terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

BENFICA - QUE FAZER?

 

O QUE MUDAR?




A maior parte das análises que estão sendo feitas sobre a situação do Benfica, apontam para respostas difíceis de pôr em prática.

Não é fácil substituir o presidente se ele não tomar a iniciativa de se demitir, dando lugar à marcação de eleições.  

Também não é fácil substituir o treinador se ele não aceitar um acordo de rescisão amigável, sem custos para cada uma das partes.

Mas também é verdade que mantendo estes dois intervenientes se torna difícil alterar o rumo das coisas. Se o presidente se não demitir nem for demitido, ele deve tudo fazer par rescindir com Jesus nas condições acima indicadas.

De facto, o Benfica é uma equipa sem alma, triste, que parece exclusivamente manietada pela ideia de não perder a bola. Isso faz com que os jogadores com menos técnica baixem a intensidade do jogo para não falharem o passe, que quase todos privilegiem o passe para trás ou para o lado, sem risco, mas também sem progressão, e mesmo quando conseguem chegar às imediações da área adversária e não encontram uma linha de passe segura, prefiram, por não haver quem remate de meia distância, em passes sucessivos atrasar novamente o jogo recuando até às imediações da sua área se não mesmo do guarda-redes, mesmo quando a equipa está empatada ou a perder.

Isto não é culpa dos jogadores. Alguém os deixa jogar assim. As agora chamadas transições ofensivas, os contra-ataques, em que o Benfica era fortíssimo, desapareceram quase completamente da equipa, seja por a velocidade não ser a desejada, seja por o jogador que conduz a bola não fazer a mínima ideia de como fazer o último passe. Este mal não é apenas aplicável às transições, ele está também presente sempre que se cria uma oportunidade. Normalmente, perde-se por o último passe ser quase sempre defeituoso. E nas raríssimas vezes em que o passe é bem feito, o jogador que o recebe, na esmagadora maioria das vezes, não acerta na baliza. Por outro lado, mesmo quando o avançado está isolado e tem a baliza obliquamente à sua esquerda ou à sua direita, o remate cruzado vai quase sempre para fora e outros vão directos ao guarda-redes.

As bolas paradas são hoje um verdadeiro quebra-cabeças para a equipa. Há muitos e muitos jogos que o Benfica não consegue marcar um golo de livre (talvez tenha marcado um, no princípio do campeonato), indo a maior parte deles para fora ou contra a barreira. Nos cantos, a mesma situação. Com excepção de Waldschmit não há quem saiba marcar cantos. O Benfica pode ter uma dúzia ou mais de cantos, por jogo, que daí não virá nenhum prejuízo para o adversário. A bola vai sempre para os adversários ou para onde nunca está ninguém.

No sentido oposto, o Benfica sofre sempre muito nos contra-ataques adversários, porque mesmo quando tem vários homens na defesa eles limitam-se a descer paralelamente à frente d portador da bola, sem tentarem interceptar o lance, permitindo àquele meter a bola onde deseja.

Tudo isto se treina e se corrige, mas no Benfica parece que não há quem o faça. A equipa está apática, sem garra, sem crença, comete sucessivamente os nmesmos erros, tem as mesmas falhas, e joga sem convicção. Dá até a impressão, desde o princípio, que está cansada do treinador. Um cansaço que até parece ter começado antes dele chegar.

Substituir Jesus é um imperativo, apesar de já pouco se poder fazer. O segundo lugar começa a ficar longe, a Liga Europa tem tudo para correr mal, e a Taça de Portugal, se o Benfica chegar à final, vai depender muito de como até lá as coisas tiverem corrido. Mais difícil é escolher quem pode ser chamado para fazer o resto da época. O Benfica, nos tempos que correm, não aguenta outra asneira. Quem chegar vai ter mudar muita coisa e vai ter de experimentar outros jogadores. Deixando de fora quem nestes seis meses não provou e dar uma hipótese a quem praticamente as não teve. 

1 comentário:

Sócio do SLB disse...

O Rui Vitoria não prestava, o Lage também não e agora é o Jesus.
O presidente também não
A caravana vai passar