quinta-feira, 13 de outubro de 2022

O BENFICA NA LIGA DOS CAMPEÕES

 

O BENFICA NA LIGA DOS CAMPEÕES

Num grupo difícil em que está incluída uma superequipa, sem história, é certo, mas com muito dinheiro e jogadores de valor incalculável (PSG) e uma outra (Juventus) com pergaminhos quase equiparados aos do Benfica – historicamente, no plano interno, o Benfica tem 37 campeonatos e a Juve 36, sendo nove deles consecutivos conquistados neste século. A Juventus tem ainda 91 participações no campeonato italiano, menos uma que o total de ligas disputadas, por penalização, visto ter sido desqualificada (em 2004/2005) e rebaixada à segunda liga (série B) no ano seguinte. Nas competições internacionais (Taça dos Campeões e Liga dos Campeões) o Benfica tem 2 vitórias e 5 derrotas na final; a Juventus tem as mesmas vitórias (2) e mais uma derrota nas finais (6).  

Tanto na competição deste ano como na do ano passado, o Benfica esteve incluído em grupos fortes, tendo nestas duas participações até ao momento averbado apenas 3 derrotas (2 contra o Bayern de Munique e 1 contra o Liverpool), 6 empates (Dínamo de Kiev, Barcelona, Ajax, Liverpool e PSG (2) e 5 vitórias (Dínamo de Kiev, Barcelona, Ajax, Maccabi Haifa e Juventus). O ano passado o Benfica alcançou os quartos de final e este ano está bem posicionado para passar à fase seguinte. Isto sem contar os oito jogos que teve de realizar para participar na fase de grupos, nos quais registou 0 derrotas, 2 empates e 6 vitórias)

Quer isto dizer que o Benfica europeu está de regresso. De regresso na primeira e mais importante competição de clubes do mundo, já que foi nesta que o Benfica se fez grande e mundialmente conhecido.

O passo seguinte que é preciso dar sem receio é assegurar a presença dos principais jogadores da equipa quaisquer que sejam as propostas apresentadas, salvo se for “batida” a cláusula rescisão, facto que nunca ou quase nunca acontece (o único caso que recordo é o de Figo do Barcelona para o Real Madrid; o de João Félix foi um simples negócio em que o Benfica esteve envolvido por vontade própria, algo muito diferente da situação anterior). Se o Benfica precisar de vender para equilibrar as suas contas, em virtude de uma “folha salarial” onerosa e de encargos financeiros inevitáveis (obrigações), deverá tanto quanto possível preservar os mais valiosos e com mais futuro, adiando a sua venda um ou dois anos e tentar pôr no mercado aqueles que possam, não obstante o seu valor, ser substituídos mais facilmente. Por outras palavras: jogadores como António Silva, Enzo Fernandez, Florentino não podem ser negociáveis, salvo pagamento da cláusula de rescisão sem negociações (se não houver negociações também não haverá comissões a pagar a ninguém). Importante é também não cair em loucuras com jogadores em fim de carreira ou em fim de contrato por mais emblemáticos que eles sejam, nomeadamente se o plantel já dispuser de substitutos à altura, a menos que as prorrogações sejam por um curto período tempo – um ano no caso dos mais velhos e dois nos restantes. Fundamental é também manter o treinador, algo que já depende de outros envolvimentos, mas que certamente será tanto mais fácil quanto menos “devastadoras” forem as vendas realizadas.

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