terça-feira, 2 de novembro de 2021

O BENFICA DE HOJE

 

UM RETRATO DO BENFICA

Para muitos, entre os quais me incluo, avizinha-se uma “tragédia” de proporções superiores à da última época. A série negra de seis jogos, com duas vitórias, uma obtida no último segundo perante um adversário que não merecia perder e outra no prolongamento, também pouco merecida, perante uma equipa mal colocada na divisão inferior, dois empates, e duas derrotas, seguida de dois jogos de grande dificuldade – Bayern e Braga – e tendo ainda que defrontar o Sporting e o Porto na primeira volta do campeonato não deixa antever nada de bom.

Por que acontece isto? Dizem alguns, porque o Benfica não tem uma cultura vencedora. Como não sei bem o que isso significa, prefiro dizer que o Benfica tem dois problemas para os quais não vejo solução a curto prazo, tanto mais que já passou tempo mais do que suficiente para os ter resolvido. Esses problemas consistem no seguinte: o Benfica não sabe o que há-de fazer com a bola, mas também não sabe o que há-de fazer sem ela. E sem dominar estes dois princípios nenhuma equipa, por mais garra que tenha, por mais esforçada que seja, nunca será uma grande equipa vencedora.

Na segunda década do século XXI o Benfica demonstrou em várias épocas e com diferentes treinadores que dominava aqueles dois princípios, depois, a partir daquele fatídico jogo contra o Porto em que perdeu por 3-2, o Benfica nunca mais se encontrou.

O Benfica de Bruno Laje apresentou-se no Dragão com sete pontos de vantagem: se empatasse mantinha a diferença, se ganhasse aumentava-a para dez. O momento fatídico desse jogo acontece quando estando o Benfica empatado por 1-1, dando boa réplica ao Porto,  o VAR resolveu assinalar um penalty contra o Benfica por Ferro ter sido empurrado por um jogador do Porto e em consequência desse empurrão ter desequilibrado Soares. O árbitro bem colocado nada marcou, mas o VAR intervindo indevidamente e facultando ao árbitro imagens truncadas (porque estavam deturpadas, não mostrando todo o lance), incitou-o a marcar penalty. Curiosamente quando a Jogada ainda corria Pepe agrediu a soco Taarabt, o árbitro aparentemente não viu e o VAR fez que não viu, perdoando assim a expulsão de PEPE como de resto já tinha evitado a expulsão de Marega no início do jogo por jogo muito perigoso contra o mesmo Taarabt.

A partir desse jogo, Ferro que era então grande estrela nascente na defesa do Benfica, a ponto de ter logo sido chamado à selecção e pela generalidade da crítica tido como melhor do que Ruben Dias, nunca mais se encontrou, caindo, caindo sempre a ponto de ter sido afastado da equipa principal, emprestado, regressado mas sem que o treinador conte com ele. E o Benfica seguiu-lhe as pisadas. Também nunca mais se encontrou. Nesse ano perdeu com muita facilidade a vantagem que ainda conservava depois da derrota no Porto, acabando o campeonato a 5 pontos do Porto! No ano subsequente perdeu os cinco pontos de vantagem que chegou a ter no início do campeonato, caindo, caindo sempre daí para a frente ficando a uns longínquos 9 pontos do Sporting e a 5 do Porto. Esta época já perdeu à 10.ª jornada os 4 de vantagem que chegou a ter, jogando mal a maior parte dos jogos e agravando todos os males que foi acumulando nas duas épocas anteriores. 

O Benfica não tem um jogo suficientemente vertical para criar oportunidades de golo e nas jogadas de envolvimento pelas alas não tem o discernimento suficiente para criar as oportunidades correspondentes aos espaços que, por vezes, vai abrindo. Nos contra-ataques, o jogador que conduz a bola raramente define bem o último passe. Os cantos e os livres perto da área são todos desaproveitados. Não tem um único rematador de meia distância, nem os jogadores tentam esse tipo de lances Continua frágil a defender, pressionando pouco e com inconstância o adversário.  Sofre golos de bola parada com alguma facilidade. Piora o regimento com o decurso do tempo, quanto mais perto do fim está menos joga, e mais vulnerável se torna. Em conclusão, com excepção da defesa em linha, buscando o off side do adversário não se vê mais nada de trabalhado no Benfica. Vêm-se muitos passes inúteis para o lado e para trás, um jogo sonolento, nada entusiasmante e pouco mais.

E o pior de tudo é que os adeptos percebem que ninguém percebe o que se está a passar como diagnóstico indispensável à superação do que está mal. Oxalá me engane. 

Para muitos, entre os quais me incluo, avizinha-se uma “tragédia” de proporções superiores à da última época. A série negra de seis jogos, com duas vitórias, uma obtida no último segundo perante um adversário que não merecia perder e outra no prolongamento, também pouco merecida, perante uma equipa mal colocada na divisão inferior, dois empates, e duas derrotas, seguida de dois jogos de grande dificuldade – Bayern e Braga – e tendo ainda que defrontar o Sporting e o Porto na primeira volta do campeonato não deixa antever nada de bom.

Por que acontece isto? Dizem alguns, porque o Benfica não tem uma cultura vencedora. Como não sei bem o que isso significa, prefiro dizer que o Benfica tem dois problemas para os quais não vejo solução a curto prazo, tanto mais que já passou tempo mais do que suficiente para os ter resolvido. Esses problemas consistem no seguinte: o Benfica não sabe o que há-de fazer com a bola, mas também não sabe o que há-de fazer sem ela. E sem dominar estes dois princípios nenhuma equipa, por mais garra que tenha, por mais esforçada que seja, nunca será uma grande equipa vencedora.

Na segunda década do século XXI o Benfica demonstrou em várias épocas e com diferentes treinadores que dominava aqueles dois princípios, depois, a partir daquele fatídico jogo contra o Porto em que perdeu por 3-2, o Benfica nunca mais se encontrou.

O Benfica de Bruno Laje apresentou-se no Dragão com sete pontos de vantagem: se empatasse mantinha a diferença, se ganhasse aumentava-a para dez. O momento fatídico desse jogo acontece quando estando o Benfica empatado por 1-1, dando boa réplica ao Porto,  o VAR resolveu assinalar um penalty contra o Benfica por Ferro ter sido empurrado por um jogador do Porto e em consequência desse empurrão ter desequilibrado Soares. O árbitro bem colocado nada marcou, mas o VAR intervindo indevidamente e facultando ao árbitro imagens truncadas (porque estavam deturpadas, não mostrando todo o lance), incitou-o a marcar penalty. Curiosamente quando a Jogada ainda corria Pepe agrediu a soco Taarabt, o árbitro aparentemente não viu e o VAR fez que não viu, perdoando assim a expulsão de PEPE como de resto já tinha evitado a expulsão de Marega no início do jogo por jogo muito perigoso contra o mesmo Taarabt.

A partir desse jogo, Ferro que era então grande estrela nascente na defesa do Benfica, a ponto de ter logo sido chamado à selecção e pela generalidade da crítica tido como melhor do que Ruben Dias, nunca mais se encontrou, caindo, caindo sempre a ponto de ter sido afastado da equipa principal, emprestado, regressado mas sem que o treinador conte com ele. E o Benfica seguiu-lhe as pisadas. Também nunca mais se encontrou. Nesse ano perdeu com muita facilidade a vantagem que ainda conservava depois da derrota no Porto, acabando o campeonato a 5 pontos do Porto! No ano subsequente perdeu os cinco pontos de vantagem que chegou a ter no início do campeonato, caindo, caindo sempre daí para a frente ficando a uns longínquos 9 pontos do Sporting e a 5 do Porto. Esta época já perdeu à 10.ª jornada os 4 de vantagem que chegou a ter, jogando mal a maior parte dos jogos e agravando todos os males que foi acumulando nas duas épocas anteriores. O Benfica não tem um jogo suficientemente vertical para criar oportunidades de golo e nas jogadas de envolvimento pelas alas não tem o discernimento suficiente para criar as oportunidades correspondentes aos espaços que, por vezes, vai abrindo. Nos contra-ataques, o jogador que conduz a bola raramente define bem o último passe. Os cantos e os livres perto da área são todos desaproveitados. Não tem um único rematador de meia distância, nem os jogadores tentam esse tipo de lances Continua frágil a defender, pressionando pouco e com inconstância o adversário.  Sofre golos de bola parada com alguma facilidade. Piora o regimento com o decurso do tempo, quanto mais perto do fim está menos joga, e mais vulnerável se torna. Em conclusão, com excepção da defesa em linha, buscando o off side do adversário não se vê mais nada de trabalhado no Benfica. Vêm-se muitos passes inúteis para o lado e para trás, um jogo sonolento, nada entusiasmante e pouco mais.

E o pior de tudo é que os adeptos percebem que ninguém percebe o que se está a passar como diagnóstico indispensável à superação do que está mal. Oxalá me engane.

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