"IMPORTANTE É GANHAR AO AROUCA"!
A exibição do Benfica, esta noite, em Leverkusen é uma das
páginas negras do futebol benfiquista em competições internacionais. Desde
o primeiro minuto que se evidenciou uma completa diferença de atitude entre as
duas equipas: uma pressionante, com vontade de vencer, e uma disponibilidade
física total; outra lenta, absolutamente incapaz de fugir à pressão adversária
e sem interesse especial pelo resultado do jogo.
Como é possível? Como é possível que na prova rainha do
futebol mundial haja uma equipa que encara essa competição como coisa
secundária? Tal atitude só é possível por o treinador repetidas vezes ter
mentalizado os jogadores para a irrelevância da Champions relativamente ao
campeonato nacional. Foi isso que Jorge Jesus repetidas vezes disse. Não,
seguramente, numa manifestação de desprezo pela mais importante competição mundial
a nível de clubes, mas por covardia desportiva.
Jorge Jesus temendo a valia das equipas que ia defrontar,
desvalorizou covardemente a prova mais importante que o Benfica tinha este ano
para disputar. Com isso demonstrou que é um treinador para uso doméstico ou
para jogar na 2.ª divisão europeia. Mais uma vez Jesus demonstrou que a
Champions é uma prova demasiado grande para ele. Importante é ganhar ao Arouca!
Para além desta atitude de princípio, filiada, como se já
disse, numa evidente covardia competitiva, Jesus foi absolutamente incapaz
durante todo o jogo de perceber o que se estava a passar e também deixou
evidente que não preparou a partida com a inteligência que ela exigia.
Toda a gente percebeu que o Benfica não conseguia sair a
jogar. Tentou uma, duas, trinta vezes e o resultado foi sempre o mesmo. O Bayer
fazia pressão sobre os defesas do Benfica e a bola ou se perdia nas imediações
da baliza ou se perdia perto da linha do meio-campo fosse quem fosse o jogador
que a transportava. Pois bem, se uma equipa não é capaz de sair a jogar, tem de
jogar directo, procurando, no mínimo, recuperar as segundas bolas em, pelo
menos, cinquenta por cento das vezes. E até tinha jogadores para isso. Talisca,
por exemplo, tiraria alguma vantagem de jogar de frente para a baliza
adversária. No esquema de Jesus andou completamente perdido durante todo tempo
que esteve em campo. Culpa, como é óbvio, do treinador.
Mas não foi Talisca o único jogador que andou perdido. Enzo
deve ter feito a sua pior exibição com a camisola do Benfica e Gaitan também
andou lá muito perto. Para já não falar em Cristante, manifestamente lançado às
feras.
Enfim, uma vergonha. Jesus em vez de passar o tempo a
gabar-se deveria olhar para o exemplo de Marco Silva, que, jogando
habitualmente apenas com “oito jogadores”, consegue dar ao jogo do Sporting um
brilho e um brio que o Benfica de Jesus não tem na grande competição
internacional.
Jesus gosta de jogar contra o Arouca e de alinhar na segunda
divisão europeia. É ai que se sente bem.
Em conclusão: mais uma participação falhada de Jesus na
Champions. O Benfica “já está eliminado”.
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