quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A BÓSNIA NO CAMINHO DE PORTUGAL



DIFICULDADES PARA A SELECÇÃO
Paulo Bento confiante para o play-off



No sorteio desta manhã coube a Portugal defrontar a Bósnia-Hertzgovina no jogo de apuramento para a participação na fase final do Euro 2012. Mais uma vez a Bósnia no caminho de Portugal. Repete-se, portanto, o que já tinha acontecido no play-off para o Mundial da África do Sul.

Então, a selecção portuguesa ganhou cá e lá por 1-0. O jogo da Bósnia até acabou por ser mais fácil do que o realizado cá. Desta vez tudo será diferente, a avaliar pelo que viu das duas equipas nos últimos jogos. A Bósnia está francamente melhor do que há dois anos. Tem a maior parte dos jogadores em grande forma, como ainda agora se viu no jogo contra a França. Pelo contrário, a selecção portuguesa está mais fraca. Bem mais fraca, sob todos os pontos de vista.

Se Paulo Bento continuar a insistir nos jogadores que realizaram as últimas partidas, o mais provável é que Portugal seja eliminado. E como Paulo Bento é “casmurro” – o que, francamente, em qualquer actividade, e muito menos no futebol, não é prova de inteligência – não é de esperar que faça grandes alterações.

É preciso, portanto, que com moderação e bom senso a opinião pública desportiva bem como a opinião publicada façam nestas semana que ainda restam a devida pressão para que a equipa seja alterada em algumas das suas pedras basilares.

Com excepção de Ricardo Carvalho – castigado e bem castigado! -, outros jogadores excluídos têm de regressar imediatamente à selecção. Bosingwa tem de jogar a lateral direito – e o melhor é João Pereira nem sequer ser convocado – Pepe ou Meira têm de jogar no centro da defesa ao lado de Bruno Alves – também aqui o melhor é Rolando "ficar em casa"– e Coentrão tem de regressar ao lado esquerdo.

No meio campo, onde não faltam jogadores, há que analisar muito criteriosamente a forma dos que costumam ser convocados. Meireles se estiver como esteve em Copenhaga não deverá alinhar e mesmo Moutinho e Martins têm de estar bem melhor do que estiveram na Dinamarca para justificarem a titularidade na selecção.

Na frente, não faz sentido chamar Postiga. Por que não vem Liedson ou João Tomas? Ou até aquele miúdo que jogou na Colômbia, embora neste caso se compreenda a dificuldade do seleccionador uma vez que Jesus se tem recusado a pô-lo a jogar por pouco que seja (se tivesse sido comprado a um clube estrangeiro e o seu empresário fosse conhecido pelos compradores … certamente já teria jogado mais, depois do que fez no Campeonato do Mundo de Sub-20…). Dany tem também que regressar, quaisquer que tenham sido ou continuem a ser  as “cenas” feitas ou a fazer para festejar os golos.

Na baliza, Rui Patrício não oferece segurança…mas não há outro, tanto mais que Eduardo também não joga.

Sejamos comedidos: Portugal não tem uma grande equipa. Nem tem, com excepção de três – no máximo quatro –, grandes jogadores. Tem, todavia, equipa para ir ao Europeu e para passar a fase de grupos se tudo correr normalmente.

Paulo Bento tem a palavra. A palavra…e o seu futuro nas mãos, apesar da deslocação de Pinto da Costa a Copenhaga…


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