O PORTO E AS
ARBITRAGENS
Foi decepcionante para os benfiquistas o empate desta noite
na Luz contra o FC Porto. A decepção não decorre tanto do modo como o jogo
decorreu, mas das expectativas que os benfiquistas nele punham: uma vitória que os deixaria realmente isolados.
O jogo iniciou-se sob o signo do golo. Em poucos minutos dois
golos para cada equipa fizeram supor que a partida poderia terminar com score
invulgar. Infelizmente não foi assim e o jogo acabou tal como ficou nos
primeiros dezasseis minutos.
Sem embargo, não foi tanto por mérito de ambas as equipas que
os golos surgiram, mas por falhas inacreditáveis de ambas as defesas. Se não
vejamos: o primeiro golo do Porto resulta de uma falha inconcebível da defesa
do Benfica que deixou passar uma bola perfeitamente ao seu alcance. O segundo
golo do Porto é simplesmente inacreditável: por muitas que tenham sido as
grandes exibições de Artur na baliza do Benfica, o certo é que também
tem pautado as suas intervenções com erros e falhas inacreditáveis. O segundo golo Porto
é o exemplo acabado do que acabamos de dizer. Por outro lado, o segundo golo do
Benfica resulta também de um falhanço inaceitável de Otamendi.
Golo, grande golo, apenas o de Matic, que foi sem dúvida o homem do jogo. Não apenas pelo golo, mas pelo que jogou e fez jogar durante todo o jogo.
Dito isto, tem de reconhecer-se que o Porto colectivamente
esteve melhor do que o Benfica. Não que o Benfica tenha estado mal, o que
esteve foi abaixo do seu nível médio e da eficácia que os seus adeptos
esperavam.
A vitória poderia ter caído para qualquer dos lados, embora
tivesse sido o Benfica, do ponto de vista das oportunidades perdidas, que mais
perto esteve dela. Aos setenta e oito minutos Cardozo que tão endeusado tinha
sido durante a semana e até antes do jogo, acabou por perder a oportunidade
mais flagrante de toda a partida: isolado perante Helton atirou para o pior lado permitindo
ao guarda-redes do Porto uma excelente defesa.
No fim, frustração de ambas as partes. Do lado do Benfica pela
não concretização das expectativas existentes; do lado do Porto, por se ter deparado
durante o jogo com facilidades bem superiores às esperadas.
A arbitragem esteve no essencial bem e equilibrada. Do ponto
de vista técnico pode ter havido dois off sides mal assinalados ao Porto,
embora em ambos os casos a decisão tenha porventura errado por poucos,
pouquíssimos, milímetros. Do ponto de vista disciplinar, João Ferreira poderia
ter transformado facilmente o jogo numa partida de futebol muito nervosa e quase
incontrolável. Bastava que tivesse mostrado muito mais cedo o cartão amarelo a
Moutinho, que fez mais do que um terço de todas as faltas do Porto, e expulsado
ou, no mínimo, advertido Mangala por entrada brutal sobre Cardozo.
Não o fez e fez bem. Como fez bem não ter mostrado o segundo
amarelo a Maxi no fim do jogo ou a Matic por volta do minuto oitenta.
As declarações do treinador do Porto são claramente de um
homem nervoso, que se sente inseguro no lugar que ocupa, e que se presta a
todos os fretes que o “grande Chefe” lhe exige, mesmo que para isso tenha de recorrer
à ordinarice e ao ridículo. Foi o que aconteceu esta noite ao recusar participar na conferência de imprensa com total desprezo pelos jornalistas presentes...que, de resto, não se queixam. Enfim, eles lá sabem poquê...
Minutos mais tarde, o “grande Chefe” veio atacar a arbitragem
com a sua costumada conversa ordinária sempre que não a pode controlar.
Quando o "grande Chefe" ou os seus apaniguados, sejam eles comentadores ou jornalistas, criticam a arbitragem ou atacam com ferocidade a crítica isso significa que o Porto (ainda) não controla esses árbitros ou esses jornalistas desportivos. De facto, são raros os árbitros
e os jornalistas que o Porto ataca…raridade obviamente pelas piores razões.
Só a grande falta de vergonha do “grande Chefe” e dos seus apaniguados
lhes permite falar de arbitragem!
O treinador do Benfica abordou jogo e falou sobre ele de modo
completamente diferente, quer quanto ao jogo quer quanto à arbitragem, quer
mesmo quanto à equipa adversária cuja prestação começou por elogiar logo no
início da sua intervenção.
Lá mais para Maio/Junho perceber-se-á se esta é uma
estratégia do Benfica quanto à arbitragem ou de Jorge Jesus. E talvez se
perceba também por que razão o treinador do Porto estava tão nervoso e
malcriado…
4 comentários:
ve-se que és vermelho.
Luis Fabiano, o melhor jogador do mundo. É melhor que Pelé, Adriano, Romário, Ronaldo, Elano, Kaká, Rivaldo e juntos. Eu o conheci em um centro de citopatologia, passou com sua esposa. Boa pessoa, simples.
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