terça-feira, 11 de agosto de 2015

A MANIPULAÇÃO DA RDP


 

JORGE JESUS “VÍTIMA” DA SUA MÁ CRIAÇÃO
Jonas foi pedir
 

 

É no mínimo surpreendente o modo como a RDP iniciou hoje o seu programa de desporto das 12h30m. Diz o locutor, lendo o sumário, que será tratado o caso Jonas/Jesus no fim da Supertaça, a transferência de Jimenez, etc, etc.

Antes de mais é bom que se diga que não houve no fim do jogo Benfica-Sporting do último domingo nenhum caso Jonas/Jesus. Jonas não se meteu com ninguém. Seguia para os balneários como os seus colegas de equipa. Quem se meteu com Jonas foi Jesus que lhe deu uma valente “tapa” (para usar a terminologia brasileira) no pescoço quando Jonas passava perto dele. Perante o insólito e agressividade do falso carinho, Jonas, como é óbvio, reagiu, olhando para Jesus com cara de poucos amigos, no que logo foi apoiado por vários jogadores do Benfica.

Portanto, se houve algum caso no termo do jogo, não foi um caso Jonas/Jesus, mas Jesus/Jonas.

O pior, porém, veio depois. Sem que se conheça a pergunta e a descrição do acontecimento, a RDP ouve o comentário de um ex-treinador de Jonas (Celso Roth), do Grémio de Porto Alegre, que se mostra muito surpreendido com o comportamento do seu ex-pupilo. Descreve a personalidade de Jonas, como jogador intelectualizado, inteligente, educado e critica o que lhe dizem ter sido o seu comportamento. E insiste na crítica, agravada por o dito acontecimento ter ocorrido com o seu anterior treinador. Frisa, porém, por mais de uma vez, que não viu o que se passou, por a essa hora estar a dirigir um jogo.

Qualquer pessoa percebe imediatamente que o relato que a RDP fez ao ex-treinador de Jonas do que se passou no fim do jogo não só foi tendenciosamente descrito, como é manifestamente falso. A RDP não se limitou a manipular os factos; actuou covardemente por nem sequer ter tido a coragem de pôr no ar a descrição que fez dos factos ao ex-treinador de Jonas.

No futebol já estamos habituados a todo o tipo de vigarices. Desde o arautos da “verdade desportiva”, propagandeada pelos maiores escroques do comentário e do dirigismo desportivo,  até ao comentário dos adeptos, passando pela manipulação ou ocultação de imagens, vale tudo. O que ainda não tínhamos visto era a estação pública radiofónica esconder a sua própria descrição de um acontecimento quando pede a um terceiro, que o não presenciou, o seu comentário sobre o mesmo.

Jorge Jesus mais uma vez demonstrou que ainda não percebeu que não é treinador do Benfica. É compreensível que lhe custe digerir a passagem de um grande clube para um clube pequeno. Mas vai ter de se habituar. Além do mais, com a sua incultura e a sua pouca ou nenhuma educação, também ainda não compreendeu que ao desrespeitar os jogadores do Benfica, como sistematicamente tem feito desde que saiu do clube, não só está a ofender esses jogadores, como também está a apoucar-se perante os jogadores que agora treina. Que consideração e que respeito na verdadeira acepção da palavra poderão ter os jogadores por um treinador que os considera simples marionetes do seu cérebro privilegiado? Que reclama para si todos os méritos das vitórias a ponto de deixar dito ou subentendido que sem ele nada teria sido alcançado?

Foi isto, tanto quanto se percebe, o que, já depois de serenados os ânimos, Jonas foi dizer a Jesus quando este já se encontrava no autocarro do Sporting – “Tu deves respeitar os jogadores do Benfica”. Grande Jonas!

Na conferência de imprensa, Jesus, como é seu hábito, mentiu descaradamente, dando uma versão idílica dos factos. Já assim tinha feito muitas outras vezes sem nunca enganar ninguém.

Apenas se espera, depois de tudo o que se viu e o que se ouviu, que Joaquim Rita volte a dizer que “Jesus é reles!”

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