quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

PINTO DA COSTA PREPARA A DERROTA




PINTO DA COSTA DEFENDE O LUGAR



Como qualquer ditador, Pinto da Costa só largará o poder quando a natureza o impossibilitar de continuar ou se for corrido do lugar que ocupa. Não obstante o seu passado ao serviço do FC Porto, nunca esteve tão perto de ser “expulso” do lugar que ocupa como este ano. São muitas as vozes que o culpam dos sucessivos insucessos da equipa em três épocas consecutivas – que até poderiam ter sido cinco se não tivesse acontecido o que todos sabemos…-, a ponto de este ano considerarem indesculpável o fraco rendimento da equipa depois de tão grande investimento.

Pinto da Costa sabe tudo isso. Sabe que “deu” a Paulo Fonseca um dos piores plantéis do Porto contemporâneo; sabe que contratou um treinador incompetente a quem concedeu, como a nenhum outro, o direito de escolher os jogadores que quis (a “famosa armada espanhola”) e sabe também que está hoje muito longe de poder desempenhar fora do campo o grande papel que noutros tempos soube com muito êxito pôr em prática.

E como, não obstante a sua grande paixão clubista, sabe perfeitamente que o Porto deste ano não vai longe, não apenas por ter começado mal e ter sido incompetentemente dirigido, mas também porque lhe faltam, em zonas nevrálgicas do campo, os artistas que noutras ocasiões já teve, é que Pinto da Costa trata de valorizar os pequenos sucessos que a fortuna lhe concedeu para, por antecipação, tentar atenuar os insucessos que ai vem. E para isso nada melhor do que através de comparações que ele sabe serem falsas estar já a preparar os adeptos para as derrotas que estão à porta.

Quando Pinto da Costa afirma que o Dortmund não é o Benfica, apenas se limita a fazer uma constatação evidente. Mas quando além disso acrescenta que só por brincadeira se poderia supor tal coisa, o que Pinto da Costa pretende dizer é que o Borússia de Dortmund, não obstante as suas limitações, não irá certamente desperdiçar as oportunidades de golo que o Benfica perdeu só na primeira parte do seu confronto com o Porto.

Pinto da Costa sabe, como sabe qualquer outro espectador, que, só na primeira parte do jogo contra o Benfica, o Porto, além do golo que sofreu, poderia ter sofrido mais três e partir para o segundo tempo já goleado. Bastava que Pizzi, Mitroglou e Samaris não tivessem falhado o que normalmente não falham. Bem poderia Casillas ter feito a exibição que fez, defendendo os remates de Jonas (primeiro tempo) e de Mitroglou, Gaitan e Martins Indi (segunda parte) que ninguém tiraria ao Porto uma goleada.

Ora, é este espectro que Pinto da Costa tem em mente e cuja concretização teme.

Aliás, há outros indícios da perturbação que actualmente reina no Porto. A crítica à arbitragem no jogo contra o Arouca é digna dos psicopatas do Sporting pelas ligações inverosímeis estabelecidas entre factos que não tem entre si qualquer conexão. Sendo certo que o árbitro anulou ao Porto um golo válido, é também indiscutível que quando tal aconteceu ainda faltava jogar muito jogo, como certo é que depois desse evento o Arouca marcou. Ligar a anulação desse golo ao facto de o árbitro ser irmão de um ex-árbitro pertencente à comissão de arbitragem (ex-árbitro esse que o Porto gostaria de ver a dirigir a arbitragem portuguesa) e à circunstância de um dos adjuntos de Lito Vidigal, treinador do Arouca, ser filho do presidente da comissão de arbitragem é algo que até à data só estava ao alcance das mentes doentias e pequeninas do Sporting.

Em conclusão: muito vai ter de falar Pinto da Costa durante o que resta para o termo da época se quiser tentar novamente ser presidente do Porto no próximo mandato. Todavia, por muito que fale vai ter dificuldade em enganar os adeptos mais lúcidos do seu clube que há muito já perceberam que a “máquina” deixou de funcionar e que ele não é mais o timoneiro que outrora já foi.
Os rivais agradecem a sua continuação...

Sem comentários: