ESCOLHA DE TREINADOR OU MAIS QUE ISSO?
Depois de uma pequena novela em que os seus guionistas nunca
conseguiram impedir que os espectadores soubessem antecipadamente o seu fim, o
presidente do Porto e o treinador, Sérgio Conceição, assinaram ontem um contrato
que os ligará nos próximos três anos.
Durante o tempo em que novela durou e em que muito se ia
falando sobre as discussões ou divergências que estava havendo sobre o guião –
mais dinheiro, melhores jogadores, mais “mimo” – os adeptos que o FCP tem
espalhados pelaas televisões sob a designação de “jornalistas” iam veiculando a
tese de que o problema não era dinheiro (é algo que sempre fica bem dizer que o
dinheiro não é importante); melhores jogadores, certamente, mas qual é o
treinador que não quer melhores jogadores? ficando, por fim, como pressuposto
mais difícil de preencher aquele que lhe proporcionava mais afago e que mais
enaltecia a sua paixão pelo clube – mais “mimo” era o que ele queria.
O pérfido Vítor Pinto do Record/CMTV/Cofina um dos especialistas
a que o Porto mais recorre para a contra-informação ou para o enaltecimento das
“virtudes azul e brancas” foi-se encarregando de explicar que a grande mágoa de
Sérgio Conceição era a de sentir-se sozinho na defesa do FCP. Muito isolado e
muito atacado sem que um ombro amigo, uma voz carinhosa ou uma defesa musculada
viessem em seu auxílio. Esse era o seu grande problema e o que verdadeiramente
estava a emperrar a conclusão das negociações.
Por outras palavras, embora mantendo-nos fiéis à ideia, o que
foi dito por aquele porta-voz do FCP e aquilo com que podemos contar com esta
renovação é que Sérgio Conceição quer continuar a insultar e a pressionar os
árbitros, sempre que o Porto perca pontos, mas não quer ficar sozinho nesses
insultos nem nessas pressões, quer que outros o acompanhem nesses insultos e
nessas pressões e venham defendê-lo nas televisões. Isto levará a que a
direcção do Porto tenha de recrutar mais uns quantos porta-vozes para fazer
este trabalho e proíba aos que já lá estão toda e qualquer espécie de censura
ou crítica aos “exemplares” comportamentos do seu treinador.
Bem, tendo
por certo que na próxima época as pressões sobre os árbitros vão aumentar
atingindo a intensidade que for necessária, a nossa convicção é que Pinto da
Costa e o seu treinador estão também a tratar de problemas sucessórios - a
substituição do “chefe”. Não obstante os vários pretendentes ao lugar – Rui
Moreira, Vítor Baía, António Oliveira, André Villas Boas - não me admiraria
mesmo nada que Pinto da Costa aposte numa personalidade tipo Sérgio Conceição
para lhe suceder por ser de todos os que se perfilam aquele que mais se
assemelha ao mandatário vacante. Com
este treinador o ADN de ódio e de guerra contra todos os que não os apoiem
estará garantido por mais umas décadas.
1 comentário:
Todos sabiam que ele não saía, porque a não ser no clube atual não há quem lhe garanta pressões sobre os árbitros e a escolha dos mesmos. Tal como um outro que se julga o inventor do pontapé na bola, ninguém os quer no chamado "mundo civilizado da bola". Só se for na Grécia, Turquia, Arábias ou Brasil onde qualquer um ganha alguma coisa.
O empresário, ou ele próprio através da imprensa amiga, atirou o barro á parede, mas não pegou, os Clubes que ele pretendia puseram-se logo ao fresco, contratando Treinadores para que não ficassem com a ideia errada. Qualquer Clube de bem, não admite comportamentos semelhantes ao do arruaceiro em causa.
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