodrigo, dando seguimento a um passe magistral de Gaitan, abriu o marcador e assinalou o golo mais rápido da Liga. Seguiu-se até cerca da meia hora um verdadeiro vendaval benfiquista que levou a que, poucos minutos depois daquele golo, Rodrigo voltasse a marcar, acorrendo com grande oportunidade a um centro de Maxi.
Depois, o Benfica, embalado pelo êxito e pelo brilhantismo da sua exibição, começou a deixar o jogo correr.
No início da segunda parte, num centro muito consentido pela defesa do Benfica, o Olhanense marcou e reentrou no jogo. Nunca mais o Benfica foi a equipa da primeira meia hora, sem que com isso se queira dizer que o Olhanense jogou de igual para igual. Não jogou, mas jogou o suficiente para perturbar toda a manobra do Benfica. É certo que o Benfica ainda fez um golo, por Cardozo, mal anulado pelo árbitro, que a ter sido validado teria dado à equipa a tranquilidade suficiente para ir mais além.
E acabou por ser o Olhanense, mesmo a findar o jogo, que poderia ter empatado…se não fosse a certeira oposição de Luisão. Seria injusto relativamente ao que se passou em campo, mas seria também uma boa lição para quem esquece que os jogos de futebol têm noventa minutos mais a compensação concedida pelo árbitro.
De salientar a inclusão de Rodrigo a titular pela primeira vez na Liga e logo com dois golos em menos de quinze minutos. Rodrigo movimenta-se bem na frente de ataque e desta vez, frente ao guarda-redes, teve a frieza e a inteligência suficiente para fazer o que em Basileia não conseguiu numa situação idêntica.
O Sporting jogou no domingo, em Aveiro, contra o Feirense. Vê-se que o Sporting é uma equipa diferente da que começou a época. Mas não se conclua daí que o jogo de Aveiro tenha sido um jogo fácil para os leões. Não foi. Enquanto o Feirense esteve a jogar com dez elementos, o Sporting nunca lhe foi superior.
Na segunda parte, numa decisão incompreensível, o árbitro expulsou um jogador do Feirense numa jogada que, embora merecedora de falta, de forma alguma justificava a amostragem do segundo cartão amarelo. A partir daí o Feirense claudicou. Mesmo assim foi preciso que o árbitro assinalasse uma grande penalidade muito duvidosa (o jogador do Sporting já se tinha atirado para o chão quando o jogador do Feirense, ao de leve, lhe tocou) para que o Sporting marcasse o primeiro golo. Depois, lá mais para a frente, numa jogada igualmente muito duvidosa (provável off side), marcou o segundo e o jogo ficou arrumado.
Está a resultar em pleno a campanha contra a arbitragem feita pelo Sporting no início do campeonato. Desde então só tem somado erros decisivos a seu favor, o que faz com que o Sporting seja, indiscutivelmente, a equipa mais favorecida do futebol português nestes últimos anos. Tudo isto, porque o Sporting tem sabido aproveitar muitíssimo bem os dois ou três casos em que nos últimos quatro anos foi prejudicado.
O Braga não passou em Coimbra. Empatou com a Académica a zero tendo perdido, assim, o contacto com os da frente.
Amanhã se saberá se o Marítimo vai continuar a acompanhar o Sporting ou se vai fazer companhia ao Braga.
Para finalizar, uma injusta derrota do Rio Ave, em Guimarães, em consequência de mais uma inacreditável decisão do árbitro.