terça-feira, 11 de outubro de 2011

A DERROTA NA DINAMARCA

UMA LIÇÃO PARA PAULO BENTO

Portugal perde e é relegado para o play-off (2-1)



A selecção portuguesa de futebol perdeu esta noite na Dinamarca por 2-1 em jogo decisivo para o apuramento directo para a fase final do Euro 2012. Perdeu por 2-1, mas poderia ter sido goleada, se não tivesse tido a sorte pelo seu lado em várias ocasiões do jogo.
A derrota, porém, não pode considerar-se uma surpresa face à categoria da maior parte dos jogadores que compuseram a equipa.
 A defesa é fraca, como aqui tem sido referido, a começar por Rui Patrício que logo no início do jogo sofreu, por culpa sua, um golo, que somente uma errada avaliação do árbitro impediu a sua validação. Do lado direito, João Pereira não tem nível de jogador de selecção – é um jogador de segundo plano que somente a “casmurrice” de Paulo Bento teima em fazer dele jogador de selecção. Rolando é um verdadeiro desastre, tanto posicionalmente como tacticamente – e não tendo na selecção permissão para jogar com a mão dentro da sua área – ao contrário do acontece nos jogos realizados pelo seu clube – a sua presença mais que desnecessária é contraproducente. Do lado esquerdo, Eliseu é igualmente muito fraco.
Com uma defesa tão fraca, a acção do meio-campo acaba por se ressentir. Não participa como deveria na construção das jogadas de ataque e também não consegue defensivamente suprir as deficiências da defesa. Todos no meio campo jogaram mal, com destaque para Raul Meireles que só se viu pelas asneiras ofensivas que protagonizou.
Na frente, insistir em Postiga começa a ser doloroso para toda a gente, a começar pelo próprio jogador. A sua presença é decepcionante para o público, para os colegas e certamente também para ele próprio. Este é outro caso típico da “casmurrice” de Paulo Bento. Com uma defesa tão fraca e com um ponta de lança inexistente não há equipa que resista. E não se pode pedir a Ronaldo que tudo resolva, porque qualquer grande jogador, por muito grande que seja, não joga sozinho – o futebol é, mais do que qualquer outro desporto um jogo colectivo.
Paulo Bento vangloriava-se de contar por vitórias os jogos disputados, independentemente dos golos sofridos e dos golos falhados. Falou antes do tempo, pois o jogo em que mais importava ganhar ou, pelo menos, empatar, perdeu-o, comprometendo com a derrota o apuramento para a fase final do Euro 2012. Aliás, com estes jogadores, a selecção não passará à fase final e, ao contrário do que afirmavam os comentadores da RTP, correu mesmo o risco de não se apurar para o play off – bastaria que a Dinamarca não tivesse desperdiçado tanto golo e a Noruega tivesse marcado mais um ou dois.
Paulo Bento tem, dentro do mês que lhe resta, de fazer uma reflexão muito séria sobre a composição da selecção. E tem urgentemente que chamar jogadores que não têm feito parte da equipa e recuperar outros que por uma ou outra razão não puderam – ou não quiseram – dar o seu concurso à equipa.
O caso de Dani é o mais enigmático, já que ninguém acredita que as razões invocadas tenham sido a causa verdadeira da sua ausência. Como enigmática foi a presença de Pinto da Costa na comitiva – a experiência diz que tal personalidade só participa neste tipo de eventos no seu próprio interesse. É provável que dentro de pouco tempo se venha a perceber melhor o que agora ainda está nebuloso.

1 comentário:

soccer disse...

e obrigatorio para o paulo Bento ir a busca de carvalho e outros antigos com ampla e experienci avancada