segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O BENFICA QUE SE CUIDE




 

UMA CAMPANHA DE GRANDES PROPORÇÕES ESTÁ EM CURSO
Moreirense-Benfica, 1-3 (crónica)
 
 

Desde a radio à televisão, passando por alguma imprensa, está em curso uma gigantesca campanha contra o Benfica com base em factos que, por vezes são verdadeiros, mas que de forma alguma justificam as conclusões que a partir deles se prtendem tirar.

Analisemos o jogo de ontem  contra o Moreirense. Há no jogo de ontem dois factos incontroversos, que acontecem em cada jornada, nos mais diversos cantos do mundo, às dezenas, sem da sua constatação se tirem outras consequências que aquelas que eles próprios encerram.

Mas não foi isso que se passou em Portugal logo a seguir ao jogo. Os dois factos incontroversos são os seguintes: nos muitos, muitos cantos que o Benfica conquistou no jogo de ontem, houve um que foi erradamente assinalado. Não era canto, era pontapé de baliza. Quantas vezes isso acontece? Mas acontece também que desse canto resultou o primeiro golo do Benfica.

Bem, que ligação existe entre os dois factos – o canto erradamente assinalado e o golo? Nenhuma, absolutamente nenhuma. Só mesmo uma mente estúpida, profundamente estúpida pode acreditar que há alguma ligação entre os dois factos. Na verdade, o jogo, depois de a bola ter saído do campo, recomeçou tendo cada uma das equipas adoptado o posicionamento que julgava mais correcto. Foi golo. E depois que ligação tem esse golo com o canto incorrectamente assinado? Se tiver, se alguém concluir que tem, então essa mente que assim pensa terá de concluir que todos os jogos colectivos, quaisquer que eles sejam, ou até os individuais, estão adulterados sempre que no seu decurso haja um erro por mínimo que seja. É que depois de esse erro nada do que se passa a seguir se teria passado do mesmo modo.

O outro facto incontroverso é o de um jogador do Moreirense ter sido expulso por palavras dirigidas ao árbitro. Que é que se pode dizer? O que diz a lei? É tudo muito claro.

Pois mal o jogo tinha acabado já um pseudocomentador da Antena 1, chamado Manuel Queirós, destilava ódio sobre a arbitragem e fazia aquilo que todos os falsos comentadores fazem: preparar o terreno para um clima de contestação generalizado à arbitragem, que, mais tarde ou mais cedo, desembocará em violência. Sim, são os falsos comentadores os verdadeiros incendiários do futebol. As claques são apenas o reflexo ou a consequência desses comentadores.

Esse senhor Manuel Queirós se tivesse falado como adepto fanático do FCP, enfim, seria lamentável que lhe tivessem dado tempo de antena (a ele como a qualquer outro fanático, seja do Benfica ou do Sporting), mas como comentador da rádio pública é francamente condenável.

Além do mais, entre outras coisas, o senhor Queirós não é inteligente. Porque se há uma lei no futebol que ordena a expulsão de qualquer interveniente no jogo por palavras indecorosas dirigidas ao árbitro como pode esse falso comentador tomar como critério de decisão aquilo que ele pensa que teria acontecido se essas mesmas palavras fossem proferidas por um jogador do Benfica? É burro e é desonesto, porque perante um facto incontroverso ele vem invocar um facto hipotético apenas existente na sua mente doentia e ressabiada.

E o que se diz do Senhor Queirós diga-se do maior vigarista do comentário desportivo português, pseudo defensor da verdade desportiva – da verdade dele, vestida fanaticamente de verde e branco. Vigarista e pérfido, um dos maiores coveiros do futebol pelo veneno que semanalmente destila contra o desporto-rei, tendo o Benfica como alvo predilecto da sua desonestidade. Neste pseudocomentador tudo nele são processos de intenção, tudo nele é maledicência da pior. A propósito do jogo do Benfica contra o Moreirense foi pena que ele não tivesse podido concluir o raciocínio que estava fazendo sobre a expulsão do jogador do Moreirense. Tudo nele se inclinava para lançar a suspeita sobre a conduta do jogador do Moreirense, como conduta ao serviço de outros interesses que não os do seu clube. Quem puder, que reveja as declarações desse inqualificável comentador e retire as conclusões. E diga depois que tipo de pessoa é esta que aparece semanalmente na televisão. Uma vergonha para o canal televisivo que o alberga, mesmo que o seu tempo de antena seja pago pelo próprio.

Perante o que se passou este fim-de-semana somado ao que se tem passado nos anteriores, o Benfica ou passa a ter uma capacidade de comunicação que até agora nunca teve ou vai ver-se mal. De facto, desde o presidente ao treinador passando pelo director de comunicação e pelos comentadores do clube ninguém está à altura deste desafio. E como a campanha é muito forte, de grande intensidade, ela não poderá deixar de ter consequências.

Além de que há uma aliança tácita entre os comentadores do Sporting e os do Porto. Os do Porto estão desesperados por o investimento não estar a dar o resultado esperado no plano interno. Estão a entrar em pânico. E os do Sporting, na esteira do seu presidente, fazem-no por ódio e despeito. Que ganhe quem ganhar desde que não sejam os vermelhos!

Finalmente, o Benfica de Jesus nunca ganhou um campeonato com o Porto a persegui-lo. Ganhou ao Braga e ao Sporting, que são, como toda a gente sabe, adversários menores relativamente ao Porto. Portanto, as previsões não podem ser muito positivas e se ao histórico aliarmos a campanha em curso essas previsões ainda ficarão mais pessimistas. Daí que não seja errado afirmar que se o Porto não voltar a perder pontos até ao fim do campeonato, o Benfica não será campeão.

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