quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A TERCEIRA JORNADA DA LIGA DOS CAMPEÕES

GRANDES EXIBIÇÕES DO REAL MADRID E DO BARCELONA



A terceira jornada da Liga dos Campeões deixou apenas uma equipa com o máximo de pontos possíveis nos três jogos realizados – o Real Madrid, 9 pontos. Daí para baixo, o melhor que se encontra no topo dos respectivos grupos é equipas com 7 pontos – Bayern de Munique, Benfica, Chelsea, Arsenal e Barcelona (e o Milan, embora em segundo lugar). E há ainda quem vá na frente do grupo com 6 pontos (Inter de Milão) ou mesmo somente com 5 (o inesperado Apoel de Chipre).

O Real Madrid é certamente a equipa que nos últimos dois meses mais tem subido de forma. Depois de uma derrota, contra o surpreendente Levante, e um empate, em Santander, contra o Racing, e de algumas outras exibições titubeantes, na Liga espanhola, os merengues subiram individual e colectivamente de forma e passaram a fazer grandes exibições e a marcar muitos golos, mesmo assim menos que o Barcelona.

De facto, ligado à melhoria do Real estão os grandes momentos de forma de Benzema e Higuain, a inteligência de Xabi Alonso e o regresso de Kaká.

Mourinho exulta com os feitos do Real e toda a sua arrogância volta a estar em alta, sustentada pelos bons resultados e exibições muito mais convincentes, mas, mesmo assim, o fantasma do Barcelona não o larga, a ponto de logo após a vitória contra o Lyon ter desmerecido das vitórias do seu grande rival, em mais uma demonstração de completa falta de desportivismo.

Aliás, difícil seria que uma equipa recheada de tão extraordinários jogadores, seguramente dos melhores do mundo, tão bons e tantos, a ponto de nem todos terem lugar, ao mesmo tempo, na equipa, não praticasse bom futebol e não fizesse bons resultados.

Ainda é cedo, porém, para deitar foguetes. Embora as críticas a Mourinho tenham esmorecido um pouco, a verdadeira valia do Real Madrid e a sua capacidade para afrontar equipas do mesmo nível só se ficará a conhecer depois do próximo confronto com o Barcelona. Vai Mourinho encarar o jogo de igual para igual ou vai refugiar-se novamente no futebol defensivo e covarde que exibiu em anteriores ocasiões?

O Barcelona, com a prata da casa – melhor seria dizer com o ouro da casa – ganha e encanta, mesmo quando falha muitos golos, como ainda ontem aconteceu contra o Viktoria Plzen. Com Iniesta em grande e Messi cada vez melhor, tudo corre bem ao Barcelona a ponto de nem se notar os sucessivos azares que tem tido com os centrais mais rotinados no jogo da equipa.

Quanto ao mais é de salientar a prova do Arsenal, bem melhor na Europa do que na Inglaterra, a relativa regularidade do Chelsea, o regresso do Manchester United às vitórias e a boa prestação das equipas italianas, todas elas com um comportamento na Europa superior ao que têm tido no respectivo campeonato.

Depois, há que sublinhar a boa prova do Apoel de Chipre, que com uma vitória e dois empates comanda o respectivo grupo, as duas vitórias fora de casa do Benfica que lhe valem o comando isolado do grupo, o afundamento exibicional do Lyon e um Manchester City bem aquém das expectativas e da regularidade vitoriosa que tem exibido na Liga Inglesa.

 Finalmente, há a registar a fraca prestação das outras duas equipas espanholas - Valência e Villareal -  com apenas 2 e 1 pontos, respectivamente, a decepcionante prova do campeão alemão em título – Borússia de Dortmund – e a fraca carreira do FC do Porto.


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