DEL BOSQUE O PRIMEIRO ENTRE OS TREINADORES
Sem surpresa o melhor jogador de
todos os tempos, Leonel Messi, ganhou a Bola de Ouro pela quarta vez
consecutiva.
Se fisicamente nada de anormal se
passar, Messi continuará a somar títulos nos anos que vem. Nunca o futebol
conheceu na sua história um jogador como Messi.
Ronaldo é um grande jogador, um extraordinário
atleta, mas teve o azar (sorte para o futebol) de ser contemporâneo de Messi.
Entre os treinadores Vicente Del
Bosque ganhou o que se pode chamar um prémio de carreira. Uma carreira
brilhante ao serviço do Real Madrid – duas Ligas dos Campeões, dois
campeonatos, uma Super Taça de Espanha, uma Super Taça Europeia, um Mundial Interclubes
– e da Selecção Espanhola – um Campeonato de Mundo e um Campeonato da Europa.
Mourinho, apesar da vitória do
campeonato de Espanha, não ganhou. Guardiola, que só fez meio ano, também foi
preterido apesar de tudo o que de novo trouxe ao futebol – um estilo de jogo
que não existia antes dele e que agora perdura no extraordinário Barcelona de
Tito Villanova.
Nas notas à margem da cerimónia e
das votações dos diversos intervenientes (capitães, treinadores e jornalistas)
fica a nota desagradável de Messi não ter feito no discurso da vitória uma
referência a Cristiano Ronaldo. Não lhe serve de desculpa, antes pelo
contrário, Ronaldo ser em regra mal-educado neste género de cerimónias. A sua
classe como jogador exigia e impunha uma outra atitude. Igualmente lamentável,
como capitão da selecção da Argentina, não ter na votação do “melhor do mundo” dado
um único ponto a Ronaldo. Essa falta é a confissão de que Ronaldo é, depois
dele, o melhor. E parece ter sido isso o que ele quis dizer na conferência de
imprensa conjunta em que tentou explicar o sentido do seu voto.
Do lado de Ronaldo, como capitão
da selecçã,o assistiu-se àquela "soloice" de entregar a responsabilidade do voto a
Bruno Alves…por Ronaldo ter um golpe no sobrolho. Incrível. E claro Bruno Alves
(o capitão de ocasião) ignorou Messi, o que igualmente significa que ele é o
melhor de todos.
Paulo Bento, embora tendo votado
em Cristiano Ronaldo, deu um voto a Messi, claramente para apaziguar a
consciência, e Joaquim Rita colocou o argentino em segundo lugar atrás de
Ronaldo…
Para os treinadores, os três
portugueses com direito a voto – Bruno Alves, Paulo Bento e Joaquim Rita -
elegeram Mourinho, tendo os dois últimos atribuído pontos ao vencedor – Vicente
del Bosque…que não votou em nenhum português.
Mourinho, como já se sabia, não
esteve presente na cerimónia. Mourinho não sabe perder…Nada mais há dizer.
No onze do ano, domínio absoluto da Liga Espanhola. Empate entre o Barça e o Real Madrid, com cinco cada, mais Falcao do Atlético de Madrid.
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