quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

BENFICA ENTREGA A ÉPOCA EM DEZEMBRO




JOGO DISPLICENTE NA MADEIRAlegenda


Recapitulando: esta época, em jogos oficiais, o Benfica soma sete (7) derrotas, dois empates e treze vitórias. Marcou 40 golos e sofreu 20.

Em Dezembro, a 15 de Dezembro, estes são os resultados. Não são resultados bons, principalmente se considerarmos que duas dessas derrotas tiveram por consequência, uma, a perda de um trofeu (Supertaça), outra, a eliminação da Taça de Portugal na quarta eliminatória (duas das quais não jogadas). E se a isto acrescentarmos que, na décima terceira jornada da Liga, o Benfica já leva dez pontos perdidos e está em terceiro classificado a sete pontos do líder e a cinco do segundo então a situação agrava-se ainda mais.

Perdida a Supertaça em Agosto, eliminado da Taça de Portugal em Novembro ao segundo jogo e com dez pontos perdidos no Campeonato, já a grande distância dos seus principais rivais, não será ousado afirmar que, nesta última prova, o Benfica já só luta pelo terceiro lugar.

O jogo desta noite na Choupana, contra a União da Madeira – um jogo decisivo para as já ténues aspirações do Benfica -, foi encarado pelos jogadores com total displicência sem que durante toda a primeira parte a equipa técnica tenha feito um único gesto que fosse no sentido de quebrar a apatia que se apoderou da equipa.

Estando a União publicamente pressionada pelo seu presidente, que apresentou à sua equipa técnica e aos jogadores um verdadeiro ultimatum, seria de esperar da parte do Benfica uma entrada muito forte que intranquilizasse o adversário e lhe permitisse resolver o jogo nos primeiros quinze minutos. Não foi nada disso o que se viu. O que se viu foi um Benfica apático, a jogar a passo, para o lado e para trás, sem um único lance criativo e sem um remate à baliza digno desse nome. À medida que o tempo passava a União ganhava confiança e ia, tal como os espectadores, acreditando que até poderia ganhar o jogo, como certamente teria acontecido se tivesse concretizado uma das duas ou três oportunidades de que desfrutou.  

O Benfica, pelo contrário, ia jogando como quem cumpre calendário, sem nunca ter dado mostras de que estava a jogar uma partida decisiva para as suas aspirações.

O segundo tempo chegou e com excepção do minuto inicial, manteve-se a toada lenta e displicente da primeira parte. Somente quando os minutos se iam implacavelmente somando e se atingia o minuto setenta e cinco é que soaram as campainhas de alarme, todavia num tempo em que a inteligência e a criatividade – sempre ausentes – já tinham sido definitivamente substituídas pela ansiedade e pela angústia.

É estranho que a equipa tivesse entrado em campo com o estado de espírito com que jogou cerca de oitenta minutos e mais estranho é que ninguém na equipa técnica tivesse preparado algo diferente do que estava a acontecer, que mais não era do que os ver jogadores entregues à sua escassa, para não dizer nula, criatividade táctica.

Ter ou não ter treinador vê-se fundamentalmente em jogos como este. Por outro lado, estre jogo igualmente revela como são ilusórias, principalmente quando entregues a si próprias, as “apostas” na formação. Entregar a miúdos da formação a tarefa de resolver um jogo como o de hoje – um jogo em que se exige muita experiência – é um erro que se paga muito caro.

Dir-se-á que resta ao Benfica a Liga dos Campeões. É bom não acalentar ilusões. A Liga dos Campeões é uma miragem. O Benfica não tem equipa nem competência técnico-táctica para ultrapassar os oitavos de final.

1 comentário:

jogos de casino betclic disse...

Não é impossível chegar ao primeiro lugar mas com esta derrota o título está cada vez mais longe. O jogo foi péssimo e não fez jus ao estatuto de bicampeão que o Benfica tem.