SAMARIS DEVE FICAR
Não tenho estado presente aqui no blogue, mas isso não significa que não
tenha seguido com a máxima atenção tudo o que se passa desde que Bruno Lage
tomou conta da equipa.
A recuperação sob a égide do novo treinador foi notável e ficará certamente
como um dos marcos mais notáveis da Liga portuguesa de futebol. Recuperar sete
pontos de desvantagem e passar do quarto lugar para o primeiro isolado, somando
àqueles sete pontos mais dois é um feito extraordinário em qualquer campeonato.
É essa extraordinária recuperação que está sendo alvo de muita inveja
e, pior do que isso, de muita calúnia. Mas esse é um problema com que o Benfica
não deve preocupar-se.
O que é importante é que a equipa saiba manter até ao fim o equilíbrio
emocional e consiga render o que está ao alcance dos seus jogadores.
Nos últimos três jogos o Benfica acusou, mais do que seria normal, a
pressão de vencer. Quem está de fora acha que alguns jogadores mais experientes
teriam sido úteis nestes jogos. É certo que o Benfica venceu os três, marcando
12 golos e sofrendo 4 no conjunto, mas nem a expressividade destes números, nem
as vitórias, que são o que mais interessa, apagam os largos períodos de
incerteza por que a equipa passou.
Bruno Lage tem, na Liga portuguesa, números invejáveis – 17 vitórias e
um empate, várias dezenas de golos marcados e pouco mais que uma dezena e meia sofridos
– e tem também proporcionado excelentes exibições na maior parte dos jogos.
Tudo isto não tira que os adeptos, ou, pelo menos, alguns adeptos, não achem que
há certos jogadores que deveriam ser mais utilizados, principalmente quando os
que estão em campo não rendem o que deles se espera.
No último jogo, em Vila do Conde, foi notório, como já noutras ocasiões
tinha sido, a falta que um jogador como JONAS faz à equipa. É nossa convicção
que Jonas deve jogar mais e é igualmente incompreensível, para não dizer
inaceitável, que Jonas entre a um ou três minutos do fim. Jonas tem sido de um
profissionalismo inexcedível e de uma dedicação à prova de toda a ofensa, mas
há coisas que não se fazem. E esta é uma delas. Jonas deve jogar mais e não
deve, não pode, entrar a um minuto do fim do jogo.
Outros jogadores, igualmente experientes, deveriam também jogar mais,
nos casos em que a sua presença representaria um acréscimo de valor
relativamente a quem está lá dentro. Neste contexto, uma palavra de muita simpatia
e apreço também para Gedson que, sempre que é chamado, tem sabido cumprir com
brilho.
Outro caso de difícil compreensão para os adeptos é a não renovação de
Samaris. Samaris tem sido um dos grandes obreiros desta extraordinária
recuperação. Tem sido capaz de dar à equipa tudo o que ela precisa, não
obstante o ostracismo a que durante largos meses foi votado. Os adeptos não
compreenderiam que Samaris partisse para um clube rival ou para outras paragens
quando se gasta impunemente muitos milhões em contratações falhadas.
Finalmente, uma palavra de crítica pela eliminação da Liga Europa, por
se tratar de uma competição que o Benfica teria todas as condições para ganhar.
O jogo de Frankfurt fica certamente como o pior momento da época. Mais do que qualquer
outra derrota, aquela contra um adversário que não estava á altura do Benfica,
´é algo que não se pode esquecer nem perdoar, por mais brilhantes que sejam
outras vitórias.
1 comentário:
Interromper o silêncio para vir dizer isto? Estava melhor então...
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