segunda-feira, 11 de novembro de 2013

GRANDE JOGO NA LUZ E GRANDE VITÓRIA DO BENFICA


 

O PRESIDENTE DO SPORTING É “CASCA GROSSA”
Cardozo: “Jogámos muito bem e merecemos ganhar”

 

Grande jogo de futebol na Luz como há muito se não via entre os grandes rivais de Lisboa. Um jogo de Taça com incerteza no resultado até final, apesar de na primeira meia hora ter parecido que o jogo estava definitivamente resolvido a favor do Benfica.

Notável recuperação do Sporting, com um primeiro golo espectacular e mais dois de bola parada em mais dois inacreditáveis erros defensivos do Benfica. Erros que põem definitivamente à prova a defesa à zona em que Jorge Jesus insiste apesar da evidência da recorrência dos erros em que a defesa do Benfica frequentemente incorre a ponto de tais erros poderem pôr em causa o desempenho da equipa em jogos da máxima importância.

Jorge Jesus não pode nem deve esperar mais para mudar. A derrota em Atenas pôs o Benfica praticamente fora da Liga dos Campeões. Só mesmo um milagre o pode salvar. O segundo e o terceiro golos do Sporting só por acaso não puseram o Benfica fora da Taça de Portugal. O golo do Belenenses pode ter sido fatal para as aspirações do Benfica no Campeonato – a perda de pontos em casa é normalmente irrecuperável.

Se Jesus, ao fazer entrar para o meio campo Ruben Amorim para apoiar os esforços de Matic e Enzo Pérez, tornando a equipa mais compacta e mais competitiva, já foi capaz de demonstrar que era capaz de mudar o sistema de jogo em que insistia fazer jogar a equipa, descurando durante jogos sucessivos o meio campo, deixando sistematicamente um dos dois alas alheado do jogo num completo desperdício da capacidade da totalidade dos elementos em campo, também tem que ser capaz de mudar o sistema da marcação à zona nas bolas paradas, principalmente nos cantos, nem que seja por um sistema misto que simultaneamente guarneça a baliza, defenda homem a homem relativamente aos elementos mais perigosos da equipa adversária, nomeadamente ao segundo poste e mantenha a zona quanto à parte restante da equipa.

Enfim, é inevitável nesta pequena alusão ao que se passou ontem não referir a extraordinária exibição de Cardozo com três magníficos golos marcados no primeiro tempo. Cardozo pelo que já fez desde que recomeçou a jogar é, fora de qualquer dúvida, o elemento mais fundamental da equipa até esta fase da época.

Como já vem sendo hábito com o Sporting, mais uma vez ontem os principais responsáveis culparam o árbitro pela derrota. Antes de mais num jogo tão espectacular como o que ontem se jogou na Luz constitui uma prova de covardia desportiva imputar ao árbitro um resultado que poderia ter pendido para qualquer dos lados. Pode ter havido um ou outro erro da equipa de arbitragem, mas nenhum deles teve qualquer influência no desfecho do jogo. Importância tiveram ou poderiam ter tido os erros defensivos do Benfica nas bolas paradas, dos quais resultaram dois golos para o Sporting e o erro fatal de Rui Patrício que, mais uma vez, brindou os espectadores com um monumental “frango” como há muito não se via em jogos desta importância.

Não desculpa Rui Patrício o facto de o golo ter sido antecedido de uma falta da sua equipa punível com a marcação de uma grande penalidade, porque ninguém poderá assegurar que o árbitro a marcaria e menos ainda alguém poderá garantir que, marcando-a, o Benfica a convertesse.

Procurar justificar uma derrota com um invisível – em bola corrida – off side de Cardozo ou hipotético e, se real, milimétrico, em imagem parada (segundo o critério de quem a pára) é uma imbecilidade que uma inteligência normal tem muita dificuldade em aceitar. Além de que Cardozo não tira nenhuma vantagem dessa hipotética (e, se real, milimétrica) posição, antes pelo contrário. Ou seja, nem sequer os pressupostos racionais da justificação do fora de jogo estão presentes na jogada em causa.

Fora isso parece haver uma falta de um jogador do Sporting sobre Luisão, que os responsáveis leoninos querem transformar em penalty a favor do Sporting. E depois apenas sobra um eventual raspão da bola num braço do jogador do Benfica, sem qualquer intencionalidade, num remate à queima, a curtíssima distância.

Infelizmente, os responsáveis pelo Sporting, a começar pelo treinador que “jurou” não falar sobre arbitragens, pelos vistos apenas quando o beneficiam, passando por alguns jogadores e terminando no presidente não encontraram outra justificação para a derrota que não fosse o árbitro! O presidente mais uma vez passou as marcas e revelou ser aquilo que desde o início da sua presidência se antevia: um “casca grossa”, perigoso pelo clima que cria antes, durante e depois dos jogos, que se assume mais como membro de uma claque composta, como praticamente todas, pelo que de mais negativo existe no futebol, do que como o primeiro responsável por um dos clubes mais prestigiados de Portugal.

 

1 comentário:

António Silvério disse...

É lamentável o que se passa com o futebol em Portugal. A continuar assim vai acabar ou, se continuar, ficará ao nível de um dos mais incipientes países do mundo no plano desportivo. A campanha que os responsáveis do Sporting fazem contra o futebol é miserável. Eles é que fazem uma campanha miserável. Não são as arbitragens que são miseráveis. Há arbitragens boas, arbitragens más e arbitragens assim-assim. Como os treinadores, como os jogadores, como os dirigentes.
Por que não fazem os dirigentes do Sporting uma campanha contra os golos que por via de erros de arbitragem têm favorecido este ano a sua equipa? Por exemplo, o golo contra o Benfica para o campeonato; a grande penalidade contra o Marítimo no jogo de domingo passado e a consequente expulsão do jogador maritimista? A grande penalidade não assinalada contra o Sporting mesmo no fim do jogo contra o Marítimo? Enfim, um jogo que o Sporting ganhou à custa de erros de arbitragem. E por que não referem o fora de jogo mal assinalado a Sílvio que, muito provavelmente, resultaria no quarto golo de Cardozo? E por que se não viram contra Rui Patrício que está farto de fazer asneiras fatais para o Sporting?
A ideia que fica é que essa gente do Sporting que quer incendiar o futebol não é séria. Infelizmente, o Sporting fica impune apesar de tudo o que faz e diz, como já ficou por assuntos bem mais graves como os do Sr. Pereira Cristóvão. Se fosse na Inglaterra – ou até na Itália - o Sporting teria descido de divisão