quinta-feira, 6 de novembro de 2025

BENFICA - BAYER LEVERKUSEN

 AS INJUSTIÇAS DO FUTEBOL 


Um jogador marca um golo de baliza aberta e é um herói. Um jogador falha um golo de baliza aberta, quando o jogo está empatado e teve azar.

Se um defesa faz um passe imprudente e o adversário aproveita o erro, desempatando o jogo, alcançando com esse golo a vitória, o responsável pela derrota é o defesa.

Esta é a regra que se segue na apreciação de um jogo de futebol. Foi exactamente isso que ontem aconteceu no jogo que, no Estádio da Luz, opôs o Benfica ao Bayer de Leverkusen, a contar para a quarta jornada da fase de apuramento da Liga dos Campeões Europeus.

Dahal ao aliviar com a cabeça uma bola, defendida pelo guarda redes, colocou-a involuntariamente  na cabeça do atacante da equipa adversária, que fez golo, apesar de rodeado por três jogadores do Benfica. E assim se consumou uma derrota que poderia ter sido evitada se os atacantes do Benfica, Pavlidis e Bukerbakio, não tivessem falhado duas oportunidades de golo cada um, que, se convertidas, teriam assegurado uma vitória tranquila do Benfica.  

O Benfica fez um jogo cauteloso, de média intensidade, no qual o receio de o perder ou de não o ganhar, desempenhou sempre um papel mais visível do que a ousada vontade de o ganhar. Não quero dizer com isto que o Benfica jogou para empatar. Não foi isso o que se passou. O que se passou é que o Benfica não entrou em campo com a intensidade e a velocidade de quem tinha de ganhar e queria ganhar o jogo rapidamente. Não. O Benfica entrou em campo para ganhar o jogo com segurança. Sem a intenção de arriscar nem de assustar o adversário. E quando assim acontece, apesar das cautelas defensivas, que levaram a que o adversário apenas tivesse tido em todo o jogo duas oportunidades: uma construída por mérito da equipa adversária, outra oferecida pelo Benfica, o resultado final é quase sempre imprevisível.

A ausência da tal ousadia, de quem está disposto a correr riscos, deixa ficar o adversário relativamente confortável na sua missão de ir deixando correr o jogo.

A partir de agora não haverá lugar para mais cautelas. Tanto na Holanda como no Estádio da Luz, nos dois próximos jogos, o Benfica  tem de realizar dois jogos completamente diferentes dos que tem feito até agora. Com outra intensidade, com outra velocidade, com outra ambição, com a ambição de quer ganhar o jogo depressa, para, depois de ter feito a sua parte, ficar à espera do que o jogo dá.




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