AS CONFERÊNCIAS DE IMPRENSA
E OS COMENTADORES
O jogo que o Benfica jogou esta noite com o Beira-Mar não tem
muito que comentar. O Benfica vinha de um “exercício” muito traumatizante. O
jogo contra o Barcelona, principalmente na segunda, parte foi penoso. É provável
que aquele jogo do Barcelona cause uma fadiga psicológica difícil de superar.
Enquanto se mantiver na lembrança dos jogadores aquele correria atrás de uma
bola que nunca se alcança é natural que os jogadores abordem os jogos com intranquilidade.
E isso viu-se logo no começo do jogo contra o Beira-Mar. O
golo dos aveirenses é a prova manifesta dessa intranquilidade. A equipa do
Benfica lá conseguiu reagir mas não acertava com a baliza. Valeu-lhe o facto de
o Beira-Mar nunca ter incomodado. Apenas defendia e nada mais.
No fim da primeira parte lá apareceu um penalty que nem sempre é marcado quando aquele tipo de falta
acontece na área, mas que é sempre assinalada quando ocorre no meio campo.
Na segunda parte o Benfica durante os primeiros quinze
minutos revelou-se incapaz de alterar o resultado, até que Maxi Pereira lá
desencantou um golo que só ele sabe marcar, mesmo quando não está em forma. E
logo a seguir, por força de um erro da defesa do Beira-Mar, o Benfica lá marcou
o segundo golo, mercê também da clarividência de Lima que não ousou rematar e
preferiu dar o golo a Rodrigo.
Depois da viragem do resultado, o Benfica terá criado mais
uma ou outra situação, mas perdeu muitas bolas incompreensivelmente. E
intranquilizou-se tanto que o Beira-Mar, sem jogar grande coisa e sem nunca ter
chegado a ser perigoso, deu a sensação de que estava a assustar o Benfica. E talvez
estivesse, mas por demérito do Benfica e não por força da prestação dos
aveirenses.
No fim do jogo Ulisses Morais, como sempre faz quando vai à Luz,
seja qual a equipa que orienta, iniciou uma conversa completamente imbecil
sobre a influência psicológica do árbitro no resultado do encontro. Como tem o lugar em risco, provavelmente
não passará desta semana, aproveitou a feliz circunstância de jogar na Luz para
desancar o árbitro que nada teve a ver com o resultado e simultaneamente
denegrir a vitória do Benfica, seu principal objectivo.
Jorge Jesus numa conferência anormalmente longa lá deu a sua versão dos factos e até se referiu especificamente a alguns jogadores - Enzo Perez, Maxi - depreendendo-se das suas palavras que a derrota contra o Barcelona ainda pesa. Ou dito de outro modo: que o modo de jogar do Barcelona ainda se mantém como um pesadelo que só se desvanecerá depois do segundo jogo.
Na SIC N um comentador, manifestamente frustrado com a
situação do Sporting, achou que as palavras de Morais faziam algum sentido.
Para João Rosado, fanaticamente anti-benfiquista, tudo o que seja contra
o clube da Luz “faz todo o sentido”. Que se cure das mágoas que o Sporting lhe causa e
não seja ridículo!
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