A MEDIOCRIDADE E A
TOXIDADE SÃO A REGRA
Deixando de lado as transmissões de espectáculos desportivos (alguns deles apenas manchados pelo sectarismo de alguns comentadores) e os canais dos clubes, de qualidade muito diferenciada, podendo até encontrar-se em algum deles programas bem mais interessantes do que os apresentados pelos canais generalistas abertos e pelos canais do cabo, noticiosos ou desportivos, o que se pode dizer sem medo de errar é que a esmagadora maioria dos demais programas desportivos sobre futebol das nossas televisões são lixo tóxico.
Entre estes, para que não haja dúvidas, colocamos à cabeça o “Tempo
Extra”, o “Play Off”, o “Dia Seguinte” e o “Prolongamento”. Depois, mas ainda
lixo tóxico, vem o “Trio de Ataque”, “Mais Bastidores” e o programa de domingo
da TVI 24 que não sabemos como se chama.
Era suposto que nestes programas se falasse de futebol. É
certo que alguns dos participantes nestes programas percebem pouco de futebol,
nunca jogaram à bola, nem nunca exerceram a profissão de crítico desportivo, mas
também há participantes que têm desempenhado desde há longos anos essas funções
e outros até foram jogadores, alguns, ou muitos deles, internacionais, e outros,
além de jogadores, foram treinadores, sendo, por isso, suposto que percebam de
futebol e falem sobre ele.
Infelizmente não é isso o que acontece. Vejamos um por um. “O
Tempo Extra” nem sequer merecia ser qualificado como programa desportivo sobre
futebol, dada a sua natureza, a sua configuração e os seus fins, mas como os
seus dois intervenientes insistem em falar sobre assuntos que marginalmente
tocam o futebol que se joga nos campos, importa dizer que este programa é uma
das maiores fraudes do nosso panorama desportivo. O apresentador é um simples “moço
de recados” do principal interveniente no programa, limitando-se a dar-lhes as
deixas do guião por aquele previamente estabelecido e a controlar os tempos de antena.
E a primeira questão que a propósito deste programa se põe é
esta: a quem pertence de facto o “Tempo Extra”? À SIC ou ao seu protagonista? Esta
pergunta já foi feita várias vezes, mas nunca obteve resposta, o que deixa desde
logo na sombra ou até no escuro o princípio da transparência. Dito isto, toda a
gente sabe que neste programa se não fala de futebol, de futebol jogado. Neste
programa intriga-se, manipula-se e frequentemente mente-se, quer directamente,
quer sob a forma de insinuação, quer mediante processos de intenção. O que também não admira, porque dada a
personalidade, o carácter e o passado do seu do seu protagonista só poderia
esperar-se a produção semanal de lixo tóxico! E é isso o que o programa produz.
Depois vem o “Play Off”, que, aparentemente, apareceu ao
domingo à noite para se substituir ao lixo tóxico que na SIC, nesse mesmo
espaço, era semanalmente jogado sobre os telespectadores. E foi para poder competir com a concorrência que se contrataram
antigos jogadores de futebol, também eles ex-treinadores, para que, finalmente,
se falasse de futebol. E no começo isso conseguiu-se apesar dos fortes
vestígios de lixo tóxico que transitaram do anterior programa. Todavia, a
personalidade de Toni, de Manuel Fernandes e de António Oliveira era garantia
suficiente de que o programa se poderia manter acima da média. A saída de Toni
foi bem colmatada com entrada de António Simões e o seu nível manteve-se acima
da média. Depois saiu Oliveira, por razões que se desconhecem, embora se intuam,
e o programa ressentiu-se logo da sua falta. O seu substituto embora
alardeasse, em palavras, grande independência de análise, não precisou de muito
tempo para dizer ao que vinha. De facto, desde muito cedo se percebeu que privilegiava
uma aliança com o “lixo tóxico” por entender que esse era o melhor meio de
transmitir o recado que se propunha deixar e de cumprir a tarefa de que se
incumbira. Com a passagem do tempo tudo isso se tornou mais evidente e foi pelo
seu lado, sempre em aliança com o “lixo tóxico”, que se começou a deixar de falar de futebol. Posteriormente, com a saída de Manuel Fernandes, um
desportista exemplar e de grande integridade moral, e a sua substituição por um
vulgar assalariado, de cariz arruaceiro, que já esteve ao serviço de outro
senhor, que o programa começou a aproximar-se do nível zero. Prevendo, em tempo
útil, esse desfecho, António Simões desligou-se e bateu com a porta. Foi substituído
por João Alves, que já nada poderá fazer para impedir aquilo que o programa hoje
já é. “Lixo tóxico polifónico”. Se Alves quer ouvir um conselho, eu lho dou de
graça: Vá-se embora e quanto mais depressa melhor!
Em próximos posts
continuará a análise dos demais programas.
6 comentários:
O PlayOff quando comecou era muito bom apesar do "lixo toxico" mas desde que o Manuel Fernandes abandonou nunca mais vi o programa.
Se todos os Benfiquistas lhes dessem a mesma atenção que eu lhes dou, há muito teriam acabado por falta de audiências.
E sinceramente, não entendo nem me passa pela cabeça, como alguém deita fora 0,60 € + IVA para responder àquelas perguntas patéticas do insidioso apalermado anão dos caracolinhos brilhantes e de cabeça ensebada.
Deixei de ver há muito tempo essas porcarias. Aliás não são só os programas ditos "desportivos" que se podem qualificar de lixo. O que há mais é lixo nas TVs. Sempre desligo e aproveito para ler um bom livro. Ou então, se não desligar, procuro um filme ou série que esteja a passar. Tudo em nome da sanidade mental. Recomendo o mesmo a todos.
Por vezes vejo esses programas na BTv. Mas mesmo aí depende dos participantes. Há lá gente que simplesmente não suporto.
Estás certinho.
Porque dão audiências a esses lixos televisivos e ainda telefonam para responder a perguntas patéticas?
Ou são tolos, ou masoquistas.
Comigo nem audiências, nem um cêntimo em telefonemas.
Miguel
Eu quero ver é quantos jogos vai apanhar o Renato Sanches pela agressão de ontem!
Colinho! Mas nem isso vos vai salvar!!
Vasco!
O Vasco não te cansas de ser um parasita ressabiado?
Entras nos cus e alabazas-te à trampa de qualquer um.
Denis
Enviar um comentário