quarta-feira, 28 de abril de 2021

PARABÉNS HUGO MIGUEL



NO "CIRCO" DE MOREIRA DE CÓNEGOS MONTADO PELO FCP

Para falarmos sobre o que se passou em Moreira de Cónegos comecemos pelo que se passou dentro do campo, tanto durante o jogo como depois deste terminado.

 Na última década o Porto tem tido muitas dificuldades em Moreira de Cónegos. Ou perde ou empata. Só ganhou uma vez. Como toda a gente sabe, o Porto não aceita a arbitragem de nenhum árbitro cujo desfecho termine num empate ou numa derrota. Ressuscitando velhos demónios, o Porto volta a entender, depois de um jejum de vários anos, que os árbitros têm a obrigação de lhes assegurar a vitória nos jogos em que o arbitram. Se a vitória não acontece, o árbitro vai sofrer as consequências. No passado as consequências eram conhecidas, além das ameaças e até das agressões de que nunca se descobria o autor, o Porto boicotava completamente a carreira desse árbitro. Não o deixava arbitrar a maior parte das vezes e se continuasse a dar provas de que não estava regenerado era rebaixado para o escalão inferior.

Hoje, as coisas são diferentes e o Porto tem de levar com os árbitros de que gosta e de que não gosta. Os que não gosta passam a estar sujeitos ao repetido e reiterado enxovalho no fim de cada jogo na presença seja de quem for, sempre que o resultado não for uma vitória. Chamam-lhes ladrões, insultam-nos com todos os nomes que lhes ocorre de ameaçam-nos quanto mais não seja por interpostas pessoas,  vendo-se os árbitros na necessidade de circular nos pais com a protecção de um guarda-costas, normalmente um agente policial.

Na passada segunda-feira, antevendo as dificuldades do jogo, eles montaram uma estratégia que tinha em vista obrigar o árbitro, mediante pressões sucessivas e sempre muito espectaculares, a marcar uma ou várias grandes penalidades que lhes assegurasse a vitória no jogo.

Ao rever o jogo com cautela e inteligência, percebe-se perfeitamente qual foi a estratégia: como o campo do Moreirense é de dimensões reduzidas, o treinador do Porto durante toda a semana treinou os seus jogadores para sucessivas incursões individuais na área do Moreirense com vista a provocar contactos dos quais haveriam de sair, com simulações mais ou menos credíveis, as desejadas grandes penalidades. No fim de cada uma destas jogada, se o árbitro não assinalasse o desejado penalty, montava-se o habitual coro de protestos em consequência dos quais mais tarde ou mais cedo haveria de resultar o inevitável penalty.    

É difícil encontrar no campeonato português ou em qualquer outro um jogo com tantas jogadas pretensamente polémicas dentro da área, todas elas construídas com o objectivo de levar o árbitro à marcação dos famigerados penalties. À medida que o tempo passava e a vantagem do Moreirense se consolidava, o nervosismo aumentava e as simulações eram cada vez mais toscas e desesperadas.

Sem as enumerar todas, podemos começar por uma palhaçada de Pepe que tenta desesperadamente um contacto com o jogador do Moreirense, metendo-lhe a perna à frente para o impedir de despachar a bola e logo que sente de raspão um ínfimo toque na meia, deita-se desengonçadamente para o chão a berrar que nem uma vitela recém-nascida. Este é o primeiro penalty que eles reclamam.

Depois é o Martinez, que até não tinha esta prática, tanto em Espanha como no Famalicão, mas que rapidamente a adquiriu no Porto para poder ombrear com Taremi na disputa de um lugar na frente de ataque, que consegue, finalmente, por ingenuidade do jogador do Moreirense o desejado contacto, que ele agravou, com receio que não fosse marcado, arrastando a perna direita para a direita da sua marcha para ter a certeza que dessa vez o jogador do Moreirense haveria de tropeçar nela. Hugo Miguel assinalou penalty que deu golo e o empate.

Logo a seguir, o miúdo Porto, muito franzino, mas já com uma considerável dose de manha no corpo, não aguentou o contacto com um jogador fisicamente muito mais forte e projecta-se para o ar chiar que nem uma gata. Hugo Miguel, como é óbvio, mandou seguir. E este é outro penalty que eles reclamam. Na sequência desta jogada o superbatoteiro Taremi faz uma simulação tosca e levou o cartão amarelo.  Desta vez não tiveram lata para pedir penalty

Ainda houve mais uma cena deste teatro feito pelo Porto que foi o derrube de Luís Diaz fora da área, mas perto da linha. Mais uma vez os restantes jogadores do Porto queriam penálty, quando é óbvio para toda e qualquer pessoa que veja as imagens que o pé que é atingido e do qual resulta o derrube do jogador é o pé direito que está fora da área. E este era mais um penalty que eles queriam.

O jogo terminou a seguir, mas depois seguiu-se o que já é habitual nestas circunstâncias com o Porto. Alguns jogadores rodearam a equipa de arbitragem a pedir satisfações e a protestar, a que se juntaram logo a seguir os arruaceiros vindos do banco comandados pelo treinador, que insultou o árbitro com ar agressivo, tendo desta vez sido acompanhado pelo assessor de imprensa que, de cabeça completamente perdida, deixou a impressão de queria agredir o árbitro e só não o terá feito porque o director de futebol do Porto, com muita dificuldade, o impediu de prosseguir o seu propósito agressivo.

Hugo Miguel em condições dificílimas fez um excelente trabalho, sabendo resistir à batota das simulações

1 comentário:

Anónimo disse...

Lamentável é que os colegas dos árbitros, na reserva, como esse covarde do Duarte Gomes, em vez de defender o Hugo Miguel num jogo dificilimo e cheio de truques, foi enterrá-lo na Bola. Fez isso porque é um lacaio do Porto. Tens-lhes medo. É covarde.