JORGE JESUS “VÍTIMA” DA
SUA MÁ CRIAÇÃO
É no mínimo surpreendente o modo como a RDP iniciou hoje o
seu programa de desporto das 12h30m. Diz o locutor, lendo o sumário, que será
tratado o caso Jonas/Jesus no fim da Supertaça, a transferência de Jimenez,
etc, etc.
Antes de mais é bom que se diga que não houve no fim do jogo
Benfica-Sporting do último domingo nenhum caso Jonas/Jesus. Jonas não se meteu
com ninguém. Seguia para os balneários como os seus colegas de equipa. Quem se
meteu com Jonas foi Jesus que lhe deu uma valente “tapa” (para usar a
terminologia brasileira) no pescoço quando Jonas passava perto dele. Perante o
insólito e agressividade do falso carinho, Jonas, como é óbvio, reagiu, olhando
para Jesus com cara de poucos amigos, no que logo foi apoiado por vários
jogadores do Benfica.
Portanto, se houve algum caso no termo do jogo, não foi um
caso Jonas/Jesus, mas Jesus/Jonas.
O pior, porém, veio depois. Sem que se conheça a pergunta e a
descrição do acontecimento, a RDP ouve o comentário de um ex-treinador de Jonas
(Celso Roth), do Grémio de Porto Alegre, que se mostra muito surpreendido com o
comportamento do seu ex-pupilo. Descreve a personalidade de Jonas, como jogador
intelectualizado, inteligente, educado e critica o que lhe dizem ter sido o seu
comportamento. E insiste na crítica, agravada por o dito acontecimento ter
ocorrido com o seu anterior treinador. Frisa, porém, por mais de uma vez, que
não viu o que se passou, por a essa hora estar a dirigir um jogo.
Qualquer pessoa percebe imediatamente que o relato que a RDP
fez ao ex-treinador de Jonas do que se passou no fim do jogo não só foi tendenciosamente
descrito, como é manifestamente falso. A RDP não se limitou a manipular os
factos; actuou covardemente por nem sequer ter tido a coragem de pôr no ar a
descrição que fez dos factos ao ex-treinador de Jonas.
No futebol já estamos habituados a todo o tipo de vigarices.
Desde o arautos da “verdade desportiva”, propagandeada pelos maiores escroques
do comentário e do dirigismo desportivo, até ao comentário dos adeptos, passando pela
manipulação ou ocultação de imagens, vale tudo. O que ainda não tínhamos visto
era a estação pública radiofónica esconder a sua própria descrição de um
acontecimento quando pede a um terceiro, que o não presenciou, o seu comentário
sobre o mesmo.
Jorge Jesus mais uma vez demonstrou que ainda não percebeu
que não é treinador do Benfica. É compreensível que lhe custe digerir a
passagem de um grande clube para um clube pequeno. Mas vai ter de se habituar.
Além do mais, com a sua incultura e a sua pouca ou nenhuma educação, também
ainda não compreendeu que ao desrespeitar os jogadores do Benfica, como
sistematicamente tem feito desde que saiu do clube, não só está a ofender esses
jogadores, como também está a apoucar-se perante os jogadores que agora treina.
Que consideração e que respeito na verdadeira acepção da palavra poderão ter os
jogadores por um treinador que os considera simples marionetes do seu cérebro privilegiado?
Que reclama para si todos os méritos das vitórias a ponto de deixar dito ou
subentendido que sem ele nada teria sido alcançado?
Foi isto, tanto quanto se percebe, o que, já depois de
serenados os ânimos, Jonas foi dizer a Jesus quando este já se encontrava no
autocarro do Sporting – “Tu deves respeitar os jogadores do Benfica”. Grande Jonas!
Na conferência de imprensa, Jesus, como é seu hábito, mentiu descaradamente,
dando uma versão idílica dos factos. Já assim tinha feito muitas outras vezes sem
nunca enganar ninguém.
Apenas se espera, depois de tudo o que se viu e o que se
ouviu, que Joaquim Rita volte a dizer que “Jesus é reles!”
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